sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Consumo de café está ligado a menor risco de morte por câncer bucal, aponta estudo


27/12/2012 - 10h24 | do UOL Notícias

O risco de morte por câncer de boca ou garganta foi 26% menor entre aqueles que beberam uma xícara de café por dia
Nicholas Bakalar
Do New York Times

Um grande estudo descobriu que beber café está associado a um risco reduzido de morte por câncer bucal. O relatório foi publicado online este mês no periódico American Journal of Epidemiology.

Os pesquisadores estudaram 968.432 homens e mulheres saudáveis desde 1982. Todos os questionários sobre saúde e hábitos alimentares foram completos, incluindo a quantidade de consumo de chá e café desde o início do estudo. Vinte e seis anos depois, 868 pessoas morreram de câncer de boca ou garganta.

Após o ajuste para o tabagismo, consumo de álcool e outros fatores, os pesquisadores descobriram que o risco de morte por câncer de boca ou garganta foi 26% menor entre aqueles que beberam uma xícara de café por dia, 33% menor entre aqueles que beberam de duas a três xícaras por dia, e 50% menor entre aqueles que beberam de quatro a seis xícaras por dia, em comparação com aqueles que não beberam café com cafeína.

Houve uma associação significativa da redução do risco com o café descafeinado, mas nenhuma associação com o chá.

Os autores reconhecem que não puderam distinguir se os que bebem café apresentam menos probabilidade de desenvolver câncer bucal ou de garganta ou se possuem maior probabilidade de sobreviver à doença.

A autora principal, Janet S. Hildebrand, da Sociedade Nacional de Câncer, disse que o mecanismo não era claro, mas que o café contém compostos que podem ter efeitos anticancerígenos. "Não estamos recomendando que as pessoas comecem a beber café para a prevenção do câncer", disse ela. "Mas esta é uma boa notícia para aqueles que gostam de café."
 

Abuso no reajuste de plano de saúde após 60 anos é punido

Empresa é condenada a pagar indenização de R$ 20 mil por ferir Estatuto do Idoso

25.12.2012http://odia.ig.com.br/portal/economia/abuso-no-reajuste-de-plano-de-sa%C3%BAde-ap%C3%B3s-60-anos-%C3%A9-punido-1.529141
POR Pablo Vallejos

Rio -  No aniversário de 64 anos, comemorado em outubro, a aposentada Gladys Miranda Serra percebeu que pagara, por quatro anos, reajuste abusivo de aproximadamente 372% na mensalidade do plano de saúde. Imediatamente, recorreu à Justiça. O caso, que foi vitorioso neste mês, rendeu indenização de cerca de R$ 20 mil — de restituição, juros e dano moral.

Reajuste por faixa etária em plano de saúde é proibido pelo Estatuto de Idoso. Além disso, é definido como cobrança indevida pelo Código de Defesa do Consumidor.

Por isso, a Associação Nacional de Assistência ao Consumidor e ao Trabalhador (Anacont), que ajudou Gladys na ação, quer ver casos como o dela se repetindo. A entidade alerta os maiores de 60 anos para ficarem de olho nas mensalidades e, se constatarem abusos, irem à Justiça.

A aposentada conta que, quando fez 60 anos, em 2009, pagava R$ 276 por mês. Após diversos reajustes, a prestação chegou a R$ 1.307,96 em outubro. Foi quando ela procurou a Anacont e obteve ajuda para ir à Justiça.

Agora, a operadora do plano deve restituir tudo o que foi pago além dos R$ 276. E a indenização será acrescida de juros compensatórios e ressarcimento por dano moral.

Depois da vitória de Gladys, o marido dela, Paulo Pereira Serra, fez as contas e descobriu que também paga valores indevidos, há 12 anos. Por isso, já se prepara para entrar com ação na Justiça.

José Roberto Oliveira, presidente da Anacont, está otimista e aconselha a quem está em situação igual: “Basta ir ao juizado especial e apresentar os comprovantes”.

Cálculo identifica a irregularidade

COMO AVALIAR

De acordo com a especialista em Direito da Saúde Melissa Pires, para saber se o aumento nas mensalidades fere o bolso do consumidor, o segurado deve verificar se a prestação é até seis vezes superior ao valor cobrado aos clientes da primeira faixa de cobertura médica — a que vai até os 18 anos. Se for maior, é ilegal. A informação pode ser obtida em contato com a empresa, e o cálculo é simples.

