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quinta-feira, 6 de maio de 2021

Como fortalecer o organismo e os músculos depois do tratamento do câncer?

 

A perda de peso (caquexia) e a desnutrição são efeitos comuns durante o tratamento do câncer. Os médicos consideram a situação como um evento potencialmente grave e indicam uma intervenção terapêutica o mais breve possível, assim que o problema for diagnosticado. Os efeitos ocorrem, principalmente, com a quimioterapia e a radioterapia. Estima-se que a caquexia relacionada ao câncer ocorra em pelo menos 50% dos pacientes com tumores em estágio avançado.

Por isso, uma avaliação nutricional deve ser feita assim que o tratamento for iniciado. “A orientação é muito importante antes de o paciente começar as sessões, para que os benefícios sejam sentidos durante a terapia. Assim, quando o tratamento terminar, o corpo estará mais forte, o organismo terá mais apetite”, destaca a nutricionista Luisa Macedo Nunes, integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer.

Muitos pacientes, também, questionam sobre o fortalecimento dos músculos com o término dos ciclos de quimioterapia, por exemplo. “Nestes casos, é preciso ter um tempo até o corpo descansar, porque o organismo recebe doses muito altas de medicamento”, ressalta Luisa. “Novamente, para garantir que os músculos fiquem fortes, é necessário pensar numa avaliação e num plano antes do início do tratamento”.

A desnutrição no câncer ocorre por conta do tumor e por conta dos efeitos da quimioterapia. Com a avaliação nutricional e um plano de acompanhamento é possível deixar o paciente forte e driblar esses sintomas mais comuns, como a xerostomia (boca seca), disgeusia (alteração no paladar), mucosite (inflamações que podem acontecer na boca, faringe, laringe, esôfago e atrapalhar a alimentação), náusea e diarreia. Todas essas situações comprometem as refeições fazem o paciente perder peso”, acrescenta a nutricionista.

Se durante o tratamento houve o acompanhamento nutricional e o paciente conseguir manter o peso (poderá até haver ganho de massa), a recuperação ao final das sessões é muito mais fácil e com melhor qualidade.

https://vencerocancer.org.br/cancer/noticias/como-fortalecer-o-organismo-depois-do-tratamento-do-cancer/?catsel=cancer

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Como lidar com o corpo e os relacionamentos depois do câncer


Credit: National Cancer Institute

Cada um de nós tem uma imagem mental de como vemos nossa "auto-imagem". Embora nem sempre gostem da nossa aparência, estamos acostumados com nossa auto-imagem e aceitamos. Mas o câncer e seu tratamento podem mudar a forma como você se parece e se sente. Saiba que você não está sozinho em como você se sente. Muitos outros têm sentimentos semelhantes.

Alterações do corpo durante e após o tratamento
Mudanças na sua vida sexual
Namoro

Alterações do corpo durante e após o tratamento

Algumas alterações corporais são de curto prazo, enquanto outras vão durar para sempre. De qualquer forma, sua aparência pode ser uma grande preocupação durante ou após o tratamento. Por exemplo, as pessoas com ostomias após a cirurgia retal ou do cólon às vezes têm medo de sair. Eles se preocupam com o transporte de equipamentos ao redor do corpo ou temem que ele possa vazar. Alguns podem sentir vergonha ou ter medo de que outros os rejeitem.

Toda pessoa muda de maneiras diferentes. Alguns serão notáveis para outras pessoas, mas algumas mudanças apenas você notará. Para alguns, você pode precisar de tempo para se ajustar. Os problemas que você pode enfrentar incluem:

Perda de cabelo ou alterações na pele
Cicatrizes ou mudanças na forma como você parece causadas por cirurgia
Mudanças de peso
Perda de membros
Perda de fertilidade, o que significa que pode ser difícil engravidar ou ter um filho

Mesmo que os outros não possam vê-los, suas mudanças no corpo podem incomodá-lo. Sentimentos de raiva e tristeza sobre mudanças em seu corpo são naturais. Sentir-se mal com o seu corpo também pode diminuir o seu desejo sexual. Essa perda pode fazer você se sentir ainda pior em relação a você mesmo.

Alterações na forma como você olha também podem ser difíceis para seus entes queridos, o que, por sua vez, pode ser difícil para você. Por exemplo, pais e avós geralmente se preocupam com a aparência de um filho ou neto. Eles temem que as mudanças em sua aparência possam assustar a criança ou entrar no caminho de sua permanência próxima.

Each of us has a mental picture of how we look, our "self-image." Although we may not always like how we look, we're used to our self-image and accept it. But cancer and its treatment can change how you look and feel about yourself. Know you aren't alone in how you feel. Many others have similar feelings.

Body Changes during and after Treatment
Changes in Your Sex Life
Dating

Body Changes during and after Treatment

Some body changes are short-term while others will last forever. Either way, your looks may be a big concern during or after treatment. For example, people with ostomies after colon or rectal surgery are sometimes afraid to go out. They worry about carrying equipment around or fear that it may leak. Some may feel ashamed or afraid that others will reject them.

Every person changes in different ways. Some will be noticeable to other people, but some changes only you will notice. For some of these you may need time to adjust. Issues you may face include:

Hair loss or skin changes
Scars or changes in the way you look caused by surgery
Weight changes
Loss of limbs
Loss of fertility, which means it can be hard to get pregnant or father a child
Even if others can't see them, your body changes may trouble you. Feelings of anger and grief about changes in your body are natural. Feeling bad about your body can also lower your sex drive. This loss may make you feel even worse about yourself.

Changes in the way you look can also be hard for your loved ones, which in turn, can be hard on you. For example, parents and grandparents often worry about how they look to a child or grandchild. They fear that changes in their appearance may scare the child or get in the way of their staying close.


Lidar com as mudanças no corpo

Como você lida com as mudanças corporais?

Lamentar suas perdas e saber que está certo sentir-se triste, irritado e frustrado. Seus sentimentos são reais e você tem o direito de se afligir.
Tente se concentrar nas formas como o enfrentamento do câncer o tornou mais forte, mais sábio e mais realista.
Se a sua pele mudou pela radiação, pergunte ao seu médico sobre as formas de cuidar disso.
Procure novas maneiras de melhorar sua aparência. Um novo corte de cabelo, cor do cabelo, maquiagem ou roupas podem dar-lhe uma elevada. Se você está vestindo uma peruca, pode levá-la a um cabeleireiro para dar forma e estilo.
Se você optar por usar alguma prótese de mama, certifique-se de que se encaixa bem. Não tenha medo de pedir ajuda a alguém. E verifique seu plano de seguro de saúde para ver se ele vai pagar por isso.
Lidar com essas mudanças pode ser difícil. Mas, ao longo do tempo, a maioria das pessoas aprende a se adaptar a elas e seguir em frente. Se você precisar, pergunte ao seu médico para sugerir um conselheiro com quem você possa conversar sobre seus sentimentos.

Coping with Body Changes

How do you cope with body changes?

Mourn your losses and know it's okay to feel sad, angry, and frustrated. Your feelings are real, and you have a right to grieve.
Try to focus on the ways that coping with cancer has made you stronger, wiser, and more realistic.
If your skin has changed from radiation, ask your doctor about ways you can care for it.
Look for new ways to enhance your appearance. A new haircut, hair color, makeup, or clothing may give you a lift. If you're wearing a wig, you can take it to a hairdresser to shape and style.
If you choose to wear a breast form (prosthesis), make sure it fits you well. Don't be afraid to ask the clerk or someone close to you for help. And check your health insurance plan to see if it will pay for it.
Coping with these changes can be hard. But, over time, most people learn to adjust to them and move forward. If you need to, ask your doctor to suggest a counselor who you can talk with about your feelings.


Permanecendo ativo

Muitas pessoas acham que ficar ativo pode ajudar sua auto-imagem. Algumas coisas que você pode tentar são:

Caminhar ou correr
Fazer natação
Praticar um esporte
Fazer uma aula de ginástica
Levantar peso
Fazer alongamento ou ioga

Ser ativo o ajuda a lidar com as mudanças. Pode reduzir o estresse e ajudá-lo a relaxar. Também pode ajudá-lo a se sentir mais forte e com mais controle de seu corpo. Comece devagar, se você precisar, e faça no seu tempo. Fale com seu médico sobre maneiras de permanecer ativo.

Hobbies e trabalho voluntário também podem ajudar a melhorar sua auto-imagem e auto-estima. Você pode gostar de ler, ouvir música, fazer palavras cruzadas ou outros tipos de quebra-cabeças, jardim ou paisagem, ou escrever um blog, apenas para citar alguns. Ou você pode ser voluntário em uma igreja ou numa ong, ou se tornar um mentor ou tutor, por exemplo. Você pode achar que se sente melhor com você mesmo quando se envolve em ajudar os outros e fazer as coisas que você gosta

Staying Active

Many people find that staying active can help their self-image. Some things you can try are:

Walking or running
Swimming
Playing a sport
Taking an exercise class
Weight training
Stretching or yoga

You may find that being active helps you cope with changes. It can reduce your stress and help you relax. It may also help you to feel stronger and more in control of your body. Start slowly if you need to and take your time. Talk with your doctor about ways you can stay active.

