quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Após esperar 4 meses, criança tem leito para transplantar medula em SP


Pedro Sanchez, de 2 anos, tem leucemia e conseguiu doador na Alemanha.
Cirurgia está marcada para esta quarta-feira (11) em Ribeirão Preto.
Do G1 Ribeirão e Franca

Uma batalha de quase um ano começa a ter um final feliz. Nesta quarta-feira (11), Pedro Lemos Sanchez, de apenas 2 anos, realizará um transplante de medula óssea, único meio de salvá-lo, segundo os médicos, de uma leucemia descoberta em outubro de 2012. O menino, que conseguiu um doador compatível na Alemanha em maio deste ano, precisou esperar quatro meses por um leito de internação no Hospital das Clínicas (HC) de Ribeirão Preto (SP) - a unidade possui seis leitos para o procedimento e a fila de espera chega há seis meses. "Ele é guerreiro. Quarta-feira inicia-se o processo de cura do Pedro", diz a mãe, a decoradora Nara Sanchez.

Desde o dia 26 de agosto, Pedro permanece internado em regime de isolamento recebendo medicamentos para eliminar a medula doente. A família se reveza no hospital para acompanhar o quadro de saúde do menino. "Estamos com uma rotina puxada. Ele não fica sozinho, precisa ficar 24 horas com alguma pessoa. Então a gente reveza. Um dia o pai fica no hospital, no outro dia eu fico", explica Nara.

Nos últimos 12 dias, o menino tem realizado sessões de quimioterapia para preparar o organismo para o transplante. "Nessa quimio que ele está fazendo agora, é preciso fazer um eletrocardiograma todos os dias, porque o medicamento é agressivo ao coração. A gente costuma brincar que os adesivos são medalhas. E ele fica todo orgulhoso", conta a mãe.

Nesta terça-feira (10), enquanto o paciente passa pela última sessão de quimioterapia, um médico do HC estará na Alemanha para acompanhar a retirada das células-tronco da medula do doador. O profissional será o responsável pelo transporte do material para o Brasil. A previsão é de que o transplante seja feito nesta quarta-feira (11).

"Ele vai receber a medula através de uma transfusão de sangue. O transplante em si é mais simples. O mais complicado é o decorrer dessa recuperação. A medula precisa 'pegar' no organismo dele,  depois precisa funcionar no organismo. São etapas. Precisamos esperar para ver como são essas reações. A verdade é que quarta-feira inicia-se o processo de cura do Pedro", explica Nara.

Depois de toda a luta pela recuperação do filho, a mãe se diz ansiosa pelas próximas etapas do tratamento. "O Pedro é muito guerreiro, forte. Ele já venceu várias batalhas. Conseguiu ter a doença controlada, conseguiu um doador. Foi um pouco difícil, mas conseguimos o leito para ele. Ele internou e está indo super bem, está tendo poucas reações e espero que continue assim", diz.

Saudade
Enquanto Pedro segue internado, a irmã do menino, Gabriela Lemos Sanchez, recorre a fotos e vídeos para matar a saudade. "Não posso ficar um segundo sem ver ele que minha cabeça já explode. Estou com muita saudade do meu irmão. Por enquanto eu vejo ele pelo skype, vejo fotos, vídeos, falo com ele pelo telefone", diz.

A menina, no entanto, já sabe a primeira coisa que fará quando vir o irmão novamente. "Quando eu encontrar o Pedro de novo, eu vou agarrar ele até sair as 'tripas'. Ele é branquelo e vai ficar 'vermelhésimo'", brinca.

Observação do blog “Vida com Câncer”: O PT está há mais de 10 anos no poder e não realizou nada na área de saúde (bem como em educação). Depois das manifestações de junho o governo do PT criou o “Programa mais Médicos” achando que vai resolver o problema. Precisou o povo ir as ruas para fazer alguma coisa. Segundo consta, a perda de leitos hospitalares na rede pública foi de 13 mil leitos nesse mesmo período do governo petista, acarretando uma falta crescente de leitos para receber pacientes.

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