COMO RECORRER
Segurados que observarem alguma irregularidade cometida por sua operadora de saúde devem acionar a Agência Nacional de Saúde(ANS) pelo telefone 0800-701-9656.

Também podem denunciar o caso à Anacont. “Com a ação, o aumento é cancelado, e o idoso volta a se comprometer com o mesmo valor que pagava antes de completar 60 anos”, diz José Roberto Oliveira, presidente da Anacont.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Pesquisa mostra preconceito dos homens; Trinta e oito por cento acham que câncer de mama pode acabar com relacionamento

25/09/2012 - 09h18 | do UOL Notícias
Mariana Lenharo
Em São Paulo

Dos 400 homens ouvidos pela pesquisa do Data Popular, 38% consideram que o diagnóstico de câncer de mama pode acabar com um relacionamento e 75% acham que a doença acaba com a vaidade de qualquer mulher.

A psicóloga Camila Araújo, que atende pacientes com câncer de mama no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, conta que já viu muitos casos de maridos que acabam se separando de suas mulheres quando elas chegam ao fim do tratamento. “Para algumas pacientes, o baque é muito forte e a autoestima acaba afundando mesmo depois de uma separação”, diz.

As mulheres, por outro lado, elegem o companheiro como a primeira pessoa para quem contariam sobre a doença, caso fossem diagnosticadas: 42% assim o fariam, antes da mãe (24%) e dos filhos (20%).

O levantamento também põe em xeque a participação do homem no estímulo à prevenção do câncer de mama: 36% não citam a mamografia ou o raio X de mama como exames importantes a serem realizados pela mulher com regularidade. Outro achado é que 45% nunca estimularam ir com elas ao ginecologista ou fazer exames ginecológicos. Dos que têm contato com a mãe, 55% também não desempenharam esse papel em relação a ela.

Para a mastologista Rita Dardes, a pesquisa mostra que o homem deve estar mais presente na prevenção do câncer de mama. “O homem tem um papel superimportante como disseminador de informação para a mulher. Se a mulher tiver um parceiro ponta firme, que a lembre de fazer os exames, é um estímulo.” Ela aponta que esse papel deveria ser estimulado em campanhas. “Os homens, no Brasil, não estão ligados nem com a saúde deles, o que dirá da esposa. Há de ter um trabalho para estimular essa comunicação.”

A mastologista Maira Caleffi, da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), conta que a maioria dos homens tem muita dificuldade de comparecer às consultas com a companheira no início. “Depois a gente explica que é importante o companheiro ficar junto e eles começam a aderir. Alguns fogem e nunca mais aparecem. Mas a maioria adere. Tem de haver uma sensibilização do patologista, que deve convencer o casal da importância da presença do companheiro.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Bayer pede aprovação dos EUA para droga contra câncer de próstata

Reuters - Jonathan Gould
Em Frankfurt  - 14/12/2012

A farmacêutica alemã Bayer afirmou nesta sexta-feira (14) que solicitou a aprovação de um medicamento experimental contra o câncer de próstata a reguladores norte-americanos, que poderia gerar mais de 1 bilhão de euros em vendas anuais.

Na última quarta-feira (12), a Bayer disse que estava solicitando aprovação da União Europeia para o novo remédio, o Radium-223.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Médicos na Índia usam vinagre para detectar câncer

