Mostrando postagens com marcador Ajuda dos familiares. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ajuda dos familiares. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

O consolo de uma menina ao irmão de quatro anos com câncer se torna viral


A mãe, Kaitlin Burge, coloca a foto em um 'post' no Facebook no qual relata a crua realidade desta doença e de como afeta toda a família
Foto em que se vê como Audrey (5 anos) consola o irmão mais novo, Beckett.FACEBOOK

A dor de uma família inteira quando um de seus membros tem câncer. A dor dos menorzinhos quando a doença abala a casa. Isso é o que Kaitlin Burge, uma mãe de Princeton (Texas), queria transmitir sobre como sua filha Audrey, de cinco anos, está vivendo desde que o irmão Beckett, de quatro, foi diagnosticado com leucemia linfoblástica aguda –um tipo de câncer que começa na medula óssea–, em abril de 2018.
Com esse intuito, e na forma de uma declaração, a mãe postou um texto no Facebook em 3 de setembro com uma foto em que se vê o menino vomitando enquanto a irmã mais velha o acompanha, o apoia e o consola. A imagem, em preto e branco, se tornou viral em poucos dias, com mais de 50.000 curtidas e mais de 35.000 compartilhamentos.
“Uma coisa que não te dizem sobre o câncer na infância é como isso afeta toda a família. Você sempre escuta coisas sobre as questões médicas e econômicas, mas quantas vezes ouvimos sobre os problemas causados por essa doença em famílias com mais filhos?”, pergunta Burge na página Beckett Strong (Beckett forte) sobre o filho caçula. "Para alguns, será muito difícil continuar lendo", prossegue.
Na mensagem, esta mãe diz que tem dois filhos, com uma diferença de 15 meses um do outro, e conta como deixaram de brincar juntos na escola e em casa para ficar sentados em um quarto frio do hospital: “Minha filha teve que ver como o irmão ia da ambulância para a UTI, como lhe davam remédio, como o ajudavam (...) sem entender o que o irmão estava passando. Mas sabia que algo ruim estava acontecendo com o irmão, com seu melhor amigo”.
Depois de um mês internado no hospital, continua, "viu que o irmão mal podia brincar ou andar [...] e ela não entendia por que acontecia tudo isso".
"Por que decidimos que nossa filha nos acompanhasse ou por que ela teve que ver tudo o que estava acontecendo com o irmãozinho?", se pergunta Burge em seu próprio post. Para ela, as crianças precisam de apoio e companhia, e não se afastar da pessoa doente: “Ela está sempre com ele, independentemente da situação. Até hoje, agora estão mais próximos. Ela sempre cuida dele”.
A leucemia é o tumor maligno mais comum entre os menores de 15 anos na Espanha e representa 25% dos cânceres diagnosticados anualmente, de acordo com a Sociedade Espanhola de Hematologia-Oncologia Pediátrica. Nos Estados Unidos, cerca de 3.500 crianças sofrem da doença a cada ano.
A moral da história para essa mãe é: “Vomitar entre as sessões de brincadeira. Ficar e apoiar seu irmão e acariciar suas costas quando ele se sente mal. Passar de 13 quilos para nove. Isso é o câncer infantil. Ou você lida com isso. Ou o abandona.


quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Mães de crianças com câncer do RJ contam como buscam força para manter os filhos firmes no tratamento


Mulheres de vários pontos do estado contam como dão apoio emocional aos filhos. Psicanalista ressalta que mães também precisam de espaço para expressar as próprias angústias.

Por Cristina Boeckel, G1 Rio
12/05/2018 06h00  Atualizado há menos de 1 minuto


Mães de crianças com câncer do RJ esbanjam força durante tratamento dos filhos

No dia 12 de julho do ano passado, a dona de casa Ariadna Costa, de 28 anos, levou o maior susto da vida: a filha caçula, Millena, de 6 anos, estava com leucemia. Para ela e outras mães, este domingo (13) é mais do que especial: é a data que lembra como é importante ser forte para ajudar os filhos a vencer um câncer.

G1 conversou com três mulheres que contaram sobre a importância do apoio para quem enfrenta uma doença grave já no começo da vida e mudaram completamente a rotina em busca da cura em outra cidade.

Moradora de Angra dos Reis, Ariadna foi obrigada a deixar as duas filhas mais velhas com parentes e veio para o Rio de Janeiro, para Millena ser tratada no Hospital do Fundão, na Ilha do Governador.

“Nós chegamos aqui no dia 11 de julho; no dia 12 eu tive o diagnóstico do que ela tinha, e no dia 13 ela começou a fazer a quimioterapia. Aí o médico falou para mim: ‘A sua filha está com leucemia e precisa fazer o tratamento’, e me explicou as coisas que ela ia ter que fazer. Porém no começo eu não entendi nada porque eu fiquei muito nervosa. Nunca imaginei que fosse um dia passar por isso, e estou aqui com ela”, contou.

Para Cristiane Ferreira, moradora de Queimados e mãe de Tamires, de 19 anos, já são 4 anos lutando contra um câncer no cérebro. O caminho do diagnóstico passou por diversas unidades de saúde até ter o tumor detectado por uma tomografia e uma ressonância. A adolescente passou por uma cirurgia no Instituto do Cérebro.

