quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Planos de saúde terão prazo para agendar consultas

Em pediatria, cirurgia geral, ginecologia, obstetrícia e clínica médica, prazo máximo será de sete dias úteis a partir de amanhã


AE
18/12/2011 13:18 - http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/planos-de-saude-terao-prazo-para-agendar-consultas/n1597415408268.html

As operadoras de planos de saúde deverão garantir aos consumidores a marcação de consultas, exames e cirurgias nos prazos máximos definidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No caso de consultas básicas - pediatria, clínica médica, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia - o prazo máximo será de sete dias úteis. A regra começa a valer a partir da segunda-feira de 19 de dezembro.

Além de estabelecer um prazo máximo para o atendimento, que vai de três a 21 dias, a norma também determina que cada operadora de plano de saúde deverá oferecer pelo menos um serviço ou profissional em cada área contratada.

"A ANS não pode interferir na capacidade de atendimento dos prestadores e sim regular para que haja no mínimo uma alternativa disponível, ou seja, a operadora deverá garantir o atendimento no tempo previsto, mas não exatamente com o profissional de escolha do beneficiário", afirmou, em comunicado, a diretora adjunta de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Carla Soares.

De acordo com a ANS, as empresas de planos de saúde que não obedecerem aos prazos definidos sofrerão penalidades e, em casos de descumprimentos constantes, poderão passar por medidas administrativas.

Entre os demais prazos, as consultas em outras especialidades médicas terão um prazo máximo de 14 dias úteis. Já o prazo para marcar consultas com fonoaudiólogo, nutricionistas, psicólogo, terapeuta ocupacional e fisioterapia será de dez dias. Já os serviços de diagnóstico o prazo máximo será de três dias. Os casos de urgência e emergência o atendimento deverá ser imediato.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Câncer de mama: tratamento deve começar até 3 meses após diagnóstico

Além do tratamento mais ágil, Inca quer que a mulher com câncer seja tratada por equipe com psicólogo e nutricionista
http://delas.ig.com.br/saudedamulher/cancer-de-mama-tratamento-deve-comecar-ate-3-meses-apos-diagnostico/n1597348381512.html

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) divulgou hoje (31) sete novas recomendações para o controle do câncer de mama no país. Uma delas é que o início do tratamento ocorra em três meses e que os procedimentos complementares, de quimioterapia ou hormonioterapia, comecem, no máximo, em 60 dias. Além disso, a radioterapia deve ser feita em 120 dias.

As orientações complementam as lançadas no ano passado, que eram focadas em ações de prevenção, detecção precoce e informação de qualidade. Segundo o técnico da Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica da instituição Ronaldo Corrêa, desta vez, a lista é voltada ao tratamento de mulheres que já tenham tumores.

“Essas recomendações são importantes porque podem ter impacto na sobrevida das pacientes”, explicou.

Ele lembrou, durante o lançamento, que o câncer de mama é o tumor que mais mata a população feminina no Brasil, sendo responsável pela morte de 12 mil mulheres a cada ano.

O técnico do Inca acrescentou que a lista também traz recomendações sobre o acolhimento das pacientes. O instituto orienta que elas sejam acompanhadas por uma equipe que inclua médicos, enfermeiro, psicólogo, nutricionista, assistente social e fisioterapeuta; e que receba cuidados em um ambiente que respeite a autonomia, dignidade e confidencialidade.

“Quanto mais profissionais estiverem comprometidos com o tratamento melhor vai ser a assistência prestada a essas mulheres”, ressaltou. Ele lembrou que as recomendações não têm força de lei, mas seu cumprimento pode ser verificado pela sociedade.

A lista com todas as recomendações está disponível no site do Inca. O documento impresso também será encaminhado às secretarias de Saúde dos estados e municípios.

Para ampliar as ações de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama e de colo de útero, o Ministério da Saúde vai investir, até 2014, R$ 4,5 bilhões. Os recursos serão usados, entre outras iniciativas, na implantação de 50 centros para atendimentos em mastologia ou ginecologia e na implantação de 32 serviços avançados em hospitais habilitados para o tratamento oncológico e na substituição de equipamentos em 48 hospitais.

domingo, 11 de dezembro de 2011

SP oferece cirurgia sem cortes para tratamento contra câncer

http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2011/10/27/sp-oferece-cirurgia-sem-cortes-para-tratamento-contra-cancer/


O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), tornou-se o primeiro hospital público do país a adotar a técnica de radiocirurgia. Trata-se de uma terapia simples e rápida para tratar pacientes oncológicos que, por motivos clínicos, não poderiam se submeter aos riscos de uma cirurgia comum. As informações são da agência Fapesp.

O tratamento é indicado para tumores primários ou metástases localizadas no pulmão e na coluna vertebral, desde que isolados e com até cinco centímetros de diâmetro. Essa tecnologia visa concentrar uma grande dose de radiação em focos bastante específicos, provocando a morte das células cancerígenas por meio da quebra de seu DNA e chance mínima de danos aos tecidos sadios.

Além disso, o equipamento possibilita que, mesmo havendo uma pequena movimentação do tumor, provocada pela respiração, somente a área programada seja tratada. Isso porque o aparelho ajusta os disparos quando o tecido saudável fica à frente do dispositivo emissor da radiação. O procedimento dura, em média, uma hora e libera o paciente para voltar à sua rotina normal logo após a terapia.