Hobbies and volunteer work can also help improve your self-image and self-esteem. You may like to read, listen to music, do crossword or other kinds of puzzles, garden or landscape, or write a blog, just to name a few. Or you could volunteer at a church or a local agency, or become a mentor or tutor, for example. You may find that you feel better about yourself when you get involved in helping others and doing things you enjoy.


Mudanças na sua vida sexual

É comum que as pessoas tenham problemas com o sexo por causa do câncer e seu tratamento. Quando seu tratamento acabar, você pode sentir vontade de ter relações sexuais novamente, mas pode demorar algum tempo. Os problemas sexuais podem durar mais do que outros efeitos colaterais do tratamento do câncer. É importante procurar ajuda para aprender a se adaptar a essas mudanças.

Até então, você e seu cônjuge ou parceiro podem precisar encontrar novas maneiras de mostrar que você se importa um com o outro. Isso pode incluir tocar, segurar e abraçar.

Problemas Relacionados ao Tratamento

Problemas sexuais são muitas vezes causados por mudanças em seu corpo. Dependendo do câncer que você teve, você pode ter problemas de curto ou longo prazo com o sexo após o tratamento. Essas mudanças resultam da quimioterapia, radiação, cirurgia ou certos medicamentos. Às vezes, problemas emocionais como ansiedade, depressão, preocupação e estresse podem causar problemas com o sexo.

Que tipos de problemas ocorrem? As preocupações comuns são:

Preocupações com a intimidade após o tratamento. Alguns podem lutar com a imagem do corpo após o tratamento. Mesmo pensar em ser visto sem roupas pode ser estressante. As pessoas podem se preocupar que ter relações sexuais magoa ou que não poderão realizar ou se sentirão menos atraentes. Dor, perda de interesse, depressão ou medicamentos contra o câncer também podem afetar o desejo sexual.
Não é possível fazer sexo como antes. Alguns tratamentos contra o câncer causam alterações nos órgãos sexuais que também alteram sua vida sexual.
Alguns homens não podem mais obter ou manter uma ereção após tratamento para câncer de próstata, câncer de pênis ou câncer de testículos. Alguns tratamentos também podem enfraquecer o orgasmo de um homem ou torná-lo seco. Problemas menos comuns incluem ser incapaz de ejacular ou a ejaculação voltar para a bexiga.
Após o tratamento do câncer, algumas mulheres acham mais difícil, ou mesmo doloroso, fazer sexo. Embora alguns tratamentos contra o câncer possam causar esses problemas, pode não haver uma causa clara. Algumas mulheres também têm dor ou entorpecimento na área genital.
Ter sintomas de menopausa. Quando as mulheres entram na menipausa, podem sentir ondas de calor, secura ou aperto na vagina e/ou outros problemas que podem afetar seu desejo de fazer sexo.
Perder a capacidade de ter filhos. Alguns tratamentos contra o câncer podem causar infertilidade, tornando impossível que os sobreviventes de câncer tenham filhos. Mas tenha em mente que:

Dependendo da sua idade, do tipo de tratamento que recebeu e da duração do tratamento, você ainda pode ter filhos.
As famílias podem se unir de muitas maneiras. Algumas pessoas escolhem a adoção ou a maternidade de aluguel. Algumas pessoas se envolvem na vida de sobrinhas ou sobrinhos, ou em programas de orientação infantil.
Você pode escolher se concentrar em outros interesses e paixões na vida.
Você pode contatar a sua equipe de cuidados de saúde com perguntas ou preocupações, bem como com grupos de suporte liderados profissionalmente. Ou você pode entrar em contato com LIVESTRONG FertilityExit Disclaimer para obter mais informações e para encaminhamentos para programas de fertilidade nos Estados Unidos.
Peça por ajuda

Mesmo que você se sinta estranho, informe seu médico ou enfermeiro se você estiver tendo problemas com intimidade ou sexo. Pode haver tratamentos ou outras maneiras pelas quais você e seu ente querido pode dar prazer uns aos outros. Se o seu médico não pode falar com você sobre problemas sexuais, peça o nome de um médico que pode. Algumas pessoas também acham útil conversar com outros casais.

Os problemas sexuais nem sempre podem melhorar por conta própria. Às vezes, pode haver um problema médico subjacente que causa mudanças. Mudanças comuns e algumas soluções são:

Problemas de ereção. Podem ajudar a medicina, dispositivos assistenciais, aconselhamento, cirurgia ou outras abordagens.
Secagem vaginal. A seca ou o aperto na vagina podem ser causados pela menopausa. As opções para você podem ser: usar um lubrificante à base de água durante o sexo, usar dilatadores vaginais antes do sexo e/ou tomar hormônios ou usar um creme hormonal.
Fraqueza muscular. Você pode ajudar a fortalecer os músculos em sua área genital fazendo exercícios Kegel. Isto é, quando você pratica controlar seus músculos para parar o fluxo de urina. Você pode fazer esses exercícios mesmo quando não está urinando. Apenas aperte e relaxe os músculos enquanto estive sentado, pé ou andando.

Outras questões sobre as quais você quer falar incluem:

Preocupações sobre ter filhos. Discuta preocupações de planejamento familiar com seu médico. Se você é uma mulher, pergunte se você ainda precisa usar controle de natalidade, mesmo que não esteja tendo menstruaçção.
Falando com um conselheiro. Algumas pessoas acham que os problemas sexuais relacionados ao câncer começam a afastar seu relacionamento com seu parceiro. Se for esse o caso, pergunte a uma enfermeira ou assistente social se você pode conversar com um conselheiro. Falar com alguém sozinho, ou com seu parceiro, pode ajudar.
Vendo um especialista. Um terapeuta sexual pode ajudá-lo a falar abertamente sobre seus problemas, trabalhar com suas preocupações e criar novas maneiras de ajudar você e seu parceiro.
Informe ao seu parceiro como você sente

Falar com seu ente querido e compartilhar seus sentimentos e preocupações é muito importante. Mesmo para um casal que esteve junto há muito tempo, pode ser difícil ficar conectado.

Deixe o seu parceiro saber se deseja fazer sexo ou prefere apenas abraçar e beijar. Ele ou ela podem ter medo de fazer sexo com você. Ou seu parceiro pode estar preocupado em machucá-lo ou pensar que não está se sentindo bem.

Fale com o seu parceiro sobre quaisquer preocupações sobre sua vida sexual. Seja aberto sobre seus sentimentos e fique positivo para evitar a culpa.

Eu disse a minha esposa que meu amor por ela não era menos por causa de sua mastectomia. Eu estava muito mais preocupado que ela se livrasse do câncer.

Changes in Your Sex Life

It's common for people to have problems with sex because of cancer and its treatment. When your treatment is over, you may feel like having sex again, but it may take some time. Sexual problems can last longer than other side effects of cancer treatment. It's important to seek help in learning how to adapt to these changes.

Until then, you and your spouse or partner may need to find new ways to show that you care about each other. This can include touching, holding, hugging, and cuddling.

Treatment-Related Problems

Sexual problems are often caused by changes to your body. Depending on the cancer you had, you may have short-term or long-term problems with sex after treatment. These changes result from chemotherapy, radiation, surgery, or certain medicines. Sometimes emotional issues such as anxiety, depression, worry, and stress may cause problems with sex.

What types of problems occur? Common concerns are:

Worries about intimacy after treatment. Some may struggle with their body image after treatment. Even thinking about being seen without clothes may be stressful. People may worry that having sex will hurt or that they won't be able to perform or will feel less attractive. Pain, loss of interest, depression, or cancer medicines can also affect sex drive.
Not being able to have sex as you did before. Some cancer treatments cause changes in sex organs that also change your sex life.
Some men can no longer get or keep an erection after treatment for prostate cancer, cancer of the penis, or cancer of the testes. Some treatments can also weaken a man's orgasm or make it dry. Less common problems include being unable to ejaculate or ejaculation going backward into the bladder.
After cancer treatment, some women find it harder, or even painful, to have sex. While some cancer treatments can cause these problems, there may be no clear cause. Some women also have pain or numbness in their genital area.
Having menopause symptoms. When women stop getting their periods, they can get hot flashes, dryness or tightness in the vagina, and/or other problems that can affect their desire to have sex.
Losing the ability to have children. Some cancer treatments can cause infertility, making it impossible for cancer survivors to have children. But keep in mind that:
Depending on your age, the type of treatment you received, and the length of time since treatment, you may still be able to have children.
Families can come together in many ways. Some people choose adoption or surrogacy. Some people get involved in the lives of nieces or nephews, or in child mentoring programs.
You may choose to focus on other interests and passions in life.
You can reach out to your health care team with questions or concerns, as well as to professionally led support groups. Or you can contact LIVESTRONG FertilityExit Disclaimer for more information, and for referrals to fertility programs in the United States.
Ask for Help

Even though you may feel awkward, let your doctor or nurse know if you're having problems with intimacy or sex. There may be treatments or other ways you and your loved one can give each other pleasure. If your doctor can't talk with you about sexual problems, ask for the name of a doctor who can. Some people also find it helpful to talk with other couples.

