http://www.jb.com.br/cultura/noticias/2012/01/23/gianecchini-deve-ter-alta-nos-proximos-dias-diz-boletim/
O ator Reynaldo Gianecchini, submetido a um transplante no dia 12, está se recuperando da cirurgia e passa bem, segundo o boletim médico divulgado pelo Hospital Sírio-Libanês na tarde desta segunda-feira (23). O boletim também informa que o ator deve receber alta nos próximos dias, mas que será acompanhado pelos médicos.
De acordo com a nota, Gianecchini "apresentou recuperação da função da medula óssea". Os médicos que acompanham o ator, Yana Novis e Vanderson Rocha, afirmaram que vão manter os controles periódicos para o acompanhamento do caso.
O ator deve ter alta nos próximos dias, segundo o boletim médico divulgado hoje
No fim de semana, amigos e familiares já tinham comentado que o transplante do ator tinha sido bem sucedido e que ele estava em fase de recuperação. Segundo sua tia, Roberta Gianecchini, o ator "está ótimo, é um momento de muita alegria e apenas comemoração", disse em entrevista.
No ano passado, o ator foi diagnósticado com um câncer linfático, descrito pelos médicos como Angioimunoblástico. Como parte do tratamento, Gianecchini foi submetido a sessões de quimioterapia e radioterapia e no dia 12 de janeiro fez um autotransplante de células tronco.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
"Quando recebi a notícia, pensei: perdi", diz diretor Marcos Paulo sobre câncer
Do UOL, de São Paulo
O diretor Marcos Paulo contou que foi chocante receber a notícia de que estava com câncer no esôfago. "Quando recebi a notícia, pensei: perdi. É uma coisa chocante. Você sempre acha que pode acontecer com quem está do lado. Nunca com você", disse à revista "Alfa", edição de janeiro.
Mesmo debilitado, com dificuldades para se alimentar e com dor, concentrou-se na finalização, lançamento e divulgação do longa "Assalto ao Banco Central". Hoje ele prepara um novo filme "Sequestrados". “Estou vivo e essa é uma guerra que tenho de enfrentar. Guerras são feitas de batalhas, e a gente vai vencendo uma a uma”, afirmou.
Marcos Paulo iniciou tratamento contra o câncer em maio de 2011, quando foi detectado a doença em um exame de rotina. Em agosto, o diretor passou por uma cirurgia para retirada do tumor e, para isso, passou 20 dias no hospital São José, em São Paulo.
O diretor Marcos Paulo contou que foi chocante receber a notícia de que estava com câncer no esôfago. "Quando recebi a notícia, pensei: perdi. É uma coisa chocante. Você sempre acha que pode acontecer com quem está do lado. Nunca com você", disse à revista "Alfa", edição de janeiro.
Mesmo debilitado, com dificuldades para se alimentar e com dor, concentrou-se na finalização, lançamento e divulgação do longa "Assalto ao Banco Central". Hoje ele prepara um novo filme "Sequestrados". “Estou vivo e essa é uma guerra que tenho de enfrentar. Guerras são feitas de batalhas, e a gente vai vencendo uma a uma”, afirmou.
Marcos Paulo iniciou tratamento contra o câncer em maio de 2011, quando foi detectado a doença em um exame de rotina. Em agosto, o diretor passou por uma cirurgia para retirada do tumor e, para isso, passou 20 dias no hospital São José, em São Paulo.
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
"O câncer me deixou devastada. Me senti traída pela vida"...
Da dura lição aprendida com o câncer de mama, Gilze Maria tirou a coragem para ajudar outras mulheres com a doença
Chris Bertelli, iG São Paulo | 16/12/2011 11:00
Tudo começou com um sonho. Sonho, não. Pesadelo. No início do ano 2000, Gilze Maria Costa Francisco acordou sobressaltada depois de uma noite agitada.
“Levantei com uma sensação de morte, de que alguma coisa estava errada. Logo pensei no meu marido e na minha filha, e naquela mesma semana os dois fizeram uma bateria de exames, um check-up completo”, relembra.
Os resultados mostraram que pai e filha estavam com a saúde em dia, mas a notícia não a tranquilizou. Aquela sensação ainda a perturbava.
