terça-feira, 30 de junho de 2009

Entrando na justiça contra o Plano de Saúde

No caso de entrar na justiça contra o Plano de Saúde tenho experiência própria, uma vez que meu plano de saúde negou o pagamento do tratamento com a droga Sutent, alegando que o plano não cobria quimioterapia via oral. Contratei um advogado, que de posse do relatório médico justificando a necessidade do tratamento com este remédio, o resultado da biópsia e outros documentos pessoais, entrou com a alegação de que o plano era obrigado a pagar tratamento imunológico, independente da forma de administração, e que o remédio representava uma modernidade da medicina, conseguindo uma antecipação de tutela, que me permitiu iniciar o tratamento em 48 h. Uns 5 meses depois saiu a sentença a meu favor e, como o plano não recorreu, esta sentença se tornou definitiva.

É muito importante também procurar saber os resultados dos pleitos já ganhos contras os planos, pois formam jurisprudência em relação ao assunto. Um exemplo disso são as cirurgias vasculares envolvendo próteses ou orteses, que são sistematicamente negadas pelos planos (no caso de contratos antigos), mas que a justiça entende como uma modernidade da medicina e que o plano tem que pagar.

Está sendo comum também a entrada, junto com o pleito solicitando o pagamento do tratamento, de um pleito de indenização por danos morais, considerando a urgência do tratamento e o fato de que a negativa coloca o paciente em risco de vida.

O problema de usar um advogado é que eles cobram caro. No meu caso, há 2 anos atrás o advogado cobrou R$ 4.500,00 de honorários. Além disso, gastei uns R$ 700,00 de custas. Uma saída é tentar dar entrada na justiça com o apoio da Defensoria Pública. No caso de determinadas cirurgias pode-se entrar com o pleito no Juizado Especial da sua cidade. Este último, para remédio não dá, já que os remédios ultrapassam o teto estipulado para o valor das causas, que me parece ser de 60 salários mínimos.

Entrando na justiça contra o Estado

O primeiro passo é verificar se o remédio é uma das drogas que já são fornecidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Se não, procure um advogado ou a defensoria pública de sua cidade.

Para tanto, o paciente tem que estar com todos os papéis organizados, começando pelo seu cadastramento na Oncologia do SUS. Estando cadastrado, deve pedir a um oncologista do SUS para fazer um relatório médico justificando o motivo de pedir a droga e emitir uma receita com o nome da droga, outras especificações da droga e a quantidade a ser tomada pelo paciente durante um período de tempo. Com isso em mãos, o paciente tem que ir na Ouvidoria do SUS de sua cidade, onde será preenchida uma papelada e tiradas xerox da receita e do relatório médico, que são então mandados para um auditor de saúde do SUS, que vai escrever que a droga prescrita não pertence a lista de medicamentos cadastrados (cuidado, os originais devem ficar em seu poder, pois com eles é que se entra na justiça). Estes documentos voltam para a ouvidoria, que vai negar o pedido. É com essa negativa que se entra na justiça contra o Estado.

Deve-se observar que são responsáveis solidários pelo SUS, além do Município, o Governo do Estado e a União. Daí, observamos através dos textos a seguir, a entrada na justiça em diversas instâncias.

A seguir, o paciente deve encaminhar para o advogado ou a defensoria pública, os documentos mencionados acima, acrescidos da carteira de identidade, comprovante de residência (em nome do paciente), comprovante de renda, laudo do exame de biópsia do tumor e laudo de exame recente de imagem (como tomografia ou ressonância magnética). De posse destes documentos, o advogado vai dar entrada numa ação ordinária com pedido de antecipação de tutela. Se deferido pelo juiz, a antecipação de tutela vai ser encaminhada para a Secretaria de Saúde de sua cidade que deverá providenciar a compra da droga. Se a secretaria demorar a adquirir o remédio, a solução é chamar a polícia e prender alguém. Isso vai depender da paciência ou a urgência do paciente.

A seguir, vou colocar parte de um texto que achei num fórum da internet (inforum.insite.com.br), que fala a mesma coisa, mas com uma versão um pouco diferente. Deve-se ressaltar que se refere a um pleito que ainda estava em andamento.

“- Primeiro, quem tem obrigação de arcar com os custos do tratamento é o ESTADO! Pagamos impostos pra isso, e temos direito à saúde.

