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quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Exames para diagnóstico de câncer devem ser realizados em até 30 dias


Nova norma acrescenta esse prazo à lei que prevê 60 dias entre diagnóstico e início do tratamento do câncer
31/10/2019 - 14h56minAtualizada em 31/10/2019 - 15h05min
AGÊNCIA BRASIL
AGÊNCIA SENADO

O vice-presidente Hamilton Mourão sancionou lei que prevê que os exames para diagnóstico de câncer devem ser realizados no prazo de 30 dias, após a primeira suspeita do médico, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A medida foi publicada nesta quinta-feira (31) no Diário Oficial da União e entra em vigor em 180 dias.
A nova norma foi assinada nessa quarta (30) por Mourão, quando o vice ainda estava no exercício da Presidência, por ocasião da viagem do presidente Jair Bolsonaro.

O dispositivo altera a Lei 12.732/2012, que prevê 60 dias entre o diagnóstico e o início do tratamento do câncer em pacientes do SUS. Agora, foi acrescentado o prazo máximo de 30 dias para a realização de exames para investigação da condição do paciente, mediante solicitação fundamentada do médico responsável.
O texto foi aprovado pelo Senado no dia 16 de outubro e é fundamentado no fato de que o tempo de identificação da doença impacta no tratamento e na chance de cura do paciente.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Justiça federal proíbe compra e uso de Leuginase da China em toda a rede SUS

LeugiNase é usado no tratamento de leucemia linfoide aguda (Foto: Reprodução/EPTV)

Medicamento usado no tratamento de leucemia infantil é alvo de críticas da comunidade médica por não ter eficácia comprovada nem registro junto à Anvisa. Decisão é de magistrado do DF.
  
Por Raquel Morais, G1 DF
25/09/2017 09h52  Atualizado há 1 hora

A Justiça Federal proibiu a compra, em toda a rede nacional do SUS, do medicamento chinês Leuginase – usado no tratamento de leucemia infantil e alvo de fortes críticas da comunidade médica por não ter a eficácia comprovada nem registro junto à Anvisa. A decisão é liminar e foi assinada pelo juiz federal de Brasília Rolando Valcir Spanholo neste domingo (24). Cabe recurso.


Em nota na época, o Ministério da Saúde disse que a orientação para compra da Leuginase continuava a mesma e que análises laboratoriais feitas não haviam mostrado contaminantes bacterianos que pudessem causar danos a pacientes.

O medicamento havia sido importado com dispensa de licitação. O argumento do governo era de economia aos cofres públicos – o custo individual cairia de US$ 173 para US$ 38. No processo, porém, o Ministério da Saúde não conseguiu provar que o remédio já havia sido testado em humano.

Exames clínicos apontaram ainda que ele tem 40% de impurezas, enquanto o utilizado anteriormente pelo órgão tinha índice de 0,5%. Para a Justiça, 4 mil pessoas, sendo 80% crianças e adolescentes, podiam estar com as vidas em risco.

A decisão atende pedido do Ministério Público Federal, que havia pedido o recolhimento de todos os lotes de Leuginase distribuídos em hospitais públicos e quer que o governo volte a comprar a asparaginase fabricada no Japão, que era o medicamento usado até o ano passado.

Pela decisão, a União deve fazer em até 45 dias um processo para compra emergencial para adquirir um remédio “que, possuindo o princípio ativo L-Asparaginase, ostente evidência científica sobre sua eficácia e segurança”. Em seguida, o governo federal deve recolher e armazenar todos os lotes do medicamento chinês ainda não usados. Além disso, deve monitorar todos os pacientes que usaram a Leuginase alvo da ação.

Como funciona a medicação
O medicamento tem como princípio ativo a asparaginase, usado para conter o avanço da leucemia. Ele tira um “alimento” essencial para as células malignas, que chama asparagina. Sem esse “alimento”, a célula morre. O remédio não é fabricado no Brasil.


O país importava, desde a década de 1970, medicamentos produzidos por laboratórios dos Estados Unidos e da Alemanha. Segundo especialistas, o nível de eficácia deles é de até 90%. Os remédios são distribuídos aos hospitais por meio do Programa de Prevenção e Controle do Câncer do Ministério da Saúde.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

SUS inclui medicamento de alto custo para pacientes em metástase do câncer de mama


Remédio será providenciado pelos órgãos de saúde em até 180 dias (Foto: Pixabay)

De acordo com mastologista, trastuzumabe dobra sobrevida de pacientes; dose do remédio custa cerca de R$ 10 mil.