Técnica simples está permitindo que mulheres de aldeias remotas tenham mais chance na luta contra câncer de colo de útero
BBC | 07/12/2012 12:16:54
Os exames citológicos tradicionalmente usados para detectar a presença de células causadoras de câncer cervical são caros e requerem equipamentos especializados. Por isso, médicos indianos estão usando um método alternativo que tem por base um material inusitado - ácido acético, ou vinagre comum.
O método - desenvolvido por cientistas da Universidade Johns Hopkins e de outras instituições - está sendo usado em lugares como a aldeia de Dervan, no estado de Maharashtra, onde os médicos improvisaram uma clínica temporária em uma loja vazia.
Ele consiste em recolher, com a ajuda de uma espécie de cotonete com vinagre, material do colo do útero das pacientes. Se o vinagre fizer o material recolhido ficar branco ou amarelado, há indícios da presença de células pré-cancerígenas.
Em países como os EUA, o câncer cervical costumava matar mais mulheres do que qualquer outro câncer . Hoje, porém, praticamente não há mortes em muitos países desenvolvidos graças ao exame conhecido como Papanicolau - que permite a detecção precoce e tratamento da doença.
Na Índia, no entanto, dezenas de milhares de mulheres ainda morrem todos os anos de câncer cervical. "Não é possível para nós oferecer o exame (Papanicolau) de forma tão frequente como no Ocidente", diz Surendra Shastri, do Tata Memorial Hospital em Mumbai.
A análise do Papanicolau requer um time de especialistas bem treinados e um laboratório bem equipado, mas muitas regiões da Índia não têm nem um, nem outro. "Então, o que podemos fazer?", Shastri questiona. "Não podemos deixar que as mulheres morram."
Resistência
Os exames com vinagre são uma resposta relativamente simples e barata a esse dilema. Eles estão sendo feitos como parte de um projeto do Tata Memorial Hospital, de Mumbai, e do Hospital Walawalkar, de Dervan, dirigido pela médica Suvarna Patil.
Patil diz que quando o teste "alternativo" foi levado para as aldeias, onde passou a ser oferecido gratuitamente, as mulheres indianas não pareciam estar interessadas. Muitas achavam o exame incômodo e constrangedor, e um amplo trabalho de conscientização teve de ser implementado para quebrar sua resistência.
Profissionais da área de saúde visitaram diversas casas com seus computadores e apresentações de PowerPoint - em um país em que, contraditoriamente, há ampla disseminação de alguns equipamentos tecnológicos, mas a qualidade dos serviços básicos ainda é precária.
Cartazes foram espalhados em ruas e praças e encontros foram realizados com líderes comunitários e estudantes.
Estratégias
Ainda assim, como contou Patil, as mulheres não pareciam convencidas da importância do exame. Uma tripla estratégia ajudou a arrefecer essa resistência.
Primeiro, uma equipe feminina de médicas e enfermeiras foi destacada para fazer os exames. Segundo, essa equipe passou a oferecer não apenas o teste para detectar o risco de câncer de colo do útero, mas também um check-up total das pacientes, medindo sua pressão arterial, avaliando problemas dentários e ajudando a detectar diabetes e outras doenças que preocupam bastante as mulheres da região.
Para completar, os homens também passaram a ser recebidos para um check up - e o apoio masculino foi um fator essencial para que as mulheres comparecessem a esses postos de saúde improvisados.
Essas estratégias ajudaram a causar uma mudança de atitude, que também foi impulsionada pela gradual disseminação de uma percepção positiva sobre os resultados dos exames.
Segundo Patil, pouco a pouco, as indianas começaram a perceber que ele realmente estava ajudando parentes e conhecidas a vencer o câncer.
"Elas começaram a ver os resultados. Entenderam que se o câncer é detectado em estado precoce o paciente se recupera bem", disse a médica.
"Agora, as pessoas estão vindo até nós para pedir que façamos o exame em grupos de mulheres de uma ou outra região."
* Programa coproduzido pela BBC e a rádio pública americana PRI.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Terapia usa forma inativa do HIV para combater leucemia

DO 'NEW YORK TIMES'

Emma Whitehead vem saltitando pela casa ultimamente. É difícil acreditar, mas no início do ano, Emma, então com seis anos, estava prestes a morrer de leucemia. Ela tinha sofrido duas recaídas após fazer quimioterapia.


Seus pais procuraram um tratamento experimental no Children's Hospital da Filadélfia, nos EUA. O procedimento nunca tinha sido testado em uma criança nem em qualquer pessoa com o tipo de leucemia de Emma.

Realizado em abril, o experimento usou uma forma desativada do HIV para reprogramar o sistema imunológico de Emma, de modo a matar as células cancerígenas.

O tratamento quase a matou. Mas agora, sete meses depois, ela está em remissão completa. Os pais de Emma, Kari e Tom, disseram que sua filha sofria de leucemia linfoblástica aguda desde 2010.

