Novas regras para planos de saúde entram em vigor.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia/2011/07/27/novas-regras-para-planos-de-saude-entram-em-vigor.jhtm
27/07/2011 - 10h05
Em São Paulo
Termina hoje o prazo que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deu para as operadoras de saúde se adaptarem às novas regras de portabilidade de carência. A partir de amanhã, beneficiários de planos coletivos por adesão poderão mudar de operadora de saúde sem precisar cumprir novas carências.
Pelas novas regras, cerca de 5,14 milhões de beneficiários de planos por adesão se tornam aptos a mudar de operadora, segundo dados da ANS. Só do Estado de São Paulo, por exemplo, são 2,38 milhões de pessoas. Com essa resolução, a ideia da ANS é permitir que ocorra um fluxo maior de clientes entre as operadoras, aumentando a competitividade entre elas.
"As operadoras terão de criar estratégias para fidelizar os clientes. É um incentivo à boa prática de atendimento", diz Arlindo de Almeida, presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), que representa cerca de 18 milhões de usuários de planos de saúde. Os clientes de planos coletivos empresariais, que representam cerca de 70% do mercado, e os de contratos anteriores a 1999 continuam sem o benefício.
Além de poder mudar de plano sem ter de cumprir novas carências, uma das principais novidades é o direito à portabilidade especial para beneficiários de planos que estão em crise financeira, sob intervenção da ANS. Até então, se essas pessoas quisessem mudar de operadora, teriam de cumprir carências. Outro avanço importante foi em relação à abrangência geográfica do plano, que deixa de ser empecilho para a migração. Isso quer dizer, por exemplo, que um portador de contrato de abrangência municipal poderá optar por um plano de abrangência estadual ou nacional. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Portabilidade acaba com carência em mudança de plano de saúde
http://not.economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201107281023_TRR_79870003
28 de julho de 2011 • 07h23 • atualizado 08h02
Cerca de 13 milhões de usuários de planos de saúde podem mudar de operadora sem precisar cumprir novos prazos de carência a partir desta quinta-feira, com base na nova regra estabelecida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A permanência mínima no plano também foi reduzida, de dois para um ano (a partir da segunda portabilidade). Para fazer a mudança, o cliente precisa estar com o pagamento das mensalidades em dia. A nova regra permite que ele mude de um plano de abrangência municipal, por exemplo, para outro com cobertura em todo o Estado ou nacional.
A medida vale para cliente de plano individual, familiar e coletivo por adesão (contratado por meio de conselho profissional, entidade de classe, sindicatos ou federações). Os usuários de planos empresariais, aqueles contratados pelas empresas para seus funcionários, estão de fora. O usuário terá quatro meses a partir do mês de aniversário do contrato para fazer a mudança, e não mais dois meses como era anteriormente.
As novas regras também obrigam os planos a informar a todos os seus usuários a data inicial e final do período estabelecido para a portabilidade de carência. A informação deverá constar no boleto de pagamento anterior ao início do período do benefício. Caso o titular não receba boletos, uma correspondência deverá ser enviada a casa do usuário.
A ANS criou também uma portabilidade especial para usuário de plano de saúde que está sob intervenção da agência ou em processo de falência e para quem perdeu direito ao plano por causa da morte do titular. Nesses casos, a portabilidade não está limitada ao mês de aniversário do contrato nem é exigida uma permanência mínima no plano para pedir a mudança.
A agência espera aumentar a concorrência no mercado e melhorar o atendimento ao consumidor. As operadoras tiveram 90 dias para se adaptar à nova norma. Quem descumpri-la pode sofrer penalidades, como pagamento de multa. Veja abaixo as principais mudanças para a troca de plano de saúde sem carência:
- A abrangência de cobertura do plano não atrapalha a mudança. O usuário pode sair de um plano com cobertura municipal, por exemplo, e ir para um de abrangência estadual ou nacional; A partir da data em que o contrato tiver sido firmado, o usuário têm quatro meses para fazer a troca. Antes, eram dois meses;
- A permanência mínima caiu de dois anos para um, a partir da segunda portabilidade;
- As operadoras devem informar aos clientes a data inicial e final para solicitar a mudança por meio do boleto de pagamento ou carta enviada aos titulares;
- O usuário de plano individual pode trocar para um plano individual ou coletivo por adesão. Quem tem plano coletivo por adesão pode ir para outro do mesmo tipo ou individual;
- Cliente de plano que está sob intervenção da ANS ou em crise financeira e aquele que perdeu direito ao plano por causa de morte do titular têm direito à portabilidade especial. Nestes casos, a mudança não está condicionada ao mês de aniversário do contrato nem é exigida permanência mínima. Os usuários têm 60 dias para fazer a troca a partir da publicação de ato da diretoria da ANS (quando se tratar de plano sob intervenção ou em processo de falência) ou fim do contrato (demais situações).