“Treze dias depois levei para tirar os pontos. O médico me chamou para conversar no dia seguinte. Voltei no outro dia e ele falou: ‘De hoje em diante vai se tratar no Inca’. Eu perguntei: ‘Por que no Inca?’ E ele falou porque ela tinha um câncer”, explicou Cristiane, emocionada.

Lucely Rodrigues deixou o trabalho em Campos dos Goytacazes, no norte do estado, para acompanhar o tratamento do filho, Pedrinho, de 4 anos. Ele trata uma leucemia no Instituto Nacional do Câncer. Para ela, o susto foi duplo: a filha mais velha, de 9 anos, já tinha sofrido com um câncer na perna dois anos antes.

“Foi muito difícil para mim porque a minha família tem vários casos assim. Inclusive em 2016 eu tive aqui com a minha filha, a dela foi um tumor na perna, e foi muito difícil. Eu perdi o meu pai, minha avó, a minha mãe com essa doença. Foi aquele choque”, ressaltou Lucely, destacando que mesmo com a intercorrência na família não esperava que o caçula ficasse doente.

Ariadna, Cristiane e Lucely vieram de outros municípios do Estado do Rio de Janeiro e estão abrigadas com os filhos durante o tratamento na Casa Ronald McDonald, na Tijuca, na Zona Norte, que recebe crianças com câncer que precisam de atendimento nas unidades de referência da capital.

Força para seguir
De acordo com Ana Sabrosa, diretora científica da Sociedade Brasileira de Psicanálise no Rio de Janeiro, as crianças veem no olhar não somente da mãe, mas também de todos os familiares, a possibilidade de recuperação. Apesar da ideia de que as mães devem ser fortes no sofrimento, elas devem ter espaço para expressar as suas angústias.

“A criança vê nos olhos da mãe espelhada uma ideia de esperança, da possibilidade de cura. O olhar dos familiares mostra a chance que ela vai ter de lutar, de brincar. Independentemente de um sofrimento, tem algo nesse vínculo que vai precisar ser regado com muita tranquilidade e com a busca até de um especialista se for preciso", explicou a psicanalista.

A religião tem papel fundamental na vida de Lucely para se manter firme. “Eu peço muito força a Deus. Eu sou uma pessoa evangélica e peço força porque só Ele para me ajudar. Família, eu quase não tenho”.

Mesmo com pouca idade, a filha de Ariadna é a responsável por ajudá-la a manter o ânimo: “Ela sempre me passou mais força do que eu para ela”.

Millena conta o que diz quando percebe a mãe esmorecer.

“Eu falo que o meu tratamento vai acabar, minha quimioterapia, meus exames e vou embora”, ressaltou Millena, que sente saudades da família que ficou em Angra dos Reis.

Com o lema “não tem tempo ruim”, ela cortou os cabelos para apoiar a filha.
“Eu sempre gostei de cabelo curto, mas agora, outra vez, eu estou passando força para a minha filha. O cabelinho dela caiu todo de novo, então é tudo de novo”, contou Cristiane, que não deixou a vaidade de lado e pintou os fios curtos de vermelho.
·         RIO DE JANEIRO


terça-feira, 20 de novembro de 2018

Como falar sobre o câncer com filhos e netos


ConversaSobre o câncer: crianças percebem quando há algo errado, portanto não piore a situação com uma mentira que não se sustentará por muito tempo  Foto: https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Chemotherapy#/media/File:Chemotherapy_iv.jpg


Mesmo que a notícia vá causar apreensão e angústia, não finja que está tudo bem
Por Mariza Tavares — Rio de Janeiro

18/11/2018 06h00  

Além de ser um dos maiores desafios pessoais que se possa enfrentar, o câncer também traz um impacto enorme na vida familiar. Quando os filhos são adultos, supõem-se que vão reagir com maturidade e ajudar, embora nem sempre isso ocorra. Mas como abordar a questão com crianças e adolescentes? Mesmo que a notícia vá causar apreensão e angústia, não finja que está tudo bem. É o que prega a cartilha do National Cancer Institute, entidade norte-americana que é referência para a doença. Até os pequenos percebem quando há algo errado, portanto não piore a situação com uma mentira que não se sustentará por muito tempo. Também não se afaste de seus netos, nem deixe que seus filhos interrompam essa convivência, a não ser quando estiver cansado/a demais por causa do tratamento. Todos poderão ter que assumir novos papéis e responsabilidades, é fundamental abordar o problema abertamente.

O que as crianças devem saber: em primeiro lugar, que não têm qualquer culpa – o câncer não aconteceu por causa de algo que fizeram ou disseram. Explique que estar doente não significa que você vai morrer e que, além disso, os cientistas trabalham para descobrir novos remédios para combater a doença. Faça com que entendam que é normal se sentir triste, zangado ou com medo, que os sentimentos não precisam ser reprimidos e devem ser compartilhados. Em alguns casos, a criança pode se ressentir de não receber a mesma atenção de antes e apresentar regressão no comportamento, ou ir mal na escola. Não se furte de pedir auxílio em casa: filhos ou netos podem lavar a louça, arrumar seus quartos ou simplesmente fazer companhia. Como os adolescentes podem se retrair, sugira que conversem com outras pessoas do seu círculo: amigos ou adultos que possam dar esclarecimentos. Não deixe que se sintam excluídos e, na medida do possível, faça com que participem das decisões.

