quarta-feira, 28 de julho de 2010

Preparação de comida sem adição de sal

Uma das coisas possíveis de acontecer aos pacientes com câncer de rim é a insuficiência renal crônica, cujos portadores passam a ter necessidade de realizar hemodiálise e ter uma série de restrições quanto à ingestão de determinada quantidade de líquidos e a diversos tipos de alimentos, de modo a diminuir ou restringir a ingestão de sódio e potássio. Dado o alto teor de sódio contido no sal ou cloreto de sódio, um grande problema é fazer para estes pacientes uma comida saborosa sem a adição do sal, cuja principal função é justamente realçar o sabor dos alimentos. Em geral, o resultado de uma comida sem sal é o que se costuma chamar de “comida de hospital”, por ser insossa e sem gosto.

Cabe lembrar que os hipertensos e os que sofrem de doenças cardíacas ou circulatórias também estão incluídos na relação de pacientes com restrições quanto à ingestão do sal.

Assim, tem sido um desafio para os nutricionistas e profissionais da área de gastronomia desenvolver substitutos para o sal ou preparar comidas saborosas sem a adição deste produto.

No mercado mundial e mais restritamente no Brasil, existe uma série de produtos desenvolvidos para substituir o sal. No entanto, estes produtos devem ser olhados com cautela pelos portadores de insuficiência renal, pois a maioria utiliza predominantemente cloreto de potássio no lugar do cloreto de sódio, uma vez que estão voltados para atender o mercado de hipertensos, que é muito maior do que o de portadores de insuficiência renal.

Diante disso, os portadores de insuficiência renal usam fórmulas caseiras para substituir o sal e amenizar o problema. A primeira fórmula é substituir o sal pela casca do limão ralada e adicionar ervas variadas. Para fazer a casca de limão ralada, não se deve esquecer de realizar uma boa higienização na mesma antes de passá-la no ralo mais fino do ralador, tomando o cuidado de não ralar junto a parte branca da casca, pois esta parte tem gosto amargo.

Um blogueiro que passa por este problema, o Paulo César (http://asagadevalente.blogspot.com/), nos enviou as listas do Núcleo de Nefrologia de Belo Horizonte S/C Ltda com as Orientações Nutricionais para Hemodiálise, onde encontramos as seguintes dicas de temperos:

“Tempere sua salada com: vinagre, alho, cebola, limão, azeite e ervas.

Sugestão: Tempere com sal apenas a carne e o feijão das refeições, para maior aderência à restrição de sódio de sua dieta.

Sugestão de tempero: 300 g de alho / 100 g de sal / cebola / cebolinha / pimenta – Bater todos os ingredientes no liquidificador e guardar em recipiente fechado. Temperar todas as preparações como arroz, feijão, guarnições...”

Segundo nossa experiência, uma dica para potencializar pequenas quantidades de sal ou quando queremos intensificar o sabor dos temperos, é deixar as comidas já temperadas ficarem mais tempo tomando gosto na geladeira. Se colocarmos esta comida e os temperos num saco plástico melhor ainda, já que o contato da comida com o tempero é maior.

Outra dica é que comidas prontas com molhos e congeladas apresentam também o gosto mais acentuado do que a feita na hora. Daí a recomendação de se diminuir os temperos na hora de fazer comida para congelar ou congelar o molho separadamente.

É comum escutarmos aqui no Rio de Janeiro que a feijoada no dia seguinte é mais saborosa do que no dia em que foi feita. Isso é verdade, uma vez que o feijão ficou tomando o gosto das carnes por mais tempo. Por sinal, é o feijão ideal para se fazer o chamado Feijão Amigo ( Caldinho de Feijão) que o carioca tanto aprecia e adora tomar nos bares da cidade.

Utilize estas dicas para potencializar a pouca quantidade de sal que tem direito.

Outras dicas. Nos peixes inteiros, por exemplo, os temperos entranham melhor se dermos uns talhos paralelos em suas partes laterais e se colocarmos temperos também em sua barriga.

Já, a carne de boi não deve ser lavada ou se dar talhos, sob pena de perdermos os seus sucos e consequentemente seus sabores. Na hora de cozinhar devemos dar uma selada prévia em todo seu exterior para não perdermos seus sucos durante o processo de cozimento.

