quinta-feira, 26 de julho de 2012

Pivô do mensalão, Roberto Jefferson se interna em hospital do Rio

Segundo assessoria do Hospital Samaritano, presidente do PTB se prepara para cirurgia de retirada de tumor no pâncreas, que deve ocorrer no sábado
iG São Paulo | 26/07/2012 09:30:03 - Atualizada às 26/07/2012 09:42:18
O ex-deputado federal e atual presidente do PTB Roberto Jefferson se internou na manhã desta quinta-feira no Hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro. De acordo com a assessoria do hospital, Jefferson se prepara para uma cirurgia para a retirada de um tumor no pâncreas, que deve ocorrer no sábado.
O diagnóstico de um tumor na cabeça do pâncreas foi confirmado na semana passada , quando o ex-deputado passou por exames no laboratório Sérgio Franco. Depois da cirurgia, ele deverá passar cinco dias na UTI.
Membro da CPI do PC Farias, Roberto Jefferson ficou conhecido nacionalmente como o delator e réu do mensalão. Teve seu mandato cassado em 2005
Além da retirada do tumor, cuja intervenção deve levar de oito a dez horas, será revertida a cirurgia bariátrica feita pelo deputado em abril do ano 2000 para combater a obesidade.
A equipe de médicos escalada para a cirurgia é composta pelos médicos José Ribamar Saboia, Alexandre Resende e Áureo Ludovico.
Na semana passada, quando descobriu a doença, o ex-deputado disse que estava bastante confiante até pela experiência positiva de sua mãe, dona Neusa, que também passou por cirurgia para tratar problema semelhante e se recuperou muito bem.
Mensalão
Roberto Jefferson foi o pivô do mensalão , escândalo de corrupção que abalou o primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva . Ele é um dos 38 réus do caso , que será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 2 de agosto.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Roberto Jefferson está com câncer no pâncreas.

20 de julho de 2012

Um dos réus do mensalão, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) acaba de sair do laboratório Sérgio Franco, no Rio de Janeiro, com exame nas mãos confirmando a presença de um tumor maligno no pâncreas.

Jefferson terá que se operar para a retirada do pâncreas. Ficará cinco dias em UTI, mais um tanto em quimioterapias.

Segundo os médicos lhe informaram, esse tipo de câncer tem 60% de chances de cura.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Idec dá conselho a quem teve plano de saúde suspenso


Começa a vigorar hoje a proibição de entrada de novos clientes nos 37 planos de saúde punidos pela Agência Nacional de Saúde (ANS) por prestarem um mal serviço aos clientes.

Esses planos foram punidos porque ignoraram inúmeras etapas jurídicas e notificações da ANS. Ou seja, insistiram – durante seis meses – no erro a despeito de 6.663 reclamações de seus clientes.
Embora privados são como os prefeitos, governadores e presidentes que deixam a Saúde do país ao Deus dará e continuam a cobrar impostos.

Segundo a ANS a maioria das reclamações é de consultas e exames. Mas, nos últimos anos, cresceu o número de pacientes que só conseguem fazer uma cirurgia com uma liminar da Justiça nas mãos.
A suspensão da ANS nada muda para os 3,5 milhões de clientes desses planos. Mas muita coisa poderá mudar para melhor. Só depende deles.

A recomendação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) é que, de hoje a setembro, se os clientes desses planos se sentirem desrespeitados em seus direitos devem fazer reclamação a ANS. Muita gente não faz. Mas só assim, continuando a registrar as ocorrências no órgão regulador, é que o atendimento poderá melhorar.

- Ou levar a ANS a adotar uma punição mais grave, como a direção técnica, a intervenção, que está prevista em lei – diz a advogada Joana Cruz, do Idec. Isto é, só volta ao mercado agora o plano que tiver uma espécie de “ficha limpa”.