- Você precisa dar entrada na Secretaria de Saúde do seu Estado e até no município através do SUS, com a prescrição médica, um relatório médico, o laudo histopatológico, o formulário do SUS preenchido pelo médico e os documentos pessoais (CIC e RG) do paciente. Teoricamente, você já deveria ter o direito de obter o seu medicamento. Mas o que acontece é que eles não vão ter o medicamento em estoque (e nem têm interesse em ter porque é caríssimo!!!); aí você diz que quer entrar com um processo administrativo! Lá mesmo você assina o que tiver que assinar e eles te entregam um cartão com um número do protocolo do processo.

= De posse desse nº de protocolo, você vai contratar um bom advogado para entrar com um processo contra o Estado e Município (pois um pode jogar a responsabilidade pro outro) e obter a liminar (antecipação de tutela) do juiz (que dificilmente nega nesses casos de saúde, principalmente tendo risco de vida). Normalmente, o prazo máximo é de 72h, mas pode sair até antes. O fato é que com a liminar, o juiz dá um curto prazo para o Estado fornecer o medicamento! Só assim as coisas andam, e não tem como o Estado negar, pois além da multa diária (que o seu advogado pede, mas que é estipulada pelo juiz), é crime enquadrado como omissão de socorro, dentre outros. Nem se preocupe que assim funciona!

- O advogado me pediu até uma justificativa do médico do porque que tem que ser esse remédio (SUNITINIB). Não sei qual o seu caso, mas o do meu pai é câncer renal, onde o rim acometido já foi removido, mas já houve metástase para outros órgãos. Além disso, esse tipo de câncer não responde à quimio nem radioterapia. Antigamente, a única droga disponível era o Interferon alfa, mas esses tumores não respondem bem. Atualmente, sunitinib (SUTENT) é a droga de 1ª escolha (aprovada pela ANVISA) com excelentes resultados.

- Nossa advogada entrou com o processo hoje, ela disse p/ ficar tranquila que vai dar certo e tenho certeza de que logo estaremos recebendo esse remédio. Também estamos tentando por outra via: plano de saúde. O do meu pai é CASSI, e fiquei sabendo que pelo menos em São Paulo, esse é o único plano que não tava criando caso p/ autorizar o medicamento qdo prescrito. Estamos aguardando a resposta aqui, em meu estado (São Luís - MA). Mas a advogada explicou que o mais certo é receber pelo Estado!”

Abaixo mostramos notícia sobre a sentença de um outro pleito acontecido na Justiça Federal, seção do Estado do Maranhão.

"Justiça aciona Governo do Estado para salvar paciente com câncer

A Justiça Federal obrigou o Governo do Estado a custear o tratamento de Antônio de Jesus Fernandes Gomes, que sofre de um tumor do estroma gastrointestinal (GIST) e está internado na unidade de oncologia Doutor Raymundo de Matos Serrão, do Hospital Tarquínio Lopes Filho, bairro Madre Deus. Ele precisa urgentemente do medicamento Sunitinib. Por decisão do juiz José Carlos do Vale, titular da 5ª Vara da Justiça Federal, o paciente deverá ser atendido.

A Justiça Federal divulgou poucas informações sobre o paciente, consoante o processo n. ° 2008. 37. 00.006305-2, iniciado em 26 de agosto último. Trata-se de uma ação ordinária, com pedido de antecipação de tutela, com o objetivo de evitar que a burocracia do poder público prejudique o atendimento ao paciente com câncer.

Vale ressaltar, conforme consta na documentação, que Antônio Gomes foi considerado hipossuficente, isto é, pessoa carente de recursos financeiros. Ele mora num bairro da periferia de São Luís e é incapaz de custear o tratamento médico de que precisa.

Segundo a decisão judicial, o tumor do paciente apresenta estado metastático para o fígado. Outro detalhe é que a doença evoluiu após aplicação de um medicamento chamado Glivec, à base de uma substância denominada Mesilato de Imatinib, daí a necessidade do tratamento com o Sutent ou Sunitinib, na dose de 37, 5 miligramas diárias.

De acordo com a decisão judicial, a medida visa assegurar o início do tratamento em caráter emergencial devido a risco de morte do paciente, segundo relatório de perícia médica anexada ao processo. O juiz destacou ainda que, acerca do tratamento de Antônio Gomes, são réus no processo, além do Governo do Estado, a União e o Município de São Luís, por serem responsáveis solidários pela execução do Sistema Único de Saúde (SUS) .