Sexual problems may not always get better on their own. Sometimes there can be an underlying medical problem that causes changes. Common changes and some solutions are:

Erection problems. Medicine, assistive devices, counseling, surgery, or other approaches may help.
Vaginal dryness. Dryness or tightness in the vagina can be caused by menopause. Ask whether using a water-based lubricant during sex, using vaginal dilators before sex, and/or taking hormones or using a hormone cream are options for you.
Muscle weakness. You can help strengthen muscles in your genital area by doing Kegel exercises. This is when you practice controlling your muscles to stop the flow of urine. You can do these exercises even when you are not urinating. Just tighten and relax the muscles as you sit, stand, or go about your day.
Other issues you may want to talk about include:

Concerns about having children. Discuss family planning concerns with your doctor. If you're a woman, ask if you still need to use birth control, even if you are not getting your period.
Talking with a counselor. Some people find that sexual problems related to cancer start to strain their relationship with their partner. If this is the case, ask a nurse or social worker if you can talk to a counselor. Talking to someone alone, or with your partner, may help.
Seeing a specialist. A sex therapist may be able to help you talk openly about your problems, work through your concerns, and come up with new ways to help you and your partner.
Tell Your Partner How You Feel

Talking to your loved one and sharing your feelings and concerns is very important. Even for a couple that has been together a long time, it can be hard to stay connected.

Let your partner know if you want to have sex or would rather just hug, kiss, and cuddle. He or she may be afraid to have sex with you. Or your partner may be worried about hurting you or think that you're not feeling well.

Talk to your partner about any concerns you have about your sex life. Be open about your feelings and stay positive to avoid blame.

I told my wife that my love for her wasn't less because of her mastectomy. I was much more concerned that she be rid of cancer.


Encontrando maneiras de ser íntimo

Você ainda pode ter um relacionamento íntimo, apesar do câncer. A intimidade não é apenas física. Também envolve sentimentos. Aqui estão algumas maneiras de melhorar seu relacionamento íntimo:

Concentre-se em falar e renovar sua conexão.
Proteja seu tempo juntos. Desligue o telefone e a TV. Se necessário, encontre alguém para cuidar das crianças por algumas horas.
Vá devagar. Planeje uma hora para ficar juntos sem ser físico. Por exemplo, você pode querer ouvir música ou dar um passeio.
Tente um novo toque. O tratamento ou cirurgia de câncer pode mudar o corpo de um paciente. As áreas em que o toque era usado para se sentir bem agora podem estar entorpecidas ou dolorosas. Algumas dessas mudanças desaparecerão. Algumas ficarão. Por enquanto, vocês podem descobrir juntos quais tipos de toque para se sentir bem, como segurar e abraçar.
Sentir-se íntimo após o tratamento

Embora o tratamento do câncer possa acabar, os problemas sexuais podem permanecer por um tempo. Mas você pode encontrar outras maneiras de mostrar que você se importa um com o outro. Sentir-se perto do seu parceiro é importante.

Tenha orgulho do seu corpo. Você conseguiu através do tratamento!
Pense em coisas que o ajudem a sentir-se mais atraente e confiante.
Concentre-se no positivo. Tente estar atento aos seus pensamentos, pois eles podem afetar sua vida sexual.
Esteja aberto para mudar. Você pode encontrar novas formas de desfrutar da intimidade.

Namoro

Se você é solteiro, mudanças corporais e preocupações sobre sexo podem afetar o que você sente sobre o namoro. Enquanto você luta para aceitar as mudanças em você mesmo, você também pode se preocupar com a forma como os outros sentirão. Por exemplo, você pode se perguntar como alguém reagirá a coisas físicas, como perda de cabelo, cicatrizes ou ostomias. Ou poder trazer problemas sexuais ou de perda de fertilidade, o que pode tornar o relacionamento mais difícil ainda.

Começar a namorar novamente pode parecer um desafio. Você pode se perguntar como e quando contar a uma nova pessoa em sua vida sobre seu câncer e mudanças corporais. Para alguns sobreviventes de câncer, o medo de ser rejeitado os impede de buscar a vida social que eles gostariam de ter. Outros que escolhem não namorar podem enfrentar a pressão de amigos ou familiares para serem mais sociáveis. Aqui estão algumas ideias que podem tornar mais fácil voltar as situações sociais

Concentre-se em atividades que você tem tempo para desfrutar, como ir a festivais e passear em grupo, tomar aulas ou se juntar a um clube.
Tente não permitir que o câncer seja uma desculpa para não namorar e tentar conhecer pessoas.
Aguarde até sentir uma sensação de confiança e amizade antes de contar ao seu namorado sobre seu câncer.
Fale com seus amigos sobre namoro ou obtenha conselhos de outros sobreviventes de câncer.
Pense em namorar como um processo de aprendizagem com o objetivo de ter uma vida social que você desfrute. Você escolhe quem ou com que frequência você namora. E nem todos os namoros devem ser perfeitos. Se algumas pessoas o rejeitam (o que pode acontecer com ou sem câncer), você não falhou. Tente lembrar que nem todas os namoros funcionaram antes de você ter câncer. E, talvez, sua experiência de câncer lhe dê uma sensação de propósito e apreciação por um relacionamento que você não teve antes


Finding Ways to Be Intimate

You can still have an intimate relationship in spite of cancer. Intimacy isn't just physical. It also involves feelings. Here are some ways to improve your intimate relationship:

Focus on just talking and renewing your connection.
Protect your time together. Turn off the phone and TV. If needed, find someone to take care of the kids for a few hours.
Take it slow. Plan an hour or so to be together without being physical. For example, you may want to listen to music or take a walk.
Try new touch. Cancer treatment or surgery can change a patient's body. Areas where touch used to feel good may now be numb or painful. Some of these changes will go away. Some will stay. For now, you can figure out together what kinds of touch feel good, such as holding, hugging, and cuddling.
Feeling Intimate after Treatment

Although cancer treatment may be over, sexual problems may remain for a while. But you can find other ways to show that you care about each other. Feeling close to your partner is important.

Be proud of your body. It got you through treatment!
Think of things that help you feel more attractive and confident.
Focus on the positive. Try to be aware of your thoughts, since they can affect your sex life.
Be open to change. You may find new ways to enjoy intimacy.

Dating

If you're single, body changes and concerns about sex can affect how you feel about dating. As you struggle to accept the changes yourself, you may also worry about how others will feel. For example, you may wonder how someone will react to physical things, such as hair loss, scars or ostomies. Or it can feel awkward to bring up sexual problems or loss of fertility, which can make feeling close even harder.

Starting to date again may feel like a challenge. You may wonder how and when to tell a new person in your life about your cancer and body changes. For some cancer survivors, the fear of being rejected keeps them from seeking the social life they would like to have. Others who choose not to date may face pressure from friends or family to be more sociable. Here are some ideas that can make it easier to get back into social situations:

Focus on activities that you have time to enjoy, such as going to festivals and group outings, taking classes or joining a club.
Try not to let cancer be an excuse for not dating and trying to meet people.
Wait until you feel a sense of trust and friendship before telling a new date about your cancer.
Talk to your friends about dating or get advice from other cancer survivors.
Think about dating as a learning process with the goal of having a social life you enjoy. You get to choose who or how often you date. And not every date has to be perfect. If some people reject you (which can happen with or without cancer), you have not failed. Try to remember that not all dates worked out before you had cancer. And perhaps, your cancer experience gives you a sense of purpose and appreciation for a relationship that you didn't have before.

Updated: June 2, 2017

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quarta-feira, 8 de abril de 2015

Cardiotoxicidade no tratamento do Câncer


Em meio ao intenso e recente debate sobre as atividades médicas no país e à precariedade do atendimento na rede de saúde, é necessário registrar a evolução que tem os tido em alguns segmentos. Um exemplo é a cardio-oncologia, onde duas especialidades se encontram para tentar minimizar os efeitos adversos provocados por droga sutilizadas para a cura do câncer. É a chamada “cardiotoxidade”.Traduzindo, são os efeitos tóxicos de diferentes medicamentos ministrados no combate ao câncer sobre o coração.

O aprofundamento desses estudos é fundamental, principalmente quando identificamos que o câncer lidera as preocupações entre as doenças, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). A estimativa é de queaté 2030 cerca de 13,1milhão de pessoas morram, entre 27 milhões que devem contrair a doença.
Como vemos é uma parcela considerável da população mundial. Mas sabemos também que o tratamento dos pacientes portadores de câncer com quimioterapia e radioterapia, tem resultado em um importante aumento na sobrevida dessa população. Entretanto crescem também os efeitos colaterais.Portanto, à medida que a incidência do câncer aumenta em função de diferentes fatores, cresce a necessidade de se diminuir o risco da cardiotoxicidade.

