Aos irmãos e amigos, que vem acompanhando as postagens do blog, desejo a todos um FELIZ NATAL e um ANO NOVO com mais saúde e muitos momentos de alegria!!!
Fernando
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Consumo de café e cerveja pode prevenir o câncer de próstata
Quinta, 17 de dezembro de 2009, 11h13
http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI4162536-EI1497,00-Consumo+de+cafe+e+cerveja+pode+prevenir+o+cancer+de+prostata.html
Se você precisava de mais um motivo para ir ao bar e tomar uma loura e depois dar uma esticadinha a uma cafeteria, a ciência conseguiu satisfazer sua vontade.
Um estudo conduzido em Harvard mostrou uma relação inversamente proporcional entre consumo de café e risco de câncer de próstata. Segundo uma das pesquisadoras, Kathryn M. Wilson, o café afeta no metabolismo da insulina e da glucose, além dos hormônios sexuais, que tem um papel importante neste tipo de câncer.
Os dados apresentados mostraram que homens que são grandes consumidores de café têm até 60% menos chance de contrair o câncer de próstata do que aqueles que nunca tomam a bebida, mas não conseguiu identificar qual substância no café é responsável pela prevenção, só afirmando que a cafeína tem pouca relevância no resultado.
O estudo foi conduzido entre 1986 e 2006 e acompanhou 50.000 homens.
Já na Alemanha (óbvio), mais especificamente no Centro Germânico de Prevenção ao Câncer em Heidelberg, cientistas mostraram que o componente natural xanthohumol encontrado no lúpulo (base da cerveja), também é um ótimo aliado na prevenção do câncer de próstata, atuando para bloquear a ação do estrogênio e da testosterona e assim conseguindo diminuir o nível de PSA (o índice que aponta a probabilidade de um homem ter câncer de próstata).
E para encerrar a matéria com um banho de água fria, um estudo publicado no periódico Behavioural Neuroscience e realizado pela Temple University da Filadélfia mostrou que o café não só não deixa um beberrão sóbrio como potencializa a ação do álcool no corpo.
Com testes realizados em ratos, os pesquisadores viram que o álcool bloqueia a habilidade da cafeína em tornar o animal mais atento e desperto, mas a combinação acaba deixando-os mais relaxados.
Ou seja, em humanos o efeito faria com que a pessoa achasse que está apenas levemente embriagada e capaz de realizar coisas normais como dirigir um carro, por exemplo, enquanto na verdade ela não está apta a isso.
Só que não é só com o café que esses efeitos ocorrem. Misturar álcool com energéticos (ricos em cafeína), moda em muitas baladas, vai provocar a mesma reação.
http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI4162536-EI1497,00-Consumo+de+cafe+e+cerveja+pode+prevenir+o+cancer+de+prostata.html
Se você precisava de mais um motivo para ir ao bar e tomar uma loura e depois dar uma esticadinha a uma cafeteria, a ciência conseguiu satisfazer sua vontade.
Um estudo conduzido em Harvard mostrou uma relação inversamente proporcional entre consumo de café e risco de câncer de próstata. Segundo uma das pesquisadoras, Kathryn M. Wilson, o café afeta no metabolismo da insulina e da glucose, além dos hormônios sexuais, que tem um papel importante neste tipo de câncer.
Os dados apresentados mostraram que homens que são grandes consumidores de café têm até 60% menos chance de contrair o câncer de próstata do que aqueles que nunca tomam a bebida, mas não conseguiu identificar qual substância no café é responsável pela prevenção, só afirmando que a cafeína tem pouca relevância no resultado.
O estudo foi conduzido entre 1986 e 2006 e acompanhou 50.000 homens.
Já na Alemanha (óbvio), mais especificamente no Centro Germânico de Prevenção ao Câncer em Heidelberg, cientistas mostraram que o componente natural xanthohumol encontrado no lúpulo (base da cerveja), também é um ótimo aliado na prevenção do câncer de próstata, atuando para bloquear a ação do estrogênio e da testosterona e assim conseguindo diminuir o nível de PSA (o índice que aponta a probabilidade de um homem ter câncer de próstata).
E para encerrar a matéria com um banho de água fria, um estudo publicado no periódico Behavioural Neuroscience e realizado pela Temple University da Filadélfia mostrou que o café não só não deixa um beberrão sóbrio como potencializa a ação do álcool no corpo.
Com testes realizados em ratos, os pesquisadores viram que o álcool bloqueia a habilidade da cafeína em tornar o animal mais atento e desperto, mas a combinação acaba deixando-os mais relaxados.
Ou seja, em humanos o efeito faria com que a pessoa achasse que está apenas levemente embriagada e capaz de realizar coisas normais como dirigir um carro, por exemplo, enquanto na verdade ela não está apta a isso.
Só que não é só com o café que esses efeitos ocorrem. Misturar álcool com energéticos (ricos em cafeína), moda em muitas baladas, vai provocar a mesma reação.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Cientistas desvendam genoma dos tumores de pele e pulmão
16 de dezembro de 2009 • 23h49 • atualizado em 17 de dezembro de 2009 às 02h22 http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4162042-EI238,00-Cientistas+desvendam+genoma+dos+tumores+de+pele+e+pulmao.html
Cientistas desvendaram o código genético de dois dos tipos mais comuns de câncer, o de pele e o de pulmão, e dizem que a descoberta significa uma transformação na forma como a doença é entendida.
"O que vemos hoje mudará a forma como enxergamos o câncer", disse Mike Stratton, britânico integrante do Cancer Genome Projetc (Projeto do Gênoma do Câncer), iniciativa que reune cientistas de 10 países que tentam mapear os genomas dos principais tipos de câncer.
"Nunca vimos o câncer revelado desta forma antes", completou. O mapeamento abre caminho para testes sanguíneos capazes de detectar tumores mais cedo do que atualmente e novas drogas para tratamento.
Cigarro
Os cientistas sequenciaram o DNA de tecidos cancerígenos e normais e os compararam. Os com tumores de pulmão apresentavam 23 mil mutações, quase todas causadas pelo fumo. Os especialistas calcularam que um fumante típico adquire uma nova mutação para cada 15 cigarros que fuma.
"É como jogar roleta russa. A grande maioria das mutações não causará câncer, mas algumas podem", diz Peter Campbell, responsável pela pesquisa. Ao largar o cigarro, o risco é reduzido gradualmente até que a possibilidade de câncer de pulmão volta a ser a mesma de alguém que nunca fumou. Suspeita-se que isso ocorra porque as células com mutações são repostas por células saudáveis.