A decisão do juiz José Carlos do Vale Madeira data de 12 deste mês, com prazo de 72 horas para que o medicamento fosse administrado ao paciente, sob pena de multa diária de R$ 2 mil. Isto significa que o governo tem até amanhã (17) para cumprir com a ordem judicial. Antônio Gomes precisa de uma dose diária do remédio por 180 dias.

Publicado no Jornal O Estado do Maranhão, de 16.09.2008"

Quem paga a conta das drogas oncológicas?

As drogas oncológicas são muito caras e, assim, não accessíveis para o bolso da maioria das pessoas. Para se ter uma idéia, um tratamento com o remédio Sutent da Pfizer (50 mg), que vem em caixa de 28 cápsulas e é administrado por via oral, custa cerca de R$ 11.500,00 a caixa, valor muito acima da renda da quase totalidade dos brasileiros. Não dá para ser paga por pessoa física.

No entanto, os planos de saúde vêm negando o pagamento do tratamento das drogas modernas usadas no tratamento oncológico sob a alegação de que o plano não cobre quimioterapia por via oral ou não paga remédio importado, entre outros motivos.

O Estado, tirando os remédios que já constam atualmente da lista do SUS (Sistema Único de Saúde), não se mostra disposto a fornecer também o remédio.

Assim, a única solução é entrar na justiça contra o plano de saúde ou o Estado. Para as pessoas que tem plano, os advogados preferem entrar na justiça contra os planos, pois apresentam vantagens em relação ao Estado, como a certeza de regularidade no fornecimento do remédio, menos burocracia e maior rapidez no atendimento. Deve-se ressaltar que, pela Constituição, o Estado está obrigado a pagar o tratamento, desde que a pessoa não possa arcar com os custos.

Como o paciente de câncer não pode ficar esperando decisões judiciais demoradas, a ação ordinária deve ser acompanhada de um pedido de antecipação de tutela. A antecipação de tutela é emitida pelo juiz num prazo entre 24 e 48 horas, permitindo que o paciente possa iniciar seu tratamento imediatamente.

Com base em textos tirados da Internet montei a postagem seguinte que fornece os procedimentos a serem considerados no caso de ação contra o Estado. Em outra postagem forneço os passos para acionar o plano de saúde.

domingo, 28 de junho de 2009

Tratamento com Sutent

As informações a seguir foram tiradas de um site australiano: http://www.nps.org.au/__data/assets/pdf_file/0019/16282/pfcsutec.pdf

SUTENT(R)
Sunitinib malate

Consumer Medicine Information

What is in this leaflet

This leaflet answers some common questions about SUTENT.
It does not contain all the available information. It does not take the place of talking to your doctor or pharmacist.
All medicines have risks and benefits. Your doctor has weighed the risks of you taking SUTENT against the benefits it is expected to have for you.
If you have any concerns about this medicine, ask your doctor or pharmacist.
Keep this leaflet with the medicine.
You may need to read it again.

What SUTENT is used for

SUTENT is used in the treatment of renal cell carcinoma, a type of kidney cancer.
SUTENT is used to treat gastrointestinal stromal tumour (GIST). GIST is a cancer of the stomach and bowels. It is caused by the uncontrolled growth of cells in the wall of the stomach or bowel.
SUTENT slows down the growth of these cells.
Ask your doctor if you have any questions about why SUTENT has been prescribed for you.
Your doctor may have prescribed it for another purpose.
SUTENT is only available with a doctor's prescription. It is not addictive.

Use in children

The safety and efficacy of SUTENT have not been established in children.

Before you take SUTENT

When you must not take it

Do not take SUTENT if you have ever had an allergic reaction to sunitinib (the active ingredient in SUTENT) or any of the ingredients listed at the end of this leaflet.
Symptoms of an allergic reaction may include shortness of breath, wheezing or difficulty reathing; swelling of the face, lips, tongue or other parts of the body; rash, itching or hives on the skin.
Do not use SUTENT after the expiry date printed on the pack.
Do not use SUTENT if the packaging shows signs of tampering.

