sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Consumo de café está ligado a menor risco de morte por câncer bucal, aponta estudo


27/12/2012 - 10h24 | do UOL Notícias

O risco de morte por câncer de boca ou garganta foi 26% menor entre aqueles que beberam uma xícara de café por dia
Nicholas Bakalar
Do New York Times

Um grande estudo descobriu que beber café está associado a um risco reduzido de morte por câncer bucal. O relatório foi publicado online este mês no periódico American Journal of Epidemiology.

Os pesquisadores estudaram 968.432 homens e mulheres saudáveis desde 1982. Todos os questionários sobre saúde e hábitos alimentares foram completos, incluindo a quantidade de consumo de chá e café desde o início do estudo. Vinte e seis anos depois, 868 pessoas morreram de câncer de boca ou garganta.

Após o ajuste para o tabagismo, consumo de álcool e outros fatores, os pesquisadores descobriram que o risco de morte por câncer de boca ou garganta foi 26% menor entre aqueles que beberam uma xícara de café por dia, 33% menor entre aqueles que beberam de duas a três xícaras por dia, e 50% menor entre aqueles que beberam de quatro a seis xícaras por dia, em comparação com aqueles que não beberam café com cafeína.

Houve uma associação significativa da redução do risco com o café descafeinado, mas nenhuma associação com o chá.

Os autores reconhecem que não puderam distinguir se os que bebem café apresentam menos probabilidade de desenvolver câncer bucal ou de garganta ou se possuem maior probabilidade de sobreviver à doença.

A autora principal, Janet S. Hildebrand, da Sociedade Nacional de Câncer, disse que o mecanismo não era claro, mas que o café contém compostos que podem ter efeitos anticancerígenos. "Não estamos recomendando que as pessoas comecem a beber café para a prevenção do câncer", disse ela. "Mas esta é uma boa notícia para aqueles que gostam de café."
 

Abuso no reajuste de plano de saúde após 60 anos é punido

Empresa é condenada a pagar indenização de R$ 20 mil por ferir Estatuto do Idoso

25.12.2012http://odia.ig.com.br/portal/economia/abuso-no-reajuste-de-plano-de-sa%C3%BAde-ap%C3%B3s-60-anos-%C3%A9-punido-1.529141
POR Pablo Vallejos

Rio -  No aniversário de 64 anos, comemorado em outubro, a aposentada Gladys Miranda Serra percebeu que pagara, por quatro anos, reajuste abusivo de aproximadamente 372% na mensalidade do plano de saúde. Imediatamente, recorreu à Justiça. O caso, que foi vitorioso neste mês, rendeu indenização de cerca de R$ 20 mil — de restituição, juros e dano moral.

Reajuste por faixa etária em plano de saúde é proibido pelo Estatuto de Idoso. Além disso, é definido como cobrança indevida pelo Código de Defesa do Consumidor.

Por isso, a Associação Nacional de Assistência ao Consumidor e ao Trabalhador (Anacont), que ajudou Gladys na ação, quer ver casos como o dela se repetindo. A entidade alerta os maiores de 60 anos para ficarem de olho nas mensalidades e, se constatarem abusos, irem à Justiça.

A aposentada conta que, quando fez 60 anos, em 2009, pagava R$ 276 por mês. Após diversos reajustes, a prestação chegou a R$ 1.307,96 em outubro. Foi quando ela procurou a Anacont e obteve ajuda para ir à Justiça.

Agora, a operadora do plano deve restituir tudo o que foi pago além dos R$ 276. E a indenização será acrescida de juros compensatórios e ressarcimento por dano moral.

Depois da vitória de Gladys, o marido dela, Paulo Pereira Serra, fez as contas e descobriu que também paga valores indevidos, há 12 anos. Por isso, já se prepara para entrar com ação na Justiça.

José Roberto Oliveira, presidente da Anacont, está otimista e aconselha a quem está em situação igual: “Basta ir ao juizado especial e apresentar os comprovantes”.