Os cientistas descobriram que para o câncer de pele melanoma, as mutações, quase todas causadas opela exposição ao sol, chegam a 30 mil. Os cientistas dizem que pode ser possível no futuro determinar exatamente quais hábitos e outros fatores causam tumores diferentes.
Cientistas desvendaram o código genético de dois dos tipos mais comuns de câncer, o de pele e o de pulmão, e dizem que a descoberta significa uma transformação na forma como a doença é entendida.
"O que vemos hoje mudará a forma como enxergamos o câncer", disse Mike Stratton, britânico integrante do Cancer Genome Projetc (Projeto do Gênoma do Câncer), iniciativa que reune cientistas de 10 países que tentam mapear os genomas dos principais tipos de câncer.
"Nunca vimos o câncer revelado desta forma antes", completou. O mapeamento abre caminho para testes sanguíneos capazes de detectar tumores mais cedo do que atualmente e novas drogas para tratamento.
Cigarro
Os cientistas sequenciaram o DNA de tecidos cancerígenos e normais e os compararam. Os com tumores de pulmão apresentavam 23 mil mutações, quase todas causadas pelo fumo. Os especialistas calcularam que um fumante típico adquire uma nova mutação para cada 15 cigarros que fuma.
"É como jogar roleta russa. A grande maioria das mutações não causará câncer, mas algumas podem", diz Peter Campbell, responsável pela pesquisa. Ao largar o cigarro, o risco é reduzido gradualmente até que a possibilidade de câncer de pulmão volta a ser a mesma de alguém que nunca fumou. Suspeita-se que isso ocorra porque as células com mutações são repostas por células saudáveis.
Os cientistas descobriram que para o câncer de pele melanoma, as mutações, quase todas causadas opela exposição ao sol, chegam a 30 mil. Os cientistas dizem que pode ser possível no futuro determinar exatamente quais hábitos e outros fatores causam tumores diferentes.
Pesquisadores decodificam "genoma" de câncer de mama
08/10/2009
da France Presse
Cientistas canadenses anunciaram nesta quarta-feira (7) ter estabelecido, pela primeira vez, o "genoma" de um tipo de tumor que responde por 10% dos casos de câncer de mama.
Utilizando uma nova técnica, mais rápida e menos onerosa, uma equipe da agência do câncer da Columbia Britânica sequenciou o genoma do tumor e identificou as mutações que permitem a propagação do câncer pelo organismo.
Os cientistas analisaram a evolução, durante nove anos, de um carcinoma metastático do seio, e identificaram 32 mutações. Em seguida, determinaram o número de anomalias presentes no tumor inicial.
"O resultado foi surpreendente: apenas cinco das 32 mutações estavam presentes em todas as células do tumor de origem, e foram identificadas como as responsáveis por deflagrar a doença", destacou a equipe canadense.
"Esta descoberta marca uma virada na compreensão das origens do câncer de mama e no desenvolvimento de tratamentos específicos para nossos pacientes", disse o Dr. Samuel Aparicio, que dirigiu o estudo, publicado na revista "Nature".
"A quantidade de possibilidades que nos oferece para futuras pesquisas é considerável".
"Uma a cada nove mulheres desenvolve câncer de seio, doença que responde por 29% de todos os casos de câncer entre a população da Columbia Britânica", destacou o ministro da Saúde da província canadense, Kevin Falcon.
"Isto representa uma esperança para milhares de mulheres afetadas por esta terrível doença", disse Falcon.
O estudo é ainda mais significativo porque, "enquanto se gastou muitos anos e muito dinheiro para se desenhar o genoma humano", esta descoberta "exigiu apenas algumas semanas e teve um preço muito inferior", disse o doutor Marco Marra, diretor da Agência do Câncer de Columbia Britânica.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u635173.shtml
da France Presse
Cientistas canadenses anunciaram nesta quarta-feira (7) ter estabelecido, pela primeira vez, o "genoma" de um tipo de tumor que responde por 10% dos casos de câncer de mama.
Utilizando uma nova técnica, mais rápida e menos onerosa, uma equipe da agência do câncer da Columbia Britânica sequenciou o genoma do tumor e identificou as mutações que permitem a propagação do câncer pelo organismo.
Os cientistas analisaram a evolução, durante nove anos, de um carcinoma metastático do seio, e identificaram 32 mutações. Em seguida, determinaram o número de anomalias presentes no tumor inicial.
"O resultado foi surpreendente: apenas cinco das 32 mutações estavam presentes em todas as células do tumor de origem, e foram identificadas como as responsáveis por deflagrar a doença", destacou a equipe canadense.
"Esta descoberta marca uma virada na compreensão das origens do câncer de mama e no desenvolvimento de tratamentos específicos para nossos pacientes", disse o Dr. Samuel Aparicio, que dirigiu o estudo, publicado na revista "Nature".
"A quantidade de possibilidades que nos oferece para futuras pesquisas é considerável".
"Uma a cada nove mulheres desenvolve câncer de seio, doença que responde por 29% de todos os casos de câncer entre a população da Columbia Britânica", destacou o ministro da Saúde da província canadense, Kevin Falcon.
"Isto representa uma esperança para milhares de mulheres afetadas por esta terrível doença", disse Falcon.
O estudo é ainda mais significativo porque, "enquanto se gastou muitos anos e muito dinheiro para se desenhar o genoma humano", esta descoberta "exigiu apenas algumas semanas e teve um preço muito inferior", disse o doutor Marco Marra, diretor da Agência do Câncer de Columbia Britânica.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u635173.shtml
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Estudos demonstraram a relação entre sobrevida ao câncer e qualidade de vida
Autora: Allison Gandey
Publicado em 19/06/2008
Chicago, Illinois — Dois grandes estudos de metanálise sugerem que pacientes que relatam uma boa qualidade de vida têm chance de sobrevida significativamente maior. Os trabalhos foram apresentados durante o 44° Encontro Anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO) e apontaram que o relatório feito pelo próprio paciente pode ser um indicador prognóstico e, talvez, um critério com valor indicador de sobrevida.
Dra. Angelina Tan, da Mayo Clinic, em Rochester, Minnesota, chefe da pesquisa, disse ao Medscape Oncology que “a sobrevida de pacientes com câncer parece ter relação com a qualidade de vida” e acrescentou, ao apresentar o resultado da primeira metanálise, “se os médicos identificarem os pacientes que não apresentem boa evolução, poderão intervir e acreditamos que essa intervenção melhorará não apenas a sensação de bem estar do paciente, mas também seu tempo de vida.”.