Com informações da Agência Brasil.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Auxílio no tratamento do câncer
http://www.triersistemas.com.br/noticias/auxilio-no-tratamento-do-cancer
4/06/2011
Novas drogas prometem aumentar tempo de vida dos pacientes
Pacientes com o tipo mais perigoso de câncer de pele, o melanoma, terão maiores chances de sobrevida, segundo informa reportagem do Zero Hora. A expectativa se deve à chegada de duas novas drogas no mercado: a vemurafenib, da Roche e Daiichi Sankyo, e a ipilimumab, da Bristol-Myers Squibb. Ambas foram apresentadas no Congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), realizado entre 4 e 8 de junho em Chicago (EUA), ainda sem previsão de lançamento no Brasil.
O líder do estudo, o médico Paul Chapman, do Centro de Câncer Memorial Sloan-Kettering, em Nova York, afirmou que o resultado deu uma diferença grande para os pacientes com melanoma avançado, que geralmente sobrevivem só oito meses com os tratamentos atuais.
Fonte: Guia da Farmácia
4/06/2011
Novas drogas prometem aumentar tempo de vida dos pacientes
Pacientes com o tipo mais perigoso de câncer de pele, o melanoma, terão maiores chances de sobrevida, segundo informa reportagem do Zero Hora. A expectativa se deve à chegada de duas novas drogas no mercado: a vemurafenib, da Roche e Daiichi Sankyo, e a ipilimumab, da Bristol-Myers Squibb. Ambas foram apresentadas no Congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), realizado entre 4 e 8 de junho em Chicago (EUA), ainda sem previsão de lançamento no Brasil.
O líder do estudo, o médico Paul Chapman, do Centro de Câncer Memorial Sloan-Kettering, em Nova York, afirmou que o resultado deu uma diferença grande para os pacientes com melanoma avançado, que geralmente sobrevivem só oito meses com os tratamentos atuais.
Fonte: Guia da Farmácia
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Uma cidade contra o câncer
http://saude.ig.com.br/minhasaude/uma+cidade+contra+o+cancer/n1597077385451.html
Como o complexo hospitalar de Barretos arrebatou um mundo de anônimos dispostos a colaborar com a cura ou minimizar a dor alheia
Lívia Machado, iG São Paulo 18/07/2011 08:00
“Não há vagas”. Nunca. A pousada Rosa Amiga, uma das muitas que circunda o hospital de Câncer de Barretos, interior de São Paulo, tem lotação constante. A placa é fixa na parede, logo na entrada do estabelecimento e antecede às perguntas.
Maria Rosa Oliveira de Pádua construiu uma estrutura simples que comporta 56 pessoas, não aceita turista e recebe o pagamento das prefeituras para as quais trabalha. Seus hóspedes são oriundos de cinco cidades e estão em tratamento contra algum tipo de câncer, com ou sem acompanhantes.
Rosa faz parte de um mundo de anônimos que, por vocação ou acaso, direcionaram uma parte da vida para combater o câncer. Assim como ela, outros personagens habitam a cidade que se move por um bem comum.
A história de Rosa Amiga começou há 16 anos. Ela vendia salgados para os funcionários da fundação Pio XI, berço do Hospital de Câncer - Entidade que se tornou referência mundial no tratamento de neoplasias e hoje recebe mais de três mil pacientes por dia, de todos os estados do País. Simpática e de sorriso fácil, Rosa rapidamente estabeleceu uma relação de confiança na Instituição. Pacientes que procurava um lugar mais caseiro para ficar, dispondo de algum recurso, eram recomendados a ela. A fama de acolhedora e disponível, gerada pelo boca-a-boca após sucessivas indicações, tornou-se ganha-pão.
O pacote completo na pousada inclui hospedagem, café da manhã, almoço, café da tarde e jantar. A comida caseira, sempre quentinha e cheirosa, talvez seduza mais do que a necessidade de uma cama para dormir. Quem passa na frente, estranha o movimento. Os hóspedes-pacientes estão sempre sentados ao sol, conversando tranquilamente, rindo, como se a doença fosse apenas coadjuvante da estadia em Barretos.
A relação não é meramente comercial. Além do básico, ela não economiza esforços para arrecadar verba na compra de medicamento, socorrer quando preciso e está sempre presente para jogar conversa fora ou divertir. “Fiz disso a minha profissão e me sinto vocacionada, escolhida. Tenho nove filhos, mas considero meus hóspedes uma família. Eles me vêem como uma mãe, sabem que podem recorrer.”
Sem hipocrisia, Rosa reconhece que precisa do dinheiro pago pelas prefeituras para manter as contas em dias, mas lidar com a doença impõem regras e éticas por vezes sem causa ou razão aparente. Desde que começou a trabalhar diretamente com o câncer ela decidiu que jamais cobraria a hospedagem de uma criança. A conta não é repassada a nenhuma prefeitura no caso de câncer infantil.