Cálculo identifica a irregularidade

COMO AVALIAR

De acordo com a especialista em Direito da Saúde Melissa Pires, para saber se o aumento nas mensalidades fere o bolso do consumidor, o segurado deve verificar se a prestação é até seis vezes superior ao valor cobrado aos clientes da primeira faixa de cobertura médica — a que vai até os 18 anos. Se for maior, é ilegal. A informação pode ser obtida em contato com a empresa, e o cálculo é simples.

COMO RECORRER
Segurados que observarem alguma irregularidade cometida por sua operadora de saúde devem acionar a Agência Nacional de Saúde(ANS) pelo telefone 0800-701-9656.

Também podem denunciar o caso à Anacont. “Com a ação, o aumento é cancelado, e o idoso volta a se comprometer com o mesmo valor que pagava antes de completar 60 anos”, diz José Roberto Oliveira, presidente da Anacont.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Pesquisa mostra preconceito dos homens; Trinta e oito por cento acham que câncer de mama pode acabar com relacionamento

25/09/2012 - 09h18 | do UOL Notícias
Mariana Lenharo
Em São Paulo

Dos 400 homens ouvidos pela pesquisa do Data Popular, 38% consideram que o diagnóstico de câncer de mama pode acabar com um relacionamento e 75% acham que a doença acaba com a vaidade de qualquer mulher.

A psicóloga Camila Araújo, que atende pacientes com câncer de mama no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, conta que já viu muitos casos de maridos que acabam se separando de suas mulheres quando elas chegam ao fim do tratamento. “Para algumas pacientes, o baque é muito forte e a autoestima acaba afundando mesmo depois de uma separação”, diz.

As mulheres, por outro lado, elegem o companheiro como a primeira pessoa para quem contariam sobre a doença, caso fossem diagnosticadas: 42% assim o fariam, antes da mãe (24%) e dos filhos (20%).

O levantamento também põe em xeque a participação do homem no estímulo à prevenção do câncer de mama: 36% não citam a mamografia ou o raio X de mama como exames importantes a serem realizados pela mulher com regularidade. Outro achado é que 45% nunca estimularam ir com elas ao ginecologista ou fazer exames ginecológicos. Dos que têm contato com a mãe, 55% também não desempenharam esse papel em relação a ela.

Para a mastologista Rita Dardes, a pesquisa mostra que o homem deve estar mais presente na prevenção do câncer de mama. “O homem tem um papel superimportante como disseminador de informação para a mulher. Se a mulher tiver um parceiro ponta firme, que a lembre de fazer os exames, é um estímulo.” Ela aponta que esse papel deveria ser estimulado em campanhas. “Os homens, no Brasil, não estão ligados nem com a saúde deles, o que dirá da esposa. Há de ter um trabalho para estimular essa comunicação.”

A mastologista Maira Caleffi, da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), conta que a maioria dos homens tem muita dificuldade de comparecer às consultas com a companheira no início. “Depois a gente explica que é importante o companheiro ficar junto e eles começam a aderir. Alguns fogem e nunca mais aparecem. Mas a maioria adere. Tem de haver uma sensibilização do patologista, que deve convencer o casal da importância da presença do companheiro.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Bayer pede aprovação dos EUA para droga contra câncer de próstata

Reuters - Jonathan Gould
Em Frankfurt  - 14/12/2012

A farmacêutica alemã Bayer afirmou nesta sexta-feira (14) que solicitou a aprovação de um medicamento experimental contra o câncer de próstata a reguladores norte-americanos, que poderia gerar mais de 1 bilhão de euros em vendas anuais.

