quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Câncer

Principais causas da doença, como nascem os tumores, a metástase, tratamento, oncologia, origem da palavra, tipos de câncer, câncer de mama, câncer de próstata, câncer de pele


Célula atacada pelo câncer
 Introdução

A palavra câncer tem origem no latim, cujo significado é caranguejo. Tem esse nome, pois as células doentes atacam e se infiltram nas células sadias como se fossem os tentáculos de um caranguejo.

Esta doença tem um período de evolução duradouro, podendo, muitas vezes, levar anos para evoluir até ser descoberta. Atualmente, foram identificados mais de cem tipos desta doença, sendo que a maioria tem cura (benignos), desde que identificados num estágio inicial e tratados de forma correta.

Como os tumores nascem

Os tumores aparecem no organismo quando as células começam a crescer de uma forma descontrolada, em função de um problema nos genes. A causa dessa mutação pode ter três origens : genes que provocam alterações na seqüência do DNA; radiações que quebram os cromossomos e alguns vírus que introduzem nas células DNAs estranhos. Na maioria das situações, as células sadias do organismo impedem que estes DNAs passem adiante as informações.

O tumor desenvolve um conjunto de rede de vasos sanguíneo para se manter. Através da corrente sanguínea ou linfática, as células malignas chegam em outros órgãos, desenvolvendo a doença nestas regiões. Esse processo de irradiação da doença é conhecido como metástase.

Esta doença é tão perigosa, pois possui capacidade eficiente de reprodução dentro das células e também porque se reproduz e coloniza facilmente áreas reservadas a outras células.

Principais causas

Existem vários fatores que favorecem o desenvolvimento do câncer. Podemos citar como principais : predisposição genética (casos na família), hábitos alimentares, estilo de vida e condições ambientais. Todos estes fatores aumentam o risco de uma pessoa desenvolver a doença.

Cãncer nos pulmões, na boca e na laringe são as principais doenças causadas pelo cigarro. Bebida alcoólica em excesso pode provocar, com o tempo, o aparecimento de câncer na boca. Sol em excesso pode afetar as células e cresce o risco do desenvolvimento desta doença na pele. O câncer de mama tem origens nos distúrbios hormonais e é mais comum nas mulheres. A leucemia (câncer no sangue) é desencadeado pela exposição à radiações.

Determinadas infecções podem desencadear o surgimento de tumores no estômago e no fígado. A vida estressante, a alimentação inadequada (rica em gorduras, conservantes e pobre em fibras) também estão relacionados a alguns tipos de câncer.


segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Celine Dion perde irmão dois dias após morte de seu marido

16 JAN2016
17h57
atualizado às 18h12
Um irmão de Celine Dion morreu neste sábado em decorrência de um câncer, apenas dois dias depois de a cantora canadense perder seu marido para a mesma doença.


 Foto: Getty Images

O irmão de Dion, de 59 anos, estava há algum tempo combatendo vários tumores e morreu hoje em Montreal, no Canadá, de acordo com o site TMZ.

Nas últimas horas, vários meios de comunicação falaram sobre o delicado estado de saúde de Daniel Dion, um dos 13 irmãos da artista.

René Angélil, marido e ex-empresário da cantora, morreu na quinta-feira em Las Vegas (Estados Unidos) após outra batalha contra o câncer.

No verão de 2014, Dion, uma das cantoras canadenses mais conhecidas internacionalmente, anunciou que cancelaria seus shows para cuidar de Angélil, com quem teve três filhos: René-Charles, de 14 anos, e os gêmeos Eddy e Nelson, de cinco.

Angélil sofreu com vários tipos de câncer, incluindo um de garganta há 20 anos, que reapareceu em 2014, quando abandonou o cargo de empresário de sua esposa.

O empresário era um conhecido representante de grupos musicais da província canadense de Québec e foi quem descobriu Dion quando esta tinha apenas 12 anos.

Convencido do potencial da jovem cantora, Angélil hipotecou sua casa para se dedicar totalmente à promoção da carreira de Dion.

Após anos trabalhando juntos, Dion e Angélil se casaram de forma inesperada em 1994 em Montreal, quando ela tinha 26 anos de idade e ele, 52


quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Jornalista da Globo descobre câncer após reportagem: 'Tive sorte'

ELAINE BAST
 DANIEL CASTRO - Publicado em 12/01/2016, às 06h10
No Jornal Nacional de 12 de outubro, a repórter Elaine Bast alertou sobre a importância da mamografia para se detectar câncer de mama precocemente e, assim, aumentar as chances de cura e reduzir a intensidade do tratamento. Ilustrou com uma pesquisa mostrando que 60% dos casos da doença foram identificados no início, graças ao exame. No dia seguinte, Elaine recebeu o resultado da mamografia que realizara dias antes, preventivamente. A notícia não era boa. Novos exames confirmaram que ela tinha nódulos malignos. Uma mulher ouvida por Elaine na reportagem, Monica Araújo Chiarello, foi fundamental para a jornalista: "Ela me ajudou muito, afinal já tinha passado por tudo o que eu ia passar". Elaine, ex-correspondente em Nova York, deu o seguinte depoimento ao Notícias da TV:

"Soube em novembro que precisava retirar a mama esquerda por causa de três tumores descobertos em um check up de rotina. Não tinha nódulos aparentes, não sentia dores, enfim, nada diferente. Soube do resultado exatamente um dia após fazer uma matéria para o Jornal Nacional sobre o assunto... O VT [videotape] era sobre um estudo que falava sobre a importância dos exames preventivos para a detecção precoce do câncer de mama.

