Mecanismos que estão por trás da relação entre a queda de cabelo e a doença ainda são desconhecidos, dizem cientistas
Agência Fapesp 16/02/2011 09:13
http://saude.ig.com.br/minhasaude/calvicie+precoce+ligada+a+maior+risco+de+cance+de+prostata/n1238012039771.html
Homens que começam a perder cabelo na faixa dos 20 anos podem ter maior risco de desenvolver câncer de próstata no futuro, de acordo com estudo publicado nesta terça-feira (15/2) na revista Annals of Oncology.
A pesquisa, feita na França, comparou 388 portadores de tumores na próstata com um grupo controle de 281 homens saudáveis e verificou que, entre aqueles com a doença a porcentagem daqueles que começaram a ficar calvos aos 20 e poucos anos era duas vezes maior do que nos demais.
Para aqueles cuja calvície começou depois dos 30 ou depois dos 40, não houve diferença no risco de desenvolver câncer de próstada em comparação com o grupo controle.
A alopécia androgênica é a queda de cabelos que afeta principalmente os homens. Cerca de 50% do público masculino será afetado em algum momento da vida. Relações entre calvície e hormônios androgênicos (como a testosterona) são conhecidas, da mesma forma que a relação entre esses hormônios e o câncer de próstata.
A finasterida – medicamento usado no tratamento da calvície – bloqueia a conversão de testosterona em um androgênio chamado dihidrotestosterona, que se estima estar envolvida na queda de cabelos. O medicamento também é usado para tratar câncer de próstata.
Os autores do estudo apontam a relação observada entre a queda de cabelo precoce o risco de desenvolvimento da doença mas ressaltam que os mecanismos por trás dessa associação são ainda desconhecidos.
“Mais estudos são necessários, tanto com maiores grupos como no nível molecular, de modo a encontrarmos as ligações desconhecidas entre hormônios androgênicos, calvície precoce e câncer de próstata”, disse Michael Yassa, que na época do estudo estava no Hospital Europeu Georges Pompidou, em Paris, e atualmente é professor na Universidade de Montreal.
“Precisamos também encontrar formas de identificar aqueles que têm mais risco de desenvolver a doença e que poderiam se beneficiar dos exames de diagnóstico. Com isso, poderíamos começar a considerar a prevenção por meio de drogas antiandrogênicas. A calvície precoce pode ser um desses fatores de risco”, derstacou Philippe Giraud, professor da Universidade de Paris Descartes, que coordenou a pesquisa.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Vitamina D e Sol diminuem risco de câncer de mama
Uma dieta com fontes de vitamina D combinada à exposição solar pode reduzir o risco da doença
Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres. E, de acordo com uma pesquisa francesa, uma dieta com fontes de vitamina D combinada à exposição solar (que também produz vitamina D) pode reduzir o risco da doença.
Cientistas do Centro de Investigação em Epidemiologia e Saúde da População acompanharam 67.721 pessoas do sexo feminino entre 41 e 72 anos ao longo de uma década. Suas dietas e os níveis de raios ultravioletas de onde viviam foram levados em consideração. Até o fim do período de análise, 2871 desenvolveram a patologia.
A equipe constatou que habitar regiões com maiores níveis de raios UV está associado a uma probabilidade menor (de quase 10%) de ter o problema em comparação com quem está em locais com taxas menores de UV. Mas o maior efeito protetor foi observado na associação de elevada radiação ultravioleta e mais consumo de vitamina D (alimentos ou suplementos). As chances são até 43% menores. Dieta rica em vitamina D, mas sem sol, não trouxe benefícios.
O pesquisador Pierre Engel disse ao jornal Daily Mail que é importante lembrar do crescimento do risco de câncer de pele ao mencionar o sol. Mas afirmou que acredita que o aumento dos níveis de vitamina D por exposição razoável ao sol (tomando as precauções necessárias) e alimentos específicos deva ser incentivado.
Testes sugerem que a vitamina D possa ter uma série de efeitos anticâncer, como retardar a propagação das células doentes. O levantamento mostrou que cerca de 45% da vitamina D referente à alimentação das voluntárias veio de peixes e frutos do mar, 16% de ovos, 11% de produtos lácteos, 10% de óleos e margarinas, e 6% de bolos.
Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres. E, de acordo com uma pesquisa francesa, uma dieta com fontes de vitamina D combinada à exposição solar (que também produz vitamina D) pode reduzir o risco da doença.
Cientistas do Centro de Investigação em Epidemiologia e Saúde da População acompanharam 67.721 pessoas do sexo feminino entre 41 e 72 anos ao longo de uma década. Suas dietas e os níveis de raios ultravioletas de onde viviam foram levados em consideração. Até o fim do período de análise, 2871 desenvolveram a patologia.
A equipe constatou que habitar regiões com maiores níveis de raios UV está associado a uma probabilidade menor (de quase 10%) de ter o problema em comparação com quem está em locais com taxas menores de UV. Mas o maior efeito protetor foi observado na associação de elevada radiação ultravioleta e mais consumo de vitamina D (alimentos ou suplementos). As chances são até 43% menores. Dieta rica em vitamina D, mas sem sol, não trouxe benefícios.
O pesquisador Pierre Engel disse ao jornal Daily Mail que é importante lembrar do crescimento do risco de câncer de pele ao mencionar o sol. Mas afirmou que acredita que o aumento dos níveis de vitamina D por exposição razoável ao sol (tomando as precauções necessárias) e alimentos específicos deva ser incentivado.
Testes sugerem que a vitamina D possa ter uma série de efeitos anticâncer, como retardar a propagação das células doentes. O levantamento mostrou que cerca de 45% da vitamina D referente à alimentação das voluntárias veio de peixes e frutos do mar, 16% de ovos, 11% de produtos lácteos, 10% de óleos e margarinas, e 6% de bolos.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Remédio contra aftas
Desde que iniciei a fazer quimioterapia, que um dos efeitos colaterais que mais me incomodavam eram as aftas e feridas na boca. Os médicos me receitaram diversos remédios, mas nenhum funcionou, como Oncilon Bucal, bochechos com desinfetantes e anestésicos em spray entre outros. Recentemente, minha mulher teve afta em Búzios e o farmacêutico de uma farmácia local indicou um remédio com o nome de Bismu - Jet, em gotas, do laboratório Legrand, que deu excelentes resultados. Passei a usá-lo também e obtive bons resultados.
Como o remédio é a base de neomicina, não deixe de consultar seu médico se for usar.
Recentemente, com a troca de remédio da quimio, as aftas voltaram fortes. O clínico receitou dois remédios, sendo que um deles, o Daktarin gel oral, está dando um bom alívio.
Como o remédio é a base de neomicina, não deixe de consultar seu médico se for usar.
Recentemente, com a troca de remédio da quimio, as aftas voltaram fortes. O clínico receitou dois remédios, sendo que um deles, o Daktarin gel oral, está dando um bom alívio.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Por que, afinal, sentimos tanta culpa?
O sentimento de culpa, mais comum entre as mulheres e que ronda a maioria das nossas ações, pode ser domado
Camila de Lira, iG São Paulo 15/07/2010 12:31
Um estudo aponta que as mulheres sentem mais culpa do que os homens .
Você não foi na ioga hoje? Comeu demais no jantar? Teve que ficar até mais tarde no trabalho e não teve tempo para os filhos? As situações são diferentes, mas o sentimento que ronda a cabeça da maioria das mulheres é o mesmo: a culpa.
De acordo com o médico e escritor Moacyr Scliar, autor do livro “Enigma da Culpa” (Editora Objetiva), em que analisa aspectos históricos, religiosos e psicanalíticos da culpa, o sentimento “resulta da consciência de uma transgressão ou de um conflito inconsciente”. Segundo Scliar, existe um fator que aumenta a pressão e dificulta a liberação da culpa: a sociedade e o peso que ela dá às coisas. “Os códigos de conduta são muito rígidos. Padrões demasiado exigentes, seja no trabalho, nas relações pessoais, isso gera muitas frustrações. A pessoa não atinge aquilo acha que os outros esperam dela e sente-se automaticamente culpada”, diz.