Voltando aos filhos que são adultos, principalmente aqueles que sempre viram pai e mãe como autênticas fortalezas à prova de qualquer intempérie: às vezes também é difícil para os pais pedirem ajuda, esse é um aprendizado para os dois lados. Eles devem ficar cientes do tratamento, dos medicamentos e efeitos colaterais, para que tenham a real dimensão do tempo e cuidado que devem dispensar. O Inca (Instituto Nacional do Câncer) estima que, entre 2018 e 2019, o Brasil tenha 1,2 milhão de novos casos de câncer. Apesar de tantas emoções envolvidas, pense em suas diretivas antecipadas de vontade: como gostaria de ser cuidado pela equipe médica se a doença evoluir para um quadro incurável e terminal. Embora 90% das pessoas digam que é importante conversar com os familiares sobre os cuidados no fim da vida, apenas 27% afirmam tê-lo feito.

https://g1.globo.com/bemestar/blog/longevidade-modo-de-usar/post/2018/11/18/como-falar-sobre-o-cancer-com-filhos-e-netos.ghtml

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Como lidar com o corpo e os relacionamentos depois do câncer


Credit: National Cancer Institute

Cada um de nós tem uma imagem mental de como vemos nossa "auto-imagem". Embora nem sempre gostem da nossa aparência, estamos acostumados com nossa auto-imagem e aceitamos. Mas o câncer e seu tratamento podem mudar a forma como você se parece e se sente. Saiba que você não está sozinho em como você se sente. Muitos outros têm sentimentos semelhantes.

Alterações do corpo durante e após o tratamento
Mudanças na sua vida sexual
Namoro

Alterações do corpo durante e após o tratamento

Algumas alterações corporais são de curto prazo, enquanto outras vão durar para sempre. De qualquer forma, sua aparência pode ser uma grande preocupação durante ou após o tratamento. Por exemplo, as pessoas com ostomias após a cirurgia retal ou do cólon às vezes têm medo de sair. Eles se preocupam com o transporte de equipamentos ao redor do corpo ou temem que ele possa vazar. Alguns podem sentir vergonha ou ter medo de que outros os rejeitem.

Toda pessoa muda de maneiras diferentes. Alguns serão notáveis para outras pessoas, mas algumas mudanças apenas você notará. Para alguns, você pode precisar de tempo para se ajustar. Os problemas que você pode enfrentar incluem:

Perda de cabelo ou alterações na pele
Cicatrizes ou mudanças na forma como você parece causadas por cirurgia
Mudanças de peso
Perda de membros
Perda de fertilidade, o que significa que pode ser difícil engravidar ou ter um filho

Mesmo que os outros não possam vê-los, suas mudanças no corpo podem incomodá-lo. Sentimentos de raiva e tristeza sobre mudanças em seu corpo são naturais. Sentir-se mal com o seu corpo também pode diminuir o seu desejo sexual. Essa perda pode fazer você se sentir ainda pior em relação a você mesmo.

Alterações na forma como você olha também podem ser difíceis para seus entes queridos, o que, por sua vez, pode ser difícil para você. Por exemplo, pais e avós geralmente se preocupam com a aparência de um filho ou neto. Eles temem que as mudanças em sua aparência possam assustar a criança ou entrar no caminho de sua permanência próxima.

Each of us has a mental picture of how we look, our "self-image." Although we may not always like how we look, we're used to our self-image and accept it. But cancer and its treatment can change how you look and feel about yourself. Know you aren't alone in how you feel. Many others have similar feelings.

Body Changes during and after Treatment
Changes in Your Sex Life
Dating

Body Changes during and after Treatment

Some body changes are short-term while others will last forever. Either way, your looks may be a big concern during or after treatment. For example, people with ostomies after colon or rectal surgery are sometimes afraid to go out. They worry about carrying equipment around or fear that it may leak. Some may feel ashamed or afraid that others will reject them.

Every person changes in different ways. Some will be noticeable to other people, but some changes only you will notice. For some of these you may need time to adjust. Issues you may face include:

Hair loss or skin changes
Scars or changes in the way you look caused by surgery
Weight changes
Loss of limbs
Loss of fertility, which means it can be hard to get pregnant or father a child
Even if others can't see them, your body changes may trouble you. Feelings of anger and grief about changes in your body are natural. Feeling bad about your body can also lower your sex drive. This loss may make you feel even worse about yourself.

Changes in the way you look can also be hard for your loved ones, which in turn, can be hard on you. For example, parents and grandparents often worry about how they look to a child or grandchild. They fear that changes in their appearance may scare the child or get in the way of their staying close.


Lidar com as mudanças no corpo

Como você lida com as mudanças corporais?