Dra. Joanna Brell, do Ireland Cancer Center, em Cleveland, Ohio, chamou atenção para os estudos durante a sessão “destaques do dia” e disse estar bastante satisfeita com o tamanho da amostra. Sugeriu, ainda, que esses resultados formam uma nova e importante premissa que deve ser investigada.
Dra. Brell disse também que seria ótimo poder contar com um instrumento que medisse a qualidade de vida do paciente e pudesse quantificar os sentimentos que eles tentam explicar aos seus médicos.
A debatedora da sessão, Dra. Jamie Von Roenn, da Northwestern University, de Chicago, Illinois, disse que “agora nos movemos na direção certa”, concordando com essa atitude e aplaudindo a ASCO que nunca havia dado tantas atribuições ao tratamento dos pacientes como agora.
Estudo com mais de 3.700 pacientes
O estudo de metanálise do grupo da Dra. Tan envolveu mais de 3.700 pacientes de 24 centros de tratamento oncológico e coletou dados sobre a qualidade de vida no cotidiano através de um escala específica de 100 pontos.
O modelo de riscos proporcionais de Cox foi utilizado para o ajuste dos efeitos sobre os escores encontrados, raça, local, idade e sexo. Os pesquisadores descobriram que a qualidade de vida cotidiana é um fator prognóstico importante e independente na sobrevida global.
Segundo os pesquisadores, a magnitude do efeito foi igual, independentemente do local da doença, incluindo aparelho digestivo, geniturinário, pulmão, mama e cérebro.
Dra. Tann relatou que “o bem estar do paciente deve ser considerado como uma variável importante e relacionada com a sua sobrevida” e complementou, “se o paciente relata uma qualidade de vida com pontuação inferior a 5 em uma escala de 0 a 10 (ou menor que 50, em escalas que variam do 0 a 100), sua sobrevida média é inferior àquele que não relatou este déficit”.
A pesquisadora indicou ainda que uma alta qualidade de vida cotidiana não é um indicador de longevidade, mas uma baixa qualidade está relacionada com um risco de óbito duas vezes maior em 1, 2 ou 3 anos.
Segundo estudo com mais de 10.000 pacientes
Os resultados da segunda metanálise foram apresentados por Chantal Quinten do departamento de qualidade de vida da European Organization for Research and Treatment of Cancer (EORTC) de Bruxelas, Bélgica.
Essa pesquisadora estudou 30 ensaios clínicos randomizados com mais de 10.000 pacientes – que preencheram um questionário de avaliação da qualidade de vida da EORTC – e seus dados de sobrevida. Os pesquisadores avaliaram a qualidade de vida relacionada à saúde através de 15 escalas padronizadas e os dados clínicos incluíram idade, sexo, metástases à distância, classificação da OMS e localização da doença.
Os pesquisadores avaliaram a significância prognóstica dos dados através do modelo de riscos proporcionais de Cox. Foram aplicados modelos de validação (bootstrap resampling) para verificar a estabilidade dos modelos estatísticos.
Variáveis clínicas com possibilidades prognósticas
Estado físico global
Funcionamento cognitivo
Estado de saúde
Fadiga
Náusea e vômitos
Dor
Dispnéia
Perda de apetite
Conforme conclusão dos pesquisadores, parâmetros de qualidade de vida fornecem informações sobre o prognóstico do câncer de 11 locais diferentes.
Os autores solicitam que mais pesquisas sejam realizadas para confirmação desse achado e, uma vez validado, sugerem que a qualidade de vida seja considerada uma variável de estratificação em ensaios clínicos futuros.
Dra. Tan concordou com a inclusão de dados sobre a qualidade de vida em futuros ensaios clínicos oncológicos terapêuticos e que estudos adicionais são necessários.
Ela reconheceu ao Medscape Oncology que restam ainda muitos desafios a serem cumpridos e disse que pretende trabalhar com objetivo de identificar “como e quando os clínicos podem fornecer o melhor apoio aos sentimentos de bem estar de seus pacientes”.
44º Encontro Anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO). Abstract 9515 e 9516. Apresentado em 2 de junho de 2008.
Publicado em 19/06/2008
Chicago, Illinois — Dois grandes estudos de metanálise sugerem que pacientes que relatam uma boa qualidade de vida têm chance de sobrevida significativamente maior. Os trabalhos foram apresentados durante o 44° Encontro Anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO) e apontaram que o relatório feito pelo próprio paciente pode ser um indicador prognóstico e, talvez, um critério com valor indicador de sobrevida.
Dra. Angelina Tan, da Mayo Clinic, em Rochester, Minnesota, chefe da pesquisa, disse ao Medscape Oncology que “a sobrevida de pacientes com câncer parece ter relação com a qualidade de vida” e acrescentou, ao apresentar o resultado da primeira metanálise, “se os médicos identificarem os pacientes que não apresentem boa evolução, poderão intervir e acreditamos que essa intervenção melhorará não apenas a sensação de bem estar do paciente, mas também seu tempo de vida.”.
Dra. Joanna Brell, do Ireland Cancer Center, em Cleveland, Ohio, chamou atenção para os estudos durante a sessão “destaques do dia” e disse estar bastante satisfeita com o tamanho da amostra. Sugeriu, ainda, que esses resultados formam uma nova e importante premissa que deve ser investigada.
Dra. Brell disse também que seria ótimo poder contar com um instrumento que medisse a qualidade de vida do paciente e pudesse quantificar os sentimentos que eles tentam explicar aos seus médicos.
A debatedora da sessão, Dra. Jamie Von Roenn, da Northwestern University, de Chicago, Illinois, disse que “agora nos movemos na direção certa”, concordando com essa atitude e aplaudindo a ASCO que nunca havia dado tantas atribuições ao tratamento dos pacientes como agora.
Estudo com mais de 3.700 pacientes
O estudo de metanálise do grupo da Dra. Tan envolveu mais de 3.700 pacientes de 24 centros de tratamento oncológico e coletou dados sobre a qualidade de vida no cotidiano através de um escala específica de 100 pontos.
O modelo de riscos proporcionais de Cox foi utilizado para o ajuste dos efeitos sobre os escores encontrados, raça, local, idade e sexo. Os pesquisadores descobriram que a qualidade de vida cotidiana é um fator prognóstico importante e independente na sobrevida global.
Segundo os pesquisadores, a magnitude do efeito foi igual, independentemente do local da doença, incluindo aparelho digestivo, geniturinário, pulmão, mama e cérebro.