O uso de bio marcadores e exames de imagem na tentativa de identificar pacientes com maiores riscos de cardiotoxicidade e a adoção de medidas cardio protetoras são alvo de estudos sobre os quais tenho me debruçado, assim como outros profissionais.

Dessa maneira, esperamos identificar as características dos grupos de pacientes com maiores riscos de evoluirem para uma lesão cardiovascular. Também conhecer melhor os agentes quimioterápicos e as características da radioterapia que possam estar envolvidas na evolução não satisfatória dos pacientes.

Esses estudos são fundamentais, pois com a evolução dos medicamentos e o aumento da média de idade da população, o câncer, mesmo com maior número de casos, vai se transformando, para muitos, em uma espécie de doença crônica. Muitas vezes a doença se manifesta por mais de uma década de incidência. Aumentam, dessa forma, os riscos dos medicamentos afetarem outros órgãos, particularmente o coração.

Vale lembrar que mesmo nos casos de cura imediata, com pacientes não crônicos, os efeitos dos medicamentos podem se manifestar até 20 anos após o fim do tratamento. Merece atenção nesse aspecto a onco-pediatria, pois crianças curadas do câncer precisam de atenção especial do ponto de vista cardiológico na vida adulta.


Portanto, é fundamental o relacionamento estreito de cardiologista e oncologistas. Por exemplo, mesmo um pacientes com hipertensão leve, precisa de atenção. Então esses especialistas devem trabalhar em conjunto.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Quase sem efeitos: é possível amenizar incômodos da quimio

Pacientes ainda temem esse tratamento contra o câncer, mas médicos garantem que hoje há como controlar maioria das reações

Priscilla Borges, iG Brasília 22/08/2011 17:06

O susto e o medo que envolvem o diagnóstico do câncer – doença que já é segunda causa de mortes no Brasil – acompanham a maioria dos pacientes também em outras fases da enfermidade.

A quimioterapia, um dos principais tratamentos para a doença, ainda é fonte de traumas e pânico. Até bem pouco tempo, os relatos dos pacientes sobre os efeitos colaterais das medicações usadas na quimioterapia não eram nada animadores: enjoos, náuseas, vômitos, cansaço, tonturas e frequentes internações.

Os tratamentos evoluíram. Apesar de os efeitos colaterais provocados pelas medicações quimioterápicas ainda serem os mesmos, eles são mais controláveis e, cada vez mais, estão fora da rotina dos pacientes que lutam para se curar do câncer. Os oncologistas, médicos especialistas na doença, explicam que há medicamentos novos e outros antigos utilizados para combater as reações desagradáveis.

“O problema é que as pessoas que passam mal difundem mais a informação. Há quem passa tão bem que não conta que está fazendo o tratamento. Ainda há um estigma muito grande em torno da doença e do tratamento”, comenta o oncologista Marcello Fanelli, do Hospital A. C. Camargo, em São Paulo.

Na quimioterapia, cada paciente recebe uma combinação de medicamentos, em geral, diretamente na veia ou por meio de um cateter. Em alguns casos, os remédios são tomados por via oral ou aplicados no músculo ou na pele. É importante saber que existem centenas de combinações de medicações possíveis para o tratamento do câncer. Os médicos escolherão as melhores para cada caso individualmente. Esse é um dos motivos pelos quais os efeitos colaterais variam tanto de um paciente para outro.

“Além disso, cada organismo tem uma capacidade de metabolizar e receber os medicamentos e há uma diferença psicológica. Pacientes deprimidos têm uma tendência maior a sentir efeitos colaterais. Em todos os casos, mais da metade dos pacientes que se submete à quimioterapia tem reações muito menores do que imaginava”, afirma o chefe do Serviço de Oncologia Clínica do Instituto Nacional do Câncer (INCA), Daniel Herchenhorn.

Terapias combinadas

As combinações quimioterápicas recebem classificações de acordo com o risco de causarem efeitos colaterais, que pode variar de baixo a alto. Os incômodos mais comuns são náuseas, enjoos, vômitos, fraqueza, diarreia, feridas na boca (aftas), constipação (prisão de ventre), infecções, anemias e queda de pelos e cabelos. Hoje, só não há solução para conter a perda dos cabelos.

Para Artur Katz, coordenador médico da Oncologia Clínica do Hospital Sírio-Libanês, os especialistas precisam se antecipar às dificuldades que os pacientes podem enfrentar a partir de cada tratamento. Alguns remédios para o combate às náuseas – chamados de anti-eméticos –, por exemplo, só funcionam quando combinados antes e após a aplicação da quimioterapia.

Gustavo Fernandes, diretor-técnico do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês Brasília, explica que há três tipos de náuseas possíveis durante a quimioterapia: antecipatória, precoce e tardia. A primeira ocorre antes da aplicação, por causa da ansiedade do paciente. É combatida com ansiolíticos. A segunda ocorre até 48 horas após a aplicação e a terceira, até cinco ou seis dias depois.

Para os casos de alto risco de náuseas, inibidores cerebrais podem ser prescritos. Eles “bloqueiam” a memória do cérebro sobre enjoos ou “desconectam” a comunicação entre o cérebro e o estômago.

“Precisamos tratar as possibilidades de náuseas de maneira agressiva desde a primeira aplicação da quimioterapia, para que o paciente não tenha uma memória ruim daquele momento. Ele vai mais confiante para as próximas sessões”, afirma Fernandes.
Os oncologistas podem prescrever diferentes anti-eméticos para os pacientes, mais leves ou mais fortes, dependendo da situação. Corticóides e anti-ácidos também são usados para atenuar os efeitos.

Daniel Herchenhorn, do Inca, destaca que, além dos remédios, apoio psicológico e nutricional é fundamental para evitar as dificuldades. Uma alimentação balanceada evita constipações, azias, diarreias e outros tantos incômodos.

“O entendimento da doença e o cuidado geral com a saúde do paciente ajudam a combater esses efeitos indesejados. Não orientar o paciente é irresponsabilidade”, diz.

Falta de informação

O chefe da oncologia do Inca ressalta que a troca de informações entre pacientes e médicos é fundamental. Durante a consulta, todas as dúvidas devem ser esclarecidas. Cada novo mal-estar deve ser comunicado ao médico o quanto antes. Assim, ele pode ser combatido mais rápido e evitar problemas mais graves.

“Cuidados, alimentação, efeitos e remédios devem ser temas da consulta. Infelizmente, em muitos hospitais (em geral os públicos), as conversas costumam ser muito rápidas. O paciente não pergunta e médico não responde. O médico não orienta e, quando orienta, o paciente não entende o que foi explicado”, lamenta.

Para Fanelli, o objetivo do tratamento também precisa ser bem compreendido por quem enfrenta o câncer. Ele lembra que essa é uma doença grave e, em prol da cura, serão necessários sacrifícios.

“Até pouco tempo, as pessoas tinham receio de conversar sobre o câncer, sequer pronunciavam essa palavra. É preciso entender que ela é uma doença grave, mas como outra qualquer. Exige esforço no tratamento sim, mas em muitos casos é possível curá-la”, pondera.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Desnutrição atinge 60% dos pacientes com câncer, diz estudo

http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2011/03/10/desnutricao-atinge-60-dos-pacientes-com-cancer-diz-estudo/


Um levantamento realizado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, apontou que cerca de 60% dos pacientes atingidos pela doença apresentam risco nutricional. Segundo a secretaria, o estudo mostrou que grande parte desses pacientes já chega para tratamento com quadro de desnutrição.

De acordo com o estudo, as chances de um paciente oncológico apresentar problemas com a alimentação é três vezes maior do que o observado em portadores de outras doenças. Isso acontece por vários fatores, como o estágio da enfermidade e fase do tratamento, que pode causar efeitos colaterais como a diminuição do apetite e alterações no paladar.

O Icesp atende pessoas já diagnosticadas com câncer e, por isso, grande parte dos pacientes admitidos chega ao hospital em estado de desnutrição ou com risco nutricional. Nas UTIs, este índice alcança 78% dos pacientes. Os números são semelhantes aos da unidade de pronto atendimento, que registra 72%. Nas enfermarias cirúrgicas, observou-se uma média de 20% de pacientes desnutridos, índice menor do que os 59% apresentados nas enfermarias da Oncologia-Clínica geral.

A detecção da desnutrição no início do tratamento oncológico e ação nutricional imediata estão significativamente associadas à cura da doença. Para conter e reverter esse quadro, o Instituto do Câncer utiliza ferramentas de triagem nutricionais, que vão desde a identificação do risco, o acompanhamento durante todo o tratamento e a disponibilização de suplementos alimentares.

Thais Cardenas, coordenadora do setor de Nutrição e Dietética do Icesp, explica que a indicação de complementos alimentares logo no início do tratamento reduz em cerca de 10% a taxa de mortalidade. "É fundamental que as pessoas tenham uma boa alimentação durante a vida para evitar problemas como esses".