Ela faz parte de um grupo de uma dúzia de pacientes com leucemia avançada a terem recebido o tratamento experimental, desenvolvido na Universidade da Pensilvânia.
Abordagens semelhantes estão em teste no Instituto Nacional do Câncer dos EUA e no Memorial Sloan-Kettering, em Nova York.

"Nossa meta é a cura, mas não podemos proferir essa palavra", disse o médico Carl June, da Universidade da Pensilvânia.

Ele espera que o novo tratamento possa substituir o transplante de medula, um procedimento mais árduo, arriscado e caro e que hoje é o último recurso contra leucemias e doenças relacionadas.

Três adultos com leucemia crônica tratados na Universidade da Pensilvânia estão sem sinal da doença; dois estão bem há mais de dois anos.

Quatro adultos melhoraram mas não tiveram remissão completa e um foi tratado recentemente demais para ser avaliado. Uma criança tratada melhorou, mas depois sofreu recaída. Em dois adultos, o tratamento não funcionou. Os pesquisadores apresentaram os resultados em reunião da Sociedade Americana de Hematologia.

Uma grande empresa farmacêutica, a Novartis, está apostando na equipe da Pensilvânia e já destinou US$ 20 milhões para a construção de um centro de pesquisas na universidade.
Cientistas dizem que a mesma abordagem -a reprogramação do sistema imunológico do paciente- pode ser empregada contra tumores como de mama e próstata.

Para realizar o tratamento, médicos removem linfócitos T do paciente -um tipo de célula de defesa- e inserem genes que os capacitam a matar as células cancerígenas.

A técnica usa uma forma desativada de HIV, que leva material genético para dentro dos linfócitos. Os novos genes programam os linfócitos T para atacar as células B, uma parte normal do sistema imunológico que se torna maligna na leucemia.

Um sinal de que o tratamento está funcionando é que o paciente fica extremamente doente, com febres e calafrios, além de apresentar queda da pressão -efeitos que quase mataram Emma.

A pesquisa se encontra em fase inicial. Ainda não se saber por que o tratamento às vezes não funciona. Não está claro também se o o paciente precisa das células modificadas para sempre. Como elas matam as células B saudáveis, além das cancerosas, os doentes ficam vulneráveis a infecções e precisam usar imunoglobulinas para prevenir doenças.

Os pais de Emma dizem que a menina parece estar levando tudo muito bem. Ela voltou à escola e ao convívio com os colegas.

"Agora é hora de Emma recuperar sua infância", disse seu pai.

Aprovado projeto que obriga planos a oferecer tratamento domiciliar para câncer


Brasília -  Os planos de saúde poderão ser obrigados a cobrir o tratamento quimioterápico domiciliar de uso oral ao doente de câncer e os custos de medicamentos usados pelos pacientes, como reposição hormonal. Nesta quarta-feira, a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara aprovou projeto de lei que trata do assunto.

De autoria da senadora Ana Amélia (PP-RS), a proposta segue, agora, para análise da Comissão de Constituição e Justiça, em caráter conclusivo, ou seja, caso aprovada, irá à sanção presidencial sem a necessidade de votação pelo plenário da Casa.

De acordo com relator da proposta, deputado Reguffe (PDT-DF), a medida poderá representar economia de R$ 175 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS). “Com a economia [de recursos] será possível adquirir 58 equipamentos de radioterapia, uma das principais carências do sistema público de saúde, ou construir 580 postos de saúde”, estimou o relator em seu parecer.

Atualmente, segundo o deputado, 40% dos tratamentos oncológicos são de uso oral e feitos em casa. O percentual deve dobrar em 15 anos. “Isso mostra que a legislação deve acompanhar as inovações científicas”, disse.

Pelo texto, os planos de saúde serão obrigados a oferecer planos que incluem atendimento ambulatorial, tratamento de quimioterapia oncológica domiciliar de uso oral e medicamentos para o controle de efeitos adversos relacionados ao tratamento.

No caso dos planos que incluem internação hospitalar, a proposta obriga a cobertura para o tratamento de quimioterapia oncológica ambulatorial e domiciliar, procedimentos radioterápicos e hemoterapia, visando a garantir a continuidade da assistência prestada na internação hospitalar.