Before you start to take it

You must tell your doctor if:
1. you have high blood pressure.
2. you have problems with your heart.
3. you are pregnant or planning to become pregnant.
SUTENT should not be used during pregnancy. Your doctor will discuss the risks with you.
4. you are breastfeeding.
You should not breastfeed while taking SUTENT.
5. you have or have ever had problems with your liver or kidneys.

Taking other medicines

Tell your doctor if you are taking any other medicines, including medicines that you buy without a prescription from a pharmacy, supermarket or health food shop.
Some medicines and SUTENT may interfere with each other. Some of
these medicines include:

* ketoconazole
* ritonavir
* itraconazole
* erythromycin
* clarithromycin
* rifampicin
* dexamethasone
* phenytoin
* carbamazepine
* phenobarbitone
* St. John's Wort (a herbal medicine, also called Hypericum perforatum)
* medicines used to treat irregular heart beat

You may need to take different amounts of your medicines or you may need to use different edicines. Your doctor will advise you.

How to take SUTENT

Follow all directions given to you by your doctor carefully.
These directions may differ from the information contained in this leaflet.
If you do not understand the instructions on the label, ask your doctor or pharmacist for help.

How much to take

Your doctor will tell you the dose that you should take. The dose is usually taken once a day for 4 weeks followed by no medicine for 2 weeks, making a 6-week cycle. Your doctor will let you now how many cycles of treatment you will need.
Your doctor may change your dose during treatment.

How to take it

Swallow the capsules with a glass of water.
Take the capsules at about the same time each day.
Taking them at the same time each day will help you to remember to take them.
SUTENT can be taken with or without food.

How long to take it

Continue taking SUTENT for as long as your doctor prescribes it.

If you forget to take it

If you miss a dose, do not take an additional dose. Take your usual
dose on the next day.
Do not take a double dose to make up for the one that you missed.
If you are not sure what to do, ask your doctor or pharmacist.

If you take too much (overdose)

Immediately telephone your doctor or Poisons Information Centre (Phone Australia 13 11 26 or New Zealand 0800 POISON or 0800 764 766) for advice or go to Accident and Emergency at your nearest hospital, if you think you or anyone else may have taken too much SUTENT. Do this even if there are no signs of discomfort or poisoning.
Keep the telephone numbers for these places handy.

While you are taking SUTENT

Things you must do

Make sure you follow your doctor's instructions and keep all appointments.
You will need regular follow-up to make sure the treatment is working.
Your doctor will measure your blood pressure. You will also have blood tests to check for side effects.
Use contraception to prevent pregnancy while being treated with SUTENT and for at least 4 weeks after finishing treatment with SUTENT.
Tell your doctor immediately if you become pregnant while taking SUTENT.
Tell any doctor, dentist or pharmacist who treats you that you are taking SUTENT.
If you are about to be started on any new medicine, remind your doctor and pharmacist that you are taking SUTENT.

Things you must not do

Do not use SUTENT to treat any other complaints unless your doctor tells you to.
Do not give SUTENT to anyone else, even if their condition seems similar to yours.

Things to be careful of

Avoid drinking grapefruit juice while you are being treated with SUTENT.
Grapefruit juice may interact with SUTENT and affect how your body uses this medicine.
Be careful driving, operating machinery or doing jobs that require you to be alert, until you know how SUTENT affects you.
SUTENT may make some people feel very tired or dizzy.

Side effects

Tell your doctor or pharmacist as soon as possible if you do not feel well while you are taking SUTENT.
All medicines can have unwanted side effects. Sometimes they are serious, most of the time they are not.
You may need medical treatment if you get some of the side effects.
Medicines can affect people in different ways.
Ask your doctor or pharmacist to answer any questions you may have.
Tell your doctor or pharmacist if you notice any of the following and they worry you:

* tiredness
* diarrhoea
* nausea (feeling sick) or vomiting
* change in sense of taste
* loss of appetite, weight loss
* change in skin colour
* change in hair colour
* tingling or rash on palms of hands or soles of feet
* rash, dry skin, skin redness, scaly skin, itchy skin, blister
* headache
* constipation
* sore tongue, sore mouth, dry mouth
* cough
* upset stomach, stomach pain, wind, heart burn, indigestion
* pain in fingers, arms or legs
* weakness
* muscle pain, joint pain, back pain
* dizziness
* hair loss
* nose bleed
* increased tears, watery eyes
* tingling or numbness of hands or feet; pins and needles
* difficulty sleeping
* depression
* unusual urine colour
* swelling, weight gain
* feeling overheated, increased sweating
* fast or irregular heart beat