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Remédio contra aftas

Desde que iniciei a fazer quimioterapia, que um dos efeitos colaterais que mais me incomodavam eram as aftas e feridas na boca. Os médicos me receitaram diversos remédios, mas nenhum funcionou, como Oncilon Bucal, bochechos com desinfetantes e anestésicos em spray entre outros. Recentemente, minha mulher teve afta em Búzios e o farmacêutico de uma farmácia local indicou um remédio com o nome de Bismu - Jet, em gotas, do laboratório Legrand, que deu excelentes resultados. Passei a usá-lo também e obtive bons resultados.

Como o remédio é a base de neomicina, não deixe de consultar seu médico se for usar.

Recentemente, com a troca de remédio da quimio, as aftas voltaram fortes. O clínico receitou dois remédios, sendo que um deles, o Daktarin gel oral, está dando um bom alívio.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Efeitos colaterais dos tratamentos do câncer – Parte 4.

10. ERITRODISESTESIA PALMAR-PLANTAR

Eritrodisestesia palmar-plantar ou simplesmente síndrome do pé e mão é uma inflamação das mãos e dos pés que aparece com a quimioterapia. De etiologia desconhecida, pode aparecer em dias ou meses depois da administração da medicação, dependendo da dosagem e da velocidade de administração.

Está normalmente associada à administração dos seguintes fármacos: capecitabina, citarabina, clofarabina, floxuridina, fluorouracilo, idarrubicina e doxorrubicina liposomal. Está muito associada à administração também de alguns fármacos utilizados no tratamento do câncer inibidores da tirosina quinase, como no caso da sorafenib e do sunitinib (Sutent da Pfizer), onde alcança de 9% a 62% dos pacientes.

Caracteriza-se pelo aparecimento de dor principalmente nas palmas das mãos e solas dos pés, disestesia (disestesia é um distúrbio neurológico que é caracterizado pelo enfraquecimento ou alteração na sensibilidade dos sentidos, sobretudo do tato) e eritema, podendo evoluir para disestesia e eritema moderado ou vigoroso, bolha e descamação. Em casos mais graves, aparece uma infecção ou ulceração cutânea de toda a espessura da derme, o que pode obrigar a paralisação da medicação por um tempo ou a diminuição da dosagem.

Calosidades nas solas dos pés e nas palmas das mãos devem ser tratadas por profissional preventivamente antes de se começar a medicação. Deve-se passar também periodicamente cremes hidratantes para tentar aliviar os sintomas. Deve-se evitar expor os pés e mãos ao contato com coisas quentes, como, por exemplo, areia da praia em dia de sol e banho quente.

Apesar de não existir um tratamento específico são indicados normalmente corticóides orais ou tópicos para reduzir a inflamação. Para a dor podem ser prescritos analgésicos como paracetamol e aspirina.

Fontes:
ERITRODISESTESIA PALMO-PLANTAR, Monografía creada el 15 de diciembre de 2007. Equipo de Redacción de IQB

Evolving Strategies for the Management of Hand–Foot Skin Reaction Associated with the Multitargeted Kinase Inhibitors Sorafenib and Sunitinib, Received June 11, 2008; accepted for publication July 30, 2008; first published online in THE ONCOLOGIST Express on September 8, 2008.

Eritrodisestesia palmo-plantar, Wikipedia en español

Identificação de Reações Adversas em Oncologia, apresentação em PDF de Maria Lurdemiler Sabóia Mota - Mestre e Doutora em Farmacologia - Profa. UNIFOR – Fortaleza-Ceará

terça-feira, 30 de março de 2010

Efeitos colaterais dos tratamentos do câncer – Parte 3.

7. DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE CÉLULAS DO SANGUE, FRAQUEZA E CANSAÇO

Os glóbulos vermelhos (hemácias) podem apresentar uma queda em seu número (anemia). Como são os responsáveis pelo transporte de oxigênio e gás carbônico, o surgimento de cansaço, fraqueza, vertigem e falta de ar provocada pelo esforço, podem aparecer.

A anemia pode ser corrigida através de dieta alimentar, medicamentos ou transfusão sangüínea. A conduta adequada será decidida por seu médico.

Mas se o cansaço e a fraqueza forem somente devido à ação da quimioterapia no seu organismo, sugerimos:

• Comer alimentos ricos em ferro: carnes bovinas, aves, peixes, vegetais verde escuros - brócolis, espinafre, agrião, leguminosas - feijão, ervilha, lentilha, grão de bico, soja, legumes - inhame, abóbora, açaí, cacau, frutos oleaginosos - castanha, amêndoa, ameixa seca, damasco seco, flocos de cereais, rapadura, melado.
• Consumir alimentos ricos em ácido fólico: fígado, feijões, vegetais folhosos verde escuros, espinafre, brócolis, alface, aspargos, batata, germe de trigo, pão de trigo integral, limão, laranja, banana.
• Comer alimentos ricos em vitamina B-12: carnes vermelhas, fígado, músculo, peixe, ovos, atum, leite, queijo, manteiga.
• Evite atividades cujo esforço seja além de sua capacidade ou que exijam muito esforço físico; alternar períodos de repouso com períodos de atividade.
• Se possível, procure fazer repouso.

Caso os sintomas persistam ou apareça falta de ar, procure seu médico imediatamente.

8. XEROSTOMIA (BOCA SECA)

• Comer alimentos bem úmidos: purê, creme, caldo, sopas quentes ou frias, molhos.
• Estimular a produção de saliva com balas de limão, chicletes sem açúcar ou picolés.
• Tomar água em goles de tempos em tempos curtos.
• Manter os lábios protegidos com umectantes sem cheiro e sem sabor.
• Preferir dieta semi-líquida com alimentos de alta umidade como sopas, caldos, molhos, frango, peixe ou carnes cozidas e de caçarolas, vegetais com molho; assim fica mais fácil de engolir.
• Consumir frutas com alto teor de líquidos (ex.: melancia, laranja, pêra).
• Consumir bebidas geladas, sucos ricos em vitaminas C (acerola, limonada, laranjada), picolés, sorvetes de frutas, chá com limão, picolés de água de coco, etc.
• Evitar lamber os lábios, pois, ao invés de umedecê-los, irá ressecá-los ainda mais; use manteiga de cacau nos lábios e faça higiene da boca com freqüência.
• Evitar alimentos secos, pães, torradas, bolachas e álcool.

9. DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE LEUCÓCITOS, INFECÇÕES

Devido à baixa imunidade, você fica mais predisposto às infecções. A febre é um sinal de alerta para a presença de infecção no organismo. É considerada febre a temperatura acima de 37,8°C, procure imediatamente seu médico para iniciar medicação adequada. Outros sinais de alerta para infecções são: tremor, calafrio, palpitação, respiração ofegante, tosse, pouca urina ou dificuldade para urinar.

De uma maneira geral, o paciente em tratamento deve observar os seguinte princípios para evitar infecções:

• Lave suas mãos frequentemente durante o dia com sabonete e água morna;
• Mantenha suas mãos distantes de seus olhos, nariz e boca;
• Lave sua cabeça regularmente para evitar germes provenientes da sua pele;
• Troque as toalhas de banho frequentemente e não as divida com outras pessoas;
• Evite ficar próximo de pessoas que estejam com infecções que você possa pegar como gripes, resfriados, sarampo ou catapora;
• Evite lidar com terra, plantas ou água provenientes de flores que estejam em vasos. Se não for possível, use luvas para proteção quando lidar com faxina, jardinagem ou limpar seus animais;
• Limpe cortes e arranhões imediatamente com água e sabão e utilize um anti-séptico;
• Tomar banho todos os dias, mesmo que se sinta desanimado;
• Use filtro solar e evite exposição direta ao sol;
• Evite tomar banhos de mar ou de rio durante o tratamento;
• Não esprema cravos e espinhas;
• Evite lugares cheios e fechados ou pouco arejados;
• Evite retirar cutículas e fazer depilações ou faça com cuidado para não ferir a pele.

Além disso, deve-se seguir os cuidados apresentados na postagem Cuidados com o preparo dos alimentos durante o tratamento (Marcador: Higiene durante o tratamento) para evitar infecções:

terça-feira, 9 de março de 2010

Efeitos colaterais dos tratamentos do câncer – Parte 2.

4. DIARRÉIA

Alguns medicamentos podem causar alterações no hábito intestinal, podendo causar aumento na freqüência das evacuações ou alteração na consistência das fezes. A diarréia pode causar desidratação, que se não tratada a tempo pode acarretar problemas sérios para a saúde.