Lamentar suas perdas e saber que está certo sentir-se triste, irritado e frustrado. Seus sentimentos são reais e você tem o direito de se afligir.
Tente se concentrar nas formas como o enfrentamento do câncer o tornou mais forte, mais sábio e mais realista.
Se a sua pele mudou pela radiação, pergunte ao seu médico sobre as formas de cuidar disso.
Procure novas maneiras de melhorar sua aparência. Um novo corte de cabelo, cor do cabelo, maquiagem ou roupas podem dar-lhe uma elevada. Se você está vestindo uma peruca, pode levá-la a um cabeleireiro para dar forma e estilo.
Se você optar por usar alguma prótese de mama, certifique-se de que se encaixa bem. Não tenha medo de pedir ajuda a alguém. E verifique seu plano de seguro de saúde para ver se ele vai pagar por isso.
Lidar com essas mudanças pode ser difícil. Mas, ao longo do tempo, a maioria das pessoas aprende a se adaptar a elas e seguir em frente. Se você precisar, pergunte ao seu médico para sugerir um conselheiro com quem você possa conversar sobre seus sentimentos.

Coping with Body Changes

How do you cope with body changes?

Mourn your losses and know it's okay to feel sad, angry, and frustrated. Your feelings are real, and you have a right to grieve.
Try to focus on the ways that coping with cancer has made you stronger, wiser, and more realistic.
If your skin has changed from radiation, ask your doctor about ways you can care for it.
Look for new ways to enhance your appearance. A new haircut, hair color, makeup, or clothing may give you a lift. If you're wearing a wig, you can take it to a hairdresser to shape and style.
If you choose to wear a breast form (prosthesis), make sure it fits you well. Don't be afraid to ask the clerk or someone close to you for help. And check your health insurance plan to see if it will pay for it.
Coping with these changes can be hard. But, over time, most people learn to adjust to them and move forward. If you need to, ask your doctor to suggest a counselor who you can talk with about your feelings.


Permanecendo ativo

Muitas pessoas acham que ficar ativo pode ajudar sua auto-imagem. Algumas coisas que você pode tentar são:

Caminhar ou correr
Fazer natação
Praticar um esporte
Fazer uma aula de ginástica
Levantar peso
Fazer alongamento ou ioga

Ser ativo o ajuda a lidar com as mudanças. Pode reduzir o estresse e ajudá-lo a relaxar. Também pode ajudá-lo a se sentir mais forte e com mais controle de seu corpo. Comece devagar, se você precisar, e faça no seu tempo. Fale com seu médico sobre maneiras de permanecer ativo.

Hobbies e trabalho voluntário também podem ajudar a melhorar sua auto-imagem e auto-estima. Você pode gostar de ler, ouvir música, fazer palavras cruzadas ou outros tipos de quebra-cabeças, jardim ou paisagem, ou escrever um blog, apenas para citar alguns. Ou você pode ser voluntário em uma igreja ou numa ong, ou se tornar um mentor ou tutor, por exemplo. Você pode achar que se sente melhor com você mesmo quando se envolve em ajudar os outros e fazer as coisas que você gosta

Staying Active

Many people find that staying active can help their self-image. Some things you can try are:

Walking or running
Swimming
Playing a sport
Taking an exercise class
Weight training
Stretching or yoga

You may find that being active helps you cope with changes. It can reduce your stress and help you relax. It may also help you to feel stronger and more in control of your body. Start slowly if you need to and take your time. Talk with your doctor about ways you can stay active.

Hobbies and volunteer work can also help improve your self-image and self-esteem. You may like to read, listen to music, do crossword or other kinds of puzzles, garden or landscape, or write a blog, just to name a few. Or you could volunteer at a church or a local agency, or become a mentor or tutor, for example. You may find that you feel better about yourself when you get involved in helping others and doing things you enjoy.


Mudanças na sua vida sexual

É comum que as pessoas tenham problemas com o sexo por causa do câncer e seu tratamento. Quando seu tratamento acabar, você pode sentir vontade de ter relações sexuais novamente, mas pode demorar algum tempo. Os problemas sexuais podem durar mais do que outros efeitos colaterais do tratamento do câncer. É importante procurar ajuda para aprender a se adaptar a essas mudanças.

Até então, você e seu cônjuge ou parceiro podem precisar encontrar novas maneiras de mostrar que você se importa um com o outro. Isso pode incluir tocar, segurar e abraçar.

Problemas Relacionados ao Tratamento

Problemas sexuais são muitas vezes causados por mudanças em seu corpo. Dependendo do câncer que você teve, você pode ter problemas de curto ou longo prazo com o sexo após o tratamento. Essas mudanças resultam da quimioterapia, radiação, cirurgia ou certos medicamentos. Às vezes, problemas emocionais como ansiedade, depressão, preocupação e estresse podem causar problemas com o sexo.