ANS suspende a venda de 268 planos de saúde de 37 operadoras
Comercialização desses produtos fica suspensa a partir do dia 13. Medida não afeta os cerca de 3,5 milhões de beneficiários desses planos
iG São Paulo | 10/07/2012 16:38:54
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu a comercialização de 268 planos de saúde de 37 operadoras por não terem cumprido os prazos mínimos de atendimento. A medida não afeta os beneficiários desses planos, cerca de 3,5 milhões de pessoas.
"A ANS está proibindo que esses planos possam ser vendidos enquanto a operadora não prestar atendimento adequado àqueles que já os possuem. Não prejudica o beneficiário, pelo contrário, protege essas pessoas", disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
O ministro esclareceu que os planos que tiveram a venda suspensa correspondem a apenas 7% do total de usuários. No país, existem 1.016 operadoras, que comercializam cerca de 22 mil planos. Atualmente, 47,6 milhões de brasileiros estão vinculados a um plano médico, o equivalente a quase um quarto da população.
Os planos são avaliados a cada três meses, de acordo com o cumprimento dos prazos de atendimento. Para as consultas básicas, o cliente deve esperar no máximo por sete dias úteis para conseguir o atendimento. Outras especialidades o prazo é 14 dias e para procedimentos de alta complexidade, 21 dias. Os que tiveram a comercialização suspensa foram mal avaliados duas vezes
A comercialização desses produtos fica suspensa a partir do dia 13. Se os planos insistirem na venda, poderão ser multados em R$ 250 mil. De acordo com o diretor geral da ANS, Mauricio Ceschin, "houve atrasos em consultas, exames, no atendimento corriqueiro".
Segundo a ANS, o consumidor que pretende contratar um plano de saúde poderá verificar se o registro deste produto corresponde a um plano com comercialização suspensa pela ANS. Esta informação pode ser acessada no endereço eletrônico da ANS.
Veja a lista das 37 operadoras que tiveram planos suspensos:
1 - Admedico Administração de Serviços Médicos a Empresa Ltda.
2 - Administradora Brasileira de Assistência Médica Ltda.
3 - ASL - Assistência a Saúde
4 - Assistência Médico Hospitalar São Lucas S/A
5 - Beneplan Plano de Saúde Ltda.
6 - Casa de Saúde São Bernardo S/A
7 - Centro Clínico Gaúcho Ltda
8 - Centro Transmontano de São Paulo
9 - Excelsior Med S/A
10 - Fundação Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte
11 - Fundação Waldemar Barnsley Pessoa
12 - Green Line Sistema de Saúde S.A.
13 - Grupo Hospitalar do Rio de Janeiro Ltda
14 - HBC Saúde S/C Ltda
15 - Memorial Saúde Ltda
16 - Nossa Saúde - Operadora Planos Privados de Assistência à Saúde Ltda
17 - Operadora Ideal Saúde Ltda
18 - Porto Alegre Clínicas S/S Ltda
19 - Prevent Senior Private Operadora de Saúde Ltda
20 - Real Saúde Ltda EPP
21 - Recife Meridional Assistência Médica Ltda
22 - Samp Espírito Santo Assistência Médica Ltda
23 - São Francisco Assistência Médica Ltda
24 - São Francisco Sistemas de Saúde Sociedade Empresária Ltda
25 - Saúde Medicol S/A
26 - Seisa Serviços Integrados de Saúde Ltda
27 - SMS - Assistência Médica Ltda
28 - Social - Sociedade Assistencial e Cultural
29 - Sosaúde Assistência Médico Hospitalar Ltda
30 - Unimed Brasília Cooperativa de Trabalho Médico
31 - Unimed Federação Interfederativa das Cooperativas Médicas do Centro-Oeste e Tocantins
32 - Unimed Guararapes Cooperativa de Trabalho Médico Ltda
33 - Unimed Maceió Cooperativa de Trabalho Médico
34 - Unimed Paulistana Sociedade Cooperativa de Trabalho Médico
35 - Universal Saúde Assistência Médica S.A.
36 - Vida Saudável S/C Ltda
37 - Viva Planos de Saúde

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Filhas de pacientes com câncer de mama podem interferir no curso da doença