“Além do prejuízo causado ao consumidor beneficiário de planos de saúde, a problemática do tratamento oral contra o câncer tem causado impacto negativo ao SUS, que acaba recebendo a demanda reprimida dos planos de saúde, provocando mais custos para o sistema público, que já enfrenta uma crise financeira sem precedentes na história”, ressaltou.

As informações são da Agência Brasil

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Cheerleaders da NFL raspam o cabelo em apoio a técnico diagnosticado com câncer

O Indianapolis Colts bateu o Buffalo Bills por 20 a 13, no último domingo, pela NFL, a liga profissional de futebol americano. Mas essa não foi a principal notícia produzida pelo jogo: uma das cheerleaders o time, Megan M., raspou seu cabelo à máquina zero no intervalo entre o 3° e o 4° períodos da partida.

A atitude foi tomada em apoio à pesquisas contra o câncer. Os Colts estão arrecadando fundos para pesquisas em razão da luta contra a leucemia pela qual o técnico da equipe, Chuck Pagano, está passando. Ele, durante o tratamento, teve que raspar o cabelo.

O gesto da cheerleader acabou sendo repetido por outra dos Colts, Crystal Ann. Ambas, após rasparem os cabelos, voltaram a dançar com as outras cheerleaders.

Megan raspou após a franquia arrecadar mais de U$ 20 mil – ela prometeu que rasparia assim que alcançassem US 10 mil.

Plano de saúde fica cada vez mais caro

Reajuste acima do dos salários compromete renda

Rio -  Em 30 anos, o cliente de planos de saúde não terá mais condições de pagar esse tipo de serviço, segundo previsão do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Estudos feitos pela instituição apontam que, em três décadas, o custo vai representar 70% do orçamento do segurado. Atualmente, ele gasta, em média, 7% da renda com planos.

De acordo com o Idec, as mensalidades desse serviço continuam a ser corrigidas acima da inflação, “ampliando ainda mais o descasamento com a recomposição de renda do consumidor, feita pelo índice de inflação”. Em dois anos, o reajuste dos planos cresceu sete pontos percentuais mais que o índice de variação de preços.

Um consumidor que tem, hoje, 30 anos e renda de R$3 mil e paga R$ 210,00 por um plano individual, compromete 7% com a operadora. Se forem mantidas as condições de reposição salarial e as regras atuais de reajuste para os planos de saúde, quando o consumidor completar 60 anos, a mensalidade terá sofrido acréscimo estimado de 296,79%.

Segundo a economista do Idec, Ione Amorim, se aplicado o reajuste de 163,49% acima da inflação no período, a mensalidade do plano de saúde passaria dos R$ 210,00 para R$ 2.196,28. “Isso representaria 73,21% da renda do cliente e inviabilizaria o pagamento do plano de saúde”, disse a especialista.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Festa de Confraternização de Final de Ano da CENTRON

Nos últimos anos a clínica oncológica CENTRON do Dr. Daniel Tabak patrocina uma festa de confraternização envolvendo pacientes, funcionários e médicos da clínica. A festa de 2012 ocorreu no dia 28 de novembro, no restaurante Real Astória, com direito a muito suco de frutas, refrigerantes, um jantar delicioso e a bela vista da enseada de Botafogo à noite.

No início foram apresentados alguns depoimentos de pacientes e dos coordenadores do evento, que emocionaram todos os presentes. A seguir, começou uma festa com muita alegria, com todo mundo dançando sem parar ao som de um conjunto. O clímax das danças aconteceu quando foi tocada a música Hava Naguila (alegremo-nos em hebraico), ocasião em que todos os presentes deram as mãos, formando rodas e dançando esta tradicional música dos judeus. O mais animado foi o anfitrião, que todo ano comanda o “trenzinho” de pessoas que sai dançando pelo salão de festas, passando entre as mesas e voltando para o salão.






Este ano teve uma novidade, que foi a montagem de um grande móbile apresentando os hobbies de vários pacientes. O meu, como não podia deixar de ser, foi o livro que escrevi. Como gosto de escrever e desenhar o fruto destas atividades foi um livro ilustrado, com o título de “O preço de viver”, que tem como pano de fundo minha luta contra um câncer e contra o sistema dos planos de saúde.