Por Carolina Dantas, G1
08/08/2017 05h00  Atualizado há 2 horas

Em circulação há mais de 15 anos, o medicamento trastuzumabe é usado para o tratamento de um tipo específico de câncer de mama e pode dobrar a sobrevida de pessoas em metástase -- quando a doença já atinge outras áreas do corpo. O Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Ministério da Saúde, passou a abranger este público e irá fornecer a droga num prazo de 180 dias.

A decisão foi publicada pelo Diário Oficial da União na última quinta-feira (3). Em 2012, o governo havia liberado o uso para pacientes com o câncer, mas excluía os metastáticos. Hoje, mais de 3 mil pessoas com câncer de mama inicial e localmente avançado fazem o uso do trastuzumabe pelo SUS. Organizações como a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) reivindicavam a ampliação para acesso do medicamento a todos os tipos de pacientes.

No mercado, a droga custa cerca de R$ 10 mil a dose. Ela é usada no tratamento do câncer de mama do subtipo HER2+, o mais agressivo e que atinge um quinto das mulheres com tumor no seio. A célula cancerígena expressa o gene que leva o mesmo nome da doença, e o remédio bloqueia a ação desse gene, o que evita a proliferação.

"Estamos muito atrasados com essa aprovação. É uma droga fundamental para o tratamento deste tipo de câncer em qualquer fase e pode dobrar a sobrevida. O tratamento era feito com quimioterapia e sem ter alvo específico para o tipo da doença. Agora, vamos conseguir controlar melhor e por mais tempo", avaliou a mastologista e presidente da Femama, Maira Caleffi.

De acordo com a Femama, a droga "mudou a forma como o câncer é tratado no mundo". O trastuzumabe consta na lista básica para combater o câncer, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para guiar governos nas escolhas de oferta em suas políticas de saúde.


quarta-feira, 22 de março de 2017

Quase metade dos pacientes com câncer tem a quimioterapia interrompida no estado do Rio

Débora Cristina Bezerra recebe o carinho dos pais após uma sessão de quimioterapia Foto: Guilherme Pinto / EXTRA
Flávia Junqueira e Geraldo Ribeiro
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 A última sessão de quimioterapia de Débora Cristina Bezerra França no Hospital Mario Kröeff, na Penha, foi na terça-feira. Até a tarde de ontem, ela ficou na cama. Antes, não havia sentido tanto cansaço e dor. A medicação fora trocada após a inicial ter acabado na unidade, informaram para a manicure de 34 anos. A interrupção do tratamento por desabastecimento acontece em 42% dos 19 hospitais que tratam câncer no Rio — na maioria deles, de forma contumaz. Como o EXTRA vem mostrando na série “Um Estado terminal”, essas unidades foram avaliadas, entre outubro e novembro do ano passado, pelo Conselho Regional de Medicina (Cremerj).
Os números da pesquisa refletem a dor de quem precisa lutar por um tratamento tão agressivo como a quimioterapia. E isso acontece com 46% dos pacientes com câncer que dependem do SUS no Rio.
— Tudo o que eu mais quero é acabar logo com a quimioterapia. É muito agressiva. Dos 12 ciclos, fiz cinco. Desde que caí no Sisreg (Sistema de Regulação), demorei a encontrar vaga no hospital e fazer exames, como ressonância e tomografia. O tempo, para a gente que está sofrendo, é muito grande. Um dia é como uma eternidade — diz Débora.


Simone Mattos Brandão, de 45 anos, teve a quimioterapia interrompida duas vezes por falta de medicação, no Hospital Federal de Bonsucesso Foto: Flávia Junqueira / EXTRA

Simone Mattos, de 45 anos, começou a quimioterapia em 2 de maio, no Hospital Federal de Bonsucesso:
— Na terceira sessão, não tinha remédio. Isso aconteceu outras duas vezes.
A dona de casa teve o diagnóstico de câncer de mama confirmado, em abril do ano passado, no Hospital Federal de Bonsucesso.
— É angustiante, porque você sabe que depende da quimioterapia para ter uma chance de ficar viva. Em novembro, faltavam duas sessões para terminar a quimioterapia e eu ser operada. Então, a médica decidiu que eu faria as duas sessões no mesmo mês, para não correr o risco de faltar. Não podia mais adiar a cirurgia, que foi feita em 18 de janeiro — conta Simone.
A falta de medicação e de estrutura nas salas de quimioterapia ambulatorial também atrasa o início do tratamento. Paciente do Mario Kröeff, Suely Martins Paes, de 57 anos, só fez a primeira sessão cinco meses depois da cirurgia na mama.
Segundo a oncologista Sabrina Chagas, o benefício da quimioterapia curativa ocorre até oito a 12 semanas após a cirurgia para a maioria dos cânceres:
— Depois, perde-se a qualidade do tratamento. Não sabemos seu real benefício.