O papel das acompanhantes precisa ser mais explorado, diz presidente de entidade de apoio a mulheres com a doença
Fernanda Aranda , iG São Paulo | 05/07/2012 07:00:00
A atriz Priscilla interpreta com Tássia Camargo um papel que já ensaiou na vida real: o de filha de uma mulher com câncer de mama
Cena 1: Com mão na cintura e testa franzida, disparou bronca para a mãe levantar do sofá. “Já são 14h.” A filha entendia o cansaço, mas não queria desânimo para a sessão de quimioterapia. “Tá acabando...”, pensava. Preparou o lanche para levar ao hospital e separou uma blusa caso o tempo virasse. Em meio à inversão de papéis e ao cuidado do tipo materno, a jovem refletiu: “nunca me senti tão filha”. Corta.
No palco de um teatro no centro paulistano, a atriz Priscilla Squeff interpreta Denise Maria, filha de uma paciente com câncer de mama.
O enredo da peça “Se você me der a mão” faz Priscilla vivenciar na arte o que ensaiou na vida real. A mãe de verdade enfrentou a mesma doença.
“A gente imita um pouco mãe mesmo quando a nossa adoece. Mas a verdade é que o amor é mais compreendido. Eu me descobri mais filha naquela situação”, conta a atriz endossando a sensação da fictícia Denise Maria expressada em cena.
O mesmo enredo é diariamente assistido pelos médicos, seja nos consultórios oncológicos públicos ou nos privados. As filhas adultas, dizem os especialistas, são companheiras mais fiéis das pacientes com câncer de mama. Por isso, precisam começar a ser estudadas em pesquisas científicas, avalia Maira Caleffi, mastologista e presidente da Federação Brasileira de Apoio à Saúde da Mama (Femama).
“O que vemos na prática é que esta parceria com a filha pode interferir no curso da doença da mãe e por isso este papel das companheiras das doentes precisa ser mais explorado pela ciência”, completa Maira.
Interferência
Um dos motivos da interferência já foi detectado pelos ensaios clínicos. Uma revisão de 78 estudos realizada pela Universidade do Minho Braga de Portugal, publicada no final do ano passado na Revista Brasileira de Psicologia, ressaltou o alcance do câncer da mãe nas descendentes dela.
As filhas adultas estudadas – com mais de 19 anos – apresentavam níveis de estresse ainda maiores do que os das mães em tratamento contra o câncer.
“O comportamento das acompanhantes pode ser negativo, quando vem acompanhado de superproteção no cuidado, nervosismo extremo ou até negligência ao sofrimento materno. Mas é positivo caso refletido em incentivo à terapêutica e força para superar os efeitos colaterais, o que amplia as chances de recuperação”, diagnostica a presidente da Femama.
O impacto não é apenas na saúde das mulheres com o tumor. As acompanhantes também sentem na pele os efeitos da doença, afirma Adriana Campner, ginecologista, chefe do ambulatório da Santa Casa e professora de Ciências Médicas.
 “Muitas filhas são fisgadas por uma cultura de prevenção. Como encaram de perto o sofrimento das mães, não querem passar pela mesma coisa. Passam a fazer mais exames, cuidar da dieta, mudar os hábitos de vida.”
Recorrente
Mabel Simm Milan Bueno, 27 anos, por exemplo diz que a “neoplasia na mama esquerda” modificou o jeito de encarar o mundo, mesmo sem nunca ter recebido das mãos de nenhum médico os exames que mostravam a presença do câncer no organismo.
Em 2001, quando a mãe Leoni a chamou para uma conversa séria, para revelar a doença, muitos episódios marcaram a trajetória das duas. “A formatura no colégio, a minha entrada na faculdade de geografia, a aposentadoria dela, a minha aprovação no concurso, engravidar da Isadora. Eu virei mãe. Ela avó”, pontua Mabel.
“O curioso é que desde a primeira vez em que fiquei sabendo do câncer, foram recuperações e recaídas da minha mãe. Eram curas e reincidências, já que houve a volta do tumor em 2003, 2005, 2007 e 2009”, lembra.
“Todos estes anos coincidem com os momentos mais importantes da minha trajetória. O câncer permeou todos eles”, conta Mabel.
Leoni encarou a doença de peito aberto e confirma que nestes anos todos de idas e vindas com a problemática do câncer trocou de lugar com a filha Mabel várias vezes. A relação foi transformada.
“Era uma adolescente rebelde, brigava muito com a minha mãe. Depois, foi ela quem ficou um pouco teimosa no cuidado com a doença”, brinca Mabel.
Nesta troca de personagens que permeou o enfrentamento do câncer na história de Mabel e Leoni, um papel foi descartado. “Nunca olhei minha mãe como vítima. Muito menos como incapaz. Era difícil ver os cabelos caindo, o corpo inchado por causa dos medicamentos, mas ela era linda na sua postura. Foi fundamental na minha carreira e uma avó exemplar.”
A “não-anulação” de quem tem a doença, acredita Maira Callefi, é o segredo para a interferência da filha no curso da doença da mãe ser a melhor possível, com mais resultados positivos.
Foi o que a atriz Pirscilla Squef fez no cotidiano de verdade. Foi o que Denise Maria interpretou no cenário fictício da peça. E é o que Mabel sugere para outras filhas de pacientes com câncer de mama, antes de se prepararem para uma cena da vida real.
Cena real: Isadora, a netinha, está de vestido caipira pronta para dançar na escola. Na plateia Mabel e Leoni. Os exames mostraram que o câncer está inativo após a metástase em 2009. Mabel é só orgulho. Os cabelos de Leoni cresceram ainda mais bonitos. Isadora entra em cena. Corta. FIM.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Seis planos de saúde terão reajuste máximo