Muito obrigado Dr. Tabak pela noite de alegria que nos proporcionou.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Descoberta permite identificação de câncer antes de o tumor 'aparecer'

Proteína produzida pelo organismo pode ajudar no diagnóstico precoce e unificar exames

08 de Novembro de 2012 | 17:45h
Um grupo de cientistas britânicos identificou uma proteína presente em vários tipos de câncer e que pode servir para unificar os exames. Além disso, como ela é produzida em um estágio inicial do câncer, ela poderia ajudar no diagnóstico antes mesmo de o tumor ser clinicamente identificável.

A descoberta veio de um grupo do Instituto Gray de Oncologia e Biologia da Radiação, e foi relatada ao Instituto Nacional de Pesquisa de Câncer. Após encontrada a proteína, um câncer de mama em um rato de laboratório foi identificado semanas antes de o caroço ser visível, informa a BBC. A proteína, chamada gamma-H2AX, também está em tumores na pele, bexiga, rins e pulmão.

Isso acontece porque a proteína é criada pelo organismo como uma resposta ao DNA danificado. Ela é um indício de que a célula está se tornando cancerígena.

Para realizar o estudo, o grupo utilizou um anticorpo definido como o "parceiro perfeito" da gamma-H2AX, capaz de procurá-la no organismo, e aplicou pequenas doses de radiação. Onde houve acúmulo de radiação, também houve acúmulo de anticorpos, o que significa uma concentração da proteína. Assim, aquela região, está propensa a desenvolver um tumor.

Os cientistas creem que, ao identificar a proteína, é possível o diagnóstico precoce da doença, o que aumenta as chances de tratamento.


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Pesquisa brasileira contra o câncer entra em fase de testes

Molécula obtida a partir das glândulas salivares do carrapato é capaz de reduzir tumores 
Jornal do Brasil 04/10/2012

A pesquisa do Instituto Butantan que revela uma substância na saliva do carrapato (Amblyomma cajennense) capaz de reduzir tumores cancerígenos, principalmente melanomas, entra em fase de testes pré-clínicos nas próximas semanas. 

A etapa será realizada em animais e deve comprovar a eficácia da proteína conforme as regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo a farmacêutica e coordenadora da pesquisa, Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, os primeiros resultados dessa fase devem aparecer em um ano. “Depois dessa etapa de testes, a próxima fase do estudo será realizada em humanos”, afirma.

Inicialmente, os pesquisadores buscavam encontrar capacidade anticoagulante na saliva do carrapato, mas perceberam que a proteína também agia diretamente nas células. O experimento foi então estendido a camundongos que tiveram melanomas (câncer de pele) induzidos, e o resultado surpreendeu os pesquisadores. “A saliva do carrapato possui substancias tóxicas para células tumorais, sem oferecer risco para as células saudáveis”, explica Ana Marisa.

Patrocinada inicialmente pela Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a pesquisa, iniciada em 2003, hoje é patenteada pela empresa brasileira União Química Indústria Farmacêutica.

O estudo já foi registrado no Instituto de Propriedade Industrial (INPI) devido ao grande potencial terapêutico da molécula. A pesquisa também está protegida pelo Patent Cooperation Teaty (PCT), e a expectativa é de que o medicamento seja totalmente produzido no Brasil.

Celebridade com câncer coloca no YouTube seu cabelo sendo cortado

Thiago Barros Para o TechTudo 13/11/2012

Diem Brown, de 30 anos, publicou na web mais um vídeo de sua tocante saga contra o câncer. Ex-participante do reality show “Real World/Road Rules Challenge”, nos Estados Unidos, a mulher está utilizando o YouTube para compartilhar com os fãs o tratamento para a doença e os detalhes de sua recuperação. Na última semana, ela publicou um vídeo do momento em que cortava o cabelo, devido a queda provocada pelo tratamento de quimioterapia.

Câncer fez com que Diem perdesse todo o cabelo (Foto: Reprodução/YouTube)

As cenas são fortes e emocionam o público que assiste, lembrando até um pouco as imagens da novela “Laços de Família”, em que a personagem Camila, interpretada por Carolina Dieckmann, tem a mesma atitude após notar que seus cabelos estão caindo devido ao tratamento à base de quimioterapia. O vídeo de Diem tem quase cinco minutos de duração e já foi visto mais de seis mil vezes.

