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sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Saiba quais os avanços para tratar e diagnosticar o câncer de próstata

Principal conquista no âmbito de tratamentos, a cirurgia robótica é inacessível para a maioria dos pacientes, pois custa cerca de R$ 20 mil

Do R7

 16/11/2020 - 02h00

 Novembro é o mês de conscientização sobre o câncer de próstata

Pixabay/Reprodução

 

O câncer de próstata é o segundo mais comum e letal entre homens - a cada 41, um morre por causa desse tipo de tumor, de acordo com a American Cancer Society. Nos últimos anos, avanços no diagnóstico da doença têm propiciado melhores resultados no tratamento, que também teve suas sequelas diminuídas.

 

As conquistas mais recentes em relação às ferramentas de diagnóstico são o Pet Scan e a ressonância magnética multiparamétrica da próstata - ambos exames de imagem -, como explica o urologista João Manzano, do Hospital Moriah, em São Paulo.

 

"Antes, se o PSA [marcador antígeno prostático específico] ou exame de toque mostrasse alguma alteração, a gente já pedia a biópsia, mas ela só diagnosticava 30% dos casos, com a ressonância essa taxa de detecção aumenta para 70%", destaca.

 

O Pet Scan, por sua vez, permite analisar o corpo inteiro, a partir da ação de um marcador que tem afinidade com as células cancerígenas. "Essa substância vai grudar no tumor onde quer que ele esteja. Então, você escaneia e, se tiver metástase, vai aparecer", descreve o especialista.

 

No âmbito de tratamentos, o princpal avanço alcançado foi a cirurgia robótica, que diminui o risco de sequelas e acelera o período de recuperação sem afetar a possibilidade de cura.

 

"Impotência e incontinência urinária eram muito mais frequentes com a cirurgia aberta", afirma Manzano. De acordo com ele, entre 70% e 80% dos pacientes não apresentam qualquer problema quando a intervenção é realizada com robôs, ao passo que sem essa tecnologia metade dos homens são acometidos. "Além disso, o paciente fica menos de um dia internado no hospital", acrescenta.

 

Todos essas melhorias são possíveis porque o robô dá ao cirurgião uma visão tridimensional e tem um grau muito maior de mobilidade em seus braços, esclarece o urologista.

 

"A cirurgia é feita com 6 furos no abdome, todo menores que um 1 cm, pelos quais passam pinças que são conectadas a braços robóticos controlados por um profissional por meio de um joystick. Então, o robô não é totalmente autônomo, ele auxilia o cirurgião", enfatiza.

 

 Entretanto, o acesso a essa tecnologia ainda é um privilégio que se restringe às elites, pois só está disponível em hospitais particulares e não faz parte do rol de procedimentos da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), o que significa que os planos de saúde não são obrigados a cobrir despesas com esse tratamento.

 

"O preço varia, de acordo com o hospital. Mas custa no mínimo entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, isso se o paciente tiver plano de saúde. Mas para quem não tem, o valor sobe para R$ 20 mil", afirma Manzano.

 

https://noticias.r7.com/saude/saiba-quais-os-avancos-para-tratar-e-diagnosticar-o-cancer-de-prostata-16112020

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Principal fator de risco para o câncer de próstata é a idade


Quinta-feira, 01/06/2017, às 06:00, por Mariza Tavares
http://g1.globo.com/bemestar/blog/longevidade-modo-de-usar/post/principal-fator-de-risco-para-o-cancer-de-prostata-e-idade.html

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no mundo e a quinta principal causa de morte por câncer na população masculina. O principal fator de risco é a idade: 75% dos casos ocorrem a partir dos 65 anos. A maioria dos tumores cresce de forma lenta e pode até não dar sinais durante toda a vida, mas o histórico familiar é importante: quem tem pai ou irmão diagnosticado com câncer de próstata antes dos 60 tem de três a dez vezes aumentado o risco de desenvolver a doença.


