sexta-feira, 6 de agosto de 2010

No Brasil, 62% acham difícil conseguir assistência médica de qualidade e a preço acessível

Agência Reuters

Assistência médica de qualidade e a preço acessível

País Acham difícil conseguir
Japão 85%
Hungria 83%
Rússia 71%
Coreia do Sul 71%
China 66%
República Tcheca 66%
México 64%
Brasil 62%
Itália 62%
Argentina 55%
Alemanha 55%
Polônia 51%
EUA 49%
Espanha 47%
Grã-Bretanha 45%
Austrália 38%
França 37%
Índia 36%
Holanda 31%
Canadá 31%
Bélgica 30%
Suécia 25%

Estudo divulgado às vésperas do Dia Nacional da Saúde (5) e realizado em 22 países indica que metade das pessoas acha difícil conseguir serviços de assistência à saúde com qualidade e preço acessível quando um membro da família fica muito doente. No Brasil, esse índice é de 62%.

A pesquisa contou com mais de 23 mil adultos com idade entre 18 e 64 anos (mais de mil pessoas por país) e foi feita pelo instituto de pesquisas Ipsos, em parceria com a Reuters. A margem de erro é de 3.1% para mais ou para menos.

Os resultados indicam que as pessoas que vivem no Japão, na Hungria, na Rússia e na Coreia do Sul, nessa ordem, são as mais inclinadas a achar que é difícil conseguir assistência médica de qualidade e por preço acessível.

Já os cidadãos que vivem na Suécia, na Bélgica, no Canadá e na Holanda são os mais inclinados a achar que seria fácil conseguir o mesmo.

Perfil

Aqueles cidadãos mais inclinados a indicar que seria difícil para um membro muito doente da família conseguir serviços de assistência médica de qualidade a um preço acessível são na maioria mulheres (55%, contra 50% de homens), têm menos de 35 anos (53%) e entre 35 e 54 anos (também 53%, contra 48% com 55 anos ou mais), são de baixa renda (56%, contra 52% com renda média e 47% com alta renda) e tem um nível educacional baixo (56%, contra 53% daqueles com nível educacional médio e 49% com alto nível educacional).

Não houve diferença em termos de estado civil (52% são casados e outros 52% têm “outros estados civis”).

Já os cidadãos mais inclinados a indicar que seria fácil para um membro muito doente da família conseguir serviços de assistência médica de qualidade a um preço acessível são na maioria mulheres (50%, contra 45% de homens), têm 55 anos ou mais (52%, contra 47% que têm menos de 35 anos e 47% com idade entre 35 e 54 anos), são de alta renda (53%, contra 48% com renda média e 44% com baixa renda) e tem um elevado nível educacional (51%, contra 47% daqueles com nível educacional médio e 44% com baixo nível educacional).

Não houve diferença estatística entre os casados (48%) e os demais (também 48%).

Comentário do Jornal Destak (6 de agosto de 2010).

Resultado reafirma desagrado com o setor privado da saúde, uma vez que o brasileiro é o 8º mais insatisfeito com planos de saúde em um conjunto de 22 países.

O resulta reforça o cenário de insatisfação com o setor no país. Pelo décimo ano consecutivo, as queixas referentes aos planos de saúde lideram o ranking de reclamações do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

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