“Foi emocionante e frustrante, mas com o tempo passando, percebo que a queda dos cabelos é a prova que tenho de que a quimioterapia está funcionando e matando as células com câncer no meu corpo. Estou muito feliz por ter conseguido filmar isso”, comentou a americana, em um post para a revista People.

Diem começou a utilizar a Internet para compartilhar os momentos que vêm enfrentando no mês de outubro. Sua primeira publicação ganhou destaque na imprensa internacional e causou comoção nas redes sociais.

“Você é linda, Diem! Fique forte! Vou rezar por você”, comentou o usuário elembee13. Lori V, por sua vez, destacou a força de vontade da celebridade: “Tão corajosa. Admiro você”. Já a internauta tv9622 revelou ter sofrido da mesma doença, e frisou o quanto é difícil admitir estes problemas para si própria e para o mundo. “Tenho certeza de que estes vídeos vão ajudar a muitas pessoas no futuro que, infelizmente, acabarem passando pela mesma coisa”.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Exame de sangue pode detectar câncer com mais eficiência que mamografia

Cientistas querem identificar marcadores genéticos vinculados ao tumor e com isso diagnosticar a doença ainda no estágio inicial
EFE | 03/10/2012 10:46:43
Uma análise de sangue pode se transformar em uma técnica de diagnóstico de câncer de mama mais eficaz que a mamografia, segundo informou nesta quarta-feira (3) uma equipe de pesquisadores britânicos, financiada pela organização beneficente Cancer Research UK.
O estudo clínico será realizado pela Universidade de Leicester e o Imperial College de Londres e deve ser iniciado nas próximas semanas, na unidade de diagnóstico de câncer de mama do hospital Charing Cross, em Londres.
Os cientistas analisarão amostras de sangue de mulheres e compararão o DNA das participantes saudáveis com os daquelas que sejam diagnosticadas com a doença.
O objetivo é identificar os marcadores genéticos vinculados ao tumor e confirmar a utilidade da análise de sangue na hora de escolher o tratamento adequado para cada tipo de câncer de mama.
Os pesquisadores esperam que as análises de sangue revelem, além disso, quais pacientes estão mais propensas a desenvolverem a doença novamente.
"Esta emocionante pesquisa, significa que talvez um dia, poderemos usar análise de sangue para detectar as primeiras fases do câncer, de modo que as mulheres poderiam fazer o exame uma vez por ano no lugar da mamografia", explicou o principal pesquisador, Jacqui Shaw, da Universidade de Leicester.
Na opinião do especialista, o avanço evitaria que as mulheres sofram uma ansiedade desnecessária antes de se submeter a uma revisão rotineira.
Segundo Charles Coombes, pesquisador do Imperial College de Londres, este tipo de estudo é "extremamente promissor" e, embora esta pesquisa esteja centrada apenas no câncer de mama, existem outras iniciativas focalizadas ao uso de análise de sangue como provas diagnósticas de outros tipos de tumores.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Morre Marcos Paulo


O ator e diretor Marcos Paulo, um dos principais nomes da teledramaturgia brasileira, morreu neste domingo (11), aos 61 anos, no Rio de Janeiro. De acordo com comunicado divulgado pela TV Globo, ele sofreu uma embolia pulmonar e morreu em casa, por volta das 21h. O velório, seguido de cremação, ocorre nesta segunda-feira (12), no Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro.

"Meus amores, acabou. Dessa vez a noticia não é boa. Depois de tudo que passamos, Deus quis assim. Que Deus me dê toda força e sabedoria", disse Antônia Fontenelle, mulher do ator, no Twitter.

No mês de maio de 2011, durante um exame de rotina, Marcos foi diagnosticado com um câncer de esôfago, que o levou a vários meses de tratamento no Hospital São José da Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Em agosto, passou por cirurgia para a retirada do tumor e, após pouco mais de uma semana internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do local, foi anunciada sua boa recuperação.

No fim do mês passado, Paulo realizou uma série de exames que apontaram uma saúde perfeita e o câncer em total remissão, informou a assessoria de imprensa do Hospital São José, dia 31 de outubro. De acordo com o oncologista Fernando Maluf, Paulo só precisaria, a partir de então realizar novos exames em 2013.