Exatamente um mês depois, em um domingo, ao assistir um programa que falava sobre o autoexame de mama, ela teve um estalo. Entrou no banho, colocou as mãos sobre os seios e sentiu o nódulo. Sua experiência como enfermeira e sua familiaridade com a anatomia do próprio corpo não a deixaram ter dúvidas de qual seria o diagnóstico: câncer de mama. De caráter firme, Gilze não chorou, nem se desesperou, mas procurou logo o apoio da família.
“Sentei na sala e disse a eles que estava com câncer, que havia sentido o nódulo”, conta. Os dois, esperançosos, preferiam esperar uma definição médica. Gilze, no entanto, tinha certeza.
Na manhã seguinte, procurou um amigo mastologista e contou a história, do pesadelo ao autoexame. O médico pediu uma mamografia, realizada na sequência, que confirmou a suspeita. “Quando olhei a chapa, dei de cara com a doença”, relata.
“O câncer me deixou devastada. Me senti traída pela vida. Sempre fui o porto seguro da família. Apesar de obesa, sedentária, e de ter menstruado muito cedo, mesmo com todos esses fatores de risco, me questionei: por que eu?”, recorda.
A pergunta, recorrente entre quem recebe o diagnóstico, ecoou durante meses.
“Passei por todas as fases: negação, raiva, barganha, depressão e finalmente a aceitação”. Neste momento, a perspectiva de Gilze mudou.
“Entendi que não tinha feito nada para merecer ser imune ao câncer e que não era uma questão de merecimento ou culpa”, relata.
Sem rotina
Foi o início de uma grande transformação interior e exterior e também da batalha pela vida, permeada por sessões de quimioterapia e uma mastectomia agressiva que a deixou sem uma das mamas, sem músculos peitorais e sem boa parte da axila.
“Havia apenas um buraco. Minha pele grudava nas costelas, e olha que eu era gordinha na época.”
Olhar-se no espelho era difícil e quase impossível reconhecer a figura refletida ali. Sem cílios, sem cabelos, sem um dos seios e sem uma rotina que pudesse seguir, Gilze descontruía a própria identidade.
“Estava me perdendo de quem fui um dia. Não podia passar rímel, nem escovar os cabelos. Colocava a peruca e achava estranho. Passava os dias em consultórios, clínicas de exame e hospitais. Não queria encontrar pessoas, sair era doloroso e nunca me sentia à vontade nas roupas”, diz. No mal-estar com o que vestia estava escondido o receio constante de que notassem a ausência da mama.
“As mulheres são alvejadas num membro que nutre, embeleza e seduz. Somos flechadas no maior símbolo de feminilidade. Então, quando perdemos o seio, sentimos a ausência de tudo isso, é um luto de uma parte importante da mulher."
Para aplacar os sentimentos, recorreu à família, especialmente ao marido, que se mostrou o companheiro perfeito para todas as horas.
“Ele não tinha palavras para me consolar e a minha dor era tão lancinante que ninguém podia alcançá-la. Ele soube entender e só me dizia: ‘você já venceu.’”. Era o suficiente.
A filha, na época com 11 anos, preferiu o silêncio e o distanciamento. Foi preciso chamá-la para uma conversa franca e emocionada.
“Coloquei-a no colo e falamos de coração aberto. Ela me disse: ‘Mãe, você é tão forte que sei que nada vai acontecer. Prometa que fará tudo direitinho porque não vou agüentar ficar sem você”, lembra.
Dez meses e duas perucas depois, no dia 28 de fevereiro, Gilze finalmente controlou o câncer. Faltava ainda uma prótese que ocupasse o vazio deixado pela doença e também trabalhar todas as emoções e sentimentos que afloraram e passaram a fazer parte da nova pessoa que ela era. “Percebi que o melhor era viver os momentos ruins com intensidade, mas os bons momentos com mais intensidade ainda”, afirma. “Aprendi a conjugar os verbos reavaliar, readmitir, reaprender, rever."