O Ministério da Saúde informou ontem que os hospitais de Bonsucesso, Andaraí e Servidores estão recebendo apoio de outras unidades federais para a realização de quimioterapia e exames em pacientes com câncer, enquanto aguardam a entrega de medicamentos já comprados. Além disso, está em andamento a contratação de três oncologistas para o Bonsucesso.
A diretora técnica do Mario Kröeff, Cátia Helena Fernandes, informou que está tentando aparelhar e reestruturar a unidade. Para ela, os problemas ocorrem por falhas no SUS, que dispõe de uma pequena oferta de alguns exames, trabalha com uma tabela para contratação de serviços com valores defasados há mais de 30 anos e submete os doentes a uma fila única.

Confira a nota do Ministério da Saúde na íntegra:
Os hospitais federais de Bonsucesso (HFB), do Andaraí (HFA) e dos Servidores do Estado (HFSE) estão contando com o apoio do restante da rede do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, em especial do Instituto Nacional de Câncer (Inca), para a realização de sessões de quimioterapia e exames em pacientes oncológicos, além do fornecimento de medicamentos já empenhados que ainda não chegaram dos fornecedores. Paralelamente, estão acelerando o máximo possível a entrega desses medicamentos. A contratação de mais três oncologistas para o HFB também já teve início.
Os hospitais do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro ampliaram em até 25% de 2015 para 2016 o atendimento oncológico (consultas a pacientes com câncer e sessões de quimioterapia), além dos atendimentos a pacientes com câncer que chegam direto nas emergências. O protocolo de atendimento do Inca passa a ser utilizado em todos esses hospitais. É resultado da redefinição do perfil assistencial e cirúrgico que deve ampliar ainda mais os serviços de tratamento do câncer, uma demanda crescente entre a população do estado.
Além de oferecer serviços do SUS em seis hospitais e três institutos federais, o Ministério da Saúde ampliou em 12% os recursos para tratamentos oncológicos (cirurgias, radioterapias e quimioterapias), passando de R$ 141,5 milhões para R$ 159,5 milhões de 2010 a 2016, no estado do Rio de Janeiro. Cabe ressaltar que o SUS oferece atendimento integral (diagnóstico e tratamento) e gratuito para todos os tipos de câncer. Entre os tratamentos estão cirurgias oncológicas, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e cuidados paliativos.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Reconstrução imediata da mama reduz trauma de cirurgia após câncer

Do UOL, em São Paulo
13/10/201606h00
A retirada das mamas, após o câncer, é uma situação traumática. Mas, segundo um estudo publicado pela "Plastic and Reconstructive Surgery", o jornal médico oficial da Sociedade Norte-Americana de Cirurgiões Plásticos, a reconstrução imediata das mamas pode proteger pacientes da sensação de angústia, diminuição do bem-estar sexual e de problemas de autoestima.
O estudo, de pesquisadores da Universidade de Toronto, foi realizado com 106 pacientes submetidas a retirada dos seios após o câncer de mama. Trinta pacientes fizeram a reconstrução imediata. Os outros 76 pacientes apenas três anos depois.
Os dois grupos responderam questionários para avaliar fatores psicológicos antes do procedimento e depois. A pesquisa avaliou as diferenças no impacto psicossocial no processo de recuperação dos pacientes. Em ambos os grupos, a ansiedade diminuiu após a reconstrução da mama.
Antes da cirurgia, 26% dos pacientes mostravam um nível de ansiedade considerado anormal e 9% apresentavam índices de depressão. Após a mastectomia, mulheres que não fizeram a reconstrução imediata apresentaram insatisfação com o corpo, sexualidade e assuntos relacionados à qualidade de vida.

https://t.dynad.net/pc/?dc=5550001580;ord=1476362903171
Seis meses após a reconstrução, não havia mais diferenças em como os grupos se enxergavam. Após 12 e 18 meses as diferenças nos problemas de sexualidade também haviam desaparecido. Segundo os pesquisadores, as questões de sexualidade exigem um período maior de tempo.
Embora o estudo não seja o primeiro a mostrar os benefícios psicológicos da reconstrução rápida fornece novas informações sobre o período da recuperação.
No Brasil, onde o número de pacientes com diagnóstico de câncer de mama antes dos 50 anos chega a 40% dos casos, uma lei sancionada em 2013, determina que o SUS (Sistema Único de Saúde) arque com os custos da reconstrução imediata das mamas.
De acordo com a norma, as cirurgias de retirada e reconstrução devem ser feitas em um só procedimento. Se as condições da paciente não forem favoráveis, a lei determina que a cirurgia plástica seja realizada assim que a mulher estiver em condições para fazê-la.


sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Em cinco anos, gasto com tratamento contra câncer cresceu 66%

Estadão Conteúdo15/08/2016

O gasto do Ministério da Saúde com tratamentos contra câncer cresceu 66% nos últimos cinco anos, saltando de R$ 2,1 bilhões em 2010 para R$ 3,5 bilhões em 2015, segundo levantamento da pasta feito a pedido do Estado. O montante inclui recursos para procedimentos como cirurgias oncológicas, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e cuidados paliativos.

Também cresceu, no período analisado, o número de pacientes com câncer atendidos no Sistema Único de Saúde (SUS). Nos últimos cinco anos, o volume de doentes em tratamento na rede pública passou de 292 mil para 393 mil.

Os números são reflexos do aumento de casos de câncer no País nos últimos anos e do lançamento de novas terapias e medicamentos de alto custo contra a doença. Eles indicam um desafio para os gestores do sistema: com o envelhecimento da população, a tendência é que os casos da doença cresçam ainda mais e exijam um investimento maior nas áreas de prevenção, detecção e tratamento.

"As causas do câncer são divididas em podem ser prevenidas ou não. Entre as que tem prevenção está o envelhecimento da população. A expectativa de vida no Brasil aumentou por causa das melhores condições sanitárias, de acesso aos serviços da saúde, prevenção e educação. A célula normal, com o envelhecimento, vai reduzindo o poder de vigilância e reparo contra as agressões. O processo de defesa passa a ser mais lento e a célula maligna ganha esta corrida", explica Maria Paula Curado, coordenadora do grupo de epidemiologia do A.C. Camargo Cancer Center.

Isso explica por que a incidência de câncer é maior em pessoas mais velhas. "Vários cânceres aumentam com a idade, como o de mama, os tumores gastrointestinais, alguns hematológicos", diz Auro del Giglio, coordenador do HCor Onco e da oncologia clínica do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC) e professor titular de hematologia e oncologia da Faculdade de Medicina do ABC.

Segundo os especialistas, mesmo entre os cânceres que podem ser prevenidos, a idade avançada acaba aumentando o risco de desenvolvimento da doença, porque o tempo de exposição a fatores cancerígenos, como tabaco, é maior. "O câncer é uma doença com período de latência longo, ou seja, a carcinogênese ocorre pelo menos dez anos antes do aparecimento do tumor. Portanto, a prevenção e redução dos fatores de risco podem reverter as chances de desenvolvimento da doença", afirma Maria Paula.

Políticas
Para tentar reduzir o impacto do câncer sobre a população e sobre o orçamento público, os governos devem investir em políticas de diagnóstico precoce e promoção da saúde, dizem os especialistas.

"Tem de falar sobre a doença, estimular a educação para a saúde, reduzir a obesidade, fazer leis que restrinjam ainda mais o tabagismo, colocar a prevenção do câncer ao alcance da população e dar vazão aos casos detectados. Não adianta diagnosticar precocemente e não ter como tratar rapidamente", diz Giglio.

Para Maria Paula, o sistema de saúde deve buscar maior eficiência. "Uma rede pública eficiente de saúde deve ter indicadores de avaliação periódicos, como a sobrevida dos pacientes tratados, a mortalidade e a tendência de incidência. Avaliar o sistema quanto ao número de casos iniciais tratados e a sobrevida desses casos dá a fotografia da saúde do paciente com câncer", opina.


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Publicada lei que garante detecção precoce do câncer de próstata pelo SUS

Foi publicada hoje (26) no Diário Oficial da União a Lei 13.045, que garante a detecção precoce do câncer de próstata pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Com a publicação, as unidades de saúde da rede pública são obrigadas a fazer exames de detecção precoce do câncer de próstata sempre que, a critério médico, o procedimento for considerado necessário. 

A lei prevê a sensibilização de profissionais de saúde por meio da capacitação e da reciclagem em relação aos novos avanços nos campos da prevenção e da detecção precoce da doença.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens – seguido pelo câncer de pele não melanoma. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total.

