quinta-feira, 24 de março de 2016

Governador Pezão é diagnosticado com câncer linfático

MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), está com linfoma não-Hodgkin, um câncer no sistema linfático.
A doença atingiu os ossos de Pezão –no caso, duas vértebras, que, segundo os médicos, estão porosas.
A informação foi prestada, na tarde desta quinta (24), pelo médico Cláudio Domenico, que acompanha o governador desde a internação. Com ele, estava o oncologista Daniel Tabak, que acompanhará o tratamento daqui pra frente.
"Tenho total confiança nos médicos que me tratam. Sempre procuro ver pelo lado bom. É uma oportunidade de nos encontrar com a família da gente. É uma maneira de cuidar melhor de mim para cuidar da população e dos servidores do Estado", disse o governador.
Pezão, 60, contou que tratará esse tratamento da "melhor forma e bem transparente". O governador está internado há 13 dias no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na zona sul do Rio. O diagnóstico foi dado após o resultado da biópsia.
Ele vai iniciar a quimioterapia a partir desta sexta (25). A primeira-dama, Maria Lúcia, estava ao lado na entrevista.
"A doença é potencialmente curável. É disponível no Brasil e a expectativa é de um resultado favorável", contou Daniel Tabak.
De acordo com a assessoria do governo, Pezão tinha exames de rotina na unidade, mas, ao chegar ao hospital com um quadro infeccioso devido uma sinusite, os médicos entenderam que era melhor deixá-lo internado.
Chegou-se a se falar ainda de que o governador do Rio possuía uma alteração na coluna.
Na quarta (23), Pezão recebeu a visita do vice-presidente da República, Michel Temer, presidente nacional de seu partido, o PMDB. Temer estava acompanhado do presidente da Assembleia Legislativa do Rio, o deputado Jorge Picciani, e do líder do governo, Edson Albertassi, ambos do PMDB.
Luiz Fernando Pezão foi eleito em 2014, com 55,8% dos votos válidos. Na ocasião, superou o senador Marcelo Crivella (PRB), que teve 44,2% dos votos válidos. Ele está no governo estadual do Rio desde 2007, após ser eleito vice na chapa de Sérgio Cabral.
Quando se internou, o governador buscava empréstimos junto ao governo federal para amenizar a dívida do Estado e conseguir pagar os salários dos servidores públicos. 


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