Dra. Tann relatou que “o bem estar do paciente deve ser considerado como uma variável importante e relacionada com a sua sobrevida” e complementou, “se o paciente relata uma qualidade de vida com pontuação inferior a 5 em uma escala de 0 a 10 (ou menor que 50, em escalas que variam do 0 a 100), sua sobrevida média é inferior àquele que não relatou este déficit”.
A pesquisadora indicou ainda que uma alta qualidade de vida cotidiana não é um indicador de longevidade, mas uma baixa qualidade está relacionada com um risco de óbito duas vezes maior em 1, 2 ou 3 anos.
Segundo estudo com mais de 10.000 pacientes
Os resultados da segunda metanálise foram apresentados por Chantal Quinten do departamento de qualidade de vida da European Organization for Research and Treatment of Cancer (EORTC) de Bruxelas, Bélgica.
Essa pesquisadora estudou 30 ensaios clínicos randomizados com mais de 10.000 pacientes – que preencheram um questionário de avaliação da qualidade de vida da EORTC – e seus dados de sobrevida. Os pesquisadores avaliaram a qualidade de vida relacionada à saúde através de 15 escalas padronizadas e os dados clínicos incluíram idade, sexo, metástases à distância, classificação da OMS e localização da doença.
Os pesquisadores avaliaram a significância prognóstica dos dados através do modelo de riscos proporcionais de Cox. Foram aplicados modelos de validação (bootstrap resampling) para verificar a estabilidade dos modelos estatísticos.
Variáveis clínicas com possibilidades prognósticas
Estado físico global
Funcionamento cognitivo
Estado de saúde
Fadiga
Náusea e vômitos
Dor
Dispnéia
Perda de apetite
Conforme conclusão dos pesquisadores, parâmetros de qualidade de vida fornecem informações sobre o prognóstico do câncer de 11 locais diferentes.
Os autores solicitam que mais pesquisas sejam realizadas para confirmação desse achado e, uma vez validado, sugerem que a qualidade de vida seja considerada uma variável de estratificação em ensaios clínicos futuros.
Dra. Tan concordou com a inclusão de dados sobre a qualidade de vida em futuros ensaios clínicos oncológicos terapêuticos e que estudos adicionais são necessários.
Ela reconheceu ao Medscape Oncology que restam ainda muitos desafios a serem cumpridos e disse que pretende trabalhar com objetivo de identificar “como e quando os clínicos podem fornecer o melhor apoio aos sentimentos de bem estar de seus pacientes”.
44º Encontro Anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO). Abstract 9515 e 9516. Apresentado em 2 de junho de 2008.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Famílias gastam 10 vezes mais com remédios do que o governo no Brasil
09/12/2009 - 10h06
DIANA BRITOcolaboração para a Folha Online, no Rio http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u663928.shtml
Uma pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira revela que as famílias gastam 10 vezes mais com medicamentos do que o governo no país. Segundo o estudo, enquanto as famílias tiveram gastos de R$ 44,7 bilhões em 2007, o governo consumiu R$ 4,7 bilhões, no mesmo período, com remédios de uso humano (portanto 9,5% do total).
De acordo com pesquisadores do instituto, os dados do levantamento não contabilizam os gastos da rede hospitalar (pública e privada) com prestação de serviço.
A pesquisa "Conta Satélite de Saúde Brasil 2005-2007" ainda mostrou que os gastos das famílias com remédios (R$ 44,7 bilhões) é quase igual aos gastos com consultas, laboratórios e outros serviços não hospitalares (R$ 46,1 bilhões). Já a administração gasta apenas R$ 1,3 bilhão com consultas e laboratórios (portanto 2,7% do total).
Dados do estudo ainda apontam que as famílias gastam R$ 11,6 bilhões com planos de saúde, inclusive seguro saúde, e R$ 22,3 bilhões com serviços de atendimento hospitalar.
De acordo com pesquisadores do IBGE, apesar do avanço do governo em relação ao aumento dos gastos, a participação pública no país ainda é pequena quando comparada com outros países, que possuem em média 70% dos gastos cobertos pelo governo e 30% pelas famílias.
"O Brasil tem um padrão que tem o México e outros países com o mesmo tipo de perfil, um gasto proporcionalmente maior das famílias do que o gasto do próprio governo", afirmou a pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública, Maria Angélica Borges dos Santos
DIANA BRITOcolaboração para a Folha Online, no Rio http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u663928.shtml
Uma pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira revela que as famílias gastam 10 vezes mais com medicamentos do que o governo no país. Segundo o estudo, enquanto as famílias tiveram gastos de R$ 44,7 bilhões em 2007, o governo consumiu R$ 4,7 bilhões, no mesmo período, com remédios de uso humano (portanto 9,5% do total).
De acordo com pesquisadores do instituto, os dados do levantamento não contabilizam os gastos da rede hospitalar (pública e privada) com prestação de serviço.
A pesquisa "Conta Satélite de Saúde Brasil 2005-2007" ainda mostrou que os gastos das famílias com remédios (R$ 44,7 bilhões) é quase igual aos gastos com consultas, laboratórios e outros serviços não hospitalares (R$ 46,1 bilhões). Já a administração gasta apenas R$ 1,3 bilhão com consultas e laboratórios (portanto 2,7% do total).
Dados do estudo ainda apontam que as famílias gastam R$ 11,6 bilhões com planos de saúde, inclusive seguro saúde, e R$ 22,3 bilhões com serviços de atendimento hospitalar.
De acordo com pesquisadores do IBGE, apesar do avanço do governo em relação ao aumento dos gastos, a participação pública no país ainda é pequena quando comparada com outros países, que possuem em média 70% dos gastos cobertos pelo governo e 30% pelas famílias.
"O Brasil tem um padrão que tem o México e outros países com o mesmo tipo de perfil, um gasto proporcionalmente maior das famílias do que o gasto do próprio governo", afirmou a pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública, Maria Angélica Borges dos Santos
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Tire suas dúvidas sobre câncer de pele
01/11 - 08:30hrs IG (www.ig.com.br)
Assim como o câncer de mama, esta doença também necessita de prevenção e diagnóstico precoce para evitar seu crescimento
Renata Losso
Quando o verão dá as caras, ou melhor, os primeiros raios de sol, estirar o corpo na praia e nunca mais sair é uma vontade quase unânime. No entanto, é neste momento que os males que podem ser causados pela exposição solar vira e mexe são esquecidos, e o câncer de pele pode vir à tona.
Segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), este câncer específico chegou à marca de 24,6% dos tumores malignos que atingiram a população brasileira no ano de 2008, sendo 5% deste total caracterizado por melanomas, os principais responsáveis por mortes.