These are the more common side effects.
Tell your doctor immediately if you get any of the following side effects:

* shortness of breath, wheezing or trouble breathing, chest pain
* swelling of feet or legs, leg pain
* swollen face or eyelids
* bleeding or bruising under the skin; coughing blood
* flu-like symptoms (chills, fever, sore throat, swollen glands)
* high blood pressure
* very bad stomach pain
* fits, seizures
* infection
* muscle pain, weakness or wasting

The above side effects may be serious. You may need urgent medical attention.
Tell your doctor if you notice anything else that is making you feel unwell.
Other side effects not listed above may also occur in some patients.
Do not be alarmed by this list of possible side effects.
You may not experience any of them.

After using SUTENT

Storage

Keep your capsules in the original container until it is time to use them.
Store SUTENT in a cool dry place.
Do not leave SUTENT or any other medicine in the car or on window sills.
Do not store SUTENT or any other medicine in the bathroom or near a sink.
Heat and dampness can destroy some medicines.
Keep the capsules where children cannot reach them.
A locked cupboard at least one-and-a-half metres above the ground is a good place to store medicines.

Disposal

If your doctor tells you to stop taking this medicine or the expiry date has passed, ask your pharmacist what to do with any capsules you have left.

Product description

What it looks like

SUTENT 12.5 mg capsules have an orange cap and body, and are printed with "Pfizer" on the cap and "STN 12.5 mg" on the body in white ink.
SUTENT 25 mg capsules have a caramel-coloured cap and orange body, and are printed with "Pfizer" on the cap and "STN 25 mg" on the body in white ink.
SUTENT 50 mg capsules have a caramel-coloured cap and body, and are printed with "Pfizer" n the cap and "STN 50 mg" on the body in white ink.
Each bottle or blister pack contains 28 capsules.

Ingredients

Sutent capsules contain sunitinib malate equivalent to 12.5 mg, 25 mg or 50 mg of sunitinib.
The capsules also contain:

* mannitol
* croscarmellose sodium
* povidone
* magnesium stearate
* gelatin
* titanium dioxide (E171)
* red iron oxide CI77491 (E172)
* yellow iron oxide CI77492 (E172) (25 mg and 50 mg only)
* black iron oxide CI77499 (E172) (25 mg and 50 mg only)

SUTENT capsules do not contain lactose, sucrose, gluten, tartrazine or any other azo dyes.

Tratamento do Câncer

Ao contrário da cirurgia e da radioterapia, o tratamento com drogas é um tratamento de “todo o corpo”. As drogas anti câncer são carregadas pela circulação para todas as partes do corpo. Portanto, podem matar células cancerosas onde quer que elas estejam. As drogas são particularmente úteis no tratamento de cânceres que se espalham do seu tumor original para outras partes do corpo ou quando há uma probabilidade significativa de que possam fazê-lo.

Existem três razões para aplicar drogas anticâncer:

· Tentar destruir o câncer, procurando a cura completa.
· Tentar melhorar a probabilidade de cura, erradicando qualquer doença residual microscópica deixada após a cirurgia ou radioterapia, ou encolhendo o câncer suficientemente para facilitar ou tornar esses tratamentos mais bem-sucedidos.
· Tentar encolher o câncer suficientemente para melhorar sintomas ou prolongar a vida.

Existem duas categoria principais de drogas usadas para tratar câncer: citotóxica e hormonal (endócrina). Tratamento com droga citotóxica (envenenamento da célula) é comumente chamada de quimioterapia. Freqüentemente, a quimioterapia tem um efeito significativo em células normais, bem como em células cancerosas, que potencialmente resultam em uma variedade de efeitos colaterais. Ao contrário, tratamentos hormonais são muito mais “gentis”. Entretanto, a quimioterapia é ativa contra uma variedade mais ampla de cânceres do que o tratamento hormonal e também tendem a agir mais rapidamente. Pessoas diferentes com o mesmo tipo de câncer responderão de maneira muito diferente ao mesmo tratamento, independentemente de ser hormonal ou citotóxico.

