AFP 16/10/201320h17
Em Washington
Um exame de sangue experimental demonstrou ser promissor para a detecção do câncer de pulmão em estágio inicial e poderá ser um instrumento de diagnóstico mais preciso do que os escâneres e as biópsias invasivas, disseram pesquisadores nesta quarta-feira (16).
Só um a cada cinco pacientes submetidos a cirurgia ou biópsia de uma pequena massa pulmonar detectada durante escâner de tomografia computadorizada (TC) pode realmente ter câncer e os especialistas afirmam que há grande necessidade de uma tecnologia melhor.
"Levando em conta que os oncologistas recorrem frequentemente a biópsias e intervenções cirúrgicas que comportam riscos para determinar a natureza de uma lesão, há necessidade de (métodos de) diagnósticos que permitam evitar estes procedimentos", destacou o pneumonologista Kenneth Fang, responsável pela divisão médica da Integrated Diagnostics (Indi), laboratório americano que patenteou o teste e é co-autor do estudo.
O câncer de pulmão, o mais comum no mundo e um dos mais perigosos, mata 1,3 milhão de pessoas a cada ano segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O tabagismo é a causa principal.
A prova experimental, descrita em um estudo na revista Science Translational Medicine, foi aplicada em 143 pacientes em três lugares diferentes dos Estados Unidos.
Todos os pacientes tinham pequenas massas chamadas nódulos nos pulmões. Alguns apresentavam câncer em estágio 1, em outros casos tratou-se de tumores benignos.
A partir da identificação de 13 proteínas no plasma, o teste determinou de forma precisa se os nódulos eram benignos em 90% dos casos. A prova se apoia em bioinformática, que permite analisar simultaneamente 371 potenciais marcadores de câncer de pulmão.
"O estudo sugere ser possível detectar a assinatura molecular do câncer de pulmão ao medir a presença de múltiplas proteínas no sangue de um paciente", explica Paul Kerney, encarregado científico de Indi e um dos principais autores do estudo.
Os pesquisadores a cargo do projeto procedem do Centro Médico Langone, da Universidade de Nova York, a Escola de Medicina Perelman da Universidade da Pensilvânia e o Centro Médico da Universidade Vanderbilt.
"Os médicos que tratam estes casos têm com frequência muitas dificuldades em decidir os passos a seguir, após terem detectado um nódulo no pulmão de um paciente, vista a dificuldade de saber se esta lesão representa ou não risco de ser cancerosa", diz Fang.
Um porta-voz da companhia declarou à AFP que uma versão comercial do teste deve estar disponível nos Estados Unidos este ano. Seu preço ainda não foi determinado, disse.
Os nódulos de pulmão costumam ter entre 5 e 25 milímetros de comprimento. Os maiores têm mais possibilidades de ser cancerosos do que os menores.
O procedimento padrão de tratamento atual implica comparar os raios X do tórax com escâner de TC ao longo do tempo e fazer uma biópsia em caso de suspeita de câncer.
"Este trabalho não é mais que um começo, mas os princípios nos quais esta tecnologia de diagnóstico se baseia deveriam poder ser aplicados a outros cânceres e patologias", concluiu Fang, abrindo o caminho para aplicações potenciais no futuro.
Só um a cada cinco pacientes submetidos a cirurgia ou biópsia de uma pequena massa pulmonar detectada durante escâner de tomografia computadorizada (TC) pode realmente ter câncer e os especialistas afirmam que há grande necessidade de uma tecnologia melhor.
"Levando em conta que os oncologistas recorrem frequentemente a biópsias e intervenções cirúrgicas que comportam riscos para determinar a natureza de uma lesão, há necessidade de (métodos de) diagnósticos que permitam evitar estes procedimentos", destacou o pneumonologista Kenneth Fang, responsável pela divisão médica da Integrated Diagnostics (Indi), laboratório americano que patenteou o teste e é co-autor do estudo.
O câncer de pulmão, o mais comum no mundo e um dos mais perigosos, mata 1,3 milhão de pessoas a cada ano segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O tabagismo é a causa principal.
A prova experimental, descrita em um estudo na revista Science Translational Medicine, foi aplicada em 143 pacientes em três lugares diferentes dos Estados Unidos.
Todos os pacientes tinham pequenas massas chamadas nódulos nos pulmões. Alguns apresentavam câncer em estágio 1, em outros casos tratou-se de tumores benignos.
A partir da identificação de 13 proteínas no plasma, o teste determinou de forma precisa se os nódulos eram benignos em 90% dos casos. A prova se apoia em bioinformática, que permite analisar simultaneamente 371 potenciais marcadores de câncer de pulmão.
"O estudo sugere ser possível detectar a assinatura molecular do câncer de pulmão ao medir a presença de múltiplas proteínas no sangue de um paciente", explica Paul Kerney, encarregado científico de Indi e um dos principais autores do estudo.
Os pesquisadores a cargo do projeto procedem do Centro Médico Langone, da Universidade de Nova York, a Escola de Medicina Perelman da Universidade da Pensilvânia e o Centro Médico da Universidade Vanderbilt.
"Os médicos que tratam estes casos têm com frequência muitas dificuldades em decidir os passos a seguir, após terem detectado um nódulo no pulmão de um paciente, vista a dificuldade de saber se esta lesão representa ou não risco de ser cancerosa", diz Fang.
Um porta-voz da companhia declarou à AFP que uma versão comercial do teste deve estar disponível nos Estados Unidos este ano. Seu preço ainda não foi determinado, disse.
Os nódulos de pulmão costumam ter entre 5 e 25 milímetros de comprimento. Os maiores têm mais possibilidades de ser cancerosos do que os menores.
O procedimento padrão de tratamento atual implica comparar os raios X do tórax com escâner de TC ao longo do tempo e fazer uma biópsia em caso de suspeita de câncer.
"Este trabalho não é mais que um começo, mas os princípios nos quais esta tecnologia de diagnóstico se baseia deveriam poder ser aplicados a outros cânceres e patologias", concluiu Fang, abrindo o caminho para aplicações potenciais no futuro.
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