No entanto, assim como o câncer de mama, se detectado precocemente, o câncer de pele em seus três tipos frequentes apresenta altos índices de cura. Por esta razão, é importante estar prevenido. Para isso, veja abaixo as principais perguntas sobre a doença contestadas pelos médicos oncologistas Dr. Alexandre Chiari e Dra. Letícia Carvalho Neuenschwander, membros da Oncomed – Centro de Prevenção e Tratamento de Doenças Neoplásticas, de Belo Horizonte, e conscientize-se dos cuidados que devem ser tomados.
Quais as formas de se proteger contra o câncer de pele?
A principal forma de prevenção é evitar a exposição ao sol sem proteção, mantendo-se acompanhado de chapéu, guarda-sol, óculos escuros e protetores solares com FPS (fator de proteção solar) de no mínimo 15 durante atividades ao ar livre. Ainda, o horário menos indicado para estar exposto é entre 10 e 16 horas, quando os raios ultravioletas são mais intensos, portanto, é importante evitá-lo. Além disso, a doença também pode ser causada pelo contato com produtos químicos, como o arsênico, e heranças genéticas.
Quais são os tipos de câncer mais comuns?
O Carcinoma Basocelular, responsável por 70% dos diagnósticos, e o Carcinoma Epidermoide, com 25%. Nestes casos, o paciente é submetido a uma cirurgia para retirada da lesão com uma grande margem de segurança. Mas ainda há os casos de melanoma, detectado em 4% dos pacientes e que é bem mais grave que os anteriores. Nestes diagnósticos, na maioria das vezes o câncer já saiu da pele e se direcionou à outras partes do corpo, por ocorrer metástase.
Como é o tratamento?
Baseia-se principalmente na remoção cirúrgica da lesão, mas tratamentos tópicos ou radioterapia também podem ser realizados, dependendo do tamanho e da topografia da lesão, além do subtipo do câncer de pele. Neste momento, é o médico quem decide qual o melhor procedimento a ser seguido.
Quais são as áreas do corpo mais atingidas?
As mais expostas ao sol como face, orelhas, colo, braços e mãos, embora nos casos de melanoma, o câncer pode atingir áreas normalmente cobertas como costas e pernas.
Quais os sintomas destes tipos de câncer?
Crescimento na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, alguma pinta preta ou castanha que muda de cor ou textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho, alguma mancha ou ferida que não cicatriza e continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Qual o índice de cura?
Varia de acordo com o tipo de câncer, mas o que mais deve ser levado em consideração para a cura é o diagnóstico precoce. Ao aparecimento de qualquer lesão suspeita, um médico deve ser consultado rapidamente.
Quais são as principais vítimas destes tipos de câncer?
As pessoas com mais de 40 anos são as mais atingidas pela doença, que é rara em crianças e negros. Os de pele mais clara devem permanecer cautelosos em relação ao câncer, por serem mais sensíveis aos raios solares e caracterizarem as principais vítimas, juntamente às pessoas com doenças cutâneas prévias.
Até que ponto o protetor minimiza os riscos?
Os protetores solares não excluem totalmente os riscos da exposição solar, somente reduzem os efeitos da radiação ultravioleta. Além disso, nem todos os filtros oferecem proteção completa contra os raios UVA e UVB. É importante estar atento para não se expor nos horários de maior risco e é recomendado passar o protetor de duas em duas horas, aproximadamente.
Assim como o câncer de mama, esta doença também necessita de prevenção e diagnóstico precoce para evitar seu crescimento
Renata Losso
Quando o verão dá as caras, ou melhor, os primeiros raios de sol, estirar o corpo na praia e nunca mais sair é uma vontade quase unânime. No entanto, é neste momento que os males que podem ser causados pela exposição solar vira e mexe são esquecidos, e o câncer de pele pode vir à tona.
Segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), este câncer específico chegou à marca de 24,6% dos tumores malignos que atingiram a população brasileira no ano de 2008, sendo 5% deste total caracterizado por melanomas, os principais responsáveis por mortes.
No entanto, assim como o câncer de mama, se detectado precocemente, o câncer de pele em seus três tipos frequentes apresenta altos índices de cura. Por esta razão, é importante estar prevenido. Para isso, veja abaixo as principais perguntas sobre a doença contestadas pelos médicos oncologistas Dr. Alexandre Chiari e Dra. Letícia Carvalho Neuenschwander, membros da Oncomed – Centro de Prevenção e Tratamento de Doenças Neoplásticas, de Belo Horizonte, e conscientize-se dos cuidados que devem ser tomados.
Quais as formas de se proteger contra o câncer de pele?
A principal forma de prevenção é evitar a exposição ao sol sem proteção, mantendo-se acompanhado de chapéu, guarda-sol, óculos escuros e protetores solares com FPS (fator de proteção solar) de no mínimo 15 durante atividades ao ar livre. Ainda, o horário menos indicado para estar exposto é entre 10 e 16 horas, quando os raios ultravioletas são mais intensos, portanto, é importante evitá-lo. Além disso, a doença também pode ser causada pelo contato com produtos químicos, como o arsênico, e heranças genéticas.
Quais são os tipos de câncer mais comuns?
O Carcinoma Basocelular, responsável por 70% dos diagnósticos, e o Carcinoma Epidermoide, com 25%. Nestes casos, o paciente é submetido a uma cirurgia para retirada da lesão com uma grande margem de segurança. Mas ainda há os casos de melanoma, detectado em 4% dos pacientes e que é bem mais grave que os anteriores. Nestes diagnósticos, na maioria das vezes o câncer já saiu da pele e se direcionou à outras partes do corpo, por ocorrer metástase.
Como é o tratamento?
Baseia-se principalmente na remoção cirúrgica da lesão, mas tratamentos tópicos ou radioterapia também podem ser realizados, dependendo do tamanho e da topografia da lesão, além do subtipo do câncer de pele. Neste momento, é o médico quem decide qual o melhor procedimento a ser seguido.
Quais são as áreas do corpo mais atingidas?
As mais expostas ao sol como face, orelhas, colo, braços e mãos, embora nos casos de melanoma, o câncer pode atingir áreas normalmente cobertas como costas e pernas.
Quais os sintomas destes tipos de câncer?
Crescimento na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, alguma pinta preta ou castanha que muda de cor ou textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho, alguma mancha ou ferida que não cicatriza e continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Qual o índice de cura?
Varia de acordo com o tipo de câncer, mas o que mais deve ser levado em consideração para a cura é o diagnóstico precoce. Ao aparecimento de qualquer lesão suspeita, um médico deve ser consultado rapidamente.