Observe se a diarréia não vêm acompanhada de febre e siga estas orientações:

• Aumente a hidratação, principalmente com líquidos ricos em potássio ou sódio: água de coco, bebidas isotônicas, suco de caju, goiaba, maçã, refresco de limão ou usar soro de reidratação oral (pode ser o soro caseiro). Ingerir bastante líquido por dia.
• Utilize alimentos ricos em pectina como maçã sem casca, banana, goiaba sem pele e sem semente, cenoura cozida, chuchu, batata. (As frutas devem ser cozidas somente nos casos de queda da imunidade).
• Evite frutas que não estiverem maduras.
• Aumente o consumo de arroz, macarrão (tipo fidelinho) ou creme de arroz, mingau de maisena, manjar branco, ovos, queijos.
• Evite alimentos laxativos como mamão, ameixa, abóbora, beterraba, abobrinha e vegetais crus.
• Evite fibras (cereais integrais, centeio, farelo de trigo e aveia, etc).
• Evite alimentos gordurosos, muito condimentados (curry, pimentas), frituras, leite e derivados (como iogurtes).
• Evite alimentos que produzem gases, como brócolis, repolho, couve-flor e feijão (grão).
• Evite amendoim, nozes, castanhas, amêndoas, pipocas, coco.
• Não use alimentos enlatados, condimentados, irritantes e apimentados.
• Evite café e bebidas que contenham cafeína, suco de frutas laxativas (mamão, laranja, ameixa) e chocolate ou alimentos que contenham chocolate (tortas, bolos e biscoitos).
• Prefira alimentos com pouca fibra, como bananas maduras, arroz branco, macarrão sem molho, pão branco, cenoura, batata, peito de frango grelhado, peixe, torradas, gelatina.

Um efeito colateral da diarréia é o aparecimento de assadura no ânus, que pode ser muito doloroso. Aconselha-se que toda vez que for ao banheiro fazer uma higienização com água quente e sabão neutro. A seguir, passar pomada de bepantol ou outro medicamento indicado pelo médico.

5. PRISÃO DE VENTRE

Alguns medicamentos podem causar alterações no hábito intestinal, podendo causar diminuição na freqüência das evacuações ou alteração na consistência das fezes.

Siga estas orientações:

• Aumente a ingestão de líquidos (1,5 a 2 litros de água, água de coco, sucos).
• Aumente o consumo de preparações laxativas como suco de laranja, vitamina de ameixa, mingau de aveia, suco de mamão, laranja e ameixa, iogurte, melão, melancia, maracujá.
• Utilize alimentos fibrosos como os folhosos (couve, brócolis, espinafre, bertalha), legumes (abóbora, beterraba, abobrinha), frutas (mamão, laranja, acerola, ameixa) e leguminosas (feijão, soja, lentilha, grão de bico, milho).
• Utilize mel, granola, aveia, gérmen de trigo, farelo de trigo.
• Faça massagem abdominal com movimentos circulares.
• Procure criar um hábito de ir ao banheiro.
• Evite frituras, enlatados, alimentos condimentados, excesso de arroz e massas.
• Evite frutas como maçã, goiaba, banana, caju, limonada.
• Evite refrigerantes, bebidas alcoólicas.
• Evite alimentos que formam gases: repolho, couve-flor, feijão (o grão), etc.

6. AFTAS E FERIDAS NA GENGIVA, GARGANTA E BOCA

Isso pode causar muita dor e ainda dificultar a alimentação. Nesses casos, algumas medidas podem ser seguidas:

• Manter a boca sempre limpa, escovando os dentes com maior frequencia, utilizando escova macia,
• Preferir fita dental no lugar de fio dental, não usar palitos,
• Evitar ingerir alimentos duros, quentes, ácidos e condimentados,
• Procurar usar cremes dentais mais suaves, fazendo bochechos quando necessário com produtos indicados pelo medico,
• Ingerir maior quantidade de líquidos (água, chás e sucos),
• Evitar alimentos ácidos como: abacaxi, laranja, limão, refrigerantes,
• Hidratar os lábios com manteiga de cacau,
• Consumir alimentos em temperatura ambiente
• Consumir alimentos gelatinosos (pudim, manjar, gelatina e geléias).

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Efeitos colaterais dos tratamentos de câncer – Parte 1.

Escrevi o texto a seguir com base nas seguintes fontes:

a. HEMORIO – Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti - Manual do Paciente em Quimioterapia

b. Pfizer – Bula do remédio Sutent

c. Neon – Núcleo Especializado em Oncologia – Manual do Paciente

d. Mota, Maria Lurdemiler Sabóia – Apresentação em power point: Identificação de Reações Adversas em Oncologia

Os tratamentos através da quimioterapia tradicional, da radioterapia e dos remédios de última geração, como o Sutent, geram uma série de efeitos colaterais indesejáveis, sendo os mais frequentes:

• náusea e vômito
• problemas gastro-intestinais
• diminuição do número de células do sangue, que pode levar à anemia pela diminuição do número de hemácias
• sangramentos, pela diminuição do número de plaquetas,
• infecções, pela diminuição do número de leucócitos (baixa imunidade),
• fraqueza e cansaço,
• odinofagia e disfagia,
• alteração do paladar e do olfato,
• xerostomia
• falta de apetite,
• queda de cabelos e pêlos do corpo,
• descoloração dos cabelos (cabelos brancos),
• alterações de pele e unhas,
• aftas na boca,
• alterações no ciclo menstrual
• sudorese
• síndrome de eritrodisestesia palmar-plantar
• rubor facial
• secreção nasal

Existe ainda uma série de efeitos colaterais associados a cada remédio, que não iremos abordar no momento.

Devemos observar que a maioria dos efeitos colaterais listados nem sempre aparecem e sua intensidade varia de uma pessoa para outra.

As sugestões dadas a seguir para amenizar os efeitos colaterais podem ser conflitantes se a pessoa tiver mais de um efeito. Deve-se usar, portanto, o bom senso e, principalmente, pedir orientação de um médico ou nutricionista.

1. NÁUSEA E VÔMITO

As náuseas e vômitos podem ser antecipatórios (antes mesmo de receber os medicamentos), imediatos (no momento da quimioterapia) ou tardios (um, dois ou três dias após o tratamento ). O paciente pode evoluir ainda para uma alteração do paladar e olfato, dor ao engolir (odinofagia ), dificuldade de
deglutição (disfagia), boca seca ( xerostomia) e falta de apetite.

De modo a amenizar os sintomas das náuseas e vômitos sugerimos que:

• Evite alimentos gordurosos, oleosos ou fritos, condimentados ou picantes, muito açucarados ou doces concentrados, muito quentes, com odores fortes (cheiro de alho por exemplo); dê preferência a alimentos de rápida digestão, como frutas e verduras.
• Evite odores fortes, como perfumes, tinta fresca, etc.
• Procure não ficar próximo do local de preparo do alimento.
• Prefira alimentos frescos e gelados (sorvetes) ou em temperatura ambiente.
• Pela manhã prefira torrada seca ou biscoito tipo água e sal.
• Coma refeições pequenas e freqüentes, sempre que sentir vontade, mas de modo que o estômago não fique cheio.
• Faça pratos coloridos e apetitosos.
• Beba bastante líquido, inclusive bebidas gasosas.
• Coma preferencialmente acompanhado.
• Coma devagar e mastigue bem os alimentos.
• Não fique sem se alimentar, mesmo que seja apenas de líquidos.
• Não deite logo após se alimentar, se possível, ande um pouco ou descanse com a cabeça e o tronco apoiados verticalmente.
• Não use roupas apertadas, procure vestir roupas leves.
• Faça o cardápio ser o mais variado possível.
• Alimente-se nas horas de lazer: televisão, música.
• Procure não exercer atividades que exijam esforço físico.

2. DOR OU DIFICULDADE AO ENGOLIR (ODINOFAGIA E DISFAGIA)

• Prefira alimentos fáceis de mastigar e deglutir como: “milk-shake”, purê, creme, pudim, melancia, mingau, carne moída.

• Use canudo ao consumir líquidos.

3. ALTERAÇÃO DO PALADAR E OLFATO E FALTA DE APETITE

Normalmente as medicações provocam náuseas, favorecendo alterações no paladar e modificando a disposição para a alimentação. No entanto, é importante manter-se bem nutrido. Para isso:

• Escolha alimentos que com boa aparência e bom odor.
• Faça bochechos antes das refeições.
• Chupe balas ácidas e de hortelã (Observação: adotei a Friends das Pastilhas Valda, que não contém açúcar e também ajuda no caso de boca seca).
• Alimente-se normalmente, prefira alimentos gelados.
• Utilize alimentos bem temperados, com temperos naturais dando ênfase ao aroma e à textura (ex.: manjericão, limão, orégano).
• Utilize derivados do leite, vitaminas com frutas e sorvetes de sabores variados como creme, morango, acerola, abacaxi, mamão, baunilha, sucos cítricos como laranja, abacaxi, limonada.
• Consuma aves, peixes, ovos e massas com cremes, molhos e caldos bem temperados com salsinha, cebolinha, manjericão, coentro, manjerona, alho, cebola.
• Mastigue bem os alimentos.
• Evite alimentos suaves e pouco temperados, excesso de café e chá, e alimentos excessivamente quentes.
• Consuma alimentos que o auxiliem na recuperação do paladar por serem ricos em zinco e cobre: milho, cevada, feijão, cereais de trigo, ovo, ervilha, pão integral, espinafre, cerejas e peras em conserva, fígado de boi.
• Alimente-se com calma e tente criar um ambiente agradável para fazer as refeições, ouvindo música ou em boa companhia.
• Faça pequenas refeições ao longo do dia.
• Acrescente uma colher de sopa de azeite extra-virgem nas grandes refeições (almoço e jantar).
• Aproveite o intervalo entre uma sessão e outra de quimioterapia para alimentar-se melhor; nessa fase, já sem efeitos como enjôo, o apetite tende a aumentar.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Emergências em Pacientes com Câncer

Fonte: Instituto Oncológio de Ribeirão Preto – INORP (http://www.inorp.com.br/)

Triagem: Paciente verifica que sua temperatura começou a subir uma hora atrás e agora o termômetro acusa 38ºC. No momento, paciente está em tratamento quimioterápico. O que este(a) paciente deve fazer?

a) Esperar e ligar para seu médico para marcar uma consulta, se a temperatura ainda estiver elevada no dia seguinte? Ou
b) Se dirigir ao setor de emergência mais próximo?