Que tipos de problemas ocorrem? As preocupações comuns são:

Preocupações com a intimidade após o tratamento. Alguns podem lutar com a imagem do corpo após o tratamento. Mesmo pensar em ser visto sem roupas pode ser estressante. As pessoas podem se preocupar que ter relações sexuais magoa ou que não poderão realizar ou se sentirão menos atraentes. Dor, perda de interesse, depressão ou medicamentos contra o câncer também podem afetar o desejo sexual.
Não é possível fazer sexo como antes. Alguns tratamentos contra o câncer causam alterações nos órgãos sexuais que também alteram sua vida sexual.
Alguns homens não podem mais obter ou manter uma ereção após tratamento para câncer de próstata, câncer de pênis ou câncer de testículos. Alguns tratamentos também podem enfraquecer o orgasmo de um homem ou torná-lo seco. Problemas menos comuns incluem ser incapaz de ejacular ou a ejaculação voltar para a bexiga.
Após o tratamento do câncer, algumas mulheres acham mais difícil, ou mesmo doloroso, fazer sexo. Embora alguns tratamentos contra o câncer possam causar esses problemas, pode não haver uma causa clara. Algumas mulheres também têm dor ou entorpecimento na área genital.
Ter sintomas de menopausa. Quando as mulheres entram na menipausa, podem sentir ondas de calor, secura ou aperto na vagina e/ou outros problemas que podem afetar seu desejo de fazer sexo.
Perder a capacidade de ter filhos. Alguns tratamentos contra o câncer podem causar infertilidade, tornando impossível que os sobreviventes de câncer tenham filhos. Mas tenha em mente que:

Dependendo da sua idade, do tipo de tratamento que recebeu e da duração do tratamento, você ainda pode ter filhos.
As famílias podem se unir de muitas maneiras. Algumas pessoas escolhem a adoção ou a maternidade de aluguel. Algumas pessoas se envolvem na vida de sobrinhas ou sobrinhos, ou em programas de orientação infantil.
Você pode escolher se concentrar em outros interesses e paixões na vida.
Você pode contatar a sua equipe de cuidados de saúde com perguntas ou preocupações, bem como com grupos de suporte liderados profissionalmente. Ou você pode entrar em contato com LIVESTRONG FertilityExit Disclaimer para obter mais informações e para encaminhamentos para programas de fertilidade nos Estados Unidos.
Peça por ajuda

Mesmo que você se sinta estranho, informe seu médico ou enfermeiro se você estiver tendo problemas com intimidade ou sexo. Pode haver tratamentos ou outras maneiras pelas quais você e seu ente querido pode dar prazer uns aos outros. Se o seu médico não pode falar com você sobre problemas sexuais, peça o nome de um médico que pode. Algumas pessoas também acham útil conversar com outros casais.

Os problemas sexuais nem sempre podem melhorar por conta própria. Às vezes, pode haver um problema médico subjacente que causa mudanças. Mudanças comuns e algumas soluções são:

Problemas de ereção. Podem ajudar a medicina, dispositivos assistenciais, aconselhamento, cirurgia ou outras abordagens.
Secagem vaginal. A seca ou o aperto na vagina podem ser causados pela menopausa. As opções para você podem ser: usar um lubrificante à base de água durante o sexo, usar dilatadores vaginais antes do sexo e/ou tomar hormônios ou usar um creme hormonal.
Fraqueza muscular. Você pode ajudar a fortalecer os músculos em sua área genital fazendo exercícios Kegel. Isto é, quando você pratica controlar seus músculos para parar o fluxo de urina. Você pode fazer esses exercícios mesmo quando não está urinando. Apenas aperte e relaxe os músculos enquanto estive sentado, pé ou andando.

Outras questões sobre as quais você quer falar incluem:

Preocupações sobre ter filhos. Discuta preocupações de planejamento familiar com seu médico. Se você é uma mulher, pergunte se você ainda precisa usar controle de natalidade, mesmo que não esteja tendo menstruaçção.
Falando com um conselheiro. Algumas pessoas acham que os problemas sexuais relacionados ao câncer começam a afastar seu relacionamento com seu parceiro. Se for esse o caso, pergunte a uma enfermeira ou assistente social se você pode conversar com um conselheiro. Falar com alguém sozinho, ou com seu parceiro, pode ajudar.
Vendo um especialista. Um terapeuta sexual pode ajudá-lo a falar abertamente sobre seus problemas, trabalhar com suas preocupações e criar novas maneiras de ajudar você e seu parceiro.
Informe ao seu parceiro como você sente

Falar com seu ente querido e compartilhar seus sentimentos e preocupações é muito importante. Mesmo para um casal que esteve junto há muito tempo, pode ser difícil ficar conectado.

Deixe o seu parceiro saber se deseja fazer sexo ou prefere apenas abraçar e beijar. Ele ou ela podem ter medo de fazer sexo com você. Ou seu parceiro pode estar preocupado em machucá-lo ou pensar que não está se sentindo bem.

Fale com o seu parceiro sobre quaisquer preocupações sobre sua vida sexual. Seja aberto sobre seus sentimentos e fique positivo para evitar a culpa.

Eu disse a minha esposa que meu amor por ela não era menos por causa de sua mastectomia. Eu estava muito mais preocupado que ela se livrasse do câncer.