A personagem que entrevistei, de apenas 35 anos, havia terminado a quimioterapia quando a encontrei. E foi uma das pessoas que me ajudaram muito psicologicamente nesse processo. 

Tenho 42 anos, dois filhos pequenos, amamentei, não há histórico na minha família de câncer de mama. Não esperava passar por isso. Tive muita sorte em ter descoberto logo no início. Apesar de todos os avanços da medicina nessa área, a palavra 'câncer' dá sempre muito medo. Mas aprendi que ela não é uma sentença de morte. Retirei toda a mama esquerda e decidi também retirar a direita preventivamente. Não consigo deixar de pensar que realmente tive muita sorte. Não só por ter descoberto no início mas porque pude fazer a reconstrução das mamas na mesma cirurgia. Não precisei ver meu corpo mutilado.

Tive apoio muito importante da minha família, dos meus amigos, dos meus colegas de trabalho. Eles ajudaram a cuidar da minha alma. E os médicos, a cuidar da minha saúde.

Difícil ler notícias sobre mulheres que morrem porque tiveram diagnóstico tardio desse câncer. Seja porque de tão atarefadas se esquecem delas mesmas e deixam de fazer os exames de rotina, seja porque não conseguem agendar consulta ginecológica no sistema público e realizar os exames. Uma doença que tem chance altíssima de cura se for tratada do início. Graças ao diagnóstico precoce, o câncer não parou a minha vida. Eu continuo a minha história. Depois da cirurgia e do tratamento, volto ao trabalho em meados deste mês."

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Azar ou maus hábitos? Pesquisa indica que câncer é provocado por fatores externos

BBC Brasil
James Gallagher
Editor de Saúde da BBC News
18/12/201514h32
A causa do aparecimento do câncer é motivo de polêmica entre cientistas
Um estudo realizado nos Estados Unidos sugere que o câncer é majoritariamente o resultado de fatores ambientais e hábitos, e não uma ocorrência aleatória.
No começo do ano, pesquisadores desencadearam um grande debate depois de sugerir que dois terços dos casos de câncer eram resultado de falta de sorte em vez de comportamentos pessoais -- como fumar, por exemplo.
Mas, o novo estudo de uma equipe de médicos do Stony Brook Cancer Center, de Nova York, concluiu que apenas entre 10% e 30% dos casos de câncer são resultado da forma como o corpo funciona naturalmente, ou seja, da "sorte".
Especialistas afirmam que a análise, publicada na revista especializada Nature, é "bem convincente".
"Fatores externos têm um papel importante, e as pessoas não podem se esconder atrás do azar. Elas não podem fumar e falar que é falta de sorte se tiverem câncer", disse à BBC Yusuf Hannun, diretor do Stony Brook.
"É como um revólver: o risco intrínseco é a bala. E se jogarem roleta russa, talvez uma em cada seis (pessoas) terão câncer -- esta é a falta de sorte intrínseca. Mas o que um fumante faz é acrescentar duas ou três mais balas a esse revólver e puxar o gatilho. Ainda haverá um elemento de sorte, já que nem todos os fumantes desenvolverão câncer, mas eles aumentam as probabilidades contra si."
"De um ponto de vista de saúde pública, queremos remover o máximo de balas possíveis no tambor (do revólver)", acrescentou o médico.

Polêmica

O câncer surge quando uma das células-tronco do corpo que começa a funcionar mal e se dividir descontroladamente.
Isso pode ser causado por fatores intrínsecos que são parte da forma inata como o corpo funciona, como o risco de mutações que ocorre cada vez que uma célula se divide, ou fatores externos como fumo, radiação de raios ultravioleta e muitos outros, que podem ainda nem ter sido plenamente identificados.
A polêmica gira em torno do peso dos fatores intrínsecos e dos fatores externos no desenvolvimento da doença.

Em janeiro uma pesquisa divulgada na revista Science tentava explicar a razão de alguns tecidos do corpo serem milhões de vezes mais vulneráveis ao câncer do que outros.
A explicação foi o número de vezes que uma célula se divide -- algo que não pode ser controlado e, por isso, deu origem à hipótese do "azar" relativo à ocorrência aleatória.
Neste mais recente estudo americano, a equipe de médicos do Stony Brook Cancer Centre abordou o problema a partir de perspectivas diferentes, incluindo modelos criados em computadores, dados populacionais e genéticos.
Segundo os pesquisadores, os resultados sugerem que entre 70% e 90% do risco é causado por fatores externos.
"Eles forneceram provas bem convincentes de que fatores externos têm um papel muito importante em muitos cânceres, incluindo alguns dos mais comuns", disse Kevin McConway, professor de estatística aplicada da Open University, do Reino Unido.
"Mesmo se alguém é exposto a um importante fator de risco externo, claro que não é certo que ele vai desenvolver um câncer -- sempre existe o acaso. Mas esta pesquisa demonstra novamente que temos que analisar além da probabilidade e sorte puras para compreender e proteger (as pessoas) contra o câncer", acrescentou.
"Ainda que hábitos saudáveis como não fumar, manter um peso saudável, ter uma dieta saudável e diminuir o consumo de bebidas alcoólicas não sejam garantias contra o câncer, eles reduzem de forma dramática o risco de se desenvolver a doença", disse Emma Smith, da ONG Cancer Research UK.