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a detecção precoce de um câncer compreende duas diferentes estratégias: uma destinada ao diagnóstico em pessoas que apresentam sinais iniciais da doença (diagnóstico precoce) e outra voltada para pessoas sem nenhum sintoma e aparentemente saudáveis (rastreamento). No caso da próstata, não há unanimidade em relação ao rastreamento por meio da realização de exames de rotina – geralmente toque retal e dosagem de PSA. Em seu site, o Inca (Instituto Nacional de Câncer) informa que, “por existirem evidências científicas de boa qualidade de que o rastreamento do câncer de próstata produz mais dano do que benefício, o Instituto mantém a recomendação de que não se organizem programas de rastreamento para o câncer da próstata e que homens que demandam espontaneamente a realização de exames de rastreamento sejam informados por seus médicos sobre os riscos e benefícios associados a esta prática”.


No entanto, cientistas e pesquisadores americanos que integram o US Preventive Service Task Forces, órgão de prevenção ligado ao governo dos EUA, 
recentemente voltaram atrás em sua contraindicação para o exame do PSA. O teste é capaz de detectar a elevação de uma proteína produzida pela próstata, que é um indicativo de câncer. A principal crítica é porque o resultado pode ser um falso-positivo (a alteração pode ser causada por uma infecção ou pelo crescimento exagerado, mas benigno, da próstata), levando a procedimentos e cirurgias que poderiam ser evitados. A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que homens a partir de 50 anos devem conversar com seus urologistas sobre os exames de detecção precoce e que homens com fatores de risco (casos na família, negros e obesos) devem fazer essa consulta aos 45 anos.


Em seu estágio inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas, ou eles se assemelham aos do crescimento benigno do órgão: dificuldade de urinar ou necessidade de urinar mais vezes. Somente com o avanço da doença surgem problemas de ereção; sangue na urina; dor ou desconforto nos quadris, costas, peito ou outras áreas (no caso de metástase, ou seja, quando o câncer se espalhou para os ossos); fraqueza ou dormência nos pés ou pernas; perda do controle da bexiga ou do intestino. Há uma clara interferência no trabalho, no sono e na mobilidade, com impacto nas atividades diárias. É da maior importância consultar regularmente o médico e relatar qualquer alteração, para que ele avalie as melhores alternativas.

quarta-feira, 8 de março de 2017

Método com laser e bactérias marinhas trata câncer de próstata


http://veja.abril.com.br/saude/metodo-com-laser-e-bacterias-marinhas-trata-cancer-de-prostata/
O novo método usa laser e um medicamento feito de bactérias para eliminar os tumores, sem causar os severos efeitos colaterais de terapias tradicionais
Um novo método promete tratar o câncer de próstata sem efeitos colaterais. O tratamento inovador utiliza lasers, bem como um remédio feito de bactérias marinhas para eliminar os tumores e já é considerado um avanço significativo no combate à doença. De acordo com o estudo publicado recentemente na revista científica The Lancet Oncology, a abordagem foi completamente efetiva em quase metade dos pacientes submetidos a ela.

As terapias disponíveis atualmente envolvem cirurgia e radioterapia e, frequentemente, deixam como sequelas a impotência e diferentes graus de incontinência urinária. Isso é uma das razões pelas quais muitos homens demoram para procurar tratamento. “Isso [o novo tratamento] muda tudo”, explica Mark Emberton, cientista e médico que testou a nova terapia no University College de Londres, na Inglaterra.
Abordagem inovadora
O medicamento utilizado no novo tratamento é feito de bactérias que vivem em regiões profundas do oceano, praticamente na escuridão, e que ativam suas toxinas quando expostas à luz. A intervenção com o laser é feita através da inserção de dez fibras óticas na região do períneo – o espaço entre o ânus e os testículos para alcançar a próstata.
A ativação dos laseres estimula o medicamento injetado na corrente sanguínea, responsável por “matar” os tumores. Os testes clínicos, realizados em 47 hospitais europeus com 413 pacientes mostrou que 49% dos pacientes entraram em remissão completa após o tratamento. Posteriormente, apenas 6% dos homens precisaram ter a próstata removida, em comparação com 30% dos pacientes que não foram submetidos à nova terapia.
Efeitos colaterais
O impacto na potência sexual e no ato de urinar durou apenas três meses – nenhum dos pacientes teve efeitos colaterais significativos dois anos após o tratamento.
Um desses pacientes, o britânico Gerald Capon, de 68 anos, contou à rede britânica BBC que está totalmente curado.  “Sinto-me extremamente afortunado por ter sido aceito no programa de testes. Sinto que poderei passar o resto da minha vida sem preocupações”, disse.