Ainda segundo o Inca, a doença é considerada um câncer da terceira idade, já que aproximadamente três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Na fase inicial, a evolução é silenciosa.  Muitos pacientes não apresentam sintomas ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a noite). Já na fase avançada, o câncer de próstata pode provocar dor óssea, sintomas urinários, infecção generalizada e insuficiência renal.

A estimativa é que, neste ano, 68.800 novos casos de câncer de próstata sejam registrados no Brasil.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Exame continua fora da tabela do SUS e prejudica pacientes com câncer

Tomografia computadorizada ajuda a estratificar extensão de vários tipos da doença
Incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) em outubro, o exame PET-CT (tomografia computadorizada por emissão de pósitrons), indicado para tratamentos do câncer, continua fora da tabela de procedimentos do sistema. As portarias que prevêem a incorporação da tecnologia na rede pública foram publicadas em 23 de abril, no Diário Oficial da União. O exame, uma tomografia computadorizada, ajuda a estratificar a extensão de vários tipos de câncer em pacientes da rede pública, como câncer de pulmão de células não-pequenas e linfomas de Hodgkin e não Hodgkin.

O prazo máximo de 180 dias para a implementação efetiva da inclusão da tecnologia na tabela, com os critérios de ressarcimento das unidades prestadoras, venceu em 23 de outubro. A falta desses critérios para a restituição de custos pode prejudicar pacientes, alerta a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN). O presidente da SBMN, Celso Darío Ramos, explicou que os custos altos do exame estão inviabilizando o procedimento em alguns hospitais. “Tanto as unidades públicas como as particulares não poderão fazer esse exame pelo SUS se não forem ressarcidos por isso, pois o custo é muito alto”, comentou ele. “São poucas as exceções de hospitais que atendem via estado e não governo federal. A população carente hoje não tem acesso a esse procedimento”, disse.
Ramos ressaltou que o PET-CT é uma ferramenta essencial para identificar e avaliar a extensão de determinados cânceres, como o linfoma. Ele lembrou que essa tecnologia é oferecida há anos em países como Estados Unidos, Inglaterra, Itália, Chile e Argentina. “A ONU [Organização das Nações Unidas] recomenda esse procedimento. É um procedimento que embora seja caro pode reduzir custos, pois pode evitar uma cirurgia desnecessária”, declarou. “Por exemplo, câncer de pulmão, só faz sentido realizar uma operação de grande porte e onerosa se o paciente não fizer metástase. O PET-CT consegue indicar com precisão se esse tumor já se espalhou pelo corpo”, explicou o médico.

De acordo com a SBMN, há no país um parque de equipamentos de tomografia computadorizada suficiente para atender aos pacientes da rede pública. São cerca de 100 aparelhos, com  distribuição geográfica aproximadamente proporcional à densidade demográfica no país.

O Ministério da Saúde informou que a inclusão do exame na tabela SUS está prevista até o fim do ano. O exame vai permitir ampliar a assistência oncológica aos usuários do SUS, beneficiando cerca de 20 mil pessoas por ano. Atualmente, 21 estados possuem equipamentos para realizar esse tipo exame.

Além do PET-CT, o SUS oferece outros tipos de exames para diagnóstico e avaliação do câncer. São eles: radiografia, mamografia, cintilografia, ultrassonografia, tomografia computadorizada (CT), ressonância magnética (MRI) e endoscopia.

Nos últimos três anos, o ministério ampliou em 47,3% o investimento na assistência oncológica, passando de R$ 1,9 bilhão em 2010 para R$ 2,8 bilhões em 2013. Esses recursos são destinados à realização de exames, cirurgias, radioterapia e quimioterapia.
Atualmente, 280 hospitais realizam diagnóstico e tratamento de câncer em todo o Brasil.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Após lei, prazo para tratamento de câncer ainda é descumprido no país


03/10/201408h53
no BOL, em São Paulo
A lei que prevê o início do tratamento do câncer em até 60 dias após o diagnóstico no SUS, em vigor há um ano e cinco meses, não vem sendo cumprida no país.

De acordo com dados da Folha de S. Paulo, uma pesquisa encomendada pela Femama (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama) - feita com 54 secretarias estaduais de Saúde, hospitais e instituições que tratam câncer, de abril a junho - mostrou falhas na execução do prazo previsto em lei aos pacientes.

Até julho, 7.157 pacientes estavam inscritos no Siscan, sistema de registro que deve reunir o histórico do paciente e o seu tratamento. Este número representa pouco mais de 1% do total de casos novos de câncer (576 mil) registrados no país, segundo estimativas do Inca (Instituto Nacional do Câncer). Dos pacientes inscritos, só 60% iniciaram o tratamento em até 60 dias após o diagnóstico, como diz a lei. Para os outros 40% foram mais de 60 ou até mais de 90 dias.