Na última quarta-feira (12), a Bayer disse que estava solicitando aprovação da União Europeia para o novo remédio, o Radium-223.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Médicos na Índia usam vinagre para detectar câncer

Técnica simples está permitindo que mulheres de aldeias remotas tenham mais chance na luta contra câncer de colo de útero
BBC | 07/12/2012 12:16:54
Os exames citológicos tradicionalmente usados para detectar a presença de células causadoras de câncer cervical são caros e requerem equipamentos especializados. Por isso, médicos indianos estão usando um método alternativo que tem por base um material inusitado - ácido acético, ou vinagre comum.
O método - desenvolvido por cientistas da Universidade Johns Hopkins e de outras instituições - está sendo usado em lugares como a aldeia de Dervan, no estado de Maharashtra, onde os médicos improvisaram uma clínica temporária em uma loja vazia.
Ele consiste em recolher, com a ajuda de uma espécie de cotonete com vinagre, material do colo do útero das pacientes. Se o vinagre fizer o material recolhido ficar branco ou amarelado, há indícios da presença de células pré-cancerígenas.
Em países como os EUA, o câncer cervical costumava matar mais mulheres do que qualquer outro câncer . Hoje, porém, praticamente não há mortes em muitos países desenvolvidos graças ao exame conhecido como Papanicolau - que permite a detecção precoce e tratamento da doença.
Na Índia, no entanto, dezenas de milhares de mulheres ainda morrem todos os anos de câncer cervical. "Não é possível para nós oferecer o exame (Papanicolau) de forma tão frequente como no Ocidente", diz Surendra Shastri, do Tata Memorial Hospital em Mumbai.
A análise do Papanicolau requer um time de especialistas bem treinados e um laboratório bem equipado, mas muitas regiões da Índia não têm nem um, nem outro. "Então, o que podemos fazer?", Shastri questiona. "Não podemos deixar que as mulheres morram."
Resistência
Os exames com vinagre são uma resposta relativamente simples e barata a esse dilema. Eles estão sendo feitos como parte de um projeto do Tata Memorial Hospital, de Mumbai, e do Hospital Walawalkar, de Dervan, dirigido pela médica Suvarna Patil.
Patil diz que quando o teste "alternativo" foi levado para as aldeias, onde passou a ser oferecido gratuitamente, as mulheres indianas não pareciam estar interessadas. Muitas achavam o exame incômodo e constrangedor, e um amplo trabalho de conscientização teve de ser implementado para quebrar sua resistência.
Profissionais da área de saúde visitaram diversas casas com seus computadores e apresentações de PowerPoint - em um país em que, contraditoriamente, há ampla disseminação de alguns equipamentos tecnológicos, mas a qualidade dos serviços básicos ainda é precária.
Cartazes foram espalhados em ruas e praças e encontros foram realizados com líderes comunitários e estudantes.
Estratégias
Ainda assim, como contou Patil, as mulheres não pareciam convencidas da importância do exame. Uma tripla estratégia ajudou a arrefecer essa resistência.
Primeiro, uma equipe feminina de médicas e enfermeiras foi destacada para fazer os exames. Segundo, essa equipe passou a oferecer não apenas o teste para detectar o risco de câncer de colo do útero, mas também um check-up total das pacientes, medindo sua pressão arterial, avaliando problemas dentários e ajudando a detectar diabetes e outras doenças que preocupam bastante as mulheres da região.
Para completar, os homens também passaram a ser recebidos para um check up - e o apoio masculino foi um fator essencial para que as mulheres comparecessem a esses postos de saúde improvisados.
Essas estratégias ajudaram a causar uma mudança de atitude, que também foi impulsionada pela gradual disseminação de uma percepção positiva sobre os resultados dos exames.
Segundo Patil, pouco a pouco, as indianas começaram a perceber que ele realmente estava ajudando parentes e conhecidas a vencer o câncer.
"Elas começaram a ver os resultados. Entenderam que se o câncer é detectado em estado precoce o paciente se recupera bem", disse a médica.
"Agora, as pessoas estão vindo até nós para pedir que façamos o exame em grupos de mulheres de uma ou outra região."
* Programa coproduzido pela BBC e a rádio pública americana PRI.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Terapia usa forma inativa do HIV para combater leucemia

DO 'NEW YORK TIMES'

Emma Whitehead vem saltitando pela casa ultimamente. É difícil acreditar, mas no início do ano, Emma, então com seis anos, estava prestes a morrer de leucemia. Ela tinha sofrido duas recaídas após fazer quimioterapia.