"Bianca, você pode me dar uma gargalhada?" E a menina rapidamente sorri, sentada ao sol, em frente a pousada de Rosa Bianca Sayuri Teshima já passou quatro de seus nove anos brincando de esconder a cabecinha careca com lenços e boinas. Rosa finge não reconhecer a menina todas as vezes que ela cruza o salão de entrada da pousada com um acessório novo. A brincadeira dá certo, e Bianca gargalha.
Na luta contra seu segundo câncer, a pousada é, por ora, a primeira casa de Bianca e Rosa uma avó postiça. “Sinto como se ela fosse minha também. Vivo todas as alegrias e tristeza dela há quatro anos. Meu maior sonho é que ela seja curada.”
Quase engano
A telefonista de um banco presta atendimento à distância para os pacientes
Comover-se ou não com a doença alheia é uma questão de escolha. Mas, de certa forma, como reconhece o próprio diretor do hospital, Henrique Prata, a maioria da população valoriza e contribui, seja com pequenas rifas e doações ou através de movimentos isolados que independem da localização geográfica.
Distante fisicamente, Danielle Correia da Silva é telefonista de um banco em Osasco, mas há cinco anos presta uma espécie de serviço voluntário aos pacientes que se tratam em Barretos. Os números telefônicos do banco e da central de atendimento do Hospital são exatamente os mesmos. A diferença está apenas no código de área - mero detalhe para quem precisa agendar uma consulta, cirurgia ou enviar resultado de exames.
“As pessoas sempre esquecem ou nem sabem. Atendo, em média, seis ligações por dia de parentes ou pacientes. O número do fax também é igual. Muitas vezes eu nem aviso, apenas repasso o documento para o Hospital e explico o que ocorreu, assim agiliza e não estica o sofrimento de ninguém.”
Danielle revela que aprendeu a falar "código de área" em inglês para que seu apoio também fosse internacional. Apesar da dedicação, ela treinou a fluência na língua apenas uma vez. “Estava com os livros da minha aula na mesa, falei pausadamente para a pessoa entender. Vi que ela estava com a voz embargada procurando algum médico. Deu certo”.
Além dos anônimos, a participação direta de famosos está na vitrine e é impossível ser indiferente a eles. Na entrada principal, a triagem é feita com a ajuda das celebridades. “Já fez o exame no Gian e Giovanni? Então agora você deve ir pro Zezé de Camargo e Luciano", berra a atendente. Gritar é imperativo. É um mundo de gente buscando uma coisa só.
Todos os que tiveram seus nomes associados a uma estrutura de concreto, em algum momento da história do Hospital de Câncer, contribuiram através de robustas doações.
Promessa não se conta
Segundo levantamento feito pela ouvidoria do Hospital, 50 famílias barretences, após vivenciarem a experiência de cura ou acompanharem o sofrimento de parentes, fizeram o voto de abrigar gratuitamente pacientes que não possuem condições de custear a estadia que o tratamento impõe.
“É uma espécie de promessa para alguns. Sabemos da postura dessas pessoas e indicamos pacientes, mas as próprias famílias não querem que isso seja divulgado. Muitas hospedam conhecidos, ou amigos de amigos”, revela Henrique Prata.
Sensibilizada após vivenciar o câncer de duas primas e um irmão, Sandra Ferreira Negrão, de 52 anos, abriu sua casa para uma antiga vizinha da mãe, uma senhora de 52 anos, com quem teve contato apenas durante a infância, em Carmo do Rio Claro, interior de Minas Gerais.
“Fiquei sabendo que essa senhora estava hospedada em um hotelzinho aqui de Barretos e só chorava. Ela estava sozinha, longe da família, sofrendo muito. Já tinha feito a cirurgia para retirar o tumor no estômago. No mesmo dia fui buscá-la para morar comigo.”
Durante oito meses, entre idas e vindas até a cidade natal, Cremilda, a ex-vizinha, fez parte da família. Hoje, o quarto onde a tal senhora ficava virou ateliê de costura. Sandra tinha uma confecção, mas foi à falência no final do ano passado. Levou os equipamentos para dentro de casa e atende as freguesas no espaço que cedia aos pacientes.
Até o final do ano, porém, revela que deve voltar a oferecer ajuda. Uma das filhas se casará em dezembro, e novamente terá um cômodo disponível. “A princípio ajudei parentes e essa senhora, mas se eu ficar no hospital e ver alguém muito mal precisando de ajuda, eu levo pra casa. Minha família é alegre, unida, acolhedora. Temos muito mais do que um quarto para oferecer. Carinho, nessas horas, aumenta a expectativa de vida." Talvez Sandra tenha razão. Segundo ela, Cremilda viveu um ano e três meses a mais do que o previsto pelos médicos.