06/07/2012
Tatiana Cavalcanti
do Agora
Ao menos 1,5 milhão de beneficiários de seis convênios médicos terão reajuste de 7,93% em seus planos de saúde individuais e familiares.
O reajuste máximo autorizado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) será aplicado por seis das maiores operadoras de saúde: Amil, Unimed Paulistana, Greenline, Marítima, SulAmérica e Bradesco Saúde.
Outras empresas consultadas não se pronunciaram.
Nos casos de planos de saúde com aniversário entre maio e julho, o reajuste será retroativo, mas a cobrança deverá ser diluída.
Os contratos que vencem entre janeiro e abril só terão reajuste no ano que vem, já que a ANS autoriza a cobrança retroativa desde maio.
No total, 8 milhões de consumidores no país terão seus planos de saúde reajustados.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Novo exame consegue detectar células cancerígenas no sangue

04 de julho de 2012 15h01 atualizado às 16h48
O chip usa amostras de sangue do paciente para achar células raras, como as tumorais circulantes (CTCs)


Matheus Pessel

Pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts (ligado à Universidade de Harvard, nos Estados Unidos) afirmam ter criado um método de identificar com precisão no sangue a presença de células consideradas raras, inclusive de um tipo que teria papel-chave na metástase de tumores.

Nos últimos 15 anos, foram desenvolvidos diversos exames para detectar essas células, mas eles são caros e complicados. O novo método simplificaria o processo e poderia ser usado até em clínicas. A pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira em artigo na revista especializada Science Translational Medicine, da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês, que também publica a Science).

Os métodos atuais de detecção de células raras - como as tronco, as endoteliais, do sistema imunológico, e as chamadas tumorais circulantes (CTC) - não é simples, afinal, estima-se que exista uma dessas para cada bilhão de células sanguíneas, ou 1 ml do sangue. O processo atual envolve purificação da amostra, o que leva à perda delas e dos seus biomarcadores.

Os pesquisadores de Harvard conseguiram fazer essa detecção de maneira mais eficiente, simples e barata. Eles usam nanopartículas magnéticas para "etiquetar" essas células e identificá-las ao passar uma amostra de sangue por um sensor de efeito Hall (que registra mudanças em um campo magnético) em miniatura, literalmente um chip. Essas partículas se prendem a biomarcadores específicos que existem na superfície da célula. Em 20 pacientes com tumor no ovário, eles conseguiram identificar três desses marcadores relacionados com o câncer.