Nos Estados Unidos da América é comum não se usar sal, mas o açúcar (açúcar refinado, açúcar mascavo e melado), na preparação de pratos a base de abóbora, de modo a acentuar seu sabor doce. O mesmo é feito com pratos de batata doce.

Para quem gosta de limão, lembramos que existem diversos pratos mediterrâneos de origem italiana cujo tempero principal é o suco de limão. Estes pratos são identificados com o nome do ingrediente principal seguido de “al limone”, como Pesce al limone, Spaghettini al limone, Risotto al limone, etc. Acreditamos que o sal pode ser dispensado nestas receitas diante do sabor marcante do limão. Não custa experimentar.

Devemos lembrar ainda que existem duas formas de temperar os alimentos. A primeira delas é através de uma mistura de temperos secos, que passamos no alimento e deixamos tomando gosto. É a mais usada na comida caseira diária, sendo o que o americano chama de rub.

A segunda é através da marinada, na qual combinamos temperos secos com líquidos e deixamos o alimento de molho nesta mistura para tomar gosto. Em vários casos esta marinada entra no processo de cozimento junto com o alimento, passando a constituir um molho.

a) Temperos secos.

Fizemos uma pesquisa na Internet e encontramos, entre outras, as seguintes combinações de temperos para substituir o sal.

Ingredientes (pode considerar a colher como de sopa ou de chá,variando a quantidade que se pretende fazer):

5 colheres de cebola em pó
1 colher de alho em pó
1 colher de paprika doce
1 colher de mostarda moída
1 colher de tomilho seco
1/2 colher de pimenta do reino moída
1/2 colher de sementes de aipo ou salsão

Misturar bem todos os ingredientes.

Tempero estilo italiano

2 colheres de alho em pó
1 colher de cebola em pó
3 colheres cada de orégano, sálvia, mangerona, tomilho e alecrim secos
1 colher de manjericão seco
1 colher de pimenta do reino moída

Colocar todos os ingredientes num processador e processar até a mistura ficar com a consistência de um pó fino.

Ingredientes:

2 colheres de mostarda moída ou seca
2 colheres de cebola em pó
2 colheres de alho em pó
2 colheres de pimenta branca moída
2 colheres de casca de limão ralada
2 colheres de casca de laranja ralada

Processar todos os ingredientes num processador de alimentos até a mistura ficar com a consistência de um granulado fino.

b) Marinadas.

Na internet encontramos 2 marinadas:

Marinada 1: suco de limão, gengibre, pimenta branca e vinho branco seco. Esta mistura foi usada para marinar peixe e galinha, podendo ser acrescida de outros temperos. Não colocar a marinada na panela durante o processo de cozimento, diante dos níveis de potássio e sódio do vinho.

Marinada 2: iogurte, gengibre, alho, cebola picada, tomate picado e pimenta do reino ou pimenta malagueta. Utilizada para carnes em geral (carne de boi, porco e frango), devendo também ser descartada na hora do cozimento.

Como reparamos que o molho de salada indicado pelo Núcleo de Nefrologia de BH é feito com vinagre, alho, cebola, limão, azeite e ervas, lembramos que na Região dos Lagos Fluminenses é muito usado um tempero básico composto de alho, sal, vinagre e limão, que é utilizado na preparação de peixes e porcos. Como achamos que a supressão do sal não deverá afetar muito o sabor do peixe vamos experimentar fazer um prato e depois daremos o resultado.

Este tempero é uma variação do tradicional vinha d’alhos. O vinha d’alhos é uma marinada aparentemente típica de Portugal, que deu origem a um prato da culinária da Índia, o vindaloo. O vinha d’alhos, como o nome indica, é feito basicamente de vinho (e/ou vinagre) e alho, mas contendo sempre sal e, muitas vezes, outros temperos, tais como cebola, louro, cominho, alecrim, etc.