Fantástico desta semana confirmou que o ator estava vivendo sua rotina normal. Na manhã deste domingo, segundo o telejornal, ele desembarcou no Rio de Janeiro, após uma semana de trabalhos em Manaus (AM), onde fez sua última aparição pública no 9º Amazonas Film Festival, sexta-feira (9). Por volta das 21h, passou mal e, no momento em que ia ao hospital, não resistiu e morreu.
Com Portal Terra

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Lucas Mendes, de Nova York

BBC - 04/10/2012
Mais cedo ou mais tarde eu teria um encontro com o câncer. Bateu em volta tantas vezes, levou minha mãe pelo seio, amigos próximos e distantes.
Foi debaixo do chuveiro que senti um volume anormal, endurecido, maior que o próprio testículo direito. Sempre houve lá uma anormalidade, um corpo disforme ligado ao testículo, mas era pequeno e macio.
Adolescente, fui operado de varicocele no testículo esquerdo, mas o médico achou que não precisava operar o direito. Este médico errou em vários outros diagnósticos e explicou que a varicocele, que são como varizes internas, em geral, são resultado de prática de esporte sem sunga atlética. Há outras doenças que produzem caroços e substâncias no testículo mas hoje elas não interessam.
Meu médico marcou a consulta para dali a uma semana e talvez esta tenha sido a causa da minha tranquilidade. A falta de urgência era boa noticia.
A consulta
Oito horas de uma linda manhã entrei no consultório com vista para as árvores da Washington Square. Ele apalpou e não gostou:
- Não sei o que está aí dentro. O sonograma vai nos dizer.
O exame foi marcado para a semana seguinte. Saí do consultório surpreso com minha calma, quase indiferença, como se tivesse ido apenas para uma vacina contra gripe que, de fato, tomei.
Seria um caso de "simple denial", simples negação do problema? Não sei. Nem fiz pesquisa sobre câncer de testículos. Sabia alguma por causa do Lance Armstrong, o incrível ciclista que conquistou sete vezes o Tour de France e acabou desqualificado por causa das drogas.
No caso dele o câncer saiu do testículo para o pulmão e cérebro. O prognóstico era péssimo. Duas cirurgias depois, reabilitação e um super homem dopado foi campeão nas montanhas francesas.
Durante alguns dias evitei contar até para minha mulher que tem temperamento italiano e fica "itálica" em casos de doença. Depois da reação inicial, previsível, veio com um consolo: é o tipo mais comum de câncer entre homens de 20 a 39 anos e o mais curável.
O tratamento de câncer me assusta tanto ou até mais que a doença. Sou um covarde para lidar com resfriados e passo até dez anos sem ter um.

O sonograma
Foi numa tarde também ensolarada. A confortável recepção da clínica dava para uma tarde cheia de arvores e vida na Union Square. Ia sair dali canceroso? Naquela madrugada tinha tido a primeira insônia sobre a possibilidade da doença e minha negação.
Irina, a especialista enfermeira, uma geladeira, do sonograma, passou o creme no aparelho e começou a fotografar o testículo. Tinha recaído na negação e quase cochilava no conforto da cama.
- Isto não é câncer. É um cisto cheio de liquido, mas é diferente.
Depois de quase meia hora de "clic clics" me disse que eu tirasse um cochilo enquanto ia mostrar as fotos ao médico. Acordei com uma jovem médica negra, Michele. Repetiu todo o processo nos dois testículos:
- Meu jovem, vá para casa e não se preocupe. Seu médico vai ligar para você.
Duas horas depois ele ligou e encerrou o caso:
- Não precisa fazer nenhum outro teste agora nem no futuro. Não é câncer.
A negação
A negação funcionou. Em sinuca, o câncer cometeu suicídio. Acontece quando quem taca erra a bola e a branca cai na caçapa.
Estou assistindo ao debate entre o presidente e o governador com um charuto, um dos raros deste ano, um copo de vinho, pronto para negar ou até confrontar o próximo câncer.
E os republicanos? Historicamente o candidato que desafia o presidente ganha mais pontos nas pesquisas e elas confirmam que Romney não se suicidou, mas os republicanos continuam na boca da caçapa e em negação. Vão anunciar que ganharam o debate, vão sobreviver e ganhar a eleição. Comigo deu certo.