Para Emberton, essa nova tecnologia representa um momento tão significativo para o tratamento de câncer de próstata e como a remoção localizada do tecido canceroso em vez do seio inteiro foi para as mulheres com câncer de mama.
“A decisão de buscar tratamento sempre foi um balanço entre benefícios e danos. Os danos sempre foram os efeitos colaterais – a incontinência urinária e as dificuldades sexuais para a maioria dos homens. É uma grande transformação termos um novo tratamento que é virtualmente livre de sequela,”, disse afirmou o médico.
No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima 61.000 novos casos da doença em 2016 e 13.000 mortes.


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Precisamos falar sobre a saúde do homem

Estamos a seguir publicando mais uma colaboração da Manuela Pastore:

O Ministério da Saúde e o IBGE realizaram uma pesquisa em 2015 que mostrou que sim, o brasileiro se preocupa com a saúde, mas que as mulheres estão bem à frente dos homens. A publicação revelou que 71,2% dos entrevistados haviam se consultado pelo menos uma vez nos últimos 12 meses, e o índice foi de 78% de mulheres, contra 63,9% dos homens.

O câncer de próstata é o 2° câncer que mais mata no Brasil e no mundo. Ele representa 10% de todos os tumores malignos detectados em homens e um em cada seis desenvolve a doença em alguma fase da vida. O INCA estimou para 2016, 65 mil novos casos de câncer de próstata diagnosticados no Brasil, sendo mais de 13 mil mortes este ano no país. E o mais preocupante? Apenas 7% dos casos são diagnosticados com antecedência.

Os motivos para esse cenário são muitos, mas a displicência e o preconceito estão entre os mais preocupantes. O oncologista Ricardo Caponero, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, conta que a maioria dos homens que vão ao seu consultório já está sentindo algum desconforto a um bom tempo. “Muitos pacientes chegam ao consultório com uma queixa e saem com o diagnóstico de câncer de próstata avançado”.

A iniciativa do Novembro Azul é justamente para conversar com esse homem, conscientiza-lo para que busque um médico e faça os exames preventivos.Se o câncer de próstata é detectado cedo, o índice de sucesso no tratamento é de 90%, mas a proporção cai para 20% - 30% com o diagnóstico da doença em estágio avançado. “Em 95% dos casos, o tumor de próstata só manifesta sintomas quando já se alastrou, por isso, sua descoberta precoce depende de exames clínicos periódicos”, diz o Dr. Ricardo.

É hora de falar sobre a saúde do homem, e é o momento do homem buscar cuidados.

Você sabia?
Por Dr. Ricardo Caponero

Que o câncer de próstata é o segundo tipo de tumor mais comum entre os homens? 
Cerca de 65 mil homens brasileiros receberão até o fim de 2016 o diagnóstico de câncer de próstata, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). O segundo tipo de tumor mais comum entre os homens, representa cerca de 10% do total de todos os cânceres. Os tumores de próstata afetam principalmente homens com mais de 50 anos. À medida que a idade avança, a prevalência aumenta. Na faixa etária dos 75 anos, a doença chega a acometer 50% da população masculina. Por conta disso, exames periódicos são fundamentais para o diagnóstico precoce e devem ser feitos anualmente após os 40 anos.

Que a próstata se localiza na parte baixa do abdômen?
A próstata é um órgão muito pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto, envolvendo a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.

