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terça-feira, 6 de junho de 2017

É possível preservar a fertilidade após o câncer?

A infertilidade é um dos principais efeitos colaterais do tratamento do câncer, mas técnicas modernas já permitem a preservação da vida reprodutiva
http://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/e-possivel-preservar-a-fertilidade-apos-o-cancer/
Por Edson Borges

Fertilidade (iStock/Getty Images)
câncer é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo, responsável pelo óbito de mais de 8,8 milhões de pessoas no ano de 2015. O Dia Mundial de Combate ao Câncer, celebrado todo 8 de abril por iniciativa da Organização Mundial da Saúde, foi criado para atrair a atenção da população mundial para o aumento no índice de câncer no mundo e também as ações de prevenção e combate à doença.

Tratamentos e efeitos colaterais
A ciência avança na cura de diferentes tipos de câncer, propiciando a sobrevivência a longo termo para diversos pacientes. De fato, tratamentos quimioterápicos e radioterápicos têm permitido taxas de sobrevivência de aproximadamente 80% entre crianças e adolescentes.
A meditação sobre os tratamentos e sobrevida deve incluir a qualidade de vida e, assim, a possibilidade do paciente se tornar pai ou mãe, acomodando-se aos desejos de fundar uma família, próprios da natureza humana. Dessa maneira, chama a atenção a questão da preservação da fertilidade, pois efeito colateral sabido dos tratamentos do câncer é a infertilidade.
Um estudo publicado há alguns anos pelo nosso grupo (Int Braz J Urol. 2009) constatou que 86,9% dos pacientes com câncer tinham preocupação com a fertilidade futura e a criopreservação de seu gametas os deixava mais confortáveis para enfrentar a doença e o tratamento.
Há esperança
Técnicas e estratégias para preservação da fertilidade vêm sendo estudadas e desenvolvidas, sendo que o método mais seguro e eficaz hoje é o congelamento de espermatozoides, óvulos ou embriões, anteriormente à terapia gonadotóxica.
criopreservação de espermatozoides é simples e pode ser feita imediatamente antes do início da terapêutica oncológica. No caso de óvulos e embriões, o congelamento requer estímulo medicamentoso dos ovários, procedimento que pode levar de três a seis semanas, o que nem sempre é possível. Quando possível, as estratégias incluem regimes de estímulo ovariano modificados para prevenir o potencial efeito deletério das altas concentrações hormonais.
Quando não é possível esperar o estímulo ou preservar os espermatozoides antes do tratamento, a alternativa é o congelamento do tecido ovariano ou testicular, técnica também adequada para preservação da fertilidade no delicado caso de crianças e pré-adolescentes. O tecido ovariano é uma fonte de gametas, que podem ser criopreservados e, após o final do tratamento oncológico, a paciente tem possibilidade de reestabelecer os ciclos reprodutivos.
O congelamento de pequenas partes do ovário humano é ainda um grande desafio da medicina, pela complexidade das células envolvidas. Porém, avanços nessa área e estudos têm permitido o desenvolvimento de diversas técnicas de preservação da fertilidade, trazendo a possibilidade de maternidade antes impensada.
Aproveitando a data e a atenção mundial, fica o alerta: pacientes com diagnóstico de câncer devem ser informados a respeito da possível perda da fertilidade e, principalmente, das opções para sua manutenção, esperança de paternidade futura que auxilia, sem dúvida, no tratamento da doença.

terça-feira, 28 de março de 2017

Programa ajuda mulheres diagnosticadas com câncer a congelar óvulos

Projeto pode subsidiar custos do processo em até 100%. Congelamento é alternativa para risco de infertilidade com tratamento


Da Redação - Publicado: 23/01/2017 - Atualizado: 17/02/2017
http://ladoaladopelavida.org.br/portal/noticia/programa-ajuda-mulheres-diagnosticadas-com-cancer-a-congelar-ovulos


Além de todos os dilemas que envolvem o tratamento até a cura do câncer, uma das preocupações das mulheres é saber se poderão engravidar após o processo. A preocupação surge principalmente porque alguns tratamentos podem afetar a fertilidade feminina.

Para garantir mais tranquilidade para as mulheres, surge um programa social que oferece uma importante alternativa às pacientes que sonham em ser mães e se deparam com um diagnóstico de câncer. A Ferring Pharmaceuticals lança, em parceria com o Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia (IPGO), Huntington e Idea Fértil o Programa Proteger, que permitirá a mulheres diagnosticadas com câncer congelar os óvulos com custo subsidiado em até 100%.