Instituto
A inversão para o lado dos pacientes fez com que a enfermeira pudesse sentir as dificuldades e agruras das mulheres que travam uma luta contra um dos principais problemas de saúde femininos. Na internet, Gilze encontrou notícias desencontradas, informações incorretas e opiniões descabidas. Dessa busca, nasceu a decisão de construir um site com informações seguras para quem, como ela, tinha a doença. A página entrou no ar em março e era recheada de depoimentos dela própria, que escrevia nas crises de insônia. “Passei muitas noites em claro. Tinha medo de dormir e não acordar mais”, relata.
Centenas de emails lotavam a caixa diariamente. Com algumas mulheres, ela passou a se corresponder com frequência. Com outras, falava ao telefone. Gilze virou referência para quem buscava um ombro amigo, uma informação, ou simplesmente alguém que entendesse o momento delicado. O próximo passo, criar um espaço onde pudesse se dedicar a essas mulheres, pareceu óbvio.
“As mulheres são as mais desfavorecidas de ajuda. Porque elas passam a imagem de que podem tudo, fazem tudo, são fortes ao extremo. Na hora que a doença bate na porta, ela sente o desespero. E ainda assim, não quer que os filhos sofram, que o marido sofra. Nesse momento, qualquer ajuda, por menor que seja, faz uma grande diferença”, avalia.
Em fevereiro de 2002, nascia o Instituto Neo Mama, em Santos, litoral paulista, com o intuito de ajudar pessoas vitimadas pelo câncer e suas famílias. Com atendimento interdisciplinar que inclui oncologista, ginecologista, mastologista, psicóloga e nutricionista, hoje passam por lá cerca de 200 mulheres por mês, segundo a conta da própria Gilze. No cadastro da entidade, no entanto, já são mais de 2.300.
“Elas chegam aqui e percebem que não são as únicas a passar por isso. O diagnóstico é difícil de encarar, mas com estrutura, exame, médico e colo e ombro fica mais fácil”, acredita.
Para disponibilizar mamografias, fez um acordo com laboratórios e exibe seus banners no site em troca de exames gratuitos (quantos mais cliques, mais exames. Participe da campanha). Para consultas, abre sua agenda de telefones que contém os números dos principais mastologistas e hospitais do país.
“Eu ligo e peço o atendimento. Às vezes consigo na insistência ou graças às boas relações que tenho com os profissionais. É trabalhoso, mas faço com prazer”, orgulha-se.
Difícil mesmo são os casos em que não há mais o que ser feito. Com lágrimas nos olhos, a coordenadora do instituto diz receber até cinco mulheres nessas condições, em que o único recurso é garantir amparo e dignidade. “Dói muito. A gente vê de perto a evolução, ela vai minguando. A morte é muito palpável, você pode sentir a vida indo embora. É difícil ver uma delas no caixão e não se enxergar ou não se lembrar que há poucos dias ela estava fazendo bagunça”, chora.
Decote e praia
Não existem dados sobre quantos mulheres têm acesso à reconstrução mamária no País. No entanto, Gilze parece fazer parte da maioria que passa anos sem a cirurgia. Somente depois de uma redução de estômago e de eliminar 65kg ela pode finalmente colocar uma prótese. Foram 11 anos entre o aparecimento da doença e o novo seio. E sem banhos de mar, passeios na praia, vestidos tomara-que-caia ou decotes. “O novo peito é lindo, mas a cicatriz é para sempre."
A mudança no visual trouxe ainda mais confiança e disposição para essa mulher de sorriso aberto, fala franca e carinhosa.
"Acho que Deus me preseervou para isso. Comigo, não tem hora, não tem distância, não tem impedimento. Eu faço o que for preciso para ajudá-las. Tudo é recompensador", diz ela.
"Depois do câncer, você nunca mais é a mesma. A doença te marca como gado, no corpo e na alma. Mas você sobrevive”.
Chris Bertelli, iG São Paulo | 16/12/2011 11:00
Tudo começou com um sonho. Sonho, não. Pesadelo. No início do ano 2000, Gilze Maria Costa Francisco acordou sobressaltada depois de uma noite agitada.
“Levantei com uma sensação de morte, de que alguma coisa estava errada. Logo pensei no meu marido e na minha filha, e naquela mesma semana os dois fizeram uma bateria de exames, um check-up completo”, relembra.