Para finalizar listamos a seguir as dicas do Edinburgh Royal Infirmary ( www.edren.org) sobre temperos e ingredientes como substitutos do sal, considerando a afinidade dos sabores:

Maçã – para comer com pratos de porco
Bouquet garni, manjericão – em ensopados, picadinhos e “casseroles” do americano
Louro – adicionar em pratos com peixe, frango e carne vermelha
Cebolinha picada, inclusive parte branca – adicionar a batatas ou saladas
Curry em pó – usar em pratos de carne, frango, vegetais, legumes e arroz
Cravo – usar na água do cozimento da cebola para dar sabor ao molho branco
Alho amassado – usar em qualquer prato de carne ou salada; adicionar à manteiga ou margarina para fazer pão de alho
Vinagre de vinho com ervas – usar separado ou misturado com óleo para comer com qualquer prato picante ou vegetais apimentados
Suco de limão - adicionar a pratos de peixe ou frango
Mistura de ervas – como recheios e em omeletes
Menta – carne de cordeiro
Mostarda – para fazer molho de mostarda com carne de boi, adicionar um sabor picante ao molho branco ou ao molho de salada a base de azeite com vinagre
Noz moscada – salpicar sobre os vegetais e legumes, particularmente sobre purê de batata, repolho e couve-flor
Salsa – como enfeite ou em molhos ou pratos de peixe
Paprika – usar em guarnições (salpicada) de pratos de frango e arroz
Pimenta – para fazer pratos picantes
Alecrim – em pratos de carne de boi ou cordeiro assados ou com repolho
Sálvia – em ensopados ou como recheio de porco ou pato
Molho de salada: vinagre com azeite de oliva e alho
Estragão – em ovos mexidos e peixe
Vinagre – adicionar a chips e ovos cozidos (durante o processo de cozimento)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Laboratório recolhe lotes de medicamento usado no tratamento do câncer de próstata

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/769666-laboratorio-recolhe-lotes-de-medicamento-usado-no-tratamento-do-cancer-de-prostata.shtml
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O laboratório farmacêutico Sandoz divulgou um comunicado nesta terça-feira informando que está recolhendo todos os lotes do medicamento Lectrum (acetato de leuprorrelina), de 3,75 mg e 7,5 mg. O remédio é utilizado no tratamento do câncer de próstata e indicado também para tratar fibroma uterino e endometriose.

No comunicado, a empresa esclarece que não há evidências de que o problema encontrado possa causar qualquer risco aos pacientes, mas devido à possibilidade de variações na quantidade de princípio ativo do produto, está recolhendo os lotes dos produtos disponíveis do mercado como medida preventiva e visando diminuir eventuais riscos.

Segundo o Sandoz, os consumidores que tiverem o medicamento devem entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor do laboratório, pelo número 0800 4009192. Em caso de dúvida quanto ao tratamento, a empresa orienta os pacientes a procurarem seus médicos.
Ainda de acordo com o comunicado, a companhia está trabalhando para o breve restabelecimento da comercialização do produto.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Linhaça pode ser nova arma contra o câncer de ovário, sugere estudo

http://blogboasaude.zip.net/arch2010-05-09_2010-05-15.html

Um novo estudo da Universidade de Illinois, nos EUA, sugere que a linhaça pode ajudar a reduzir a severidade do câncer de ovário. Em testes com galinhas, os cientistas descobriram que, entre as aves doentes, aquelas que eram alimentadas com as sementes tinham mais chances de manter um peso saudável, desenvolviam menos tumores em estágio avançado, tinham menos metástase do câncer e apresentavam maior sobrevida do que as galinhas com dieta convencional.
De acordo com os autores, a linhaça é rica em ácido alfalinoleico - um tipo de ômega-3 associado a diversos benefícios para a saúde -, e é relacionada, por diversos estudos, à inibição dos cânceres de cólon, de pele e de pulmão em humanos.

Entretanto, apesar de a galinha ser o único animal que desenvolve, espontaneamente, câncer ovariano na superfície dos ovários, como humanos, os especialistas recomendam cautela na análise dos resultados. Para confirmar os benefícios da semente e desvendar as razões da proteção, estudos mais complexos são necessários. “Essas descobertas podem oferecer as bases para um teste clínico que avalie a eficácia da linhaça como quimiossupressor do câncer de ovário em mulheres”, concluíram os autores.

Escrito por Leandro Perché

terça-feira, 13 de julho de 2010

Morre o instrumentista Paulo Moura

JB Online
http://jbonline.terra.com.br/pextra/2010/07/13/e130714860.asp

RIO - O músico Paulo Moura, de 77 anos, morreu no fim da noite desta segunda-feira. Com linfoma, ele estava internado na Clínica São Vicente, no Rio, desde 4 de julho.

Compositor e arranjador, Paulo Moura tocou com grandes nomes da música brasileira, como Ary Barroso, Dalva de Oliveira, Elis Regina, Milton Nascimento e Sérgio Mendes.