Quais são as principais vítimas destes tipos de câncer?
As pessoas com mais de 40 anos são as mais atingidas pela doença, que é rara em crianças e negros. Os de pele mais clara devem permanecer cautelosos em relação ao câncer, por serem mais sensíveis aos raios solares e caracterizarem as principais vítimas, juntamente às pessoas com doenças cutâneas prévias.
Até que ponto o protetor minimiza os riscos?
Os protetores solares não excluem totalmente os riscos da exposição solar, somente reduzem os efeitos da radiação ultravioleta. Além disso, nem todos os filtros oferecem proteção completa contra os raios UVA e UVB. É importante estar atento para não se expor nos horários de maior risco e é recomendado passar o protetor de duas em duas horas, aproximadamente.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Como ajudar um parente que tem câncer a se manter positivo e com um olhar sobre o lado brilhante da vida?
Fonte: http://www.caring.com/questions/stay-positive-with-cancer
Pergunta feita por membro anônimo da comunidade Caring.com
Ouvi dizer que uma atitude positiva é muito importante para curar o câncer, mas minha mãe, que tem câncer de pulmão, é muito negativa e se sente desencorajada. Que tipos de coisas devo dizer para ajudá-la a se sentir mais positiva?
Resposta de Especialista - Gloria Nelson
Gloria Nelson é uma assistente social sênior de Oncologia, que trabalha no Montefiore-Einstein Medical Center do Bronx, em Nova York.
É importante descobrir momentos nos quais você pode rir ou se sentir positivo. Daí eu pedir aos meu grupo de apoio executar uma motivação intensa de riso, mesmo se você estiver rindo através de suas lágrimas. A coisa mais importante é nunca parar de ter esperança. No entanto, não ajuda ser desonesto e dar desconto em relação ao que está acontecendo quando sua mãe sente dor e sofrimento, você deve compreender isso. Mas, você também deve ajudar sua mãe a ter esperança sempre que ela puder.
Uma paciente minha disse algo no outro dia que foi muito positivo e útil, tanto que anotei para usar mais tarde. Esta mulher, que é muito velha e doente, disse: "Eles dizem que há uma chance em 300 de que uma pessoa com meu diagnóstico possa melhorar, mas como saber se eu não sou esta pessoa?" Você só tem que pensar desse modo quando você está em tratamento, porque você não tem o que fazer? Assim, você deve incentivar sua mãe a pensar-se como a número um e pensar sobre coisas que a deixam feliz-- até mesmo pequenas coisas, como um vaso de flores sobre a mesa.
Outra estratégia importante para ajudar sua mãe a manter uma atitude positiva é capacitá-la para ficar longe de pessoas que a fazem se sentir triste ou sem incentivo. Um dos nossos slogans no grupo é ficar longe dos negativos. Nós rimos sobre isso e dizemos que: "Se dane qualquer um que nos ponha para baixo!". Às vezes, as pessoas pensam que estão manifestando simpatia falando a um paciente de câncer sobre sua própria, ou de terceiros, doença ou estória triste. Isso não irá ajudar. Você deve incentivar sua mãe para se sentir confortável em dizer que não quer ouvir falar de outras pessoas com estórias tristes neste momento. Não deve haver problema em informar às pessoas que ela precisa de sua força para passar pelo tratamento e que ela necessita ser protegida contra coisas que a levam para baixo.
Por último, vocês devem comemorar tudo - aniversários, o final da quimioterapia, etc. Nada é demasiado pequeno para festejar. Nenhum de nós sabe quanto tempo temos e isso é uma ótima maneira de aproveitar ao máximo o que temos.
Vida com Câncer acrescenta que é importante levarmos uma vida próxima da que levávamos antes do diagnóstico da doença, ou seja, trabalhando, cuidando dos filhos, saindo para se divertir, amando, enfim mantendo a rotina. Muitas pessoas com câncer descobrem também novas habilidades, nova espiritualidade e novos interesses que devem ser potencializados. Mas, devemos nos lembrar que, como nossos parentes próximos também são afetados emocialmente pela nossa condição, não devemos ser egoístas, dando a devida atenção e valor a cada um. A vida é feita de pequenas coisas que acontecem no nosso dia a dia. Aí reside a felicidade.
Pergunta feita por membro anônimo da comunidade Caring.com
Ouvi dizer que uma atitude positiva é muito importante para curar o câncer, mas minha mãe, que tem câncer de pulmão, é muito negativa e se sente desencorajada. Que tipos de coisas devo dizer para ajudá-la a se sentir mais positiva?
Resposta de Especialista - Gloria Nelson
Gloria Nelson é uma assistente social sênior de Oncologia, que trabalha no Montefiore-Einstein Medical Center do Bronx, em Nova York.
É importante descobrir momentos nos quais você pode rir ou se sentir positivo. Daí eu pedir aos meu grupo de apoio executar uma motivação intensa de riso, mesmo se você estiver rindo através de suas lágrimas. A coisa mais importante é nunca parar de ter esperança. No entanto, não ajuda ser desonesto e dar desconto em relação ao que está acontecendo quando sua mãe sente dor e sofrimento, você deve compreender isso. Mas, você também deve ajudar sua mãe a ter esperança sempre que ela puder.
Uma paciente minha disse algo no outro dia que foi muito positivo e útil, tanto que anotei para usar mais tarde. Esta mulher, que é muito velha e doente, disse: "Eles dizem que há uma chance em 300 de que uma pessoa com meu diagnóstico possa melhorar, mas como saber se eu não sou esta pessoa?" Você só tem que pensar desse modo quando você está em tratamento, porque você não tem o que fazer? Assim, você deve incentivar sua mãe a pensar-se como a número um e pensar sobre coisas que a deixam feliz-- até mesmo pequenas coisas, como um vaso de flores sobre a mesa.
Outra estratégia importante para ajudar sua mãe a manter uma atitude positiva é capacitá-la para ficar longe de pessoas que a fazem se sentir triste ou sem incentivo. Um dos nossos slogans no grupo é ficar longe dos negativos. Nós rimos sobre isso e dizemos que: "Se dane qualquer um que nos ponha para baixo!". Às vezes, as pessoas pensam que estão manifestando simpatia falando a um paciente de câncer sobre sua própria, ou de terceiros, doença ou estória triste. Isso não irá ajudar. Você deve incentivar sua mãe para se sentir confortável em dizer que não quer ouvir falar de outras pessoas com estórias tristes neste momento. Não deve haver problema em informar às pessoas que ela precisa de sua força para passar pelo tratamento e que ela necessita ser protegida contra coisas que a levam para baixo.
