segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Cientistas criam teste que detecta câncer de bexiga em 'odor' de urina.

BBCBrasil
Cientistas britânicos criaram um dispositivo que consegue "farejar" câncer de bexiga na urina do paciente.

O dispositivo usa um sensor que detecta elementos químicos gasosos presentes na urina quando ela contem células cancerosas.

Segundo declarações dos inventores à publicação especializada PLoS One, os primeiros testes mostram que o dispositivo dá resultados precisos nove vezes a cada dez pacientes testados.

Médicos já procuravam novas formas de detectar o câncer de bexiga logo no início, quando seu tratamento é mais fácil.

Muitos resolveram investir seus esforços em detectar o problema no odor da urina, já que outras pesquisas sugerem que cães podem ser treinados para reconhecer o "cheiro" de determinados cânceres.

Aquecida

Para testar o dispositivo, os cientistas Chris Probert, da Liverpool University, e o professor Norman Ratcliffe, da University of the West of England, usaram 98 amostras de urina.

Destas, 24 eram de pacientes homens com câncer de bexiga e 74 eram de homens com problemas na bexiga mas sem câncer.

"(O dispositivo) Lê os gases que elementos químicos podem exalar quando a amostra é aquecida", afirmou Ratcliffe.

Apesar dos resultados animadores, Probert disse que o dispositivo ainda não poderá ser usado em hospitais.

Sarah Hazell, assessora de comunicação da instituição de caridade britânica voltada para pesquisa do câncer Cancer Research UK, afirma também que o dispositivo ainda não corresponde a um exame mais completo.

"Este último método ainda está em um estágio inicial de desenvolvimento e precisa ser testado em um número muito maior de amostras, incluindo amostras de mulheres e homens."

"Os pesquisadores afirmam que o teste teria 96% de exatidão e as descobertas são baseadas em um número relativamente pequeno de amostras, vindas apenas de homens. Mas este é outro passo promissor para detectar câncer de bexiga a partir de amostras de urina, algo que vai garantir uma forma menos invasiva de diagnosticar a doença", acrescentou.

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