Para a colunista Regina Navarro Lins, psicóloga e autora de “A Cama na Varanda” (Ed. Rocco), somos frutos de uma cultura judaico-cristã em que o sofrimento é uma virtude. “A sociedade é toda baseada em culpa e pecado”, diz. De acordo com Navarro, existe uma construção da culpa desde a consolidação do catolicismo. Scliar concorda e completa: “O Jeová, do Antigo Testamento, é um Deus que vigia constantemente os humanos, e que não hesita em acusá-los e puni-los. Cristo procura absolver os pecados da humanidade, mas o cristianismo não acabou com a culpa, sobretudo em termos morais”, completa.
A culpa da mulher
No começo deste ano, pesquisadores da Universidade do País Basco, na Espanha, divulgaram um estudo sobre o sentimento de culpa. Eles questionaram 250 pessoas, de ambos os sexos, e chegaram à conclusão de que as mulheres sentem mais culpa do que os homens, principalmente as que estão na faixa dos 40 e 50 anos. Os altos índices de culpa feminina, segundo os pesquisadores, são causados por práticas educacionais que exigem mais das mulheres do que dos homens, repressão na infância e por danos causados em terceiros.
No campo dos desejos e relacionamentos, a psicóloga Regina Navarro cita a repressão sexual como a principal causadora da culpa. Ela explica que, durante muito tempo, vendeu-se que a marca da feminilidade era não ter prazer no sexo. “Esse discurso foi tão forte que ainda ecoa hoje quando as mulheres se sentem culpadas por transar no primeiro encontro, por exemplo”, explica.
A psicóloga Ceres Alves Araújo explica que a pessoa geralmente sente culpa quando percebe (ou acha) que fez algo errado, algo que pode desagradar alguém. Para ela, a culpa sentida na maternidade, por exemplo, é uma das mais comuns. Mas alerta que algumas mães exageram e sentem uma culpa descabida, como, por exemplo, a sentida quando é preciso voltar ao trabalho depois do término da licença maternidade. “Algumas mulheres se sentem mais culpadas ainda quando percebem que têm prazer em trabalhar”, diz. O sentimento vem de uma imagem pré-concebida de que a mãe precisa estar presente o tempo todo na vida do filho. “A criança consegue sobreviver longe da mãe, necessita de pessoas cuidando dela, claro, mas nem sempre precisa ser a mãe. Aliás, é bom para criança perceber que a mãe vai e volta”, diz.
Sete ações para atenuar a culpa, segundo Moacyr Scliar
1. Não negar a culpa
2. Aprender a diferenciar a culpa real da culpa neurótica, originária do inconsciente
3. Aceitar, sem se envergonhar ou se culpar, as fantasias sexuais e desejos proibidos
4. Aprender a conviver com a criança que temos dentro de nós, que controla muitos de nossos pensamentos e atos
5. Reconhecer que, muitas vezes, traz-se do passado uma raiva que se transforma em crônica e destrutiva ruminação
6. Não deixar que a culpa nos torne manipuláveis – pelo cônjuge, pelos filhos, pelos amigos, pelos colegas de trabalho, pelo chefe, por líderes políticos, por quem quer que seja. A manipulação através da culpa é um processo que, invariavelmente, conduzirá ao desastre psicológico
7. Tudo isto pode ser resumido em uma única palavra: compreensão. “O “homem é o único ser capaz de sentir culpa”, disse o filósofo Martin Buber, acrescentando: “mas é também o único ser capaz de iluminar a sua culpa.” A culpa iluminada, a culpa compreendida, é a culpa domada. Para compreender sua culpa, a pessoa pode necessitar da ajuda de familiares, de amigos, de colegas - e também de um terapeuta.
Camila de Lira, iG São Paulo 15/07/2010 12:31
Um estudo aponta que as mulheres sentem mais culpa do que os homens .
Você não foi na ioga hoje? Comeu demais no jantar? Teve que ficar até mais tarde no trabalho e não teve tempo para os filhos? As situações são diferentes, mas o sentimento que ronda a cabeça da maioria das mulheres é o mesmo: a culpa.