Que a maioria dos homens ainda resiste em ir ao médico realizar os exames periódicos?
Embora reconheçam a importância de fazer exames, a maioria dos homens ainda resiste em procurar um médico. Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia apontou que 87% dos homens não fazem os exames retais por preconceito e de acordo com outra pesquisa sobre a saúde masculina realizada pelo Instituto Datafolha, com apoio da AstraZeneca (2014), revelou que 76% dos homens brasileiros com idades entre 40 e 70 anos têm conhecimento sobre o exame de toque retal , porém apenas 32% já fizeram o teste. 

Que os homens acima dos 40 anos devem realizar o PSA anualmente?
Homens acima dos 40 anos de idade devem realizar o exame preventivo PSA (exame de sangue), que detecta anormalidades no órgão, e o exame de do toque retal. Cerca de 20 a 25% dos casos de câncer da próstata podem evoluir mesmo com PSA normal. Em média 20% dos pacientes com tumor benigno da próstata podem apresentar PSA aumentado. Isso significa que nem sempre o PSA traz informações definitivas no diagnóstico do câncer da próstata. Porém, a análise da variação de dosagens seriadas do PSA, ao longo do tempo, pode auxiliar muito na detecção precoce do tumor maligno da glândula. 

Fontes: Dr. Ricardo Caponero (oncologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz); AstraZeneca; INCA (Instituto Nacional do Câncer); Journal of Urology (Correlação entre prostatite tipo IV (NIH), PSA elevado e câncer de próstata)


sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Novembro azul - “Cerca de 30% dos pacientes com câncer de próstata possuem doenças cardiovasculares”.


Terapia promove o bloqueio direto da testosterona após três dias do início do tratamento

São Paulo, outubro de 2016 – A cada ano cresce o número de casos de câncer de próstata no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são esperados 61.200 novos casos da doença no País em 2016¹. Trata-se do segundo câncer mais incidente entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente na população masculina.

A doença, na maioria dos casos, é assintomática em seu estágio inicial e, por isso, os sintomas começam a surgir apenas na fase avançada ou metastática4,5. Outro ponto de atenção é a idade, pois três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos¹, idade em que o paciente costuma ter outras doenças associadas como risco cardiovascular aumentado.

Como há um risco alto de doenças cardiovasculares em idosos com câncer de próstata, é fundamental que o estado de saúde do paciente seja levado em consideração para a escolha do tratamento mais adequado, especialmente se o indivíduo apresentar histórico de doença cardiovascular ou pertencer ao grupo de risco”, explica Ariane Macedo, cardiologista e Vice-Presidente do Grupo de Estudos em Cardio-Oncologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Estima-se que cerca de 30% dos pacientes com câncer de próstata possuam doenças cardiovasculares associadas. E, nestes casos, estudos demonstraram que o tratamento hormonal antagonista (degarelix, comercializado no Brasil com o nome Firmagon®) – um bloqueador dos receptores de GnRH – demonstrou a redução do risco de eventos cardiovasculares em 56% quando comparado às terapias agonistas através de uma metanálise².

O degarelix (Firmagon®), administrado como monoterapia, atua por meio do bloqueio direto da testosterona, fazendo com que o nível de supressão seja atingido dentro de um prazo de três dias após o início do tratamento7,8, ao contrário dos agonistas  que demoram, em média, de três a quatro semanas para suprimir a testosterona.,10,11,13

“O tratamento com o bloqueador degarelix proporciona diversos benefícios aos pacientes, como supressão rápida da testosterona e não ocorrência do flare clínico, ou seja, picos de hormônios que causam dores ósseas, compressão medular e outros comprometimentos de saúde resultantes do câncer de próstata avançado”, explica João Carvalho, urologista do Hospital Federal Cardoso Fontes (RJ).

A Ferring, anunciou o início da fase III do estudo clínico PRONOUNCE, que tem por objetivo comparar a ocorrência de eventos cardiovasculares em pacientes com câncer de próstata e doenças cardiovasculares (DCV) tratados com o antagonista do receptor de GnRH (degarelix) e pacientes com as mesmas condições tratados com um agonista do receptor de GnRH (leuprolida) ao longo de um ano.