Quimioterapia

A quimioterapia age interferindo na mitose (divisão celular). Assim como a radioterapia, se é bem sucedida em parar a divisão de células cancerosas, o tumor eventualmente desaparecerá e suas células morrerão por envelhecimento sem serem repostas. A quimioterapia citotóxica, assim como a radioterapia, é particularmente ativa contra as células cancerosas e células normais que estão se dividindo. Quando a quimioterapia é bem sucedida, seus efeitos são vistos mais rapidamente contra cânceres onde as células já se dividiam rapidamente. Da mesma forma, os efeitos colaterais tendem a ser intensos naqueles tecidos ou órgão onde as células normalmente se dividem rapidamente. Esses incluem a medula óssea, onde as células sangüíneas são feitas, folículos pilosos e a membrana de revestimento do intestino.

Assim, como a radioterapia, o tratamento com quimioterapia envolve a tentativa de balanço entre matar as células cancerosas e evitar efeitos colaterais intoleráveis. Felizmente, avanços consideráveis têm sido feitos nos últimos anos para reduzir os efeitos colaterais da quimioterapia, que são atualmente muito menos incômodo do que as pessoas imaginam. De fato, algumas formas de quimioterapia não causam sintomas desagradáveis. Surpreendentemente, amigos e familiares ocasionalmente ainda levam o paciente a esperar que a quimioterapia seja muito mais desagradável do que realmente é.

Existem muitas drogas citotóxicas diferentes e um grande número de combinações entre elas. Elas são usadas para tratar uma grande variedade de cânceres e em uma variedade de circunstância. Alguns tipos de câncer respondem, em geral, muito melhor do que outros. Também, drogas individuais variam consideravelmente no quanto funcionam contra tipos específicos de câncer.

Combinando drogas

Uma proporção de células em qualquer tipo de câncer provavelmente será resistente a alguma droga em particular, mesmo que essa droga seja efetiva contra as outras. É por isso que a maioria das quimioterapias envolve a combinação de drogas, na esperança de reduzir a probabilidade de fracasso do tratamento devido à resistência. Além disso, quando combinadas, pode-se usar doses mais baixas das drogas do que se utilizadas isoladamente, e isso pode, algumas vezes, diminuir alguns efeitos colaterais.

Quando seu médico prescreve uma quimioterapia de combinação seu objetivo é colher drogas que tendem a ser ativas contra seu tipo de câncer, mas que tenha efeitos colaterais diferentes. O regime escolhido pode também incorporar drogas que interfiram em diferentes estágios de divisão celular. No entanto, a combinação escolhida está baseada em sua documentação prévia em tratar um grande número de pessoas com o mesmo tipo de câncer.

Fazendo quimioterapia

Algumas vezes a quimioterapia pode ser tomada por via oral, mas é mais freqüentemente administrada por injeção na veia (intravenosa ou VI). O início da quimioterapia intravenosa parece uma coleta de sangue para um teste. Você pode sentir um frescor ou uma sensação incomum na área da injeção.

Provavelmente, você receberá intermitentemente, uma vez a cada três semanas ou duas vezes por mês, no ambulatório. Geralmente é administrada como uma injeção única ou infusão (usando um instilador) dentro da veia da mão ou do antebraço por alguns minutos ou, às vezes, por algumas horas. Injeções podem ser repetidas diariamente por alguns dias, ou a droga pode ser administrada continuamente por um ou alguns dias, com um intervalo de duas a três semanas entre as séries. Existem muitos esquemas diferentes de tratamento.

Você pode precisar ficar no hospital se estiver recebendo tratamentos mais intensivo e tóxicos. A quimioterapia por infusão requer que você seja tratado na enfermaria, embora seja possível administrar algumas drogas por infusão contínua em casa, usando pequenas bombas coladas ao corpo. Esses método é utilizados em pacientes tratados com infusão contínua por longos períodos.Se você precisa de infusões prolongadas ou injeções muito freqüentes, pode ter um cateter venoso central ou tubo inseridos.

Existem tubos finos flexíveis cuja ponta é posicionada em uma veia grande no peito e a outra ponta para fora , de modo que as drogas possam ser injetadas. A ponta externa pode ficar no tórax (cateteres Hickman ou Groshong) ou no braço, no caso de cateteres centrais inseridos perifericamente (tubos CCIP), que são colocados através de uma veia no braço.