Os resultados mostraram que pai e filha estavam com a saúde em dia, mas a notícia não a tranquilizou. Aquela sensação ainda a perturbava.
Exatamente um mês depois, em um domingo, ao assistir um programa que falava sobre o autoexame de mama, ela teve um estalo. Entrou no banho, colocou as mãos sobre os seios e sentiu o nódulo. Sua experiência como enfermeira e sua familiaridade com a anatomia do próprio corpo não a deixaram ter dúvidas de qual seria o diagnóstico: câncer de mama. De caráter firme, Gilze não chorou, nem se desesperou, mas procurou logo o apoio da família.
“Sentei na sala e disse a eles que estava com câncer, que havia sentido o nódulo”, conta. Os dois, esperançosos, preferiam esperar uma definição médica. Gilze, no entanto, tinha certeza.
Na manhã seguinte, procurou um amigo mastologista e contou a história, do pesadelo ao autoexame. O médico pediu uma mamografia, realizada na sequência, que confirmou a suspeita. “Quando olhei a chapa, dei de cara com a doença”, relata.
“O câncer me deixou devastada. Me senti traída pela vida. Sempre fui o porto seguro da família. Apesar de obesa, sedentária, e de ter menstruado muito cedo, mesmo com todos esses fatores de risco, me questionei: por que eu?”, recorda.
A pergunta, recorrente entre quem recebe o diagnóstico, ecoou durante meses.
“Passei por todas as fases: negação, raiva, barganha, depressão e finalmente a aceitação”. Neste momento, a perspectiva de Gilze mudou.
“Entendi que não tinha feito nada para merecer ser imune ao câncer e que não era uma questão de merecimento ou culpa”, relata.
Sem rotina
Foi o início de uma grande transformação interior e exterior e também da batalha pela vida, permeada por sessões de quimioterapia e uma mastectomia agressiva que a deixou sem uma das mamas, sem músculos peitorais e sem boa parte da axila.
“Havia apenas um buraco. Minha pele grudava nas costelas, e olha que eu era gordinha na época.”
Olhar-se no espelho era difícil e quase impossível reconhecer a figura refletida ali. Sem cílios, sem cabelos, sem um dos seios e sem uma rotina que pudesse seguir, Gilze descontruía a própria identidade.
“Estava me perdendo de quem fui um dia. Não podia passar rímel, nem escovar os cabelos. Colocava a peruca e achava estranho. Passava os dias em consultórios, clínicas de exame e hospitais. Não queria encontrar pessoas, sair era doloroso e nunca me sentia à vontade nas roupas”, diz. No mal-estar com o que vestia estava escondido o receio constante de que notassem a ausência da mama.
“As mulheres são alvejadas num membro que nutre, embeleza e seduz. Somos flechadas no maior símbolo de feminilidade. Então, quando perdemos o seio, sentimos a ausência de tudo isso, é um luto de uma parte importante da mulher."
Para aplacar os sentimentos, recorreu à família, especialmente ao marido, que se mostrou o companheiro perfeito para todas as horas.
“Ele não tinha palavras para me consolar e a minha dor era tão lancinante que ninguém podia alcançá-la. Ele soube entender e só me dizia: ‘você já venceu.’”. Era o suficiente.
A filha, na época com 11 anos, preferiu o silêncio e o distanciamento. Foi preciso chamá-la para uma conversa franca e emocionada.
“Coloquei-a no colo e falamos de coração aberto. Ela me disse: ‘Mãe, você é tão forte que sei que nada vai acontecer. Prometa que fará tudo direitinho porque não vou agüentar ficar sem você”, lembra.
Dez meses e duas perucas depois, no dia 28 de fevereiro, Gilze finalmente controlou o câncer. Faltava ainda uma prótese que ocupasse o vazio deixado pela doença e também trabalhar todas as emoções e sentimentos que afloraram e passaram a fazer parte da nova pessoa que ela era. “Percebi que o melhor era viver os momentos ruins com intensidade, mas os bons momentos com mais intensidade ainda”, afirma. “Aprendi a conjugar os verbos reavaliar, readmitir, reaprender, rever."
