Thuane Cordeiro fez
um post questionando o conceito após relatar que foi repreendida por mulheres
negras no metrô por estar usando um turbante; caso acendeu debate
Publicado em 14/02/2017, às 16h02
Publicação da jovem paranaense já conta com quase
40 mil compartilhamentos
Foto: Reprodução/Facebook
JC Online
O relato de uma
jovem paranaense em tratamento contra leucemia gerou discussões nas redes
sociais sobre o conceito de apropriação cultural - adoção de elementos de uma
cultura por um grupo cultural diferente. Thauane Cordeiro, 19, que é branca e
está careca devido a quimioterapia, foi criticada pelo uso de um turbante, peça
vista como símbolo de luta do movimento negro e ícone de empoderamento. No
Brasil, as escravas utilizavam o adereço nos cabelos; as africanas, para
proteger a cabeça do sol.
Ela conta que foi
abordada por uma mulher negra em uma estação do metrô que a acusou de estar se
apropriando da cultura negra e que, por isso, não poderia usar o acessório. A
jovem afirma que utiliza o pano para disfarçar a queda de cabelo e narrou o
episódio em um post no Facebook. A publicação, que teve cerca de 136 mil
curtidas e quase 40 mil compartilhamentos, recebeu milhares de comentários
divergentes sobre o assunto.
Ao final do post,
Thauane criou a hashtag #VaiTerTodosDeTurbanteSim, que foi utilizada por outras
mulheres em postagens com fotos utilizando turbantes.
Vou contar o que houve ontem, pra entenderem o porquê de eu
estar brava com esse lance de apropriação cultural:
Eu estava na estação com o turbante toda linda, me sentindo
diva. E eu comecei a reparar que tinha bastante mulheres negras, lindas aliás,
que tavam me olhando torto, tipo " olha lá a branquinha se apropriando dá
nossa cultura", enfim, veio uma falar comigo e dizer que eu não deveria
usar turbante porque eu era branca. Tirei o turbante e falei "tá vendo
essa careca, isso se chama câncer, então eu uso o que eu quero! Adeus.",
Peguei e sai e ela ficou com cara de tacho. E sinceramente, não vejo qual o
PROBLEMA dessa nossa sociedade em, meu Deus!
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