quarta-feira, 26 de setembro de 2012

É grave o estado de saúde do ator Paulo Goulart

25/09/2012
http://appsodia.ig.com.br/portal/diversaoetv/leo_dias/index.asp#1348608449001_GRAVE

Ele está internado há algumas semanas no setor de oncologia do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. A família de Paulo não permitiu a divulgação de informações sobre seu estado de saúde. O ator está em tratamento contra um tumor no mediano (canal da região dos pulmões).

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Transgênicos matam mais cedo e causam até três vezes mais câncer em ratos, diz estudo

19/09/201209h35

Os ratos alimentados com alimentos transgênicos morrem antes e sofrem de câncer com mais frequência que os demais, destaca um estudo publicado nesta quarta-feira (19) pela revista Food and Chemical Toxicology, que considera os resultados "alarmantes".

"Os resultados são alarmantes. Observamos, por exemplo, uma mortalidade duas ou três vezes maior entre as fêmeas tratadas com organismos geneticamente modificados [OGM]. Há entre duas e três vezes mais tumores nos ratos tratados dos dois sexos", explicou Gilles-Eric Seralini, professor da Universidade de Caen, que coordenou o estudo.

Para fazer a pesquisa, 200 ratos foram alimentados durante um prazo máximo de dois anos de três maneiras distintas: apenas com milho OGM NK603, com milho OGM NK603 tratado com Roundup (o herbicida mais usado no mundo) e com milho não alterado geneticamente, mas tratado com Roundup - o milho transgênico (NK603) e o herbicida são produtos do grupo americano Monsanto.

Durante o estudo, o milho integrava uma dieta equilibrada, em proporções equivalentes ao regime alimentar nos Estados Unidos.

"Os resultados revelam uma mortalidade muito mais rápida e importante durante o consumo dos dois produtos", afirmou Seralini, cientista que integra ou integrou comissões oficiais sobre os alimentos transgênicos em 30 países. "O primeiro rato macho alimentado com OGM morreu um ano antes do rato indicador (que não se alimenta com OGM). A primeira fêmea oito meses antes. No 17º mês são observados cinco vezes mais machos mortos alimentados com 11% de milho (OGM)", explica o cientista.

Os tumores aparecem nos machos até 600 dias antes que nos ratos indicador (na pele e nos rins). No caso das fêmeas (tumores nas glândulas mamárias) aparecem uma média de 94 dias antes naquelas alimentadas com transgênicos.

"Pela primeira vez no mundo, um transgênico e um pesticida foram estudados por seu impacto na saúde a mais longo prazo do que haviam feito até agora as agências de saúde, os governos e as indústrias", disse o coordenador do estudo.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Novo método detecta alterações em cromossomos de pacientes com câncer


Um grupo de cientistas do Brasil e dos Estados Unidos desenvolveu um novo método que permite diagnosticar alterações nos cromossomos de pacientes com câncer – em especial leucemias – com sensibilidade e rapidez drasticamente superior às técnicas de citogenética usadas convencionalmente.

O estudo, publicado na revista Blood, envolveu pesquisadores dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos Estados Unidos e do Centro de Terapia Celular (CTC), em Ribeirão Preto. Coordenado por Marco Antônio Zago, o CTC é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP.

De acordo com o artigo, a detecção de anomalias nos cromossomos permite prever a potencial resposta à terapia e, por isso, é considerada um dos principais sistemas para orientar o tratamento clínico.

“Detectar alterações nos cromossomos com a máxima rapidez e precisão é importante para que possamos diagnosticar o câncer e escolher melhor tratamento para o paciente, disse Rodrigo Calado, um dos autores do artigo, pesquisador do CTC e professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo Calado, o método convencional de citogenética, usado para detectar alterações no cromossomos, demora alguns dias para fornecer o resultado e analisa apenas 20 células do tumor, aproximadamente. Esse número limitado de células aumenta as chances de falsos negativos. “Com o método que desenvolvemos, podemos analisar de 20 mil a 30 mil células do tumor em um ou dois dias. Com isso, podemos encontrar alterações cromossômicas de forma muito mais precisa”, disse.

Enquanto na técnica convencional de citogenética os cientistas precisam examinar as células uma a uma no microscópio, o novo método permite que até 30 mil células sejam analisadas rapidamente ao passarem por citômetro de fluxo – um equipamento existente em muitos laboratórios para outras finalidades.

“No citômetro de fluxo, a cada segundo centenas de células passam diante de um feixe de laser que identifica os florocromos que são utilizados para analisar os cromossomos. As anomalias são assim rapidamente detectadas”, afirmou.