Instituto
A inversão para o lado dos pacientes fez com que a enfermeira pudesse sentir as dificuldades e agruras das mulheres que travam uma luta contra um dos principais problemas de saúde femininos. Na internet, Gilze encontrou notícias desencontradas, informações incorretas e opiniões descabidas. Dessa busca, nasceu a decisão de construir um site com informações seguras para quem, como ela, tinha a doença. A página entrou no ar em março e era recheada de depoimentos dela própria, que escrevia nas crises de insônia. “Passei muitas noites em claro. Tinha medo de dormir e não acordar mais”, relata.
Centenas de emails lotavam a caixa diariamente. Com algumas mulheres, ela passou a se corresponder com frequência. Com outras, falava ao telefone. Gilze virou referência para quem buscava um ombro amigo, uma informação, ou simplesmente alguém que entendesse o momento delicado. O próximo passo, criar um espaço onde pudesse se dedicar a essas mulheres, pareceu óbvio.
“As mulheres são as mais desfavorecidas de ajuda. Porque elas passam a imagem de que podem tudo, fazem tudo, são fortes ao extremo. Na hora que a doença bate na porta, ela sente o desespero. E ainda assim, não quer que os filhos sofram, que o marido sofra. Nesse momento, qualquer ajuda, por menor que seja, faz uma grande diferença”, avalia.
Em fevereiro de 2002, nascia o Instituto Neo Mama, em Santos, litoral paulista, com o intuito de ajudar pessoas vitimadas pelo câncer e suas famílias. Com atendimento interdisciplinar que inclui oncologista, ginecologista, mastologista, psicóloga e nutricionista, hoje passam por lá cerca de 200 mulheres por mês, segundo a conta da própria Gilze. No cadastro da entidade, no entanto, já são mais de 2.300.
“Elas chegam aqui e percebem que não são as únicas a passar por isso. O diagnóstico é difícil de encarar, mas com estrutura, exame, médico e colo e ombro fica mais fácil”, acredita.
Para disponibilizar mamografias, fez um acordo com laboratórios e exibe seus banners no site em troca de exames gratuitos (quantos mais cliques, mais exames. Participe da campanha). Para consultas, abre sua agenda de telefones que contém os números dos principais mastologistas e hospitais do país.
“Eu ligo e peço o atendimento. Às vezes consigo na insistência ou graças às boas relações que tenho com os profissionais. É trabalhoso, mas faço com prazer”, orgulha-se.
Difícil mesmo são os casos em que não há mais o que ser feito. Com lágrimas nos olhos, a coordenadora do instituto diz receber até cinco mulheres nessas condições, em que o único recurso é garantir amparo e dignidade. “Dói muito. A gente vê de perto a evolução, ela vai minguando. A morte é muito palpável, você pode sentir a vida indo embora. É difícil ver uma delas no caixão e não se enxergar ou não se lembrar que há poucos dias ela estava fazendo bagunça”, chora.
Decote e praia
Não existem dados sobre quantos mulheres têm acesso à reconstrução mamária no País. No entanto, Gilze parece fazer parte da maioria que passa anos sem a cirurgia. Somente depois de uma redução de estômago e de eliminar 65kg ela pode finalmente colocar uma prótese. Foram 11 anos entre o aparecimento da doença e o novo seio. E sem banhos de mar, passeios na praia, vestidos tomara-que-caia ou decotes. “O novo peito é lindo, mas a cicatriz é para sempre."
A mudança no visual trouxe ainda mais confiança e disposição para essa mulher de sorriso aberto, fala franca e carinhosa.
"Acho que Deus me preseervou para isso. Comigo, não tem hora, não tem distância, não tem impedimento. Eu faço o que for preciso para ajudá-las. Tudo é recompensador", diz ela.
"Depois do câncer, você nunca mais é a mesma. A doença te marca como gado, no corpo e na alma. Mas você sobrevive”.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Kirchner é a quinta líder na América Latina com câncer
28 de dezembro de 2011 • 00h47 • atualizado
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5535160-EI8140,00-
Kirchner+e+a+quinta+lider+na+America+Latina+com+cancer.html
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que sofre de câncer de tireóide e será operada no início de 2012, é o quinto líder da América Latina a ter a doença nos últimos anos. Confira a relação dos líderes regionais afetados pelo câncer:
Cristina Kirchner:
A presidente Argentina, 58 anos, tem câncer na tireóide e será operada no dia 4 de janeiro. "Foi detectado um carcinoma papilar no lóbulo direito da glândula tiroide (...) sem comprometer os ganglios linfáticos e com ausência de metastase", segundo comunicado. Kirchner iniciou seu segundo mandato de quatro anos no dia 10 de dezembro passado.