O estudo PRONOUNCE, uma parceria da Ferring com Memorial Sloan Kettering Cancer Center e Duke Clinical Research Institute, teve início em fevereiro deste ano e conta com 900 pacientes de mais de 50 centros nos Estados Unidos.

“O PRONOUNCE demonstra o compromisso da Ferring em oferecer as melhores terapias a pacientes com câncer de próstata, focando em necessidades não atendidas de médicos e desse grupo de pacientes, especialmente daqueles com doença avançada e risco cardiovascular”, afirma Rogério Acquaroli, Diretor Médico Global de Uro-Oncologia da Ferring.

Referências
1.        Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva. Incidência de câncer no Brasil. Disponível em http://www.inca.gov.br/estimativa/2016/sintese-de-resultados-comentarios.asp
2.       Albertsen PA, Klotz L, Tombal B, et al. Cardiovascular Morbidity Associated with Gonadotropin Releasing Hormone Agonists and an Antagonist. Eur Urol 2014;65(3):565-73. PMID: 24210090
3.     National Cancer Institute. Prostate Cancer (PDQ(R)): Treatment: Treatment Option Overview. http://www.cancer.gov/types/prostate/patient/prostate-treatment-pdq
4.     Srougi M. Câncer de próstata: uma opinião médica. Artigo especial. Urologia Online, UNIFESP,Faculdade Paulista de Medicina, 1998. Disponível em:http://www.uronline.unifesp.br/uronline/ed1098/caprostata.htm

5.     Barbosa PF, Mendonça SB. Câncer de próstata – Atualizações. Sinopse de Urologia 2003;7(1):4-10. Disponível em: http://www.euromedcateteres.com.br/pdf/04_CancerdeProstata.pdf
7.     Klotz L, Boccon-Gibod L, Shore ND, et al. The efficacy and safety of degarelix: a 12-month, comparative, randomized, open-label, parallel-group phase III study in patients with prostate cancer. BJU Int 2008;102 (11):1531-8. PMID: 19035858
8.     AWMSG secretariat assessment report (full submission). Advice No. 4112. Degarelix (Firmagon)80mg and 120mg injection (based on evidence submitted by Ferring Pharmaceuticals (UK) on 6 July 2012). Disponível em: http://www.awmsg.org/awmsgonline/app/appraisalinfo/755. Acesso em 24/02/2015
9.     van Poppel H. Evaluation of degarelix in the management of prostate cancer. Can Manag Res 2010;2:39-52. PMID: 21188095
10.  Rick FC, Block NL, Schally AV. An update on the use of degarelix in the treatment of advanced hormone-dependent prostate cancer. Onco Target and Therapies 2013;6:391-402. PMID: 23620672
11.  European Medicines Agency. Assessment Report for Firmagon. Doc.Ref: EMEA/CHMP/635761/2008. Disponível em:http://www.ema.europa.eu/docs/en_GB/document_library/EPAR_-_Public_assessment_report/human/000986/WC500023256.pdf. Acesso em 24/02/2015
12.  Klotz L, Boccon-Gibod L, Shore ND, et al. The efficacy and safety of degarelix: a 12-month, comparative, randomized, open-label, parallel-group phase III study in patients with prostate cancer. BJU Int 2008;102 (11):1531-8. PMID: 19035858
13.  AWMSG secretariat assessment report (full submission). Advice No. 4112. Degarelix (Firmagon)
80mg and 120mg injection (based on evidence submitted by Ferring Pharmaceuticals (UK) on 6 July 2012). Disponível em: http://www.awmsg.org/awmsgonline/app/appraisalinfo/755. Acesso em 24/02/2015


Sobre a Ferring Pharmaceuticals (www.ferring.com.br)

Com sede na Suíça, a Ferring Pharmaceuticals é uma empresa biofarmacêutica baseada em pesquisa e desenvolvimento, presente no mercado farmacêutico há mais de 60 anos, com o objetivo de se dedicar em identificar, desenvolver e comercializar produtos inovadores nas áreas de Reprodução Humana, Urologia,  Gastroenterologia,  Endocrinologia  e Osteoartrite.

