O avanço em estudos de genes proporcionou a criação
de tratamentos e medicamentos personalizados para cada paciente. Atualmente, o
câncer é uma das principais causas de morte no mundo. De acordo com a OMS, só
em 2018, mais de 9,6 milhões morreram por causa da doença.
Com a medicina de precisão, essa realidade pode
mudar.
Um conjunto de técnicas e coletas de dados vem
revolucionando, aos poucos, o tratamento e atingindo bons resultados. A
fonoaudióloga Patrícia Lopes Batista Pinto foi diagnosticada com câncer de
pulmão em agosto de 2014 e viu na medicina personalizada uma forma de aliviar
os efeitos colaterais da quimioterapia.
“Comecei o tratamento como uma quimioterapia
convencional, como todos fazem. No início do tratamento, não haviam muitos
medicamentos que tratassem apenas do câncer de pulmão. A médica que me
acompanhou, e me acompanha até hoje, insistiu muito para que eu fizesse um
exame específico onde acontece uma pesquisa de mutação genética. Pelo meu
perfil ela achava que poderia ter alguma mutação, já que eu não tinha histórico
que pudesse justificar tudo isso.”
O material foi enviado para uma análise no exterior
e o laboratório identificou uma mutação genética na Patrícia. A partir da
descoberta, a fonoaudióloga começou a receber um tratamento específico para o
caso dela.
De acordo com o oncologista Marcos André da Costa,
esse tipo de personalização é o caminho para tratamentos mais eficazes. “Essas
drogas são o futuro da oncologia, temos drogas cada vez mais eficientes dentro
de cada categoria.”
A ideia é usar o mapeamento para identificar qual
gene é responsável pelo aparecimento de tumores e, a partir disso, saber qual a
melhor opção para tratá-lo.
Para Marcelo Oliveira, líder da Foundation
Medicine, um banco genético também é importante para tratamentos no futuro. “É
pra que com base na jornada de pessoas que já viveram a doença, você ajude
tratamentos futuros. O banco de dados é muito mais importante para o futuro do
que para o presente.”
No entanto, a medicina de precisão ainda é para
poucos. O acesso a esse tipo de tratamento contra o câncer é muito custoso.
Apesar disso, Marcelo Oliveira, que lidera uma empresa de testes genéticos, é
otimista, e acredita na universalização do tratamento:
“Muitos atores da sociedade hoje olham para a medicina personalizada. Eu posso dizer, sem medo de errar, que todos estão buscando melhores preços, diminuição de custo, para que o sistema seja mais sustentável.”
“Muitos atores da sociedade hoje olham para a medicina personalizada. Eu posso dizer, sem medo de errar, que todos estão buscando melhores preços, diminuição de custo, para que o sistema seja mais sustentável.”
De acordo com ele, gerenciar melhor os recursos é
um dos grandes objetivos de toda a cadeia de saúde, para que mais pessoas
tenham acesso a um sistema de qualidade.
*Com informações da repórter Marcella Lourenzetto
Fernando, cheguei aqui em uma busca sobre o Sutent, que meu pai começou a tomar na semana passada. Tô lendo vários posts e queria te agradecer por manter um blog tão informativo. Abraço.
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