Luiz Inácio Lula da Silva:
O ex-presidente brasileiro (2003-2010), 66 anos, combate um tumor na laringe e o tratamento com quimioterapia tem evoluído muito favoravelmente.
Dilma Rousseff:
A presidente brasileira, 63 anos, enfrentou a partir de 2009 um câncer no sistema linfático, e foi declarada completamente curada em setembro do mesmo ano, mas realiza exames a cada seis meses.
Fernando Lugo:
O presidente paraguaio, 60 anos, foi diagnosticado em agosto de 2010 com um linfoma de Hodgkins (não agressivo). O câncer no sistema linfático exigiu seis sessões de quimioterapia, em São Paulo e Assunção, mas em dezembro de 2010 foi finalmente extinto.
Hugo Chávez:
O presidente venezuelano, 57 anos, teve um câncer diagnosticado em junho de2011. O líder "bolivariano" não permite que se revele a origem do tumor, que segundo fontes médicas foi retirado da próstata no dia 20 de junho, em Havana. Chávez foi submetido a quatro sessões de quimioterapia, sendo três em Havana e uma em Caracas, e após ficar ausente da vida pública, voltou à atividade, participando, inclusive, da Cúpula do Mercosul em Montevidéu, na semana passada.
José Alencar:
O ex-vice-presidente brasileiro morreu em janeiro passado, aos 79 anos, após uma longa luta contra o câncer, iniciada em 1997. Alencar foi submetido a 17 cirurgias para retirar tumores nos rins, estômago, intestino e próstata.
AFP
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5535160-EI8140,00-
Kirchner+e+a+quinta+lider+na+America+Latina+com+cancer.html
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que sofre de câncer de tireóide e será operada no início de 2012, é o quinto líder da América Latina a ter a doença nos últimos anos. Confira a relação dos líderes regionais afetados pelo câncer:
Cristina Kirchner:
A presidente Argentina, 58 anos, tem câncer na tireóide e será operada no dia 4 de janeiro. "Foi detectado um carcinoma papilar no lóbulo direito da glândula tiroide (...) sem comprometer os ganglios linfáticos e com ausência de metastase", segundo comunicado. Kirchner iniciou seu segundo mandato de quatro anos no dia 10 de dezembro passado.
Luiz Inácio Lula da Silva:
O ex-presidente brasileiro (2003-2010), 66 anos, combate um tumor na laringe e o tratamento com quimioterapia tem evoluído muito favoravelmente.
Dilma Rousseff:
A presidente brasileira, 63 anos, enfrentou a partir de 2009 um câncer no sistema linfático, e foi declarada completamente curada em setembro do mesmo ano, mas realiza exames a cada seis meses.
Fernando Lugo:
O presidente paraguaio, 60 anos, foi diagnosticado em agosto de 2010 com um linfoma de Hodgkins (não agressivo). O câncer no sistema linfático exigiu seis sessões de quimioterapia, em São Paulo e Assunção, mas em dezembro de 2010 foi finalmente extinto.
Hugo Chávez:
O presidente venezuelano, 57 anos, teve um câncer diagnosticado em junho de2011. O líder "bolivariano" não permite que se revele a origem do tumor, que segundo fontes médicas foi retirado da próstata no dia 20 de junho, em Havana. Chávez foi submetido a quatro sessões de quimioterapia, sendo três em Havana e uma em Caracas, e após ficar ausente da vida pública, voltou à atividade, participando, inclusive, da Cúpula do Mercosul em Montevidéu, na semana passada.
José Alencar:
O ex-vice-presidente brasileiro morreu em janeiro passado, aos 79 anos, após uma longa luta contra o câncer, iniciada em 1997. Alencar foi submetido a 17 cirurgias para retirar tumores nos rins, estômago, intestino e próstata.
AFP
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