Cientistas descobriram que é
possível forçar as células da leucemia a amadurecer como um tipo de célula
imunológica, que, ironicamente, pode ajudar o corpo a combater outras células
tumorais
18 Mar 2015
Algumas descobertas importantes foram
feitas “sem querer” na história da ciência, como o caso da penicilina. Foi
o que parece ter acontecido com um grupo de cientistas britânicos da
Universidade de Standford, que podem ter encontrado uma forma de combater
células de câncer de um tipo agressivo durante experimentações recentes. As
informações são do IFL Science.
cientistas
descobriram que é possível forçar as células da leucemia a amadurecer em um tipo
de célula imunológica, que, ironicamente, pode ajudar o corpo a combater outras
células tumorais
Foto:
IFL Science / Reprodução
Depois de várias tentativas de
encontrar uma maneira de prevenir as células cancerígenas de morrer durante as
experiências, os cientistas descobriram que é possível forçar as células da
leucemia a amadurecer em um tipo de célula imunológica, que, ironicamente, pode
ajudar o corpo a combater outras células tumorais. O estudo foi publicado na
Proceedings of the National Academy of Sciences.
O câncer analisado pelo estudou foi
a leucemia linfocítica aguda (LLA) é um tipo de rápida progressão, que
atinge as células brancas (leucócitos) do sangue caracterizada pela
produção maligna de linfócitos imaturos na medula óssea. Neste estudo, era
analisado o tipo “B-ALL” do LLA, do qual se sabe muito pouco. Assim, o estudo
de Standford tentou encontrar alguma possibilidade de manter as células
isoladas do câncer (pertencentes a um paciente).
Assim, depois de expor as células a
um determinado fator de transcrição, os cientistas observaram que elas
começaram a mudar de tamanho e forma, adotando a morfologia característica de
um tipo de glóbulo branco responsável por devorar as células danificadas ou
material estranho, conhecido como um dos macrófagos.
Os pesquisadores também acreditam que
essas células convertidas não só poderão ser neutralizadas sobre sua antiga
identidade de célula cancerosa, mas também podem ajudar o corpo a dar uma
resposta imunológica contra outras células cancerosas remanescentes. A próxima
etapa do projeto será, portanto, investigar maneiras de conseguir a conversão
das células de uma forma clinicamente viável.
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