Motorista de Jaleco
Eduardo e o médico da carreta começam a montar a estrutura de atendimento
José Eduardo Teixeira, motorista há 25 anos, viu seu trabalho ganhar contornos maiores desde que assumiu o comando de uma das carretas de prevenção do Hospital, em 2005. Um grande caminhão com capacidade para realizar pequenos procedimentos cirúrgicos, percorre diversas regiões do Brasil oferecendo consultas, exames e informação sobre o câncer. Em média, Edu, como é conhecido pela equipe que acompanha, passa mais de 45 dias fora de casa.
Para que sua função não seja limitada ao volante, ele se encarrega de recrutar pacientes, avisando que a trupe médica chegou. Ajuda os profissionais a montar a estrutura de atendimento, organiza as filas e tem estômago para assistir às cirurgias de urgência.
Apesar do jeitão machão, tem sensibilidade e traquejo para papear. Edu conseguiu informações privilegiadas em uma cidade no interior de São Paulo, próxima a Birigui. Ao estacionar a carreta e fazer a propaganda do atendimento, sentiu um clima pesado entre os moradores quando o assunto era câncer. Ninguém queria se aproximar. Em pouco tempo, soube que um senhor de 56 anos, motorista de ambulância da região, tinha falecido no dia anterior por conta de um câncer na próstata.
“Ele morreu por puro machismo. Sabia que essa doença mata mesmo, tinha acesso à informação, conhecia médicos, mas tudo mundo disse que ele se recusava a fazer exame de próstata. Tal história marcou a vida profissional de Eduardo. Aconteceu durante uma das primeiras viagens como motorista da carreta de prevenção. Hoje, embora sinta saudades de casa, revela, sem falsa modéstia, que se sente um pouco "doutor" também. “Sei que faço parte não apenas como motorista. Ajudo da forma que posso.”
Como o complexo hospitalar de Barretos arrebatou um mundo de anônimos dispostos a colaborar com a cura ou minimizar a dor alheia
Lívia Machado, iG São Paulo 18/07/2011 08:00
“Não há vagas”. Nunca. A pousada Rosa Amiga, uma das muitas que circunda o hospital de Câncer de Barretos, interior de São Paulo, tem lotação constante. A placa é fixa na parede, logo na entrada do estabelecimento e antecede às perguntas.
Maria Rosa Oliveira de Pádua construiu uma estrutura simples que comporta 56 pessoas, não aceita turista e recebe o pagamento das prefeituras para as quais trabalha. Seus hóspedes são oriundos de cinco cidades e estão em tratamento contra algum tipo de câncer, com ou sem acompanhantes.
Rosa faz parte de um mundo de anônimos que, por vocação ou acaso, direcionaram uma parte da vida para combater o câncer. Assim como ela, outros personagens habitam a cidade que se move por um bem comum.
A história de Rosa Amiga começou há 16 anos. Ela vendia salgados para os funcionários da fundação Pio XI, berço do Hospital de Câncer - Entidade que se tornou referência mundial no tratamento de neoplasias e hoje recebe mais de três mil pacientes por dia, de todos os estados do País. Simpática e de sorriso fácil, Rosa rapidamente estabeleceu uma relação de confiança na Instituição. Pacientes que procurava um lugar mais caseiro para ficar, dispondo de algum recurso, eram recomendados a ela. A fama de acolhedora e disponível, gerada pelo boca-a-boca após sucessivas indicações, tornou-se ganha-pão.
O pacote completo na pousada inclui hospedagem, café da manhã, almoço, café da tarde e jantar. A comida caseira, sempre quentinha e cheirosa, talvez seduza mais do que a necessidade de uma cama para dormir. Quem passa na frente, estranha o movimento. Os hóspedes-pacientes estão sempre sentados ao sol, conversando tranquilamente, rindo, como se a doença fosse apenas coadjuvante da estadia em Barretos.
A relação não é meramente comercial. Além do básico, ela não economiza esforços para arrecadar verba na compra de medicamento, socorrer quando preciso e está sempre presente para jogar conversa fora ou divertir. “Fiz disso a minha profissão e me sinto vocacionada, escolhida. Tenho nove filhos, mas considero meus hóspedes uma família. Eles me vêem como uma mãe, sabem que podem recorrer.”
Sem hipocrisia, Rosa reconhece que precisa do dinheiro pago pelas prefeituras para manter as contas em dias, mas lidar com a doença impõem regras e éticas por vezes sem causa ou razão aparente. Desde que começou a trabalhar diretamente com o câncer ela decidiu que jamais cobraria a hospedagem de uma criança. A conta não é repassada a nenhuma prefeitura no caso de câncer infantil.
"Bianca, você pode me dar uma gargalhada?" E a menina rapidamente sorri, sentada ao sol, em frente a pousada de Rosa Bianca Sayuri Teshima já passou quatro de seus nove anos brincando de esconder a cabecinha careca com lenços e boinas. Rosa finge não reconhecer a menina todas as vezes que ela cruza o salão de entrada da pousada com um acessório novo. A brincadeira dá certo, e Bianca gargalha.