Seus pais procuraram um tratamento experimental no Children's Hospital da Filadélfia, nos EUA. O procedimento nunca tinha sido testado em uma criança nem em qualquer pessoa com o tipo de leucemia de Emma.

Realizado em abril, o experimento usou uma forma desativada do HIV para reprogramar o sistema imunológico de Emma, de modo a matar as células cancerígenas.

O tratamento quase a matou. Mas agora, sete meses depois, ela está em remissão completa. Os pais de Emma, Kari e Tom, disseram que sua filha sofria de leucemia linfoblástica aguda desde 2010.

Ela faz parte de um grupo de uma dúzia de pacientes com leucemia avançada a terem recebido o tratamento experimental, desenvolvido na Universidade da Pensilvânia.
Abordagens semelhantes estão em teste no Instituto Nacional do Câncer dos EUA e no Memorial Sloan-Kettering, em Nova York.

"Nossa meta é a cura, mas não podemos proferir essa palavra", disse o médico Carl June, da Universidade da Pensilvânia.

Ele espera que o novo tratamento possa substituir o transplante de medula, um procedimento mais árduo, arriscado e caro e que hoje é o último recurso contra leucemias e doenças relacionadas.

Três adultos com leucemia crônica tratados na Universidade da Pensilvânia estão sem sinal da doença; dois estão bem há mais de dois anos.

Quatro adultos melhoraram mas não tiveram remissão completa e um foi tratado recentemente demais para ser avaliado. Uma criança tratada melhorou, mas depois sofreu recaída. Em dois adultos, o tratamento não funcionou. Os pesquisadores apresentaram os resultados em reunião da Sociedade Americana de Hematologia.

Uma grande empresa farmacêutica, a Novartis, está apostando na equipe da Pensilvânia e já destinou US$ 20 milhões para a construção de um centro de pesquisas na universidade.
Cientistas dizem que a mesma abordagem -a reprogramação do sistema imunológico do paciente- pode ser empregada contra tumores como de mama e próstata.

Para realizar o tratamento, médicos removem linfócitos T do paciente -um tipo de célula de defesa- e inserem genes que os capacitam a matar as células cancerígenas.

A técnica usa uma forma desativada de HIV, que leva material genético para dentro dos linfócitos. Os novos genes programam os linfócitos T para atacar as células B, uma parte normal do sistema imunológico que se torna maligna na leucemia.

Um sinal de que o tratamento está funcionando é que o paciente fica extremamente doente, com febres e calafrios, além de apresentar queda da pressão -efeitos que quase mataram Emma.

A pesquisa se encontra em fase inicial. Ainda não se saber por que o tratamento às vezes não funciona. Não está claro também se o o paciente precisa das células modificadas para sempre. Como elas matam as células B saudáveis, além das cancerosas, os doentes ficam vulneráveis a infecções e precisam usar imunoglobulinas para prevenir doenças.

Os pais de Emma dizem que a menina parece estar levando tudo muito bem. Ela voltou à escola e ao convívio com os colegas.

"Agora é hora de Emma recuperar sua infância", disse seu pai.

Aprovado projeto que obriga planos a oferecer tratamento domiciliar para câncer


Brasília -  Os planos de saúde poderão ser obrigados a cobrir o tratamento quimioterápico domiciliar de uso oral ao doente de câncer e os custos de medicamentos usados pelos pacientes, como reposição hormonal. Nesta quarta-feira, a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara aprovou projeto de lei que trata do assunto.

De autoria da senadora Ana Amélia (PP-RS), a proposta segue, agora, para análise da Comissão de Constituição e Justiça, em caráter conclusivo, ou seja, caso aprovada, irá à sanção presidencial sem a necessidade de votação pelo plenário da Casa.

