Do UOL, em São Paulo
17/06/201512h18 > Atualizada 17/06/201512h22
O reajuste de
até 13,55% nos preços dos planos de saúde,
anunciado este mês pelo governo, é o mais alto em dez anos, critica o Idec
(Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).
A entidade encaminhou uma carta à Presidência e a outras autoridades no
último dia 10, criticando o valor e exigindo imediata revisão dos índices de
aumento.
O Idec sugere que o
limite máximo do reajuste seja indexado à inflação, que foi de8,17% no período entre maio de 2014 e abril de 2015.
Segundo o Idec, a justificativa da ANS (Agência Nacional de Saúde
Suplementar) para o aumento se baseia nos custos do setor, como o investimento
em novas tecnologias, e na média dos reajustes dos planos coletivos, que são
livremente estipulados pelas operadoras.
Para o Idec, é "absurdo" que a agência leve em conta o
reajuste médio dos planos coletivos para ajustar os planos familiares e
individuais, porque, desta forma, a ANS "abre mão do seu papel de
reguladora".
"Na prática, ao incluir no cálculo a média de aumento dos planos
coletivos, que não é regulado, a ANS permite às operadoras que determinem os
reajustes aos planos individuais e familiares", afirma a advogada e
pesquisadora do Idec, Joana Cruz
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