Changes in Your Sex Life

It's common for people to have problems with sex because of cancer and its treatment. When your treatment is over, you may feel like having sex again, but it may take some time. Sexual problems can last longer than other side effects of cancer treatment. It's important to seek help in learning how to adapt to these changes.

Until then, you and your spouse or partner may need to find new ways to show that you care about each other. This can include touching, holding, hugging, and cuddling.

Treatment-Related Problems

Sexual problems are often caused by changes to your body. Depending on the cancer you had, you may have short-term or long-term problems with sex after treatment. These changes result from chemotherapy, radiation, surgery, or certain medicines. Sometimes emotional issues such as anxiety, depression, worry, and stress may cause problems with sex.

What types of problems occur? Common concerns are:

Worries about intimacy after treatment. Some may struggle with their body image after treatment. Even thinking about being seen without clothes may be stressful. People may worry that having sex will hurt or that they won't be able to perform or will feel less attractive. Pain, loss of interest, depression, or cancer medicines can also affect sex drive.
Not being able to have sex as you did before. Some cancer treatments cause changes in sex organs that also change your sex life.
Some men can no longer get or keep an erection after treatment for prostate cancer, cancer of the penis, or cancer of the testes. Some treatments can also weaken a man's orgasm or make it dry. Less common problems include being unable to ejaculate or ejaculation going backward into the bladder.
After cancer treatment, some women find it harder, or even painful, to have sex. While some cancer treatments can cause these problems, there may be no clear cause. Some women also have pain or numbness in their genital area.
Having menopause symptoms. When women stop getting their periods, they can get hot flashes, dryness or tightness in the vagina, and/or other problems that can affect their desire to have sex.
Losing the ability to have children. Some cancer treatments can cause infertility, making it impossible for cancer survivors to have children. But keep in mind that:
Depending on your age, the type of treatment you received, and the length of time since treatment, you may still be able to have children.
Families can come together in many ways. Some people choose adoption or surrogacy. Some people get involved in the lives of nieces or nephews, or in child mentoring programs.
You may choose to focus on other interests and passions in life.
You can reach out to your health care team with questions or concerns, as well as to professionally led support groups. Or you can contact LIVESTRONG FertilityExit Disclaimer for more information, and for referrals to fertility programs in the United States.
Ask for Help

Even though you may feel awkward, let your doctor or nurse know if you're having problems with intimacy or sex. There may be treatments or other ways you and your loved one can give each other pleasure. If your doctor can't talk with you about sexual problems, ask for the name of a doctor who can. Some people also find it helpful to talk with other couples.

Sexual problems may not always get better on their own. Sometimes there can be an underlying medical problem that causes changes. Common changes and some solutions are:

Erection problems. Medicine, assistive devices, counseling, surgery, or other approaches may help.
Vaginal dryness. Dryness or tightness in the vagina can be caused by menopause. Ask whether using a water-based lubricant during sex, using vaginal dilators before sex, and/or taking hormones or using a hormone cream are options for you.
Muscle weakness. You can help strengthen muscles in your genital area by doing Kegel exercises. This is when you practice controlling your muscles to stop the flow of urine. You can do these exercises even when you are not urinating. Just tighten and relax the muscles as you sit, stand, or go about your day.
Other issues you may want to talk about include:

Concerns about having children. Discuss family planning concerns with your doctor. If you're a woman, ask if you still need to use birth control, even if you are not getting your period.
Talking with a counselor. Some people find that sexual problems related to cancer start to strain their relationship with their partner. If this is the case, ask a nurse or social worker if you can talk to a counselor. Talking to someone alone, or with your partner, may help.
Seeing a specialist. A sex therapist may be able to help you talk openly about your problems, work through your concerns, and come up with new ways to help you and your partner.
Tell Your Partner How You Feel

Talking to your loved one and sharing your feelings and concerns is very important. Even for a couple that has been together a long time, it can be hard to stay connected.

Let your partner know if you want to have sex or would rather just hug, kiss, and cuddle. He or she may be afraid to have sex with you. Or your partner may be worried about hurting you or think that you're not feeling well.

Talk to your partner about any concerns you have about your sex life. Be open about your feelings and stay positive to avoid blame.

I told my wife that my love for her wasn't less because of her mastectomy. I was much more concerned that she be rid of cancer.


Encontrando maneiras de ser íntimo

Você ainda pode ter um relacionamento íntimo, apesar do câncer. A intimidade não é apenas física. Também envolve sentimentos. Aqui estão algumas maneiras de melhorar seu relacionamento íntimo:

Concentre-se em falar e renovar sua conexão.
Proteja seu tempo juntos. Desligue o telefone e a TV. Se necessário, encontre alguém para cuidar das crianças por algumas horas.
Vá devagar. Planeje uma hora para ficar juntos sem ser físico. Por exemplo, você pode querer ouvir música ou dar um passeio.
Tente um novo toque. O tratamento ou cirurgia de câncer pode mudar o corpo de um paciente. As áreas em que o toque era usado para se sentir bem agora podem estar entorpecidas ou dolorosas. Algumas dessas mudanças desaparecerão. Algumas ficarão. Por enquanto, vocês podem descobrir juntos quais tipos de toque para se sentir bem, como segurar e abraçar.
Sentir-se íntimo após o tratamento

Embora o tratamento do câncer possa acabar, os problemas sexuais podem permanecer por um tempo. Mas você pode encontrar outras maneiras de mostrar que você se importa um com o outro. Sentir-se perto do seu parceiro é importante.