De acordo com relator da proposta, deputado Reguffe (PDT-DF), a medida poderá representar economia de R$ 175 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS). “Com a economia [de recursos] será possível adquirir 58 equipamentos de radioterapia, uma das principais carências do sistema público de saúde, ou construir 580 postos de saúde”, estimou o relator em seu parecer.

Atualmente, segundo o deputado, 40% dos tratamentos oncológicos são de uso oral e feitos em casa. O percentual deve dobrar em 15 anos. “Isso mostra que a legislação deve acompanhar as inovações científicas”, disse.

Pelo texto, os planos de saúde serão obrigados a oferecer planos que incluem atendimento ambulatorial, tratamento de quimioterapia oncológica domiciliar de uso oral e medicamentos para o controle de efeitos adversos relacionados ao tratamento.

No caso dos planos que incluem internação hospitalar, a proposta obriga a cobertura para o tratamento de quimioterapia oncológica ambulatorial e domiciliar, procedimentos radioterápicos e hemoterapia, visando a garantir a continuidade da assistência prestada na internação hospitalar.

“Além do prejuízo causado ao consumidor beneficiário de planos de saúde, a problemática do tratamento oral contra o câncer tem causado impacto negativo ao SUS, que acaba recebendo a demanda reprimida dos planos de saúde, provocando mais custos para o sistema público, que já enfrenta uma crise financeira sem precedentes na história”, ressaltou.

As informações são da Agência Brasil

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Cheerleaders da NFL raspam o cabelo em apoio a técnico diagnosticado com câncer

O Indianapolis Colts bateu o Buffalo Bills por 20 a 13, no último domingo, pela NFL, a liga profissional de futebol americano. Mas essa não foi a principal notícia produzida pelo jogo: uma das cheerleaders o time, Megan M., raspou seu cabelo à máquina zero no intervalo entre o 3° e o 4° períodos da partida.

A atitude foi tomada em apoio à pesquisas contra o câncer. Os Colts estão arrecadando fundos para pesquisas em razão da luta contra a leucemia pela qual o técnico da equipe, Chuck Pagano, está passando. Ele, durante o tratamento, teve que raspar o cabelo.

O gesto da cheerleader acabou sendo repetido por outra dos Colts, Crystal Ann. Ambas, após rasparem os cabelos, voltaram a dançar com as outras cheerleaders.

Megan raspou após a franquia arrecadar mais de U$ 20 mil – ela prometeu que rasparia assim que alcançassem US 10 mil.

Plano de saúde fica cada vez mais caro

Reajuste acima do dos salários compromete renda

Rio -  Em 30 anos, o cliente de planos de saúde não terá mais condições de pagar esse tipo de serviço, segundo previsão do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Estudos feitos pela instituição apontam que, em três décadas, o custo vai representar 70% do orçamento do segurado. Atualmente, ele gasta, em média, 7% da renda com planos.

De acordo com o Idec, as mensalidades desse serviço continuam a ser corrigidas acima da inflação, “ampliando ainda mais o descasamento com a recomposição de renda do consumidor, feita pelo índice de inflação”. Em dois anos, o reajuste dos planos cresceu sete pontos percentuais mais que o índice de variação de preços.

Um consumidor que tem, hoje, 30 anos e renda de R$3 mil e paga R$ 210,00 por um plano individual, compromete 7% com a operadora. Se forem mantidas as condições de reposição salarial e as regras atuais de reajuste para os planos de saúde, quando o consumidor completar 60 anos, a mensalidade terá sofrido acréscimo estimado de 296,79%.

Segundo a economista do Idec, Ione Amorim, se aplicado o reajuste de 163,49% acima da inflação no período, a mensalidade do plano de saúde passaria dos R$ 210,00 para R$ 2.196,28. “Isso representaria 73,21% da renda do cliente e inviabilizaria o pagamento do plano de saúde”, disse a especialista.