Na luta contra seu segundo câncer, a pousada é, por ora, a primeira casa de Bianca e Rosa uma avó postiça. “Sinto como se ela fosse minha também. Vivo todas as alegrias e tristeza dela há quatro anos. Meu maior sonho é que ela seja curada.”
Quase engano
A telefonista de um banco presta atendimento à distância para os pacientes
Comover-se ou não com a doença alheia é uma questão de escolha. Mas, de certa forma, como reconhece o próprio diretor do hospital, Henrique Prata, a maioria da população valoriza e contribui, seja com pequenas rifas e doações ou através de movimentos isolados que independem da localização geográfica.
Distante fisicamente, Danielle Correia da Silva é telefonista de um banco em Osasco, mas há cinco anos presta uma espécie de serviço voluntário aos pacientes que se tratam em Barretos. Os números telefônicos do banco e da central de atendimento do Hospital são exatamente os mesmos. A diferença está apenas no código de área - mero detalhe para quem precisa agendar uma consulta, cirurgia ou enviar resultado de exames.
“As pessoas sempre esquecem ou nem sabem. Atendo, em média, seis ligações por dia de parentes ou pacientes. O número do fax também é igual. Muitas vezes eu nem aviso, apenas repasso o documento para o Hospital e explico o que ocorreu, assim agiliza e não estica o sofrimento de ninguém.”
Danielle revela que aprendeu a falar "código de área" em inglês para que seu apoio também fosse internacional. Apesar da dedicação, ela treinou a fluência na língua apenas uma vez. “Estava com os livros da minha aula na mesa, falei pausadamente para a pessoa entender. Vi que ela estava com a voz embargada procurando algum médico. Deu certo”.
Além dos anônimos, a participação direta de famosos está na vitrine e é impossível ser indiferente a eles. Na entrada principal, a triagem é feita com a ajuda das celebridades. “Já fez o exame no Gian e Giovanni? Então agora você deve ir pro Zezé de Camargo e Luciano", berra a atendente. Gritar é imperativo. É um mundo de gente buscando uma coisa só.
Todos os que tiveram seus nomes associados a uma estrutura de concreto, em algum momento da história do Hospital de Câncer, contribuiram através de robustas doações.
Promessa não se conta
Segundo levantamento feito pela ouvidoria do Hospital, 50 famílias barretences, após vivenciarem a experiência de cura ou acompanharem o sofrimento de parentes, fizeram o voto de abrigar gratuitamente pacientes que não possuem condições de custear a estadia que o tratamento impõe.
“É uma espécie de promessa para alguns. Sabemos da postura dessas pessoas e indicamos pacientes, mas as próprias famílias não querem que isso seja divulgado. Muitas hospedam conhecidos, ou amigos de amigos”, revela Henrique Prata.
Sensibilizada após vivenciar o câncer de duas primas e um irmão, Sandra Ferreira Negrão, de 52 anos, abriu sua casa para uma antiga vizinha da mãe, uma senhora de 52 anos, com quem teve contato apenas durante a infância, em Carmo do Rio Claro, interior de Minas Gerais.
“Fiquei sabendo que essa senhora estava hospedada em um hotelzinho aqui de Barretos e só chorava. Ela estava sozinha, longe da família, sofrendo muito. Já tinha feito a cirurgia para retirar o tumor no estômago. No mesmo dia fui buscá-la para morar comigo.”
Durante oito meses, entre idas e vindas até a cidade natal, Cremilda, a ex-vizinha, fez parte da família. Hoje, o quarto onde a tal senhora ficava virou ateliê de costura. Sandra tinha uma confecção, mas foi à falência no final do ano passado. Levou os equipamentos para dentro de casa e atende as freguesas no espaço que cedia aos pacientes.
Até o final do ano, porém, revela que deve voltar a oferecer ajuda. Uma das filhas se casará em dezembro, e novamente terá um cômodo disponível. “A princípio ajudei parentes e essa senhora, mas se eu ficar no hospital e ver alguém muito mal precisando de ajuda, eu levo pra casa. Minha família é alegre, unida, acolhedora. Temos muito mais do que um quarto para oferecer. Carinho, nessas horas, aumenta a expectativa de vida." Talvez Sandra tenha razão. Segundo ela, Cremilda viveu um ano e três meses a mais do que o previsto pelos médicos.
Motorista de Jaleco
Eduardo e o médico da carreta começam a montar a estrutura de atendimento
José Eduardo Teixeira, motorista há 25 anos, viu seu trabalho ganhar contornos maiores desde que assumiu o comando de uma das carretas de prevenção do Hospital, em 2005. Um grande caminhão com capacidade para realizar pequenos procedimentos cirúrgicos, percorre diversas regiões do Brasil oferecendo consultas, exames e informação sobre o câncer. Em média, Edu, como é conhecido pela equipe que acompanha, passa mais de 45 dias fora de casa.