Tenha orgulho do seu corpo. Você conseguiu através do tratamento!
Pense em coisas que o ajudem a sentir-se mais atraente e confiante.
Concentre-se no positivo. Tente estar atento aos seus pensamentos, pois eles podem afetar sua vida sexual.
Esteja aberto para mudar. Você pode encontrar novas formas de desfrutar da intimidade.

Namoro

Se você é solteiro, mudanças corporais e preocupações sobre sexo podem afetar o que você sente sobre o namoro. Enquanto você luta para aceitar as mudanças em você mesmo, você também pode se preocupar com a forma como os outros sentirão. Por exemplo, você pode se perguntar como alguém reagirá a coisas físicas, como perda de cabelo, cicatrizes ou ostomias. Ou poder trazer problemas sexuais ou de perda de fertilidade, o que pode tornar o relacionamento mais difícil ainda.

Começar a namorar novamente pode parecer um desafio. Você pode se perguntar como e quando contar a uma nova pessoa em sua vida sobre seu câncer e mudanças corporais. Para alguns sobreviventes de câncer, o medo de ser rejeitado os impede de buscar a vida social que eles gostariam de ter. Outros que escolhem não namorar podem enfrentar a pressão de amigos ou familiares para serem mais sociáveis. Aqui estão algumas ideias que podem tornar mais fácil voltar as situações sociais

Concentre-se em atividades que você tem tempo para desfrutar, como ir a festivais e passear em grupo, tomar aulas ou se juntar a um clube.
Tente não permitir que o câncer seja uma desculpa para não namorar e tentar conhecer pessoas.
Aguarde até sentir uma sensação de confiança e amizade antes de contar ao seu namorado sobre seu câncer.
Fale com seus amigos sobre namoro ou obtenha conselhos de outros sobreviventes de câncer.
Pense em namorar como um processo de aprendizagem com o objetivo de ter uma vida social que você desfrute. Você escolhe quem ou com que frequência você namora. E nem todos os namoros devem ser perfeitos. Se algumas pessoas o rejeitam (o que pode acontecer com ou sem câncer), você não falhou. Tente lembrar que nem todas os namoros funcionaram antes de você ter câncer. E, talvez, sua experiência de câncer lhe dê uma sensação de propósito e apreciação por um relacionamento que você não teve antes


Finding Ways to Be Intimate

You can still have an intimate relationship in spite of cancer. Intimacy isn't just physical. It also involves feelings. Here are some ways to improve your intimate relationship:

Focus on just talking and renewing your connection.
Protect your time together. Turn off the phone and TV. If needed, find someone to take care of the kids for a few hours.
Take it slow. Plan an hour or so to be together without being physical. For example, you may want to listen to music or take a walk.
Try new touch. Cancer treatment or surgery can change a patient's body. Areas where touch used to feel good may now be numb or painful. Some of these changes will go away. Some will stay. For now, you can figure out together what kinds of touch feel good, such as holding, hugging, and cuddling.
Feeling Intimate after Treatment

Although cancer treatment may be over, sexual problems may remain for a while. But you can find other ways to show that you care about each other. Feeling close to your partner is important.

Be proud of your body. It got you through treatment!
Think of things that help you feel more attractive and confident.
Focus on the positive. Try to be aware of your thoughts, since they can affect your sex life.
Be open to change. You may find new ways to enjoy intimacy.

Dating

If you're single, body changes and concerns about sex can affect how you feel about dating. As you struggle to accept the changes yourself, you may also worry about how others will feel. For example, you may wonder how someone will react to physical things, such as hair loss, scars or ostomies. Or it can feel awkward to bring up sexual problems or loss of fertility, which can make feeling close even harder.

Starting to date again may feel like a challenge. You may wonder how and when to tell a new person in your life about your cancer and body changes. For some cancer survivors, the fear of being rejected keeps them from seeking the social life they would like to have. Others who choose not to date may face pressure from friends or family to be more sociable. Here are some ideas that can make it easier to get back into social situations:

Focus on activities that you have time to enjoy, such as going to festivals and group outings, taking classes or joining a club.
Try not to let cancer be an excuse for not dating and trying to meet people.
Wait until you feel a sense of trust and friendship before telling a new date about your cancer.
Talk to your friends about dating or get advice from other cancer survivors.
Think about dating as a learning process with the goal of having a social life you enjoy. You get to choose who or how often you date. And not every date has to be perfect. If some people reject you (which can happen with or without cancer), you have not failed. Try to remember that not all dates worked out before you had cancer. And perhaps, your cancer experience gives you a sense of purpose and appreciation for a relationship that you didn't have before.

