Pedro Henrique
nasceu em Jacarezinho (PR) e mora nos Estados Unidos.
Renda do jogo será para compra de leite especial, fralda e água de coco.
Renda do jogo será para compra de leite especial, fralda e água de coco.
Bibiana DionísioDo G1 PR
Pedro Henrique Filho decidiu criar o jogo após vencer uma metástase
(Foto: Arquivo pessoal)
Depois de superar um câncer de testículo seguido
por uma metástase na região abdominal, o paranaense Pedro Henrique Filho, de
32 anos, decidiu criar um jogo para smartphones e reverter parte da renda para
ajudar crianças que lutam contra a doença em Maringá, no norte do Paraná.
O jogo está disponível para as plataformas IOS e
Android ao custo de US$ 0,99. O game foi lançado em novembro de 2016 e neste
mês de janeiro 300 pessoas haviam aderido à brincadeira. Com o dinheiro, serão
comprados leite especial, fraldas e água de coco.
“Como em Maringá as crianças estão sendo encaminhadas para
atendimento em Curitiba, a ideia é utilizar a arrecadação do jogo para ajudá-las com o
deslocamento até a capital”, disse Pedro Henrique, que nasceu em Jacarezinho,
também no norte do estado.
Eu tive muitas dúvidas. Sempre fui um cara que
bebeu pouco, nunca usei drogas e achava que me alimentava bem, logo me
questionei por que aquilo tinha acontecido comigo"
Pedro
Henrique Filho
O intuito de jogo é que as aquisições se espalhem
pelo mundo para que crianças de Londrina e Curitiba também possam ser
beneficiadas.
"Quero ajudar cada vez mais pessoas que passam pelo que eu passei”, comentou Pedro Henrique, que é jornalista.
"Quero ajudar cada vez mais pessoas que passam pelo que eu passei”, comentou Pedro Henrique, que é jornalista.
Hoje, Pedro Henrique tem uma vida saudável, sem
nenhuma restrição. Ele mora nos Estados Unidos e tem canal na internet que
aborda o universo cultural e gastronômico de Nova York, roteiros de viagem,
moda e dicas para uma vida equilibrada.
Os dois anos de tratamento marcaram a vida do jovem.“Eu tive muitas dúvidas. Sempre fui um cara que bebeu pouco, nunca usei drogas e achava que me alimentava bem, logo me questionei por que aquilo tinha acontecido comigo”, contou Pedro Henrique.
Os dois anos de tratamento marcaram a vida do jovem.“Eu tive muitas dúvidas. Sempre fui um cara que bebeu pouco, nunca usei drogas e achava que me alimentava bem, logo me questionei por que aquilo tinha acontecido comigo”, contou Pedro Henrique.
Ele disse que passado o impacto da notícia, ele
decidiu pesquisar sobre a doença para entendê-la. Segundo Pedro Henrique, a
segunda parte do tratamento foi a mais dolorosa. Ele passou por uma cirurgia,
na qual os médicos abriram o abdômen para retirar o segundo tumor.
“O que mais me marcou foi o convívio no hospital
com outros pacientes que viviam fases mais avançadas da doença. Isso me fez
refletir sobre a vida – de uma maneira geral – e sobre o que eu faria para
tentar ajudar aquelas e outras pessoas na mesma situação”, lembra Pedro
Henrique.
A parte física foi dolorida, em compensação, de
acordo com Pedro, ele se fortaleceu psicologicamente. “Eu me senti mais forte,
mais sensível e percebi que as dificuldades na vida não são nada perante a
doença e suas complicações”.
Pedro Henrique descobriu o câncer quando tinha 28 anos (Foto: Arquivo
pessoal)
Apesar das dificuldades, Pedro Henrique afirma que
nunca desistiu e jamais desacreditou do tratamento.
“Sem dúvida o tratamento é a parte mais difícil da
doença, mas quando decidi me tratar decidi também acreditar na metodologia
adotada pela medicina brasileira. Existe sempre a esperança de novas
tecnologias e medicamentos que tornem esse tratamento menos doloroso, mas o
importante é sempre ser positivo em relação à cura”.
Além da doença, Pedro conta que o incomodava a
aflição sentida pelos familiares. Para ele, o estado de espírito tem papel de
destaque no tratamento.
“É essencial que pais e demais familiares pesquisem
e saibam um pouco mais sobre a doença para que não fiquem pessimistas ou
negativistas. Boa parte do sucesso do tratamento tem relação com o estado de
espírito do paciente. Se ele estiver bem mentalmente e fisicamente e, claro,
fizer o tratamento, as chances de cura são maiores”.
O jogo
O jogo é sumples - tem um círculo preto e branco e uma bola. O objetivo é fazer a bola tocar nas partes pretas do círculo, que fica em constante movimento. Caso o jogador deixe a bola tocar na parte branca, ele perde e o jogo é reiniciado. O que vale é sempre a maior pontuação.
Ao final, cada jogador é convidado a desafiar em vídeo outros cinco amigos a baterem a pontuação realizada. O convite deve ser postado nas redes sociais (Instagram, Facebook ou Twitter) com a #grayarcchallenge
O jogo é sumples - tem um círculo preto e branco e uma bola. O objetivo é fazer a bola tocar nas partes pretas do círculo, que fica em constante movimento. Caso o jogador deixe a bola tocar na parte branca, ele perde e o jogo é reiniciado. O que vale é sempre a maior pontuação.
Ao final, cada jogador é convidado a desafiar em vídeo outros cinco amigos a baterem a pontuação realizada. O convite deve ser postado nas redes sociais (Instagram, Facebook ou Twitter) com a #grayarcchallenge
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