Para a maioria das pessoas, febre não é uma emergência, e por isto não deve ser tratada de imediato. Mas para pacientes com câncer - que freqüentemente apresentam sua imunidade comprometida - a história é muito diferente. Para pacientes em tratamento quimioterápico, FEBRE pode ser um sinal de uma quadro chamado NEUTROPENIA FEBRIL (do inglês “neutropenic fever”). Neutropenia febril pode ser um sinal de uma infecção séria e de rápido desenvolvimento de bactérias ou fungos que REQUER TRATAMENTO AGRESSIVO E IMEDIATO. O(a) paciente do exemplo acima, deve se dirigir ao setor de emergência mais próximo (resposta b), se estiver a uma distância superior a 30 minutos dos hospitais de referência abaixo especificados.

O ideal é que o(a)s pacientes prefiram ser tratados(as) onde sua doença é conhecida e onde seu tratamento também seja conhecido. Isto, nem sempre é possível.

Razões para se consultar no Setor de Emergência dos hospitais abaixo especificados

Muitos pacientes com câncer irão necessitar de algum tipo de cuidado emergencial durante seu tratamento ou mesmo durante o seguimento de sua doença. Febre no paciente neutropênico (queda dos glóbulos brancos denominados neutrófilos que são responsáveis pela defesa do nosso organismo contra bactérias e fungos) é uma das razões mais comuns para se dirigir ao setor de emergência dos hospitais, mas existem outras situações que estão especificadas abaixo.

Emergências oncológicas podem ter as seguintes naturezas: obstrutiva, metabólica ou alterações sanguineas (alterações de glóbulos vermelhos e/ou brancos e/ou plaquetas).

· Complicações obstrutivas ou compressivas podem aparecer quando tumores – primário ou metástase – comprimem órgão ou estruturas vizinhas. Tumores cerebrais ou metástases no cérebro podem causar: convulsões, dor de cabeça, “derrames cerebrais” e uma variedade de sinais e sintomas neurológicos, por comprimir o cérebro e/ou outras estruturas nervosas. Outros exemplos de sinais e sintomas relacionados a compressão extrínsica: trombose venosa profunda e embolia pulmonar, paralisia ou perda de sensibilidade em membros inferiores, embolia pulmonar, Síndrome da Cava Superior, obstrução dos ureteres impedindo saída de urina, compressão de vias aéreas, etc. Alguns destes sinais e sintomas, bem como derrames pericárdicos (coleções liquidas ao redor do coração) e derrame pleural (coleção liquida entre as pleuras que são películas que revestem os pulmões) podem ser resultado dos tratamentos recebidos pelos (as) pacientes, principalmente a radioterapia.

· Emergências metabólicas: são exemplos a hiperuricemia (aumento da ureia no sangue) e a hipercalcemia (aumento dos níveis de cálcio no sangue) podem surgir quando os tumores secretam substâncias (peptideos) semelhantes a hormônios que podem romper o balanço eletrolítico. A Síndrome de Lise Tumoral é um distúrbio metabólico causado pela destruição de células tumorais. Assim que as células tumorais morrem em resposta à terapia, seu conteúdo é jogado na circulação, causando hiperuricemia e, potencialmente, distúrbios severos em todos os eletrólitos mais significativos.

· Crises de citopenias (queda do número de uma ou várias células do sangue): pacientes com câncer podem se apresentar na “Emergência 24 horas” com sangramento por queda das plaquetas (denominada trombocitopenia), por febre neutropênica e Sindrome Hemolítico-urêmica aguda (destruição aguda de elementos celulares do sangue com repercussão da função renal). A febre neutropênica (ou neutropenia febril) é o mais comum, usualmente relacionada com os efeitos imunosupressores da quimioterapia, o que deixa os (as) pacientes altamente suceptíveis às infecções potencialmente de alto risco. 8 em cada 10 pacientes, aproximadamente, vão se apresentar com algum tipo de intercorrência: urgência ou condição emergente.

Nem todas condições são relacionadas ao câncer, quando falamos “emergências oncológicas” queremos dizer qualquer cuidado emergencial ou de urgência necessitado por um(a) paciente com câncer que esteja ou não sob tratamento. Pacientes com câncer não são imunes às condições que levam pessoas não afetadas por esta doença, ao setor de urgência de um hospital (Emergência 24 horas). Podem também sofrer de uma doença cardíaca ou diabetes. Nestes casos o câncer ativo pode ser um fator complicador, aumentando a complexidade da situação.

Estes setores hospitalares que atendem emergências possuem médicos plantonistas não-oncologistas, médicos plantonistas com especialização em medicina interna ou emergencial. A diferença entre estes especialistas e os oncologistas, é que estes últimos estabelecem relacionamentos de longo têrmo com seus pacientes, o que usualmente não acontece no setor de “Emergência 24 horas” de um hospital. Emergência 24 horas Raramente você vai ver no setor de emergências pacientes obstétricas (pacientes grávidas) ou mesmo traumas. Por exemplo: um(a) paciente com fratura pode ser transferido(a) rapidamente para o setor de ortopedia para receber os cuidados necessários, já para um paciente afetado pelo câncer e que se apresenta com uma fratura – possivelmente um tipo de fratura que os médicos denominam “fratura patológica” – a história é diferente. Sua avaliação não é um processo tão rápido, os cuidados necessários são mais holísticos e por isto dispendem maior tempo.

O fato é que os tratamentos estão se tornando mais agressivos e por isto os oncologistas devem estar preparados para estas situações, para poder dar suporte aos médicos que trabalham no setor de emergência. Um grande número de pacientes vão ser atendidos em “Emergências” de outras cidades. Nós sempre nos colocamos a disposição dos médicos que prestarem o primeiro atendimento aos nossos pacientes para informações adicionais e dados que permitam melhor atendimento de nossos pacientes. Algumas situações envolvem somente discussões médicas, mas outras necessitam de maior envolvimento para ajudar nossos colegas, como conversar com familiares e/ou oferecer suporte emocional nestes momentos difíceis.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Atividade Física e os Efeitos Colaterais de Tratamento do Câncer

Autores: Sandra Helena Correia Diettrich e Carlos Roberto de Rezende Miranda

Publicado: Revista Ágora - www.fes.br/revistas/agora/ojs/ - Campo Grande, v.1 n.4. 2005.

RESUMO
O objetivo deste estudo foi identificar evidências científicas sobre a eficácia de programas de atividade física no combate aos efeitos colaterais resultantes dos tratamentos de câncer. Para tanto, selecionou-se alguns estudos que vêm buscando discutir essa problemática nos últimos anos. Os achados na literatura vêm indicando alguns benefícios de programas de atividade física em pacientes sob tratamento de câncer, entre eles, aumento da força muscular e da capacidade funcional, controle do peso corporal, redução da fadiga, melhora da auto-estima e do humor e conseqüentemente melhora da qualidade de vida. Contudo, as pesquisas realizadas até o presente momento apontam algumas falhas metodológicas sendo: a) avaliação das condições físicas baseadas apenas em relatos dos pacientes; b) programas de atividades físicas sem supervisão e/ou orientação profissional; c) pouco tempo de duração do programa não acompanhando todo o tratamento e d) programas de atividades físicas que englobam apenas atividades aeróbias, desconsiderando atividades de resistência e/ou alongamento. Não obstante dos resultados positivos encontrados sobre a eficácia dos programas de atividade física para combater os efeitos colaterais dos tratamentos de câncer, as lacunas metodológicas existentes nos estudos abordados, indicam a necessidade de novas pesquisas sobre este tema.

1 INTRODUÇÃO.
O câncer é uma doença que aparece responsável como uma das primeiras causas de morte no país e, infelizmente, esse não é o único problema dos pacientes que são acometidos pela doença, sendo os tratamentos utilizados para combatê-lo, muitas vezes, acompanhados de efeitos colaterais que comprometem a qualidade de vida dos pacientes por longos períodos.