De acordo com o médico e escritor Moacyr Scliar, autor do livro “Enigma da Culpa” (Editora Objetiva), em que analisa aspectos históricos, religiosos e psicanalíticos da culpa, o sentimento “resulta da consciência de uma transgressão ou de um conflito inconsciente”. Segundo Scliar, existe um fator que aumenta a pressão e dificulta a liberação da culpa: a sociedade e o peso que ela dá às coisas. “Os códigos de conduta são muito rígidos. Padrões demasiado exigentes, seja no trabalho, nas relações pessoais, isso gera muitas frustrações. A pessoa não atinge aquilo acha que os outros esperam dela e sente-se automaticamente culpada”, diz.
Para a colunista Regina Navarro Lins, psicóloga e autora de “A Cama na Varanda” (Ed. Rocco), somos frutos de uma cultura judaico-cristã em que o sofrimento é uma virtude. “A sociedade é toda baseada em culpa e pecado”, diz. De acordo com Navarro, existe uma construção da culpa desde a consolidação do catolicismo. Scliar concorda e completa: “O Jeová, do Antigo Testamento, é um Deus que vigia constantemente os humanos, e que não hesita em acusá-los e puni-los. Cristo procura absolver os pecados da humanidade, mas o cristianismo não acabou com a culpa, sobretudo em termos morais”, completa.
A culpa da mulher
No começo deste ano, pesquisadores da Universidade do País Basco, na Espanha, divulgaram um estudo sobre o sentimento de culpa. Eles questionaram 250 pessoas, de ambos os sexos, e chegaram à conclusão de que as mulheres sentem mais culpa do que os homens, principalmente as que estão na faixa dos 40 e 50 anos. Os altos índices de culpa feminina, segundo os pesquisadores, são causados por práticas educacionais que exigem mais das mulheres do que dos homens, repressão na infância e por danos causados em terceiros.
No campo dos desejos e relacionamentos, a psicóloga Regina Navarro cita a repressão sexual como a principal causadora da culpa. Ela explica que, durante muito tempo, vendeu-se que a marca da feminilidade era não ter prazer no sexo. “Esse discurso foi tão forte que ainda ecoa hoje quando as mulheres se sentem culpadas por transar no primeiro encontro, por exemplo”, explica.
A psicóloga Ceres Alves Araújo explica que a pessoa geralmente sente culpa quando percebe (ou acha) que fez algo errado, algo que pode desagradar alguém. Para ela, a culpa sentida na maternidade, por exemplo, é uma das mais comuns. Mas alerta que algumas mães exageram e sentem uma culpa descabida, como, por exemplo, a sentida quando é preciso voltar ao trabalho depois do término da licença maternidade. “Algumas mulheres se sentem mais culpadas ainda quando percebem que têm prazer em trabalhar”, diz. O sentimento vem de uma imagem pré-concebida de que a mãe precisa estar presente o tempo todo na vida do filho. “A criança consegue sobreviver longe da mãe, necessita de pessoas cuidando dela, claro, mas nem sempre precisa ser a mãe. Aliás, é bom para criança perceber que a mãe vai e volta”, diz.
Sete ações para atenuar a culpa, segundo Moacyr Scliar
1. Não negar a culpa
2. Aprender a diferenciar a culpa real da culpa neurótica, originária do inconsciente
3. Aceitar, sem se envergonhar ou se culpar, as fantasias sexuais e desejos proibidos
4. Aprender a conviver com a criança que temos dentro de nós, que controla muitos de nossos pensamentos e atos
5. Reconhecer que, muitas vezes, traz-se do passado uma raiva que se transforma em crônica e destrutiva ruminação
6. Não deixar que a culpa nos torne manipuláveis – pelo cônjuge, pelos filhos, pelos amigos, pelos colegas de trabalho, pelo chefe, por líderes políticos, por quem quer que seja. A manipulação através da culpa é um processo que, invariavelmente, conduzirá ao desastre psicológico
7. Tudo isto pode ser resumido em uma única palavra: compreensão. “O “homem é o único ser capaz de sentir culpa”, disse o filósofo Martin Buber, acrescentando: “mas é também o único ser capaz de iluminar a sua culpa.” A culpa iluminada, a culpa compreendida, é a culpa domada. Para compreender sua culpa, a pessoa pode necessitar da ajuda de familiares, de amigos, de colegas - e também de um terapeuta.
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