Calado, que voltou ao Brasil em 2011, depois de uma temporada de oito anos nos Estados Unidos como pesquisador dos NIH, já havia utilizado o método nos laboratórios norte-americanos com a finalidade de avaliar os telômeros, que são as extremidades dos cromossomos.

“Tínhamos muita dificuldade com as limitações dos métodos de citogenética, porque víamos um número pequeno de células e, especialmente em casos como a mielodisplasia – um tipo de leucemia –os resultados eram muito imprecisos e várias alterações cromossômicas passavam despercebidas. Assim, tivemos a ideia de utilizar o método de avaliação dos telômeros para fazer uma análise de alterações quantitativas do cromossomo como um todo”, explicou.

Para conseguir tal adaptação, os cientistas desenvolveram uma nova forma de preparar as células a fim de analisar os cromossomos – o que exige uma operação mais sofisticada que a preparação convencional – e aprimoraram os softwares de análise dos dados.

“O resultado foi um método de fácil aplicação, porque utilizamos o citômetro de fluxo, que é um equipamento que já existia e que é encontrado em muitos laboratórios. Com isso, o novométodo pode ser rapidamente utilizado na rotina”, disse.

Em sua aplicação original, o citômetro de fluxo é utilizado para analisar os telômeros, que são importantes marcadores de envelhecimento das células – processo que está ligado a uma série de doenças.

“O equipamento é utilizado em um método que serve para identificar telômeros muito curtos, o que permite detectar doenças como fibrose pulmonar e anemia plástica. O encurtamento telomérico é o melhor de todos os biomarcadores de envelhecimento”, afirmou Calado.

Agência Fapesp

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Extrato de chá-verde pode combater câncer de pele, diz estudo


O chá-verde é relacionado a muitos benefícios, como perda de peso, diminuição das taxas de colesterol e controle da pressão arterial. E mais um ponto positivo foi atribuído a ele.

De acordo com uma pesquisa das Universidades de Strathclyde e de Glasgow, ambas na Escócia, uma substância da iguaria pode combater o câncer de pele sem efeitos colaterais. Os dados são do jornal Daily Mail.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas criaram uma célula com o extrato do chá (epigalocatequina galato) e transferrina (uma proteína que se agarra à superfície das células cancerosas), e a aplicou em tumores. Os testes foram realizados em dois tipos de câncer: carcinoma epidermoide e melanoma.

Em ambos casos, 40% dos tumores desapareceram, enquanto 30% dos de carcinoma e 20% dos de melanoma encolheram. Além disso, 10% dos de melanoma foram estabilizados.

“Esses resultados são muito encorajadores e esperamos que possam abrir caminho para novos tratamentos eficazes”, disse a líder do estudo, Christine Dufes. Apenas beber o chá não basta, porque a quantidade do extrato é baixa.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Cientistas criam técnica que trata o câncer de próstata sem químio

Terapia usa substância de folhas de chá para levar partículas radioativas a células doentes

Rio -  Pesquisadores da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, anunciaram, na revista da Academia Americana de Ciências publicada na segunda-feira, a descoberta de novo tratamento de câncer de próstata que poderá reduzir a exposição à quimioterapia. A técnica consiste em tratar tumores com nanopartículas de ouro e um composto de folhas de chá.

Um dos responsáveis pela pesquisa, o professor de radiologia Kattesh Katti, da Escola de Medicina, explicou que foi descoberta na folha de chá um composto que é atraído por células cancerígenas. A susbstância ajuda a levar ao tumor nanopartículas de ouro radioativas, que destroem as células doentes.

O oncologista José Luiz Fuser, da Clínica São Carlos, disse que o maior avanço do tratamento é o uso de uma partícula-alvo. “Hoje fala-se muito em terapia-alvo. Nela, em vez de usar um quimioterápico convencional, que tem fortes efeitos colaterais, é usado um remédio que só atinge a célula cancerígena específica”, explica o especialista.

Atualmente, há três tratamentos básicos para o câncer de próstata: retirada da próstata; radioterapia com rogas direcionado para o órgão; e braquiterapia, na qual são injetadas sementes com material radioativo na próstata. O novo método aplica somente duas injeções e não várias como na braquiterapia.

Por atacar somente a célula doente, o tratamento é menos agressivo e mais rápido. Mas a metodologia inovadora deve demorar a ser usada em pacientes. “Ainda é uma pesquisa. Estamos a alguns anos de começar a usar a técnica em humanos”, diz Fuser.