"A lei ainda está longe de funcionar de fato. Os pacientes continuam morrendo de cânceres evitáveis e curáveis porque demoram para ser tratados", diz a médica mastologista Maira Caleffi, presidente voluntária da Femama.

Ainda segundo a Folha, do total de entrevistados nas instituições, 64% relatam que não houve repasse extra de recursos para que a lei dos 60 dias fosse implantada de forma eficiente. Metade deles também relata alguma falha de funcionamento no Siscan. Até maio, o sistema funcionava em apenas 27% dos municípios brasileiros (1.546). Outro fator limitante é o fato de que só 34% das unidades básicas de saúde possuem acesso à internet, recurso fundamental para o registro e acompanhamento dos casos.

Segundo Caleffi, existe outro gargalo ainda mais invisível: o acesso a especialistas e a exames que possibilitam o diagnóstico. "Temos de agilizar as consultas a especialistas. Biopsia é um grande gargalo. O paciente está fazendo xixi com sangue [indicativo de câncer na próstata] e não consegue fazer a biopsia", afirma a médica.

Em São Paulo, o tempo médio de espera para consultas é de 205 dias, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde. Já a fila para exames é, em média, de 124 dias. Esse conjunto de entraves faz com que mais da metade dos casos de câncer no Brasil sejam diagnosticados em estágio avançado, diz Caleffi.

"Às vezes, quando o paciente chega, já não adianta mais. Cerca de 75% dos recursos públicos em câncer são investidos em quimioterapia. As fases iniciais da doença têm pouco investimento."

"O grande problema hoje é quem não consegue acesso ao diagnóstico inicial. É um gargalo cego, não tem como mensurar", afirma o oncologista Paulo Hoff, diretor do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo).

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Exame para pacientes com câncer será ofertado pelo SUS

ESTADÃO 23/04/201420h28

Brasília - Um exame considerado por médicos como fundamental para o acompanhamento de pacientes que tiveram ou estão com câncer, o PET-CT, passará a ser ofertado no Sistema Único de Saúde. A inclusão ocorre com atraso de pelo menos 13 anos em relação às clínicas particulares e num formato ainda muito acanhado, avaliam sociedades médicas.

O acesso será permitido para pacientes com linfoma, com câncer de intestino grosso com lesão hepática e em alguns casos de câncer de pulmão. Uma lista de opções bem menor do que a ofertada para usuários de planos de saúde. Desde o início do ano, operadoras são obrigadas a garantir o exame para pelo menos oito indicações. Entre elas, casos de câncer de mama, de pele e cabeça e pescoço.

"É o primeiro passo, mas esperávamos mais", afirmou o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, Celso Ramos. De acordo com ele, um número considerável de estudos demonstram que o uso do PET permite uma economia na área de saúde. "Os tratamentos são mais dirigidos. Evitam-se cirurgias e tratamentos desnecessários e, além disso, o exame traz mais chances de diagnosticar precocemente novos focos de câncer no paciente."

A assessora técnica da Secretaria de Atenção à Saúde, Inez Gadelha, rebate as críticas. "A decisão foi adotada de acordo com critérios rígidos, em evidências que demonstram quais as melhores indicações, com melhores resultados." Inês afirmou não conhecer o rol de procedimentos da ANS. "O que posso dizer é que nos baseamos nas evidências mais robustas." Ela avalia ainda que sociedades médicas têm tendência de supervalorizar determinados exames de diagnóstico. "São clínicas particulares. É legítimo o interesse mas temos de ser criteriosos."

Público.

Pelos cálculos do Ministério da Saúde, 20 mil pacientes serão diretamente beneficiados pelo exame. O investimento com os exames será de R$ 31 milhões anuais. Além de uma indicação acanhada, Ramos disse estar preocupado com a forma de implantação do sistema. Embora o PET de forma geral tenha um impacto positivo na economia, ele é um exame caro. A dose do radiofármaco usado no teste custa, em média R$ 800. "É preciso garantir que o tratamento seja feito com qualidade. De nada adiantaria pagar pelo procedimento uma quantia baixa se houver uma redução na qualidade do teste", disse. A incorporação do PET no SUS não será imediata. O governo terá até 180 dias para regular como e quando isso será feito.
Lígia Formenti

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Ministério da Saúde providencia desligamento de cubana do Mais Médicos


Marcelo Brandão
Da Agência Brasil, em Brasília
06/02/2014

O novo ministro da Saúde, Arthur Chioro, informou na quarta-feira (5) que o governo brasileiro já iniciou o processo de desligamento da cubana Ramona Matos Rodriguez do programa Mais Médicos. A médica ficou abrigada na Câmara dos Deputados desde que deixou seu posto de trabalho em Pacajá, no Pará. "Recebemos hoje a notificação do município e agora estamos providenciando o desligamento da profissional", disse Chioro.