A empresa ganhou reconhecimento internacional ao longo dos últimos 20 anos pela criação de medicamentos que melhoram a qualidade de vida de crianças e adultos em todo o mundo.


A Ferring possui fábricas próprias em cerca de 60 países e comercializa seus produtos em 110 países. Para saber mais sobre a Ferring ou seus produtos, visite www.ferring.com.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Células-tronco do fluxo menstrual podem inibir câncer

Câncer de próstata reagiria mais facilmente ao tratamento
Por: AFP
15/09/2016 - 12h00min | Atualizada em 15/09/2016 - 12h37min

Foto: OHSU / Divulgação
As células-tronco contidas no fluxo menstrual apresentam propriedades antitumorais que poderiam ser utilizadas para melhorar as terapias atuais contra o câncer, afirma um estudo científico divulgado nesta quarta-feira em Santiago. Uma equipe de pesquisadores da Universidade dos Andes concluiu que os exossomas - pequenas vesículas secretadas por vários tipos de células que são encarregados da comunicação intercelular - inseridos no fluxo menstrual inibem a propagação dos tumores cancerígenos.
O exossomas do fluxo menstrual "são capazes de inibir a formação de vasos sanguíneos", comentou Francisca Alcayaga, uma das cientistas que participou da pesquisa realizada pelo projeto Cells for Cells da universidade chilena. Desta forma, se corta a rota do tumor, "que gera vasos sanguíneos para poder se nutrir e se oxigenar, com o objetivo de continuar crescendo", de acordo com o estudo.

As células-tronco do fluxo menstrual são recuperadas da parede do útero antes da menstruação, em um momento em que ainda apresentam "propriedades antiangiogênicas, sendo capazes de inibir a vasculatura tumoral", afirmou Alcayaga. Segundo os estudos preliminares, se constatou que o câncer de próstata é uma das patologias que reagem mais facilmente à presença dos exossomas.
Com a presença dos exossomas do fluxo menstrual, "o crescimento do tumor é mais lento, por isso vamos continuar a pesquisa e ver a atividade complementar destes exossomas com as terapias convencionais que existem hoje", disse a cientista.
O próximo passo é combinar a quimioterapia com um tratamento que contenha esta descoberta, para comprovar sua efetividade, e conseguir um sistema em que os exossomas possam ser distribuídos em casos de metástase, já que nos testes eles foram injetados diretamente em cada tumor.
Mulheres em idade fértil e livres de anticoncepcionais foram as doadoras de células para a realização do estudo.
No Chile, entre 20% e 25% das mortes estão vinculadas a algum tipo de câncer, sendo este a segunda causa de morte, atrás das doenças cardiovasculares, segundo dados oficiais. O estudo foi publicado na revista científica americana Oncotarget.


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Radioterapia, cirurgia ou nenhuma intervenção contra o câncer de próstata oferecem risco de morte semelhantes, diz estudo

Pesquisadores analisaram mais de 1,6 mil homens durante 10 anos
Por: AFP
15/09/2016 - 10h21min | Atualizada em 15/09/2016 - 10h24min

Foto: Félix Zucco / Agencia RBS
Homens com câncer de próstata localizado têm baixa probabilidade de morrer no período de 10 anos após o diagnóstico, independentemente de se optarem pela cirurgia, radioterapia ou por nenhuma intervenção, disseram pesquisadores na quarta-feira. O estudo publicado no periódico New England Journal of Medicine incluiu mais de 1,6 mil homens com idades entre 50 e 69 anos que concordaram em ser aleatoriamente indicados para cirurgia para remoção do tumor, radiação para reduzi-lo ou vigilância ativa - ou seja, o acompanhamento dos pacientes para monitorar sinais de progressão da doença.
Cerca de 1% dos homens do estudo morreram durante os 10 anos após o diagnóstico de câncer de próstata, "independentemente do tratamento atribuído, uma taxa consideravelmente inferior à prevista no início dos ensaios", disse o estudo, liderado por Freddie Hamdy, da Universidade de Oxford.