Por último, vocês devem comemorar tudo - aniversários, o final da quimioterapia, etc. Nada é demasiado pequeno para festejar. Nenhum de nós sabe quanto tempo temos e isso é uma ótima maneira de aproveitar ao máximo o que temos.
Vida com Câncer acrescenta que é importante levarmos uma vida próxima da que levávamos antes do diagnóstico da doença, ou seja, trabalhando, cuidando dos filhos, saindo para se divertir, amando, enfim mantendo a rotina. Muitas pessoas com câncer descobrem também novas habilidades, nova espiritualidade e novos interesses que devem ser potencializados. Mas, devemos nos lembrar que, como nossos parentes próximos também são afetados emocialmente pela nossa condição, não devemos ser egoístas, dando a devida atenção e valor a cada um. A vida é feita de pequenas coisas que acontecem no nosso dia a dia. Aí reside a felicidade.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Conheça atitudes que ajudam a evitar o câncer
Sexta, 27 de novembro de 2009, 16h19
Patricia Zwipp
O Brasil terá quase meio milhão (489.270) de novos casos de câncer em 2010, de acordo com a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Um detalhe positivo é que mudanças no estilo de vida diminuem os riscos de desenvolver a doença.
O controle do tabagismo, por exemplo, poderia evitar cerca de 30% dos números previstos para o próximo ano e, a adoção de uma alimentação adequada, 35%. Há a possibilidade de 10% da patologia de pele do tipo não-melanoma ser prevenida com medidas simples de proteção contra a radiação solar.
Confira como é possível prevenir o problema por meio de atitudes do dia a dia:
Alimentação:
Para quem não fuma, a alimentação é o fator mais importante de prevenção do câncer, como disse o nutricionista Fábio Gomes, da Área de Alimentação, Nutrição e Câncer do Inca. Há iguarias comestíveis que ajudam a diminuir os riscos e outras que aumentam a probabilidade de desenvolver a doença.
As aliadas da saúde são as de origem vegetal: frutas, legumes, verduras e leguminosas (como feijão, lentilha, grão-de-bico). Têm o poder de inibir a chegada de compostos cancerígenos às células e, ainda, "consertar" o DNA danificado quando a agressão já começou. "Se a célula foi alterada e não foi possível consertar o DNA, alguns compostos promovem a morte delas, interrompendo a multiplicação desordenada."
Segundo o nutricionista, a ideia de que determinado alimento é bom para tal tipo de câncer não se aplica. "Tem de haver sinergismo entre os compostos, o que ajuda em todos os tipos da doença. Por isso, é importante variar a alimentação ao máximo." A recomendação é consumir, no mínimo, 400g por dia de vegetais, sendo 2/5 de frutas e 3/5 de legumes e verduras. Cada porção equivale a uma quantia do produto picado ou inteiro que caiba na palma da mão, totalizando aproximadamente 80g.
Entre os vilões estão os embutidos, por apresentarem grande quantidade de sal, nitritos e nitratos. "Os conservantes em contato com o suco digestivo do estômago se transformam em compostos cancerígenos." O conselho é evitar ao máximo as tentações desse gênero e o ideal seria que não fossem consumidas. Limite carne vermelha a 500g semanais.
A maneira de preparo, especialmente das carnes (de qualquer tipo), pode influenciar. As feitas na chapa ou fritas trazem malefícios, porque a exposição a altas temperaturas também atua na formação de compostos cancerígenos. Prefira levá-las ao forno ou usá-las em ensopados. Se quiser grelhar, opte pelo pré-cozimento.
Outra má notícia é que o tradicional e saboroso churrasco eleva os riscos. Além da temperatura alta, a fumaça do carvão tem dois componentes cancerígenos (alcatrão e hidrocarboneto policíclico aromático) que impregnam na refeição.
Controle de peso:
O excesso de peso precisa ser eliminado. Quilos a mais na balança significam níveis mais altos de hormônios anabólicos (como a insulina) e fatores de crescimento (IGF-1), influenciando no surgimento de tumores. "Além disso, quando as células de gordura estão repletas, liberam fatores pró-inflamatórios. É como se a pessoa estivesse em um processo de inflamação generalizada, o que a torna mais vulnerável a fatores cancerígenos."
Vale mencionar, de acordo com Gomes, que dois tipos de alimento contribuem para o indesejável ganho de peso: os de alta densidade energética (bolachas e fast-foods) e os refrigerantes juntamente com os sucos industriais adicionados de açúcar.
Atividade física:
Colocar o corpo em ação queima as gordurinhas e ainda equilibra os hormônios e os fatores de crescimento. Mas não basta praticar exercícios de vez em quando. Tem de ser em ritmo moderado, como uma caminhada mais acelerada, e por, no mínimo, 30 minutos diários. Com o tempo, a dica é tentar aumentar a intensidade ou estender o período. Dê definitivamente adeus ao sedentarismo.
Redução de bebidas alcoólicas A ingestão excessiva de álcool altera o equilíbrio hormonal, aumentando as chances de câncer de mama, por exemplo, por conta do estrogênio. "O produto de sua metabolização é cancerígeno e agride o fígado. Também aumenta as chances de câncer em locais com que tem contato direto, como boca, esôfago e laringe." Ainda potencializa a absorção de outros cancerígenos. Por exemplo, se beber e fumar, o líquido destrói a barreira de proteção e os compostos do cigarro penetram com mais facilidade.
Caso não queira deixar de lado a bebida alcoólica, restrinja a sua quantidade. As mulheres podem saborear um drinque por dia (uma lata de cerveja ou uma taça de vinho) e, os homens, até dois.
Amamentação:
Amamentar exclusivamente até os seis meses tem seus méritos. Diminui entre 13% e 21% os riscos de a mãe ter câncer de mama, como afirmou o nutricionista.
Enquanto o bebê suga o leite, o movimento promove uma espécie de esfoliação do tecido mamário por dentro. Assim, se houver células agredidas, são eliminadas e renovadas. "Quando termina a lactação, várias células se autodestroem, entre elas algumas que poderiam ter lesões no material genético."
Outro benefício é que as taxas do hormônio estrogênio caem durante o período de aleitamento. Toda mulher o produz, mas existe uma atuação importante dele no desencadeamento da patologia.