Pelo projeto social as mulheres que passarão por tratamento de câncer podem receber gratuitamente o medicamento Menopur (gonadotrofina), usado na indução de ovulação para congelamento de óvulos. Com a estimulação é possível coletar um maior número de óvulos rapidamente, possibilitando que logo se comece o tratamento

Para viabilizar o projeto, a Ferring estabeleceu parcerias com três renomadas clínicas de reprodução assistida: Instituto Idea Fértil de Saúde Reprodutiva, que têm à frente o ginecologista Caio Parente; o Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia (IPGO), dirigido por Arnaldo Cambiaghi, ginecologista obstetra e especialista em reprodução humana; e com a Huntington Medicina Reprodutiva, coordenada pelo Dr. Maurício Barbour Chehin.

Para participar do programa, as mulheres devem conversar com seu oncologista antes de começar o tratamento e com o laudo de autorização do profissional em mãos, inscrever-se em uma das clínicas parceiras e avisar que quer fazer a preservação da fertilidade pelo Programa Proteger.


Ferring lança programa social sem precedentes no Brasil

Equipe Oncoguia - Data de cadastro: 07/12/2016 - Data de atualização: 07/12/2016
A incidência de câncer em mulheres em idade fértil tem crescido, segundo dados do Ministério da Saúde1. Esse fenômeno fez aumentar a preocupação de especialistas com a fertilidade das mulheres. Afinal, embora o assunto ainda não seja amplamente divulgado, tratamentos oncológicos como quimioterapia e/ou radioterapia podem comprometer a fertilidade, como um efeito colateral. Ou até mesmo indiretamente, quando o tratamento causa atrasos na reprodução e permitem o declínio natural da fertilidade.

Ciente dessa nova realidade, a Ferring Pharmaceuticals acaba de lançar, em parceria com o Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia (IPGO), Huntington e Idea Fértil, o Programa Proteger. Trata-se de um projeto social que permitirá às mulheres que venham a se submeter a um tratamento oncológico, receber gratuitamente o medicamento Menopur (gonadotrofina), o mais utilizado na indução de ovulação para congelamento dos óvulos. A estimulação contribuiu para a coleta de um número maior de óvulos e de forma rápida, permitindo o início da conduta oncológica em poucos dias.

Uma eventual diminuição na fertilidade em um tratamento oncológico ainda é um assunto pouco debatido. O congelamento dos óvulos é a opção mais indicada para as pacientes que pretendem ser mães. Por ser um procedimento de alto custo, torna-se inacessível para algumas mulheres. "O Proteger é uma retribuição à sociedade e chega para mudar esse cenário. É uma iniciativa da Ferring não só no Brasil como em outros países onde atua. Demonstra nosso compromisso com a sociedade e com o paciente”, afirmou Alexandre Seraphim, gerente geral da Ferring.

Para auxiliar as mulheres neste sonho, a Ferring estabeleceu parceria com três renomadas clínicas de reprodução assistida: Instituto Idea Fértil de Saúde Reprodutiva, que têm à frente o ginecologista Caio Parente; o Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia (IPGO) dirigida por Arnaldo Cambiaghi, ginecologista obstetra e especialista em reprodução humana; e com a Huntington Medicina Reprodutiva, coordenada pelo Dr. Maurício Barbour Chehin. Aliadas à Ferring, elas atuarão para promover e facilitar o acesso à preservação da fertilidade.

Aquelas que desejarem participar do programa Proteger devem conversar com seu oncologista antes de iniciar o tratamento e solicitar autorização para o tratamento de indução da ovulação. Com o laudo do oncologista, a paciente deve se inscrever em um dos três parceiros.

O programa consiste em: consulta médica com especialista em reprodução humana, realização de exames, indução da ovulação com medicamentos, coleta dos óvulos, congelamento e preservação em laboratório.

Todas as clinicas parceiras priorizarão o atendimento das pacientes que estão no programa. Segundo o coordenador médico da Huntington, Dr. Maurício Barbour Chehin a iniciativa é excelente. ”Felizmente, pela primeira vez, vemos um programa como esse no Brasil. Essas ações vão certamente aumentar e facilitar o acesso para mulheres com diagnóstico de câncer. Para muitas, o impacto da notícia da infertilidade é mais traumatizante do que o próprio câncer. Esse tratamento oferece a oportunidade de, ao alcançarem a cura, realizar o sonho de ser mãe fertilizando um óvulo”, detalhou.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 596 mil novos casos de câncer no Brasil no ano de 2016, sendo 300.870 destes diagnósticos entre as mulheres, o que evidencia a importância desse tipo de iniciativa.

Referências

Datasus
Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva. Incidência de câncer no Brasil. Disponível no site do INCA.