quinta-feira, 18 de junho de 2015

Reajuste de 13,55% dos planos de saúde é o maior em 10 anos, diz Idec


Do UOL, em São Paulo
17/06/201512h18 > Atualizada 17/06/201512h22

O reajuste de até 13,55% nos preços dos planos de saúde, anunciado este mês pelo governo, é o mais alto em dez anos, critica o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).
A entidade encaminhou uma carta à Presidência e a outras autoridades no último dia 10, criticando o valor e exigindo imediata revisão dos índices de aumento.
O Idec sugere que o limite máximo do reajuste seja indexado à inflação, que foi de8,17% no período entre maio de 2014 e abril de 2015.
Segundo o Idec, a justificativa da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) para o aumento se baseia nos custos do setor, como o investimento em novas tecnologias, e na média dos reajustes dos planos coletivos, que são livremente estipulados pelas operadoras.
Para o Idec, é "absurdo" que a agência leve em conta o reajuste médio dos planos coletivos para ajustar os planos familiares e individuais, porque, desta forma, a ANS "abre mão do seu papel de reguladora".

"Na prática, ao incluir no cálculo a média de aumento dos planos coletivos, que não é regulado, a ANS permite às operadoras que determinem os reajustes aos planos individuais e familiares", afirma a advogada e pesquisadora do Idec, Joana Cruz

terça-feira, 16 de junho de 2015

Cigarro é responsável por 50% das mortes entre 12 tipos de câncer

Tipos de câncer decorrentes do tabagismo
 A maior parte das mortes relacionadas com o tabaco (74,9% ou 129.799 ) foi causada por complicações de pulmão, brônquios e traquéia. Os tumores da laringe representavam 1,7% ou 2.856 casos. Cerca de metade das mortes por câncer da cavidade oral, esôfago e bexiga também foi causada pelo cigarro, segundo a pesquisa liderada pela American Cancer Society, uma das instituições americanas mais conceituadas sobre o assunto.

O estudo mostrou que, embora o número de fumantes tenha diminuído nos últimos 50 anos, o tabagismo continua sendo o responsável por um grande número de mortes, causadas por câncer em decorrência ao hábito de fumar. Os especilistas defendem maior rigor no combate ao tabagismo na tentativa de abaixar o números de doenças graves, como os diversos tipos de câncer e efisemas causados pelo cigarro.

Os autores reconhecem algumas limitações em seus resultados. Os grupos estudados tinham pouca diversidade racial e nível social mais alto do que a média da população dos EUA, excluindo as camadas sociais entre as quais o tabagismo é bastante frequente. Além disso, a análise abrange apenas os cigarros, ignorando outros produtos feitos a partir do tabaco, como charutos.

Mais de 20 milhões de americanos já morreram prematuramente por causa do tabagismo nos últimos 50 anos, segundo o último relatório do sistema de saúde americano, lançado no início deste ano. Apesar do progresso dramático, atualmente, 18% da população dos EUA fuma, contra 42% em 1964. No país, 443 mil americanos morrem a cada ano de doenças relacionadas ao tabagismo.

 O tabagismo no Brasil

Segundo dados apresentados pelo Ministério da Saúde, no final do mês passado, o índice de fumantes no Brasil caiu em 30,7% nos últimos nove anos. Essa informação é resultado de uma coleta dos “Dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2014”.

Segundo a pesquisa, 10,8% dos brasileiros mantêm o hábito de fumar, o índice é maior entre os homens – 12,8% contra 9% entre as mulheres. O estudo mostra também que o consumo de cigarros no Brasil é maior na faixa entre 45 anos e 54 anos de idade (13,2%) e menor entre jovens com idade entre 18 anos e 24 anos (7,8%).

A análise evidencia também que, 21,2% dos brasileiros se declaram ex-fumantes, sendo 25,6% dos homens e 17,5% das mulheres. Dados inéditos do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que o consumo de cigarro ilegal cresceu de 2,4% em 2008 para 3,7% em 2013. “Há 20 anos, mais de um terço da população adulta no Brasil fazia uso do tabaco. Não se trata de coibir a liberdade, mas de ter uma política pública”, afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. 

O tabagismo é responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão no país. Foto: Istock

200 mil mortes ao ano

De acordo com o Ministério da Saúde, o tabagismo é responsável por 200 mil mortes todos os anos no Brasil, sendo 25% delas por angina e infarto do miocárdio, 45% por infarto agudo do miocárdio (abaixo de 65 anos) e 85% das mortes por bronquite e enfisema pulmonar.

O tabagismo também é o responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão no país, sendo que, entre o restante, um terço é fumante passivo. Esse tipo de tumor é considerado o mais letal e umas das principais causas de morte no país.

A estimativa do governo é que 27.330 novos casos de câncer de pulmão sejam registrados no país ainda em 2015.


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