Às vezes, a extremidade externa do cateter não sai através da pele, mas é conectado a um portal implantável, um pequeno recipiente quase imperceptível, colocado cirurgicamente sob a pele na parede torácica. Injeções são administradas pela pele no portal. Esses portais não são adequados para todos, mas aqueles que o usam acreditam que não interferem muito na vida normal. Você precisa ir ao hospital para que o cateter seja inserido, mas poderá voltar para casa assim que esteja instalado.

Cada período individual de administração de quimioterapia, como uma única injeção ou por alguns dias, é conhecido por série, embora, às vezes, injeções únicas ou infusões sejam chamadas de pulsos. O tratamento deve ser sempre administrado por pessoal especialmente treinado e você geralmente será tratado por uma enfermeira altamente qualificada.

Qual é a duração da quimioterapia

A duração do tratamento como quimioterapia depende de vários fatores. Quando administrados com o objetivo de cura ou como um tratamento adjuvante (auxiliar), provavelmente terá uma duração claramente definida (obviamente se não houver evidência de que não está funcionando satisfatoriamente), baseada na experiência clínica anterior e pesquisa. Quando o objetivo é aliviar sintomas ou prolongar a vida, a duração do tratamento depende muito do efeito do tratamento sobre o câncer, e dos efeitos colaterais.

Transplante de medula óssea

Algumas vezes, a quimioterapia é dada em doses muito altas com um efeito profundo na medula óssea. Esse tratamento tão intenso é adequado para pessoas com alguns tipos de câncer, especialmente as leucemias e linfomas. Têm tamanho efeito no sangue que a pessoa sob tratamento precisa ser “resgatada” através de transplante de medula óssea ou células precursoras. Isso torna viável administrar doses muito maiores de quimioterapia do que seria possível, melhorando assim a probabilidade de cura para pessoas com algum tipo de câncer. Se você está recebendo um transplante de medula com sua própria medula, deve ser retirado antes da quimioterapia intensiva. Uma alternativa é a retirada de um doador cuja medula é compatível com a sua. A compatibilidade é importante, senão a medula será posteriormente rejeitada pelo seu sistema imunológico. Muitos doadores são parentes próximos, normalmente irmão e irmãs, mas doadores não-familiares também podem fornecer uma medula compatível. A remoção ou colheita é feita através da inserção de uma agulha especial ma medula de ossos na parte traseira da pélvis sob anestesia geral. Somente uma pequena porção de medula é removida, deixando-se o suficiente para suprir as necessidades imediatas do doador. A medula é reposta rapidamente pela replicação das células remanescentes. A medula removida é congelada e estocada até ser administrada, gota a gota, na veia após uma alta dose de quimioterapia. As células da medula encontram seu caminho através corrente sangüínea até os ossos, onde começam a produzir células sangüíneas outra vez.

Transplante de células precursoras

Uma alternativa cada vez mais comum para o transplante de medula óssea é o que se chama de transplante de células precursoras. Envolve a remoção de células da medula da sua própria circulação (ou células precursoras) que foram estimuladas a sair da medula através de injeções de fatores de crescimento. Um instilador é colocado em uma veia em cada braço. O sangue é retirado de um braço e passa para uma máquina que retira as células precursoras e depois retorna através do outro instilador. O procedimento todo demora de 3 a 4 horas . As células precursoras são congeladas e armazenadas até serem administradas gota a gota quando necessário.

Tratamento hormonal

Alguns cânceres dependem de hormônios para o seu crescimento. Tratamentos hormonais previnem as células cancerosas de obter ou usar os hormônios de que precisam. Esse tratamento tendem a ter muito menos efeitos sobre células normais do que a quimioterapia, Entretanto, tratamentos hormonais são eficientes somente no tratamento de uma variedade relativamente limitada de cânceres que são potencialmente suscetíveis a influências hormonais. Entre esses, os principais são os de mama e próstata, mas ocasionalmente cânceres da tireóide e do revestimento uterino (endométrio) responderão ao tratamento hormonal. Drogas hormonais são freqüentemente administradas em forma de pastilha. Elas são mais lentas do que a quimioterapia e pode ser necessário toma-las por alguns meses para qualquer efeito se torne aparente.

Parte de um texto da LINCX: http://www.lincx.com.br/lincx/saude_a_z/prevencao/can_trat_drogas.asp