Para que sua função não seja limitada ao volante, ele se encarrega de recrutar pacientes, avisando que a trupe médica chegou. Ajuda os profissionais a montar a estrutura de atendimento, organiza as filas e tem estômago para assistir às cirurgias de urgência.
Apesar do jeitão machão, tem sensibilidade e traquejo para papear. Edu conseguiu informações privilegiadas em uma cidade no interior de São Paulo, próxima a Birigui. Ao estacionar a carreta e fazer a propaganda do atendimento, sentiu um clima pesado entre os moradores quando o assunto era câncer. Ninguém queria se aproximar. Em pouco tempo, soube que um senhor de 56 anos, motorista de ambulância da região, tinha falecido no dia anterior por conta de um câncer na próstata.
“Ele morreu por puro machismo. Sabia que essa doença mata mesmo, tinha acesso à informação, conhecia médicos, mas tudo mundo disse que ele se recusava a fazer exame de próstata. Tal história marcou a vida profissional de Eduardo. Aconteceu durante uma das primeiras viagens como motorista da carreta de prevenção. Hoje, embora sinta saudades de casa, revela, sem falsa modéstia, que se sente um pouco "doutor" também. “Sei que faço parte não apenas como motorista. Ajudo da forma que posso.”
segunda-feira, 18 de julho de 2011
No Icesp, 25% dos operados com câncer são jovens
O estudo mostra ainda que, do total de cirurgias oncológicas, a maioria é em mulheres, somando 51,5%. Na análise exclusiva dos que tem até 49 anos, o público feminino também é maioria, representando 64% dos casos.
De acordo com o levantamento, a principal especialidade cirúrgica utilizada é a urologia, responsável por 28% de todos os procedimentos realizados. Em seguida, estão as especialidades de cabeça e pescoço (11%), aparelho digestivo (8,5%), ginecologia (8,5%), mastologia (7%), toráxica (5%) e ortopédica (2%). Além disso, plásticas reparadoras são responsáveis por 8% dos procedimentos cirúrgicos.
O estudo mostra ainda que 30% dos pacientes submetidos a uma cirurgia de câncer têm mais de 70 anos; 27% têm entre 60 e 69 anos; e 24% têm entre 50 e 59 anos. Considerados jovens, os pacientes com menos de 50 anos somam 25% de todos os operados. A maior parte deles está concentrada na faixa etária de 40 a 49 anos (14%), seguida por aqueles que têm entre 30 e 39 anos (6%). Pacientes com idade entre 20 e 29 anos correspondem a 4% dos que foram submetidos à cirurgia e os que têm até 19 anos representam 2% dos operados.
"Esse levantamento mostra claramente que a idéia de que o câncer afeta somente os pacientes mais velhos está errada. É um número expressivo e por isso é sempre muito importante que as pessoas, independentemente da idade, façam os exames regularmente e procurem o médico de sua confiança sempre que notarem alguma anormalidade com a saúde", alerta o oncologista e diretor-geral do Icesp, Paulo Hoff.
De acordo com o levantamento, a principal especialidade cirúrgica utilizada é a urologia, responsável por 28% de todos os procedimentos realizados. Em seguida, estão as especialidades de cabeça e pescoço (11%), aparelho digestivo (8,5%), ginecologia (8,5%), mastologia (7%), toráxica (5%) e ortopédica (2%). Além disso, plásticas reparadoras são responsáveis por 8% dos procedimentos cirúrgicos.
O estudo mostra ainda que 30% dos pacientes submetidos a uma cirurgia de câncer têm mais de 70 anos; 27% têm entre 60 e 69 anos; e 24% têm entre 50 e 59 anos. Considerados jovens, os pacientes com menos de 50 anos somam 25% de todos os operados. A maior parte deles está concentrada na faixa etária de 40 a 49 anos (14%), seguida por aqueles que têm entre 30 e 39 anos (6%). Pacientes com idade entre 20 e 29 anos correspondem a 4% dos que foram submetidos à cirurgia e os que têm até 19 anos representam 2% dos operados.
"Esse levantamento mostra claramente que a idéia de que o câncer afeta somente os pacientes mais velhos está errada. É um número expressivo e por isso é sempre muito importante que as pessoas, independentemente da idade, façam os exames regularmente e procurem o médico de sua confiança sempre que notarem alguma anormalidade com a saúde", alerta o oncologista e diretor-geral do Icesp, Paulo Hoff.
terça-feira, 12 de julho de 2011
Fio dental, memória e câncer
Gastar tempo e esforço no uso de fio dental pode ser um sábio investimento – não apenas para reduzir os riscos de doença gengival, doença cardíaca e derrame – mas também para proteger contra a perda de memória e câncer de cabeça e pescoço.
Pesquisadores da Faculdade de Odontologia de West Virginia estão estudando a ligação entre doença gengival e perda de memória.
