O combate ao câncer de mama ganhou um novo e poderoso aliado.
Desde o ano passado, está disponível no mercado nacional uma nova droga que vem
somar de forma inovadora o tratamento do câncer de mama. A ANVISA autorizou o
início da comercialização do medicamento Kadcyla (nome comercial do TDM1, o Trastuzumab
emtansine), que representa uma nova esperança para as pacientes com câncer de mama avançado
(metastático) HER 2 –
tipo que equivale 32% do total dos casos da doença.
A
nova droga, uma associação de um anticorpo carregado com um quimioterápico,
funciona ao ser injetada na circulação sanguínea e fixar-se na célula alvo para
entrar no tumor, liberando a quimioterapia dentro dele. O efeito do TDM1 sobre
o organismo é menor, sendo mais potente no interior da célula cancerígena do
que o causado pela droga utilizada no tratamento quimioterápico do câncer de
mama.
O
TDM1, que deve ser utilizado num tratamento clínico sob orientação médica, é
fruto da linha de pesquisa de tratamento do câncer de mama HER 2, intitulada
“Emília”, considerado pela comunidade científica como um passo posterior ao
primeiro tratamento de câncer de mama HER 2.
A
oncologista Dra. Vanessa Dybal, explica que o “Emília” é um marco no tratamento
do câncer de mama em fase de metástase tanto pelo ganho de benefício de vida da
paciente, que já foi tratada previamente, como no ganho de menor toxicidade e
na criação de um novo modo conceitual de fornecer quimioterapia.
A
especialista esclarece que os novos tratamentos para esse estágio da doença têm
como objetivo transformar o câncer de mama HER 2 (metastático) em doença crônica. Ela salienta que o TDM1 não é só
aplicável para quem passou pelo “Cleópatra’, mas também aos pacientes que
fizeram um primeiro tratamento de câncer de mama metastático (qualquer
tratamento de bloqueio do HER 2 com quimioterapia) e não ficaram curados.
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