O desligamento de Ramona do programa vai possibilitar o pedido de refúgio no Brasil, conforme explicou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, horas antes. "A partir da situação em que o Ministério da Saúde vier a desenvolver um procedimento interno de afastamento do programa, aí ela terá o visto de permanência cassado", destacou Cardozo.
Sobre o pagamento que a médica alegava receber por mês – US$ 400 (pouco mais de R$ 900) – Chioro foi enfático e disse que a relação do governo brasileiro é com a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). Segundo Chioro, o Brasil estava cumprindo sua parte.

"A cooperação do Brasil é com a Opas e ela estabelece o processo de cooperação com o governo de Cuba. Nós estamos muito tranquilos com a condução dessa questão", afirmou o ministro.

Em nota, o DEM, partido que abriga a médica cubana na sala de sua liderança, na Câmara dos Deputados, informou que Ramona já entrou com pedido de refúgio no Conare (Conselho Nacional de Refugiados), vinculado ao Ministério da Justiça.

Mais cedo, o presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Roberto D'Ávila, manifestou apoio à médica cubana. "O CFM parabeniza essa cubana pela coragem de denunciar que é assim a situação de todos esses intercambistas cubanos", disse o presidente do conselho. "Clamo às autoridades que protejam essa mulher. Que ela seja asilada em outra embaixada porque corre o risco de ser deportada", completou. O conselho e outras entidades médicas se posiconaram contrários a contratação de profissionais estrangeiros para o Mais Médicos, sem passar pela revalidação do diploma.

Comentário: Esse caso cria um problema moral para o governo do PT. A médica alega que foi enganada e que recebia apenas o básico para sobreviver, e ainda teria cerceado seu direito de ir e vir por meio inclusive de um supervisor cubano em pleno território nacional (uma espécie de policial/capataz cubano). O próprio governo fazendo algo próximo do que as máfias boliviana, coreana e chinesa fazem com sues cidadãos aqui no Brasil, que trabalham como semi-escravos . De fato, o que  essa médica deve querer mesmo, é receber asilo nos EUA. Lá estará definitivamente mais segura do que aqui.
Aonde nós chegamos com este governo petista. Ficamos parceiros da ditadura comunista do Fidel Castro, inclusive usando poder de polícia contra cidadãos cubanos, em nome de um regime que já prendeu e fuzilou milhares de opositores. Quem é da minha geração se lembra dos fuzilamentos no “paredón” ordenados pelos facínoras do regime comunista cubano.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Cubana deixa Mais Médicos e diz que vai pedir asilo político ao Brasil

MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/02/1407649-cubana-deixa-mais-medicos-e-diz-que-vai-pedir-asilo-politico-ao-brasil.shtml
04/02/2014 22h52

Integrante do Mais Médicos, a cubana Ramona Matos Rodriguez, 51, deixou o programa e anunciou na noite desta terça-feira (4) que vai pedir asilo político ao Brasil. Ela disse que vai permanecer refugiada na liderança do DEM na Câmara dos Deputados, aguardando uma decisão do governo brasileiro, já que está sendo "perseguida pela Polícia Federal".

Clínica-geral, ela chegou ao país em outubro e atuava em Pacajá, no Pará. Ela diz que deixou a cidade no sábado e seguiu para Brasília após descobrir que o valor de R$ 10 mil pago pelo governo brasileiro a outros médicos estrangeiros era muito superior ao que ela recebia pelos serviços prestados.

A cubana alega ainda ter sido enganada sobre a possibilidade de trazer seus familiares ao país.

Ramona foi apresentada nesta terça no plenário da Câmara por líderes do DEM. Em entrevista, ela contou que recebia por mês US$ 400 para viver no Brasil e outros US$ 600 seriam depositados em uma conta em Cuba, que só poderiam ser movimentados no retorno para a ilha.

A médica não revelou como chegou à capital federal nem como foi feito o contato com os deputados da oposição. Ela contou, porém, que decidiu procurar o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) depois de fazer uma ligação para uma amiga no interior do Pará e ser informada que a Polícia Federal já tinha sido acionada para buscar informações sobre seu paradeiro, sendo que agentes teriam procurado seus conhecidos na cidade.