Paulista de São José do Rio Preto, Paulo Moura nasceu numa família de instrumentistas. Aos 9 anos, começou a tocar clarineta e, aos 14, entrou para o conjunto do pai. Gravou o primeiro de seus 40 discos em 1956 e chegou a integrar a orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Em 2000, Paulo Moura ganhou o Grammy Latino para Música de Raiz com seu trabalho "Pixinguinha: Paulo Moura e os Batutas”.

O instrumentista era casado com a psicalinista Halina Grynberg, que também era sua empresária e produtora musical.
00:26 - 13/07/2010

Adeus Paulo.
Fica a saudade das domingueiras dançantes das décadas de 80/90, quando você se apresentava com sua orquestra no Parque Lage, Rio de Janeiro.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Justiça garante aos filhos restituição de IR descontado de contribuinte doente

Marta Vieira - Estado de Minas
Publicação: 27/05/2010 06:37

Todo o trabalho dos herdeiros para colocar em dia as obrigações financeiras que persistem mesmo depois da morte consome tempo e dezenas de páginas dos processos de espólio. O que eles desconhecem, frequentemente, são os direitos do contribuinte falecido que continuam vivos, embora o governo federal não faça a menor questão de reconhecê-los. Contrariando essa lógica muito comum, o juiz Eduardo José Corrêa, da 21ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte, julgou procedente o pedido de devolução de valores pagos a título de Imposto de Renda aos herdeiros da ex-pensionista Arminda Francisco de Melo, morta em junho de 2006 aos 80 anos. O IR foi descontado dos vencimentos dela durante o período em que sofria de doença grave incluída na legislação brasileira como passível de isenção da cobrança do IR.

Na sentença, que ainda depende de confirmação do Tribunal Regional Federal - 1ª Região (TRF), o juiz determina a restituição dos valores descontados de julho de 2002 a julho de 2007, com correção monetária e juros de 1% ao mês. A decisão é um precedente importante não só para os casos de direitos não resguardados aos contribuintes, como também para as famílias que não se veem estimuladas a questionar a Justiça sobre o complexo direito tributário.

Cálculos preliminares feitos pela advogada Valentina Avelar de Carvalho, autora do processo de espólio de Arminda Melo, levam os créditos a que os herdeiros têm direito a cerca de R$ 740 mil, sendo quase metade do valor referente à parcela dos juros. A Procuradoria da Fazenda Nacional deverá recorrer da decisão, como ocorre de praxe nesses casos. “Cada vez mais a Justiça se mostra coerente em garantir os direitos do contribuinte, diante das manobras da administração pública”, afirma Valentina de Carvalho.

A advogada observa que há situações também frequentes em que o contribuinte favorecido pela isenção do IR por motivo de doença grave, como câncer, cardiopatias e diabetes mellitus, volta a ser tributado passados cinco anos do diagnóstico médico, sob alegação de que ele não é mais portador de sintomas. A conclusão é amparada em exames anuais aos quais a pessoa tem de se submeter.

Como em dezenas de casos, a família de Arminda Melo, ex-pensionista de um funcionário da Justiça do Trabalho de BH, só descobriu no decorrer do processo de espólio que ela tinha direito à isenção do IR no período em que sofreu de cardiopatia grave. A filha, Maria Beatriz Rotsen de Melo, comemorou a sentença do juiz federal Eduardo Corrêa, mas está certa de que a batalha ainda se estenderá. “Percebemos que existe o caminho, entretanto isso não é o final”, afirma. Para ela, a experiência da família mostra o valor da divulgação dos direitos do contribuinte.

O advogado Danilo Santana, presidente da Associação Brasileira de Consumidores (ABC), com sede na capital mineira, confirma a tese de que a complexidade do direito tributário costuma afastar os contribuintes que poderiam ser beneficiados. Herdeiros, então, nem se fala. “Muitas vezes, o espólio se envolve na busca de regularizar as pendências financeiras e nem trata dos direitos. Lamentavelmente, a lei estabelece as normas, mas o Banco Central e a Receita Federal não os reconhecem”, afirma. De acordo com Santana, cerca de 17% das ações ajuizadas para recuperação de valores expurgados das cadernetas de poupanças ao longo de planos econômicos adotados no Brasil são movidas por herdeiros dos titulares das contas.

