sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Bernardinho revela tumor maligno e pedido de demissão em 2013


Do UOL, em São Paulo
O escândalo de corrupção envolvendo os chefes da Confederação Brasileira de Vôlei tem afetado o técnico da seleção masculina, Bernardo Rezende. Dono de seis medalhas olímpicas, Bernardinho fez uma revelação forte nesta semana: em entrevista à revista Veja, ele admitiu que retirou, há três meses, um tumor maligno no rim.

"Extirpei o tumor e estou aparentemente bem. A cirurgia completou três meses. Fico ruminando essa história, porque há um ano e dez meses não tinha problema de saúde. Mas a irresponsabilidade vai te maltratando e maltratando. O médico do Hospital Sírio-Libanês que me atendeu disse assim: "O que tirei do seu corpo é uma metáfora do que deve ser extraído do país". A sensação que tenho hoje é essa mesmo: tudo o que está acontecendo com o vôlei é uma pequena célula doente de um organismo. Pode haver mais", disse o técnico.

Bernardinho também admitiu que chegou a pedir demissão em 2013, quando soube de problemas de corrupção. Ficou no cargo, mas triste com a situação. E ainda disse, pela primeira vez, que se arrepende da briga com os jogadores pela premiação no Pan de 2007, no Rio de Janeiro: "Achei que não era correto e defendi a instituição, imaginando que realmente não houvesse como atender. Hoje eu peço desculpas publicamente porque fui enganado. Havia dinheiro, sim".

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Maioria de mulheres com câncer de mama faz radioterapia por tempo excessivo


Radioterapia é usada para tratamento precoce de câncer de mama: três semanas bastam, aponta estudo
AFP 10/12/201418h17
Em Washington
 
Dois terços das mulheres com câncer precoce de mama são tratadas com radioterapia por mais tempo que o necessário, segundo estudo publicado nesta quarta-feira (10) em um jornal especializado em medicina nos Estados Unidos.

A grande maioria das mulheres submetida nos Estados Unidos à retirada de um tumor para preservar a mama recebeu radioterapia de seis a sete semanas, segundo o Jornal da Associação Médica Americana (JAMA).

Mas testes clínicos e recomendações de várias associações médicas dos Estados Unidos indicam que três semanas bastam, usando a técnica denominada radioterapia hipofracionada.

O procedimento consiste em administrar doses mais elevadas de radiação por sessão durante duas vezes menos tempo. Este tratamento é eficaz para tratar o câncer de mama, além de ser mais prático e barato.

"A radioterapia hipofracionada não costuma ser usada em mulheres com câncer precoce de mama, mesmo sendo de melhor qualidade e mais barato", explicou Justin Bekelman, professor de radiologia de câncer e principal autor do estudo.

"Clinicamente, isto equivale a uma radioterapia mais longa para um câncer de mama com efeitos colaterais similares", destacou.

A radioterapia diária entre cinco e sete semanas para mulheres operadas de um tumor em estágio inicial foi o tratamento privilegiado durante décadas nos Estados Unidos.

Os autores determinaram que, em 2013, 34,5% das mulheres com mais de 50 anos receberam radioterapias hipofracionadas contra 10,8% em 2008. Mas entre as mulheres jovens e aquelas com tumores mais avançados, só 21,1% se beneficiaram deste tratamento no ano passado.

Os cientistas determinaram que este tipo de radioterapia reduz os custos totais dos cuidados com seguro de saúde.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Publicada lei que garante detecção precoce do câncer de próstata pelo SUS

Foi publicada hoje (26) no Diário Oficial da União a Lei 13.045, que garante a detecção precoce do câncer de próstata pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Com a publicação, as unidades de saúde da rede pública são obrigadas a fazer exames de detecção precoce do câncer de próstata sempre que, a critério médico, o procedimento for considerado necessário. 

A lei prevê a sensibilização de profissionais de saúde por meio da capacitação e da reciclagem em relação aos novos avanços nos campos da prevenção e da detecção precoce da doença.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens – seguido pelo câncer de pele não melanoma. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total.

Ainda segundo o Inca, a doença é considerada um câncer da terceira idade, já que aproximadamente três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Na fase inicial, a evolução é silenciosa.  Muitos pacientes não apresentam sintomas ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a noite). Já na fase avançada, o câncer de próstata pode provocar dor óssea, sintomas urinários, infecção generalizada e insuficiência renal.

A estimativa é que, neste ano, 68.800 novos casos de câncer de próstata sejam registrados no Brasil.