Ela não deu detalhes de como chegou ao deputado e disse que se sente enganada por Cuba. A médica mostrou um contrato com a Sociedade Mercantil Cubana Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos, indicando que não houve acerto entre o Ministério da Saúde e a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde)

"Eu penso que fui enganada por Cuba. Não disseram que era o Brasil estaria pagando R$ 10 mil reais pelo serviço dos médicos estrangeiros. Me informaram que seriam US$ 400 aqui e US$ 600 pagos lá depois que terminasse o contrato. Eu até achei o salário bom, mas não sabia que o custo de vida aqui no Brasil seria tão alto", afirmou a cubana.

Ela disse que tem uma filha que também é médica em Cuba e que sente receio pela situação dela. Romana afirmou que já trabalhou em uma missão de Cuba na Bolívia por 26 meses.
A médica disse ainda que enfrentava problemas para se deslocar entre cidades brasileiras, tendo sempre que avisar a um supervisor cubano, que ficava em Belém.

Ronaldo Caiado afirmou que a liderança do DEM na Câmara será a embaixada da liberdade para os médicos cubanos. Ele afirmou que sua assessoria prepara para amanhã o pedido de asilo da médica ao governo brasileiro e que irá pessoalmente conversar sobre o caso com o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.

"O DEM se coloca à disposição com estrutura física e jurídica", disse.

Os oposicionistas disseram que vão arrumar um colchão e as condições necessárias para que ela permaneça no local.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que não vai interferir no caso porque a liderança é um espaço de cada partido.

Vitrine eleitoral da presidente Dilma Rousseff, o Mais Médicos tem o objetivo de aumentar a presença desses profissionais no interior do país, em postos de atenção básica, e para isso permite a atuação de médicos sem diploma revalidado em território nacional. Atualmente, cerca de 7.400 médicos cubanos estão selecionados para atuar no país.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Cubanos: TCU quer contrato explicado

Ministério da Saúde tem 15 dias para responder porque pagou de forma antecipada seu convênio para o Mais Médicos.

O TCU (Tribunal de Contas da União) deu 15 dias para o governo federal explicar o pagamento antecipado (R$ 24,3 milhões) à Opas (Organização Panamericana de Saúde), intermediária na contratação de profissionais cubanos para o Programa Mais Médicos do Ministério da Saúde.

O TCU pede que o governo explique quais medidas tomará caso o valor para reembolso de custos indiretos decorrentes da cooperação técnica não corresponda aos serviços prestados.

O maior questionamento, porém, é quanto ao tratamento diferente dados aos cubanos em relação aos brasileiros e médicos de demais nacionalidades.

O TCU questiona formalmente se os intercambistas cubanos receberão a bolsa máxima, que é de R$ 10 mil – o próprio Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, já admitiu que a maior parte do dinheiro ficará com a ditadura que governa Cuba.

Um dos médicos cubanos que chegou para o programa em Belo Horizonte, disse que receberá R$ 1.260,00, pouco mais de 10% do total pago.

O TCU ainda pede que o governo explique a contratação de 20 assessores internacionais e de 20 consultorias especializadas por intermédio da Opas.

Fonte: Destak Brasil – 12/12/2013

Observação: Nós, do Vida com Câncer, tivemos oportunidade de ficar hospedados recentemente no Hotel Grand Bitar de Brasília, onde estão hospedados dezenas de médicos cubanos fazendo curso sobre termos médicos em português. Além da hospedagem, os cubanos recebem gratuitamente as refeições (almoço e jantar) do governo brasileiro, provavelmente porque o que recebem não dá para pagar nada. Uma coisa que chamou nossa atenção foi o aspecto de pobreza destes profissionais, considerando a roupa que usavam, falta de dentes, penteado e corte de cabelo das mulheres, o que nos levou até a duvidar da formação de alguns deles. Na realidade são verdadeiros escravos, cujos passaportes estão retidos pelo governo brasileiro para evitar a fuga ou pedido de asilo político. Por serem terceirizados não estão sujeitos às leis trabalhistas brasileiras, não descontando INSS ou fazendo jus ao recebimento de FGTS. Onde está a turma dos direitos humanos? Outra pergunta que gostaríamos de fazer é sobre quem pagará a hospedagem e as refeições deles no futuro? Com a mesada de pouco mais de R$ 1 mil, não terão recursos suficientes para viverem com um mínimo de dignidade em qualquer grande e média cidade brasileira.