Antes de dar início ao tratamento, uma imagem do tumor gerada pelo próprio equipamento de radioterapia é realizada para que a equipe de médicos e físicos possa posicionar o alvo que será submetido à radiocirurgia.

Devido a essa precisão, a técnica promove maior proteção dos tecidos vizinhos contra a radiação quando comparada ao tratamento de radioterapia convencional. Por esta razão, embora receba uma dose elevada de radiação, o paciente apresenta uma tolerância maior à nova técnica. Além disso, o período de tratamento é mais curto. São necessárias de uma a cinco aplicações, número que pode subir para cerca de 30, quando empregada a radioterapia comum.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

MEDICAMENTO DE ALTO CUSTO CONTRA O CÂNCER PODE TER GENÉRICO NACIONAL

Terça-feira, 22 de Novembro de 2011
http://www.inct-inofar.ccs.ufrj.br/release_sunitinibe.html

INCT-INOFAR descobre nova rota de síntese para produzir o sunitinibe. A pesquisa visa estimular a produção do princípio ativo no Brasil

Pesquisadores do Instituto de Química da UFRJ associados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fármacos e Medicamentos (INCT-INOFAR) desenvolveram, em escala de laboratório, um modo eficiente para produzir o genérico do sunitinibe, princípio ativo do Sutent®, medicamento contra o câncer fabricado pela Pfizer. A descoberta da nova rota de síntese abre possibilidade para a produção nacional do genérico a um custo mais barato, quando a patente do medicamento expirar no Brasil.

Recomendado para combater certos tipos de câncer no rim, estômago e intestino, o Sutent® é um medicamento de alto custo – em torno de 11 mil reais a caixa com 28 comprimidos de maleato de sunitinibe 50mg – que ainda não faz parte do protocolo do tratamento de câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A pesquisa levou dois anos e meio e foi toda desenvolvida no Instituto de Química da UFRJ pela Dra Barbara Vasconcelos da Silva, juntamente com o seu orientador, o professor Angelo da Cunha Pinto. Para o especialista, a descoberta tem um impacto social importante, visto que muitos pacientes entram na justiça para obter do governo esse medicamento.

“O custo mais baixo pode tornar o sunitinibe acessível a uma maior parcela da população brasileira, à medida que ele possa passar a integrar SUS” –observouo professor Angelo Pinto. No meio científico a descoberta da nova rota de síntese do sunitinibe é comemorada como um marco que atesta a competência brasileira na área dos genéricos.

“É uma prova de que o Brasil pode produzir qualquer medicamento inventado em um país desenvolvido” – comemora o pesquisador, que teve que driblar as 472 patentes depositadas no mundo relativas ao sunitinibe, para descobrir um meio inédito de produzir a substância.

Na nova rota de síntese desenvolvida foram feitas substituições de reagentes e modificações das condições de algumas reações, de modo que o resultado da pesquisa gerou um produto final com rendimento superior ao descrito na patente da Pfizer.

Sunitinibe
O sunitinibe é considerado um tratamento eficaz e confortável, pois é ministrado ao paciente por via oral e não acarreta os tradicionais efeitos colaterais da quimioterapia. Com um modo de atuação diferente e inovador – por agir como um inibidor da enzima tirosina-quinase – o medicamento tem dois efeitos: impede o crescimento de novos vasos sangüíneos que alimentam o tumor e ataca diretamente as células tumorais, evitando a sua multiplicação.

Economia com o genérico

Em 2010, o Brasil gastou quase 8 milhões de dólares com a importação do Sutent®, que teve a patente registrada no País, em 2005, pelo laboratório Pfizer. Com a descoberta da nova rota de síntese do sunitinibe, o Brasil pode, antecipadamente, preparar-se para produzir o medicamento, reduzindo assim seu custo de produção.

Em dezembro de 2010, os pesquisadores associados do INCT-INOFAR baseados no Instituto de Química da Unicamp concluíram a rota de síntese inédita da atorvastatina, princípio ativo do Lipitor®, medicamento mais vendido no mundo que acabou de expirar a patente no Brasil. Atualmente, o instituto tenta negociar a rota desta síntese com uma indústria brasileira.

Apesar dos avanços ocorridos em decorrência da Lei dos Genéricos, infelizmente, as empresas farmacêuticas brasileiras limitam-se a formular e a embalar princípios ativos importados de mercados distantes como China, Índia e Coréia. Com objetivo de tentar reverter esse “Caminho das Índias”, o INCT-INOFAR objetiva transferir a tecnologia da produção do sunitinibe, a fim de que a versão do genérico possa ser efetivamente produzida por uma indústria nacional. Uma contribuição valiosa dos seus cientistas para melhorar o acesso da população aos medicamentos.

Barbara Vasconcellos da Silva Professora Adjunta do Instituto de Química da UFRJ. Possui graduação em Química com atribuições tecnológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2007) e doutorado em Química pela mesma universidade (2010). Tem experiência na área de Química Orgânica, com ênfase em síntese de derivados da isatina, oxindóis e compostos contendo o grupo ferrocenil.

Angelo da Cunha Pinto Professor Titular do Instituto de Química da UFRJ, bolsista de produtividade de pesquisa de nível IA do CNPq, Cientista do Nosso Estado da FAPERJ, Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências, Membro do comitê da CAPES da área de Química, Oficial Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Cientifico, Editor do Journal of the Brazilian Chemical Society e da Revista Virtual de Química.