14/05/2014 09h42
Do UOL, em São Paulo
A Samsung pediu desculpas e prometeu compensações - não especificadas - aos funcionários ou famílias dos colaboradores que contraíram câncer enquanto trabalhavam em fábricas de chips na Coreia do Sul. O comunicado divulgado nesta quarta-feira (14) segue o lançamento de um filme e um documentário sobre o drama dessas vítimas de câncer.
A desconfiança de que a exposição de funcionários a produtos químicos poderia causar câncer ganhou força há sete anos, com a morte de uma funcionária de 22 anos, vítima de leucemia. O legislador Sim Sang-jeung, que defende a prevenção de doenças graves causadas no ambiente de trabalho, calcula que as vítimas entre funcionários da Samsung cheguem a 114 (considerando outras empresas sul-coreanas, o total seria 243 vítimas desde os anos 90).
O comunicado não assume haver uma relação direta entre os produtos químicos e as doenças, mas indica que a empresa deveria ter lidado antes com a questão. "Manifestamos nosso arrependimento pelo fato de uma solução para essa questão delicada não ter sido encontrada em tempo adequado. Gostaríamos de usar essa oportunidade para expressar nossas sinceras desculpas às pessoas afetadas", diz o texto.
A empresa também afirma que compensará os funcionários afetados e suas famílias. Outra promessa foi a de que não se envolverá em processos na Justiça relacionados a esses casos (houve apelo em algumas situações, quando os tribunais ordenaram a indenização das vítimas).
Assinado por Kwon Oh-hyun, diretor-executivo e vice-presidente da companhia, o comunicado não foi divulgado no site oficial da empresa. Agências como a AP receberam o informe por e-mail, enquanto a mídia local reportou que o próprio CEO leu o texto diante de repórteres.
Recentemente, quando a publicação "Businessweek" confrontou a gigante sul-coreana em relação a esses casos, a empresa não quis discutir casos específicos. Afirmou apenas que havia gasto US$ 88 milhões em 2011 na manutenção e melhora de sua infraestrutura de segurança.
A desconfiança de que a exposição de funcionários a produtos químicos poderia causar câncer ganhou força há sete anos, com a morte de uma funcionária de 22 anos, vítima de leucemia. O legislador Sim Sang-jeung, que defende a prevenção de doenças graves causadas no ambiente de trabalho, calcula que as vítimas entre funcionários da Samsung cheguem a 114 (considerando outras empresas sul-coreanas, o total seria 243 vítimas desde os anos 90).
O comunicado não assume haver uma relação direta entre os produtos químicos e as doenças, mas indica que a empresa deveria ter lidado antes com a questão. "Manifestamos nosso arrependimento pelo fato de uma solução para essa questão delicada não ter sido encontrada em tempo adequado. Gostaríamos de usar essa oportunidade para expressar nossas sinceras desculpas às pessoas afetadas", diz o texto.
A empresa também afirma que compensará os funcionários afetados e suas famílias. Outra promessa foi a de que não se envolverá em processos na Justiça relacionados a esses casos (houve apelo em algumas situações, quando os tribunais ordenaram a indenização das vítimas).
Assinado por Kwon Oh-hyun, diretor-executivo e vice-presidente da companhia, o comunicado não foi divulgado no site oficial da empresa. Agências como a AP receberam o informe por e-mail, enquanto a mídia local reportou que o próprio CEO leu o texto diante de repórteres.
Recentemente, quando a publicação "Businessweek" confrontou a gigante sul-coreana em relação a esses casos, a empresa não quis discutir casos específicos. Afirmou apenas que havia gasto US$ 88 milhões em 2011 na manutenção e melhora de sua infraestrutura de segurança.
Documentários
A história da ex-funcionária Hwang Yu-mi, que morreu de leucemia em 2007 aos 22 anos, deu origem ao filme "Another Promise" (Outra Promessa, em tradução livre). Lançado na Coreia do Sul em Fevereiro, o longa conta o drama da jovem e de seu pai, o taxista Hwang Sang-ki, durante a busca por tratamento e a batalha contra uma empresa fictícia chamada Jinsung.
Essa mesma história aparece no documentário "Empire of Shame", produzido durante três anos, que mostra as famílias de ex-funcionários doentes da Samsung.
A história da ex-funcionária Hwang Yu-mi, que morreu de leucemia em 2007 aos 22 anos, deu origem ao filme "Another Promise" (Outra Promessa, em tradução livre). Lançado na Coreia do Sul em Fevereiro, o longa conta o drama da jovem e de seu pai, o taxista Hwang Sang-ki, durante a busca por tratamento e a batalha contra uma empresa fictícia chamada Jinsung.
Essa mesma história aparece no documentário "Empire of Shame", produzido durante três anos, que mostra as famílias de ex-funcionários doentes da Samsung.
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