Dos 1.643 homens no estudo, 17 morreram de câncer de próstata na primeira década após o diagnóstico - oito no grupo de vigilância ativo, cinco no grupo de cirurgia e quatro no grupo de radioterapia.
Aqueles no grupo de vigilância ativa tinham mais chances de ter o câncer espalhado para outras partes do corpo, um processo conhecido como metástase.
No entanto, esta progressão da doença não fez uma diferença significativa na probabilidade de morrer de câncer ou de qualquer outra causa nos 10 anos após o diagnóstico, segundo o estudo.
Um artigo separado na mesma revista analisou questões de qualidade de vida entre os homens que escolheram diferentes opções. A cirurgia para remover a próstata teve o maior impacto negativo sobre a função sexual e a incontinência urinária, enquanto os homens no grupo de radiação tendiam a ter mais problemas intestinais após o tratamento do que os dos outros grupos.
— A função sexual parece ser melhor no grupo de terapia com radiação — disse Louis Potters, presidente do departamento de radiação da rede de saúde Northwell Health em Nova York, que não esteve envolvido no estudo.
Potters elogiou a pesquisa como "o primeiro esforço real para avaliar abordagens de tratamento para o câncer de próstata".
— Apesar da alta prevalência de câncer de próstata como o câncer número um entre os homens, não há um estudo recente que tenha abordado diretamente a observação, cirurgia ou radioterapia. Como resultado, os homens tiveram de tomar decisões de tratamento com base em dados não comparativos — afirmou.
Para John Burn, professor de genética clínica da Universidade de Newcastle, o estudo fornece "informações valiosas para homens confrontados com escolhas difíceis".
— A conclusão parece ser que para esses homens com câncer de próstata localizado, a vigilância ativa não é significativamente mais perigosa e evita a sobrecarga potencial do comprometimento sexual ou intestinal medicamente induzidos. Muitos vão concluir que não fazer nada é preferível à cirurgia ou à radioterapia. Obviamente, se houver evidência de metástase, a situação é diferente — acrescentou Burn, que não participou do estudo.


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Publicada lei que garante detecção precoce do câncer de próstata pelo SUS

Foi publicada hoje (26) no Diário Oficial da União a Lei 13.045, que garante a detecção precoce do câncer de próstata pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Com a publicação, as unidades de saúde da rede pública são obrigadas a fazer exames de detecção precoce do câncer de próstata sempre que, a critério médico, o procedimento for considerado necessário. 

A lei prevê a sensibilização de profissionais de saúde por meio da capacitação e da reciclagem em relação aos novos avanços nos campos da prevenção e da detecção precoce da doença.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens – seguido pelo câncer de pele não melanoma. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total.

Ainda segundo o Inca, a doença é considerada um câncer da terceira idade, já que aproximadamente três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Na fase inicial, a evolução é silenciosa.  Muitos pacientes não apresentam sintomas ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a noite). Já na fase avançada, o câncer de próstata pode provocar dor óssea, sintomas urinários, infecção generalizada e insuficiência renal.

A estimativa é que, neste ano, 68.800 novos casos de câncer de próstata sejam registrados no Brasil.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Novo teste de câncer de próstata pode aposentar toque retal

Portal A Tarde 06/03/2014
http://atarde.uol.com.br/cienciaevida/materias/1573761-novo-teste-de-cancer-de-prostata-pode-aposentar-toque-retal
Um teste barato, fácil e preciso para detectar o câncer de próstata pode estar disponível nos próximos meses. Estudos mostram que o novo teste, feito com a urina, pode ser duas vezes mais confiável que o exame de sangue existente para a detecção da doença.

O teste também informa aos médicos a gravidade do câncer. Além de salvar vidas, vai aposentar, segundo especialistas, o toque retal. É descrito como o maior avanço no diagnóstico do câncer de próstata em 25 anos.