Num estudo em andamento com pacientes com idades a partir de 60 anos, cientistas compararam os exames de saúde bucal dos participantes, seu desempenho num teste de memória e o exame sanguineo que mede o nível de inflamação para ver se a doença gengival está associada com a perda de memória. Homens e mulheres idosos que tiveram a menor pontuação no teste de memória – refletindo sintomas iniciais da doença de Alzheimer – apresentaram a maior associação com as bactérias causadoras de doença gengival.
"Isso pode ter grandes implicações na saúde das populações que estão envelhecendo", diz dr. Richard Crout, especialista em doença gengival e diretor associado de pesquisa da faculdade de odontologia. "Com as taxas de Alzheimer disparando, imagine os benefícios de se saber que manter a boca livre de infecção poderia diminuir os casos de demência".
Dr. Crout também teoriza que, no futuro, dentistas possam ser capazes de aplicar testes de memória nos pacientes mais idosos. Isso não apenas ajudaria a identificar pessoas com problemas de memória, mas também poderia ser capaz de mostrar aos dentistas se seus pacientes com higiene bucal e cuidados pessoais deficientes escolhem não seguir as instruções do dentista ou se a falta de escovação e fio dental deve-se à falta de memória.
Para examinar uma possível associação entre cânceres de cabeça e pescoço e doença gengival crônica, pesquisadores em Nova York examinaram 473 pacientes – 226 diagnosticados com carcinoma de célula escamosa de cabeça e pescoço e 206 pacientes de controle. A doença periodontal dos pacientes foi medida pela perda de osso alveolar (de mandíbula ou maxila) detectada em raios-X panorâmicos.
Cada milímetro de perda óssea nos pacientes estudados foi associado com risco aumentado de câncer de cabeça e pescoço. Embora alguns dos pacientes com câncer não tivessem usado tabaco ou álcool, o tabagismo e a doença periodontal aumentaram a associação dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço.
Pesquisadores da Faculdade de Odontologia de West Virginia estão estudando a ligação entre doença gengival e perda de memória.
Num estudo em andamento com pacientes com idades a partir de 60 anos, cientistas compararam os exames de saúde bucal dos participantes, seu desempenho num teste de memória e o exame sanguineo que mede o nível de inflamação para ver se a doença gengival está associada com a perda de memória. Homens e mulheres idosos que tiveram a menor pontuação no teste de memória – refletindo sintomas iniciais da doença de Alzheimer – apresentaram a maior associação com as bactérias causadoras de doença gengival.
"Isso pode ter grandes implicações na saúde das populações que estão envelhecendo", diz dr. Richard Crout, especialista em doença gengival e diretor associado de pesquisa da faculdade de odontologia. "Com as taxas de Alzheimer disparando, imagine os benefícios de se saber que manter a boca livre de infecção poderia diminuir os casos de demência".
Dr. Crout também teoriza que, no futuro, dentistas possam ser capazes de aplicar testes de memória nos pacientes mais idosos. Isso não apenas ajudaria a identificar pessoas com problemas de memória, mas também poderia ser capaz de mostrar aos dentistas se seus pacientes com higiene bucal e cuidados pessoais deficientes escolhem não seguir as instruções do dentista ou se a falta de escovação e fio dental deve-se à falta de memória.
Para examinar uma possível associação entre cânceres de cabeça e pescoço e doença gengival crônica, pesquisadores em Nova York examinaram 473 pacientes – 226 diagnosticados com carcinoma de célula escamosa de cabeça e pescoço e 206 pacientes de controle. A doença periodontal dos pacientes foi medida pela perda de osso alveolar (de mandíbula ou maxila) detectada em raios-X panorâmicos.
Cada milímetro de perda óssea nos pacientes estudados foi associado com risco aumentado de câncer de cabeça e pescoço. Embora alguns dos pacientes com câncer não tivessem usado tabaco ou álcool, o tabagismo e a doença periodontal aumentaram a associação dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço.
terça-feira, 5 de julho de 2011
O poder dos pacientes
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI5222458-EI18157,00-O+poder+dos+pacientes.html
Riad Younes
De Amsterdam
Foi uma surpresa para todos os mais de 7 mil especialistas em câncer de pulmão, reunidos do mundo inteiro no Congresso Mundial de Câncer de Pulmão em Amsterdam, Holanda. Recebi, na hora de minha chegada no centro de convenções, um aviso. O programa foi alterado. Foi incluída uma apresentação e discussões sobre um tema novo. Pelo menos na minha especialidade. Um simpósio de última hora. E sobre o quê! O lançamento recente de uma organização baseada nos Estados Unidos, sem fins lucrativos, e cujo objetivo se fundamenta em estimular a pesquisa científica e a procura de drogas novas para combater o câncer de pulmão.