Proteção solar:
Muito mais que manchas e envelhecimento precoce, a exposição ao sol em excesso e sem proteção pode levar ao câncer. Se for aproveitar os dias quentes para conquistar um bronzeado de dar inveja, evite ficar sob o sol entre 10h e 16h e use sempre filtro. O dermatologista Agnaldo Augusto Mirandez, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia e diretor da clínica Perfetta, em São Paulo, recomenda a partir do fator 20. Passe-o meia hora antes da exposição e reaplique-o a cada duas horas ou depois de suar ou mergulhar. Invista em chapéus, óculos escuros e guarda-sol. Especialistas recomendam ainda passar o protetor solar diariamente, antes de sair de casa, e repetir a aplicação outras vezes ao dia, no rosto e nas mãos, áreas expostas constantemente às radiações solares.
Especial para Terra
Patricia Zwipp
O Brasil terá quase meio milhão (489.270) de novos casos de câncer em 2010, de acordo com a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Um detalhe positivo é que mudanças no estilo de vida diminuem os riscos de desenvolver a doença.
O controle do tabagismo, por exemplo, poderia evitar cerca de 30% dos números previstos para o próximo ano e, a adoção de uma alimentação adequada, 35%. Há a possibilidade de 10% da patologia de pele do tipo não-melanoma ser prevenida com medidas simples de proteção contra a radiação solar.
Confira como é possível prevenir o problema por meio de atitudes do dia a dia:
Alimentação:
Para quem não fuma, a alimentação é o fator mais importante de prevenção do câncer, como disse o nutricionista Fábio Gomes, da Área de Alimentação, Nutrição e Câncer do Inca. Há iguarias comestíveis que ajudam a diminuir os riscos e outras que aumentam a probabilidade de desenvolver a doença.
As aliadas da saúde são as de origem vegetal: frutas, legumes, verduras e leguminosas (como feijão, lentilha, grão-de-bico). Têm o poder de inibir a chegada de compostos cancerígenos às células e, ainda, "consertar" o DNA danificado quando a agressão já começou. "Se a célula foi alterada e não foi possível consertar o DNA, alguns compostos promovem a morte delas, interrompendo a multiplicação desordenada."
Segundo o nutricionista, a ideia de que determinado alimento é bom para tal tipo de câncer não se aplica. "Tem de haver sinergismo entre os compostos, o que ajuda em todos os tipos da doença. Por isso, é importante variar a alimentação ao máximo." A recomendação é consumir, no mínimo, 400g por dia de vegetais, sendo 2/5 de frutas e 3/5 de legumes e verduras. Cada porção equivale a uma quantia do produto picado ou inteiro que caiba na palma da mão, totalizando aproximadamente 80g.
Entre os vilões estão os embutidos, por apresentarem grande quantidade de sal, nitritos e nitratos. "Os conservantes em contato com o suco digestivo do estômago se transformam em compostos cancerígenos." O conselho é evitar ao máximo as tentações desse gênero e o ideal seria que não fossem consumidas. Limite carne vermelha a 500g semanais.
A maneira de preparo, especialmente das carnes (de qualquer tipo), pode influenciar. As feitas na chapa ou fritas trazem malefícios, porque a exposição a altas temperaturas também atua na formação de compostos cancerígenos. Prefira levá-las ao forno ou usá-las em ensopados. Se quiser grelhar, opte pelo pré-cozimento.
Outra má notícia é que o tradicional e saboroso churrasco eleva os riscos. Além da temperatura alta, a fumaça do carvão tem dois componentes cancerígenos (alcatrão e hidrocarboneto policíclico aromático) que impregnam na refeição.
Controle de peso:
O excesso de peso precisa ser eliminado. Quilos a mais na balança significam níveis mais altos de hormônios anabólicos (como a insulina) e fatores de crescimento (IGF-1), influenciando no surgimento de tumores. "Além disso, quando as células de gordura estão repletas, liberam fatores pró-inflamatórios. É como se a pessoa estivesse em um processo de inflamação generalizada, o que a torna mais vulnerável a fatores cancerígenos."
Vale mencionar, de acordo com Gomes, que dois tipos de alimento contribuem para o indesejável ganho de peso: os de alta densidade energética (bolachas e fast-foods) e os refrigerantes juntamente com os sucos industriais adicionados de açúcar.
Atividade física:
Colocar o corpo em ação queima as gordurinhas e ainda equilibra os hormônios e os fatores de crescimento. Mas não basta praticar exercícios de vez em quando. Tem de ser em ritmo moderado, como uma caminhada mais acelerada, e por, no mínimo, 30 minutos diários. Com o tempo, a dica é tentar aumentar a intensidade ou estender o período. Dê definitivamente adeus ao sedentarismo.
Redução de bebidas alcoólicas A ingestão excessiva de álcool altera o equilíbrio hormonal, aumentando as chances de câncer de mama, por exemplo, por conta do estrogênio. "O produto de sua metabolização é cancerígeno e agride o fígado. Também aumenta as chances de câncer em locais com que tem contato direto, como boca, esôfago e laringe." Ainda potencializa a absorção de outros cancerígenos. Por exemplo, se beber e fumar, o líquido destrói a barreira de proteção e os compostos do cigarro penetram com mais facilidade.
Caso não queira deixar de lado a bebida alcoólica, restrinja a sua quantidade. As mulheres podem saborear um drinque por dia (uma lata de cerveja ou uma taça de vinho) e, os homens, até dois.
Amamentação:
Amamentar exclusivamente até os seis meses tem seus méritos. Diminui entre 13% e 21% os riscos de a mãe ter câncer de mama, como afirmou o nutricionista.
Enquanto o bebê suga o leite, o movimento promove uma espécie de esfoliação do tecido mamário por dentro. Assim, se houver células agredidas, são eliminadas e renovadas. "Quando termina a lactação, várias células se autodestroem, entre elas algumas que poderiam ter lesões no material genético."
Outro benefício é que as taxas do hormônio estrogênio caem durante o período de aleitamento. Toda mulher o produz, mas existe uma atuação importante dele no desencadeamento da patologia.
Proteção solar:
Muito mais que manchas e envelhecimento precoce, a exposição ao sol em excesso e sem proteção pode levar ao câncer. Se for aproveitar os dias quentes para conquistar um bronzeado de dar inveja, evite ficar sob o sol entre 10h e 16h e use sempre filtro. O dermatologista Agnaldo Augusto Mirandez, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia e diretor da clínica Perfetta, em São Paulo, recomenda a partir do fator 20. Passe-o meia hora antes da exposição e reaplique-o a cada duas horas ou depois de suar ou mergulhar. Invista em chapéus, óculos escuros e guarda-sol. Especialistas recomendam ainda passar o protetor solar diariamente, antes de sair de casa, e repetir a aplicação outras vezes ao dia, no rosto e nas mãos, áreas expostas constantemente às radiações solares.
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