O artigo 6º da Lei 7.713 de 1988 isenta do IR os proventos de aposentadoria ou reforma recebidos por pessoas que tem doenças graves definidas no inciso XIV. Entre elas está a cardiopatia grave de que sofria Arminda Melo. A ação movida pelos herdeiros dela deu entrada na Justiça Federal em agosto de 2007 e a sentença só foi publicada no mês passado. Outra decisão favorável ao contribuinte, segundo a advogada Valentina de Carvalho, foi tomada em abril pela ministra Eliane Calmon, ao tratar de isenção do IR para portadores de cancer.

A ministra do STJ assegura o direito do contribuinte aposentado que sofre de câncer, sem a necessidade de que ele demonstre sintomas recentes. Da mesma forma, não será necessária a indicação da data de validade do laudo pericial ou comprovação de recaída da doença. De acordo com a sentença, “o entendimento do STJ é no sentido de diminuir o sacrifício do inativo, aliviando os encargos financeiros relativos ao acompanhamento médico e remédios”.

Alencar volta a ser internado, diz hospital

Portal Terra
http://jbonline.terra.com.br/pextra/2010/07/07/e070713075.asp
20:31 - 07/07/2010

SÃO PAULO - O hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, divulgou, nesta quarta-feira, um boletim médico dizendo que o presidente da República em exercício, José Alencar, foi internado para dar sequência ao tratamento de quimioterapia. A internação também tem como objetivo avaliar o quadro cardiovascular do paciente.

Segundo a nota, divulgada às 20h06, Alencar apresentou um quadro hipertensivo, o que levou à internação "para avaliação mais detalhada e tratamento apropriado". Ele é atendido pela equipe dos médicos Roberto Kalil Filho e Paulo Hoff.

sábado, 3 de julho de 2010

Congelamento elimina 90% dos tumores pequenos em rins

Terça, 29 de junho de 2010, 11h50
http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI4530116-EI1497,00-Congelamento+elimina+dos+tumores+pequenos+em+rins.html


Fábio Santos

O câncer de rim, terceiro tipo mais frequente do aparelho genitourinário, já pode ser tratado de forma menos invasiva, menos dolorosa e sem a necessidade de se retirar totalmente os rins. Realizada no Brasil há cerca de um ano, a crioterapia, técnica de congelamento do tumor, se mostrou altamente eficiente na cura desse tipo de doença, além de proporcionar uma melhora mais rápida ao paciente e evitar que ele faça diálise pelo resto da vida.

Segundo o urologista e cirurgião do Hospital Albert Einstein de São Paulo Oskar Kaufmann, a técnica utilizada na crioterapia reduz o desgaste do paciente e é eficaz. "Através da crioterapia, conseguimos destruir totalmente cerca de 90% dos tumores com até três centímetros", disse o urologista.

Queima a frio
O procedimento da crioterapia é bem simples e leva cerca de duas horas dependendo da técnica utilizada. Por meio de três ou quatro incisões pequenas no abdômen, o cirurgião isola o tumor renal, guiado por videolaparoscopia (incisão auxiliada por microcâmeras). Depois de afastar os órgãos próximos, como fígado e baço, ele introduz agulhas muito finas diretamente no tumor e numa pequena margem do rim normal. O argônio sob pressão passa pelo interior das agulhas a uma temperatura de até -125º C, congelando o tecido ao redor. "Outro ponto positivo é a possibilidade de tratar múltiplos tumores em uma única cirurgia", disse Kaufmann

Temperaturas abaixo de 20º C são suficientes para promover a morte celular. Portanto são realizados durante a cirurgia dois ciclos de congelamento para garantir que a temperatura seja adequada ao final do processo. O resultado é a destruição total das células cancerígenas do local, que ficam mortas e completamente inativas.

O maior benefício da crioterapia, sem dúvida, é o fato de ser menos invasiva, possibilitar o tratamento de múltiplos tumores e diminuir o tempo de internação do paciente. "Ao contrário da cirurgia invasiva, quando o paciente precisa de dias para a recuperação, a crioterapia pode liberar o paciente em menos de 24 horas, dependendo do caso", disse o médico.

A crioterapia ainda é um procedimento inovador e novo no Brasil. Atualmente, a cirurgia é realizada apenas no hospital Albert Einstein em São Paulo, segundo Oskar Kaufmann. Além disso, existem estudos para a aplicação do procedimento em outros tipos de câncer.