Chamado de micro detector Hall (mHD) ele consegue descobrir rápida e quantitativamente as CTCs e sem a necessidade de purificação. A pequena máquina utiliza um chip e elimina a necessidade de equipamentos caros, como centrífugas, o que facilita o uso em clínicas.

"A plataforma do mHD é muito versátil. Os marcadores de interesse são facilmente intercambiáveis. Isso nos permite personalizar um painel de marcadores para cada (tipo de) câncer", diz ao Terra o professor de Harvard Cesar Castro, um dos autores do artigo e criadores do equipamento.

Segundo os pesquisadores, o novo equipamento pode ser utilizado para diagnosticar e prognosticar a doença, além de monitorar a progressão do câncer. Para testar o terceiro uso, os cientistas aplicaram a substância geldanamycin (que não é usada em tratamentos, pois causa danos ao fígado) em ratos com câncer. Aqueles que receberam a droga demonstraram queda no fator de crescimento - detectada pela queda em um dos biomarcadores registrados pelo mHD. Os animais que não receberam não tiveram mudanças nesse marcador.

O artigo afirma que outra vantagem do método do mHD é que, ao usar um sensor de efeito Hall ao invés de magnetorresistência, ele permite a fabricação de equipamentos muito mais simples e baratos. Os autores (oito pesquisadores, no total) explicam que os detectores Hall são amplamente utilizados pela indústria e aparecem em equipamentos tão diferentes como odômetros de carros e aparelhos de GPS. "Um cálculo (de custo) aproximado seria de aproximadamente US$ 10 por chip descartável", diz Castro.

Os cientistas compararam os testes em pacientes com outro método - chamado comercialmente de CellSearch. Enquanto o processo "antigo" descobriu uma célula em 7,5 ml de sangue em média, o novo encontrou uma média de 57 em amostras iguais. A precisão é de 96%, afirma o artigo.

As CTCs e o câncer
Em um artigo separado da revista, os pesquisadores Joshua M. Lang, Benjamin P. Casavant e David J. Beebe (todos da Universidade do Wisconsin e que não tiveram relação com o estudo de Harvard) comentam o desenvolvimento do aparelho e dizem que ele pode ajudar a responder uma pergunta corrente na medicina nos últimos anos: as CTCs aumentam a chance de metástase e de retorno do tumor ou não tem relação com isso?

"A enumeração da massa de CTCs de pacientes em estágio avançado de câncer ainda vai responder se essas células isoladas são responsáveis por iniciar metástase em um lugar, são células em trânsito de lugares de metástase já estabelecidos, ou simplesmente células com pouca relevância para a progressão do câncer", dizem os pesquisadores no artigo.

Contudo, segundo os cientistas, a grande esperança na pesquisa sobre os CTCs é que eles possam ser usados como simples e acessíveis biomarcadores, o que nenhum exame atual do tipo - como o CellSearch, por exemplo - consegue fazer. Mas o mHD poderia mudar esse quadro e isso ajudaria os médicos a monitorar e decidir qual é o melhor tratamento para cada paciente que sofre da doença e seria uma grande vantagem sobre exames de imagem e as dolorosas biópsias, já que leva a um resultado em um período de tempo muito mais curto.

Castro afirma que, para a oncologia, o equipamento poderá ser usado tanto para o tratamento como para a pesquisa. "A capacidade de examinar as células cancerosas no sangue utilizando um método barato e fácil de usar, permitiria a os cientistas de todo o mundo perseguir suas hipóteses principais (de pesquisa) em seus próprios laboratórios ou clínicas", diz o cientista. "Pelo menos, é possível que (o mHD) nos permita examinar o sangue de cada paciente e, se for encontrado (células de) câncer, permitirá aos oncologistas seguir imediatamente a quimioterapia sem os atrações de complicações de uma cirurgia (no caso, a biópsia)."

Os editores da revista dizem que o equipamento permite finalmente encontrar a agulha no palheiro e comemoram a criação. "O mHD parece ser o contador de células mais sensível que existe, com potencial para mudar o manejo de pacientes e o monitoramento da doença em clínicas. As agulhas ainda estão lá, mas nós temos agora uma rápida maneira de apartá-las do palheiro", afirmam em nota.