Updated: June 2, 2017

Most text on the National Cancer Institute website may be reproduced or reused freely. The National Cancer Institute should be credited as the source. Please note that blog posts that are written by individuals from outside the government may be owned by the writer, and graphics may be owned by their creator. In such cases, it is necessary to contact the writer, artist, or publisher to obtain permission for reuse

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Como contar a uma criança que ela tem câncer

Organizações de apoio a pacientes da doença aconselham pais a transmitir mensagens aos filhos de forma clara e direta.

Por BBC
28/11/2016 07h40  

Recentemente, o cantor canadense Michael Bublé e sua mulher, a atriz argentina Luisana Lopilato, anunciaram que o filho de três anos foi diagnosticado com câncer.

O filho do cantor canadense Michael Bublé foi diagnosticado com câncer e está passando por tratamento nos EUA (Foto: Associated Press)

"Estamos arrasados pelo recente diagnóstico de câncer de nosso filho mais velho, Noah, que está em tratamento nos Estados Unidos. Luisana e eu vamos dedicar todo nosso tempo e atenção a ele e ajudar Noah a melhorar", informou o cantor, em um comunicado.

Muitos outros pais pelo mundo passam por situações parecidas - e não sabem como contar aos filhos que eles estão doentes.

Se alguém inserir na busca do Google em português a pergunta "Como digo ao meu filho que ele tem câncer?", são obtidos 412 mil resultados, que vão desde guias de instituições médicas especializadas, exemplos de outras famílias, a artigos de revistas médicas.

Apesar da variedade de respostas, os especialistas afirmam que o importante nesta hora é transmitir a mensagem de forma simples. Um exemplo: alguns artigos científicos e até médicos usam palavras diferentes, se referem ao câncer como "tumor".

A importância das palavras
Mas a enfermeira pediátrica Helen Lythgoe, da organização beneficente britânica Macmillan Cancer Support, que realiza pesquisas e oferece apoio a pacientes com câncer, diz que usar termos diferentes podem confundir a criança.

Para a Lythgoe, o melhor é que os pais usem palavras com as quais se sentem confortáveis.

Geralmente é melhor usar a palavra câncer e ser claro sobre o que ela significa, já que a criança pode ouvi-la em um contexto diferente e ficar com medo.

Lythgoe aconselha os pais a não ter medo de falar com os filhos sobre o que está acontecendo, mas, devido às emoções que podem aparecer quando já se conhece um diagnóstico grave, é preciso planejar bem o que dizer.

"As crianças são muito práticas. Uma vez que saibam o que está acontecendo, geralmente vão continuar com a vida normal", disse a enfermeira à BBC.

"Frequentemente é melhor explicar o que está acontecendo pouco a pouco, ou quando acontece alguma mudança. Isto ajuda a consolidar a compreensão delas, sem sobrecarregá-las."

Princípios básicos
Inicialmente o conselho é a honestidade: usar linguagem simples e clara quando conversar sobre o assunto com crianças muito pequenas.

A maioria das crianças tem medo da dor, então converse com ela e esclareça de antemão qualquer exame ou tratamento que possa causar dores. Explique que esses tratamentos irão ajudar a melhorar a saúde delas.

Você também pode explicar que os médicos podem ajudar e fazer com que os tratamentos sejam menos dolorosos.

Também é importante informar que, quando o tratamento acabar, ele ou ela poderá voltar para casa (se isto for verdade).

E se você sabe quantos dias a criança vai ficar no hospital, divida esta informação com ela.

Conversar sobre o câncer e o diagnóstico pode tranquilizar a criança, segundo o site Live Well, do Serviço Público de Saúde britânico, o NHS. Mas a abordagem dos pais pode ser diferente dependendo da idade da criança e o que ela pode compreender.

A Cancer.net, organização que reúne informações e arrecada recursos para o combate ao câncer, informa que crianças muito pequenas não entendem muito sobre câncer e o medo mais básico delas é do afastamento dos pais. Elas, então, precisam de garantias de que isso não vai acontecer.

Mais esclarecimentos
É importante que os pais acalmem as crianças e esclareçam logo no início do processo que nada que elas ou qualquer outra pessoa tenha feito ou pensado causou o câncer.

À medida que as crianças crescem, elas começam a entender que a doença não foi causada por algo que elas tenham feito ou pensado, afirma a Cancer.net.

Também é importante explicar que o câncer não é como um resfriado ou gripe, não é contagioso e, por isso, não há problema em ficar junto dos outros, abraçar ou beijar.

Os pais também precisam explicar que não vão abandonar os filhos no hospital e que as crianças não vão ficar internadas para sempre.

As crianças mais velhas poderão ouvir falar sobre o câncer a partir de outras fontes, como a televisão ou internet. Então os pais precisam estimular os filhos a compartilhar essas informações.

Os adolescentes podem ter mais dúvidas e ficar mais interessados em saber mais sobre o diagnóstico, geralmente pensando em como a doença pode afetar a vida diária e atividades como escola, esportes e amizades.

Os efeitos colaterais relativos à aparência física também podem se transformar em prioridade para os adolescentes, e alguns deles podem ter um papel maior nas decisões sobre o tratamento.

Em resumo: não importa a idade da criança, o mais importante é que os pais conversem com ela da maneira mais clara possível.