Além de preciso, deve custar, quando chegar ao mercado, menos de R$40 por paciente, o que permitiria a realização de testes em todos os homens a partir dos 40 anos, como acontece com o câncer de mama.

O material foi desenvolvido por estudiosos da britânica Universidade de Surrey. Cientistas anunciaram ter chegado a um acordo com duas empresas, o que porá o teste em consultórios médicos ainda este ano.

O inventor do teste é o professor de oncologia médica Hardev Pandha, que acredita no potencial de poder detectar rapidamente a doença, salvando centenas de vidas a baixo custo.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Câncer de próstata pode ser sexualmente transmissível, dizem cientistas


Michelle Roberts
Editora de Saúde da BBC News
Atualizado em  20 de maio, 2014 - 15:42 (Brasília) 18:42 GMT

O câncer de próstata pode ser uma doença sexualmente transmissível causada por uma infecção comum, porém muitas vezes silenciosa, transmitida durante a relação sexual, de acordo com um grupo de pesquisadores americanos.

Apesar de vários tipos de câncer serem causados por infecções, o grupo britânico Cancer Research UK, que realiza pesquisas sobre a doença, diz que é muito cedo para adicionar o câncer de próstata a esta lista.
Cientistas da Universidade da Califórnia testaram células da próstata humana em laboratório e descobriram que uma infecção sexual chamada tricomoníase ajudava no crescimento do câncer.

Agora, mais pesquisas são necessárias para confirmar essa ligação, disseram os cientistas na publicação da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (PNAS).

Infecção sexual
Acredita-se que cerca de 275 milhões de pessoas no mundo estejam infectadas pela tricomoníase. Ela é a infecção não-viral mais comum transmitida sexualmente.

Muitas vezes, a infecção não apresenta sintomas e a pessoa não está ciente de que está contaminada.
Homens podem sentir coceira ou irritação dentro do pênis, ardor após urinar ou ejacular, ou um corrimento branco no pênis.

Já mulheres podem sentir coceira ou dor na região genital, desconforto ao urinar ou um cheiro desagradável.
Esta pesquisa não é a primeira a sugerir uma ligação entre a tricomoníase e o câncer de próstata. Um estudo realizado em 2009 descobriu que um quarto dos homens com câncer de próstata mostrou sinais de tricomoníase, e estes indivíduos eram mais propensos a ter tumores avançados.

O estudo da PNAS sugere como a doença sexualmente transmissível poderia tornar os homens mais vulneráveis ao câncer de próstata, embora não seja a prova definitiva dessa ligação.

A professora Patricia Johnson e seus colegas descobriram que o parasita que causa a tricomoníase - Trichomonas vaginalis - produz uma proteína que causa inflamação e invasão de células benignas e cancerosas da próstata.

Eles dizem que mais estudos devem, agora, explorar esse dado - especialmente diante do fato de que a causa do câncer de próstata segue desconhecida.

Quebra-cabeça
Nicola Smith, do Cancer Research UK, disse: "Este estudo sugere um possível caminho pelo qual o parasita Trichomonas vaginalis poderia incentivar células cancerosas da próstata para crescer e se desenvolver mais rapidamente".

"Mas a pesquisa foi feita apenas no laboratório, e evidências anteriores em pacientes não mostraram uma clara ligação entre o câncer de próstata e esta infecção sexualmente transmissível".

"Há uma grande quantidade de pesquisas sobre o risco de câncer de próstata e estamos trabalhando duro para juntar as peças do quebra-cabeça".

Segundo ele, ainda há fatores de estilo de vida desconhecidos que parecem afetar o risco de desenvolver a doença, sem nenhuma evidência convincente de uma ligação com a infecção.

"O risco do câncer de próstata é conhecido com o aumento da idade", disse Smith.


O câncer de próstata é mais comum em homens com mais de 70 anos, e é possível que haja algum risco genético, já que a doença pode ocorrer em famílias.