O tratamento de câncer, de forma geral, de acordo com o grau de evolução da doença, é pautado em intervenções cirúrgicas, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e imunoterapia e os efeitos colaterais do tratamento implicam, na maioria das vezes, em sensação de extrema fadiga, em geral, associada à perda de peso e à redução da força muscular, bem como, quadros de depressão afetando o aspecto psicológico do paciente.

Nesse sentido, alguns estudos parecem indicar preliminarmente que a prática da atividade física em pacientes em tratamento de câncer pode reduzir consideravelmente os efeitos colaterais do referido tratamento.

2 DESENVOLVIMENTO.
Os tratamentos de câncer são responsáveis por efeitos colaterais que interferem na qualidade de vida do paciente e implicam na maioria das vezes em sensação de extrema fadiga, em geral associada à perda de peso e à redução da força muscular, bem como, quadros de depressão afetando o aspecto psicológico do paciente. Em se tratando do tratamento de quimioterapia, os efeitos colaterais mais freqüentes são náuseas, vômitos, fadiga e queda de cabelo, que podem variar de um paciente para o outro.

Aproximadamente 75% dos indivíduos que sobrevivem ao câncer relatam sensações extremas de fadiga durante a radioterapia ou quimioterapia, em geral associadas à perda de peso e à redução da força muscular e da resistência cardiovascular. Para o Instituto Nacional do Câncer a fadiga é a sensação de cansaço extremo devido à combinação de sintomas físicos e mentais. Essa sensação é praticamente universal no estágio final da doença, no entanto, é o sintoma para o qual se tem as soluções menos satisfatórias, sendo que uma das indicações para tentar minimizá-lo é a estimulação de pequenas atividades físicas para preservar a força muscular, sem ser estabelecido, contudo, a medida ou indicação mais precisa dos tipos de atividades ou níveis de intensidades que compreendem os programas indicados.

Schwartz (1999) analisou a relação entre fadiga, exercício físico e qualidade de vida em vinte e sete pacientes com câncer de mama que começaram o tratamento de quimioterapia, sendo todas as medidas obtidas antes e depois do referido tratamento. O estudo demonstrou que mulheres que adotaram o programa de exercício apresentaram um aumento significante nas habilidades funcionais e pouco ganho de peso.

Mock et al (2001) tiveram como proposta descrever padrões de fadiga diária em mulheres com câncer de mama que estavam recebendo entre o primeiro e terceiro ciclo de quimioterapia adjuvante, separadas em grupos de praticantes e não praticantes de exercício físico. O grupo de praticantes recebeu instruções para seguir e manter oito semanas de programa de exercícios diários em casa, sendo avaliado em pré e pós-testes de exercícios físicos. O resultado do estudo demonstrou padrões distintos de fadiga entre os grupos, sendo que as mulheres que adotaram o programa de exercícios apresentaram menos dias de níveis de fadiga alta e mais dias de níveis de fadiga baixa e na pior das hipóteses tiveram nível médio de fadiga, ao contrário de mulheres que não se exercitaram.

Battaglini et al (2003), após efetuarem um estudo de revisão sobre os efeitos do exercício físico sobre o câncer, ressaltam que muitos pesquisadores sugerem o exercício físico como a solução de reabilitação para a baixa energia em pacientes com câncer. Os autores citados acima relatam que algumas complicações podem ocorrer quando os pacientes não são ativos durante e após o tratamento de câncer. Com a redução ou a ausência da atividade física, ocorrem mudanças nas propriedades dos músculos, causando atrofia muscular e redução da densidade óssea, em que a soma desses dois fatores diminui a força músculo esquelética e a performance, contribuindo para o risco de fraturas ósseas e prejuízos músculo esqueléticos. Atrofia músculo esquelético e mudanças na propriedade do músculo contribuem para o declínio da eficiência cardiovascular, que refletem no aumento de taxas do coração e aumento de pressão sanguínea. A combinação da redução da eficiência cardiovascular com o aumento de nível de colesterol e declínio dos níveis de HDL decorrentes da inatividade contribui para o aumento de riscos cardiovasculares. A inatividade física diminui também a função pulmonária, diminuindo a função do músculo respiratório.

A revisão de literatura efetuada por Battaglini et al (2003) demonstra ainda que os declínios da capacidade funcional são experimentados por um terço dos pacientes de câncer e podem ser atribuídos a condições hipocinéticas desenvolvidas por prolongada inatividade física. A condição hipocinética pode causar a redução da eficiência dos sistemas de energia, bem como, pode ter alguns efeitos sobre os níveis de hormônios devido ao desequilíbrio homeostático.

Alguns estudos (Courneya, 1999, 2000, 2002; Dimeo, 1999, Mackey & Jones, 2000) parecem indicar preliminarmente que a prática da atividade física pode atuar em sentido adverso da condição hipocinética em pacientes em tratamento de câncer, podendo reduzir consideravelmente os efeitos colaterais do referido tratamento.

Courneya et al., (2000) descrevem que o exercício tem efeito positivo em ampla extensão nos parâmetros de qualidade de vida, depois que os pacientes foram diagnosticados como tendo câncer. Os autores, ao efetuarem revisão de literatura em 24 estudos sobre exercício físico e qualidade de vida após o diagnóstico de câncer, publicados entre 1980 e 1997, observaram que a maioria dos estudos examinou a relação câncer de mama em estágio precoce e exercício aeróbio e concluíram que o exercício físico tinha consistentes efeitos positivos na qualidade de vida, incluindo bem estar físico, funcional, psicológico e emocional.

Os benefícios da atividade física em pacientes com câncer estão relacionados de acordo com Courneya (2001) ao: aumento da força muscular e da capacidade funcional, controle do peso corporal, redução da fadiga, melhora da auto-estima e do humor e, conseqüentemente, melhora da qualidade de vida.

Conforme revisão efetuada por Courneya (2002), mais de 40 estudos têm investigado a prática da atividade física e a qualidade de vida nos sobreviventes de câncer; no entanto, poucos deles foram estudos randomizados controlados. Eles investigaram a atividade física, tanto durante a quimioterapia e a radioterapia quanto no pós-tratamento, sendo que o resultado da maioria dos estudos realizados apontou benefícios positivos na qualidade de vida, melhoria da aptidão, melhor composição corporal e redução da fadiga, bem como melhoria do estado de humor tais como: depressão, ansiedade, entre outros. Nesse sentido, a conduta de se manter o paciente em repouso durante o tratamento de câncer parece potencializar os efeitos colaterais do mesmo, sendo o sedentarismo prejudicial para a qualidade de vida do paciente em tratamento.

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Battaglini et al (2003) afirmam que exercício físico tem demonstrado potente intervenção para pacientes com câncer, mas que também pode apresentar alguns riscos. Para que sejam efetivos e seguro, exercícios deveriam, de acordo com os autores, serem prescritos incluindo cinco critérios: a) capacidade individual; b) tipo de exercício; c) intensidade do exercício; d) freqüência e duração do exercício. Os autores ressaltam que programas de treinamento de exercício físico que incluem tanto componentes anaeróbios quanto componentes aeróbios deveriam fazer parte integral no estilo de vida de pessoas que estão em tratamento de cânceres, sobreviventes ou são recorrentes da doença.

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3 REFERÊNCIAS
ACSM – AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE, 2000.
Battaglini C, Battaglini B, Bottarro M. The effects of physical exercise on cancer: a review. 2003. Disponível Internet <> (2003, junho, 22)
Brasil. Ministério Da Saúde. Instituto Nacional De Câncer/Inca Coordenação De Programas De Controle Do Câncer/Pro-Onco. Câncer de Mama. INCA/Pro-Onco, 2002
Caspersen C, Kriska A, Deawoth S. Physical activity epidemiology as applied to eldery populations. Baillière Clinical Rheumatology, 1994; 8: 7-27.
Courneya KS. Exercise interventions during cancer treatment: biopsychosocial outcomes. Exerc. Sports Sci. 2001; 29: 60-64
______.______, & McKenzie DC. Exercise for Breast Cancer Survivors, The Physician and Sportsmedicine, 2002; 30: 8.
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______________; Mackey JR, Jones LW. Coping with Cancer. Can Exercice Help? The Physician and Sportsmedicine 2000; 28: 5.
Dimeo FC, Stieglitz RD, Novelli F. Effects of physical activity on the fatigue and psychologic status of cancer patients during chemotherapy. Cancer 1999.
Land D & Mattimuller B. Exercise improves physical, mental health of breast câncer patientis. Disponível Internet
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Mock V, Pickett M, Ropka ME, Muscari LE, Stewart KJ, Rhodes VA, McDaniel R, Grimm PM, Krumm S, McCorkle R. Fatigue and quality of life outcomes of exercise during cancer treatment. The Johns Hopkins University School of Nursing, Baltimore, 2001.
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Schwartz AL. Fatigue mediates the effects of exercise on quality de life. University of Washington, School of Nursing, Seattle, 1999.