Pesquisas são desenvolvidas no
Laboratório de Biotecnologia do campus Patos de Minas/UFU (Foto: Thaise
Araújo/Arquivo Pessoal)
Pesquisa inédita desenvolvida no campus Patos de Minas da Universidade
Federal de Uberlândia (UFU) busca nortear métodos de tratamento para o câncer.
Por
Caroline Aleixo, G1 Triângulo Mineiro
15/10/2017 09h14 Atualizado há 2 horas
Uma pesquisa
desenvolvida pelo Laboratório de Genética e Biotecnologia no campus Patos de
Minas, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), busca identificar com maior
eficácia os tumores a fim de orientar os procedimentos corretos no tratamento
do câncer de mama e próstata.
O estudo,
coordenado pela professora e pesquisadora Thaise Gonçalves de Araújo, utiliza
os fundamentos da Oncologia Molecular e conta com o apoio de cerca de 20 alunos
de iniciação científica, mestrado e doutorado do curso de Biotecnologia.
O foco
principal está voltado ao estudo do câncer de mama. Os trabalhos são
desenvolvidos inicialmente com 200 pacientes de hospitais especializados no
tratamento de câncer em Uberlândia, Barretos e interior de São Paulo.
São
desenvolvidas três linhas de pesquisa que buscam entender o funcionamento do
tumor e fazer o controle de anticorpos e uso de peptídeos para manipular o
material genético para, depois, estabelecer o perfil dos pacientes.
“A gente trata
as células com nossos fitoterápicos e vamos acompanhando se estão entrando ou
não em morte celular. A partir da identificação do perfil e do agrupamento das
pacientes, podemos modelar o crescimento ou a redução tumoral”, explicou
Thaise.
De acordo com a
pesquisadora, separar as pacientes em grupos é importante para direcionar as
terapias, já que cada uma tem um perfil estabelecido conforme estágio da
doença.
Mas ela reforça
que ainda não se trata de uma cura para o câncer, mas de uma metodologia capaz
de tipificar a doença (biomarcadores) para que os pacientes tenham melhor
resposta aos tratamentos. “Nosso objetivo é fazer uma comunicação direta com a
clinica. Tentar dizer para o médico qual o melhor tratamento terapêutico para o
paciente, com melhores estratégias”, reforçou.
Em 2015, a
pesquisa inédita com uso de uma das moléculas trabalhadas pelo grupo da UFU foi
premiada em um concurso promovido pelo Instituto do Câncer de São Paulo
(Icesp).
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