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segunda-feira, 15 de maio de 2017

O câncer de rim e o acesso a novos tratamentos para a doença

O câncer renal é um dos 10 tipos de tumor com mais ocorrência no mundo. A imunoterapia é uma das principais promessas no tratamento
http://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/o-cancer-de-rim-e-o-acesso-a-novos-tratamentos-para-a-doenca/
Por Fernando Maluf
access_time17 abr 2017, 17h28 - Atualizado em 17 abr 2017, 17h31


Ilustração de câncer nos rins (IStock/Getty Images)
Embora a taxa de incidência do câncer renal não esteja entra as maiores, a doença é um dos 10 tipos de tumor com mais ocorrência no mundo, especialmente em pessoas mais velhas, a partir dos 64 anos de idade, sendo os homens o grupo com maior chance de desenvolvê-lo.

Características da doença
O principal fator de risco para o câncer de rim é o tabagismo. Os fumantes têm de duas a três vezes maior possibilidade de desenvolver a doença que os não fumantes. Nesta lista também estão a obesidade, os fatores hereditários, as síndromes genéticas e a hipertensão arterial.

A dificuldade em diagnosticá-la precocemente associada à falta de conhecimento da população, contribuem para que a doença se desenvolva silenciosamente e, portanto, seja identificada tardiamente. Poucos tumores malignos têm velocidade de crescimento tão variável quanto os de rim.
Há pacientes em que o câncer evolui de forma lenta durante anos, enquanto outros apresentam crescimento rápido e disseminação em poucos meses. Em muitos casos, pode ser fatal: aproximadamente 30% dos diagnósticos deste tipo de câncer são realizados em estágios avançados ou já em fase de metástase, quando o tumor se espalha para outras partes do corpo.
Novos tratamentos
Os dados são significativos e por isso o mês de março marca globalmente o período de conscientização sobre o câncer renal, com debates sobre o acesso ao diagnóstico e aos novos e modernos tratamentos. Uma das tendências, também para o câncer de rim, é a imunoterapia, opção para os casos avançados, em que os primeiros tratamentos já não fazem efeito.

No ano passado, no Congresso da Sociedade Americana de Oncologia, vários estudos foram apresentados sobre esse tipo de medicamento, que desbloqueia o sistema imune do paciente e permite que os “guardas de defesa” do corpo (os linfócitos) ataquem o tumor de forma eficaz e impactante. Essa nova medicação começa a ser disponibilizada no Brasil, com expectativa de prolongamento da sobrevida com qualidade para o paciente. Aliás, formas mais antigas de imunoterapia, como a interleucina 2 em altas doses, podem curar em torno de 5% dos pacientes como parte do primeiro tratamento em pacientes com doença avançada.

Além da imunoterapia, medicamentos que bloqueiam a formação de vasos sanguíneos do tumor impedindo que nutrientes e oxigênio cheguem às células tumorais representam outro grande avanço e são associados a importantes reduções dos tumores e a respostas duradouras.
Prevenção

A oferta de novos e modernos medicamentos é fundamental para a saúde das pessoas, mas, no caso do câncer renal, a prevenção está em nossas mãos. Neste quesito, o mais elementar ato, o de nos alimentarmos, é o principal aliado quando pensamos no câncer renal, uma vez que o estilo de vida tem papel importante no desenvolvimento da doença. Além disso, a prática regular de atividade física e o abandono do tabagismo são hábitos que podemos controlar e, desta forma, minimizar a chance do seu surgimento.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Câncer de rim: entenda a importância do diagnóstico

6 March 2015 | Por Liliane Rose Christ
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O câncer de rim é uma doença silenciosa e quase sem sintomas, por isso, quando descoberta já está em estágio avançado e apresenta quadro de metástase, ou seja, outros órgãos, geralmente pulmão, fígados e ossos, já foram atingidos pelo câncer.

Sentir dores nas costas e sangue ao urinar podem ser sintomas de doença nos rins. Foto: iStock, Getty Images
Cerca de 60% dos casos da doença são descobertos acidentalmente e somente 10% dos pacientes apresentam os sintomas clássicos do câncer de rim, que são dores nas costas, sangue na urina e palpação do tumor no abdômen.

Sintomas e grupo de risco do câncer de rim

Além dos sintomas clássicos deste tipo de câncer – dores nas costas, sangue na urina e palpação do tumor no abdômen – a neoplasia também provoca reações diversas chamadas de síndromes paraneoplásicas.

Essas reações são causadas pela produção de enzimas e substâncias semelhantes a hormônios e podem provocar aumento da pressão arterial e das mamas, alteração do fígado, alterações hormonais e elevação dos níveis de cálcio etc.

Pessoas com mais de 50 anos são considerados grupo de risco em potencial, além de fumantes, principalmente homens, obesos, hipertensos, pacientes em hemodiálise, pessoas que fazem uso indiscriminado de diuréticos por período prolongado e também pacientes com doenças genéticas, como esclerose tuberculosa ou doença de Von Hippel-Landau.

Diagnóstico do câncer de rim

O câncer de rim tem o diagnóstico dificultado devido à ausência de sintomas e também pela localização do órgão, que fica na parte de trás do abdômen.

Para ajudar o médico na identificação do sintomas, além de exames de sangue que evidenciam alterações na urina, o paciente deve fazer ultrassom, que mostra a presença de nódulo ou massa renal; tomografia computadorizada do torax, que ajuda a verificar o estadiamento da doença; cintilografia óssea, que mostra se há metástases ósseas; e biópsia.

O diagnóstico também ajuda o médico a descobrir qual dos cinco tipos de câncer de rim acometeu o paciente. São eles:

1. Carcinoma Renal de Células Claras

Este tipo de neoplasia é visto entre 70% e 90% dos casos e é originado geralmente no tubo que filtra as impurezas do sangue.

2. Carcinoma Papilar

O segundo tipo de tumor mais comum relacionado ao rim, atingindo de 10% a 15% dos casos, pouco palpável por ser muito pequeno, no entanto, provoca dores fortes no paciente.

3. Carcinoma Renal Cromófobo

Este tumor é visto em 5% dos casos e não aparece nos exames, apenas quando exposto ao azul escuro ou roxo.

4. Ductos Coletores

Este tipo de tumor se origina em uma das estruturas do rim, chamado Tubo de Bellini, é raro e dolorido.

5. Sarcomatoides

É o tumor mais raro, visto em apenas 1% dos casos, mas também é o mais agressivo.

Como é o tratamento para o câncer

Este tipo de câncer tem bom prognóstico quando diagnosticado precocemente, ou seja, o tumor deve ter tamanho entre três e quatro centímetros.

Quando maior, os riscos envolvendo a doença aumentam e, geralmente é isso que acontece devido à dificuldade de diagnóstico da doença. O tratamento para a doença envolve medicamentos, dieta adequada e cirurgia para remoção do tumor.

Mas, diferentemente de outras neoplasias, o câncer de rim não tem boa resposta à radioterapia e quimioterapia. Como alternativa, os médicos usam métodos como a imunoterapia, que estimula o sistema imunológico do paciente com uso de medicamentos potentes.