Até ai, nada de novo. Mas a peculiaridade neste caso foi que esta sociedade foi fundada, financiada pelos pacientes, e com foco no benefício dos pacientes. Até hoje, a maioria das pesquisas é mantida e dirigida por indústrias farmacêuticas. Não duvido que estas empresas visem o benefício dos pacientes portadores de tumores malignos de pulmão. Mas seu foco ainda é enorme para gerar lucros e satisfazer seus acionistas. Por vezes, drogas não lucrativas são deixadas de lado, mesmo sendo ainda muito eficientes para alguns casos.
A Sra. Bonnie J. Addario, tratada e aparentemente curada de câncer de pulmão mais de seis anos atrás, fundou esta organização, a Addario Lung Cancer Medical Institute (Instituto Médico Addario para o Câncer de Pulmão), conhecida como ALCMI (se pronuncia álquemi, o que em inglês soa como "alquimia"). Baseada na cidade de São Francisco, é atualmente uma das maiores associações filantrópicas dedicada exclusivamente a aumentar a sobrevida de pacientes com câncer de pulmão. Organiza pacientes e familiares, além de voluntários, para a arrecadação de fundos financeiros extensos.
Convidaram cientistas especialistas em câncer de pulmão, do maior calibre e reconhecimento mundial, para se dedicarem a pesquisas com foco somente no beneficio dos pacientes, independente dos interesses das indústrias farmacêuticas. Conseguiram, de início, criar um dos maiores bancos de tumores (coleções de biópsias de milhares de pacientes para detectar caminhos mais eficientes para tratar este câncer).
A pressão destes pacientes fará toda a diferença! Estão tentando imitar as ações dos portadores de HIV-AIDS. Pressionaram cientistas, indústrias, e autoridades de saúde. Eu, e todos os presentes neste simpósio, ficamos impressionados e entusiasmados com esta perspectiva incomum. A força nas mãos dos pacientes para influenciarem autoridades e médicos, na direção do controle e da cura do câncer de pulmão. Apoio total e torcida para algo semelhante surgir no Brasil. Finalmente, o poder dos pacientes, pelos pacientes e para os pacientes!
Riad Younes
De Amsterdam
Foi uma surpresa para todos os mais de 7 mil especialistas em câncer de pulmão, reunidos do mundo inteiro no Congresso Mundial de Câncer de Pulmão em Amsterdam, Holanda. Recebi, na hora de minha chegada no centro de convenções, um aviso. O programa foi alterado. Foi incluída uma apresentação e discussões sobre um tema novo. Pelo menos na minha especialidade. Um simpósio de última hora. E sobre o quê! O lançamento recente de uma organização baseada nos Estados Unidos, sem fins lucrativos, e cujo objetivo se fundamenta em estimular a pesquisa científica e a procura de drogas novas para combater o câncer de pulmão.
Até ai, nada de novo. Mas a peculiaridade neste caso foi que esta sociedade foi fundada, financiada pelos pacientes, e com foco no benefício dos pacientes. Até hoje, a maioria das pesquisas é mantida e dirigida por indústrias farmacêuticas. Não duvido que estas empresas visem o benefício dos pacientes portadores de tumores malignos de pulmão. Mas seu foco ainda é enorme para gerar lucros e satisfazer seus acionistas. Por vezes, drogas não lucrativas são deixadas de lado, mesmo sendo ainda muito eficientes para alguns casos.
A Sra. Bonnie J. Addario, tratada e aparentemente curada de câncer de pulmão mais de seis anos atrás, fundou esta organização, a Addario Lung Cancer Medical Institute (Instituto Médico Addario para o Câncer de Pulmão), conhecida como ALCMI (se pronuncia álquemi, o que em inglês soa como "alquimia"). Baseada na cidade de São Francisco, é atualmente uma das maiores associações filantrópicas dedicada exclusivamente a aumentar a sobrevida de pacientes com câncer de pulmão. Organiza pacientes e familiares, além de voluntários, para a arrecadação de fundos financeiros extensos.
Convidaram cientistas especialistas em câncer de pulmão, do maior calibre e reconhecimento mundial, para se dedicarem a pesquisas com foco somente no beneficio dos pacientes, independente dos interesses das indústrias farmacêuticas. Conseguiram, de início, criar um dos maiores bancos de tumores (coleções de biópsias de milhares de pacientes para detectar caminhos mais eficientes para tratar este câncer).
A pressão destes pacientes fará toda a diferença! Estão tentando imitar as ações dos portadores de HIV-AIDS. Pressionaram cientistas, indústrias, e autoridades de saúde. Eu, e todos os presentes neste simpósio, ficamos impressionados e entusiasmados com esta perspectiva incomum. A força nas mãos dos pacientes para influenciarem autoridades e médicos, na direção do controle e da cura do câncer de pulmão. Apoio total e torcida para algo semelhante surgir no Brasil. Finalmente, o poder dos pacientes, pelos pacientes e para os pacientes!
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