terça-feira, 29 de novembro de 2016

Pela primeira vez, estudo mostra os danos devastadores do cigarro

Fumantes que consomem um maço de cigarros por dia acumulam em média, a cada ano, 150 mutações a mais em cada célula do pulmão. Alterações levam ao câncer


Fonte: Veja.com


Nos fumantes, além das 150 alterações a mais nas células do pulmão, foram observadas 97 mutações a mais na laringe, 39 na faringe, 23 na boca, 18 na bexiga e seis em todas as células do fígado (Denis Tevekov/Hemera/Getty Images)

Inúmeros estudos já indicavam que o cigarro causa 17 diferentes tipos de câncer, mas agora uma nova pesquisa mostra pela primeira vez os impactos devastadores causados pelo fumo no DNA humano. De acordo com o estudo, publicado na quinta-feira, na revista Science, os fumantes que consomem um maço de cigarros por dia acumulam em média, a cada ano, 150 mutações a mais em cada célula do pulmão, em comparação com os pacientes de câncer não fumantes.

De acordo com os autores do artigo, liderados por Ludmil Alexandrov, do Laboratório Nacional de Los Alamos (Estados Unidos), o novo estudo é o primeiro a investigar em larga escala os danos causados pelo fumo às células do corpo humano.

“Até agora, nós tínhamos um amplo volume de evidências epidemiológicas que ligavam o fumo ao câncer, mas agora podemos de fato observar e quantificar as alterações moleculares causadas pelo cigarro no DNA”, disse Alexandrov.

A pesquisa

A pesquisa demonstrou pela primeira vez como o cigarro leva ao desenvolvimento de tumores, ao provocar mudanças celulares nos tecidos expostos direta ou indiretamente à fumaça do cigarro. Além de medir a extensão dos genéticos, os cientistas também identificaram diversos mecanismos diferentes pelos quais o cigarro causa mutações no DNA dos fumantes, levando ao câncer. Para fazer a pesquisa, a equipe usou supercomputadores para analisar o genoma de mais de 5 mil amostras de células com câncer.

Embora a maior taxa de mutações tenha sido verificada nos pulmões, o estudo mostra que outras partes do corpo também apresentam mutações associadas ao fumo, explicando por que o cigarro causa tantos tipos diferentes de tumores. Nos fumantes, além das 150 alterações a mais nas células do pulmão, foram observadas 97 mutações a mais na laringe, 39 na faringe, 23 na boca, 18 na bexiga e seis em todas as células do fígado.

Segundo Alexandrov, ficou claro que as mutações causadas pelo cigarro levam ao câncer por diversos mecanismos diferentes. “Fumar cigarros danifica o DNA em órgãos diretamente expostos à fumaça, além de acelerar o relógio celular que controla as mutações nas células, afetando assim órgãos direta e indiretamente expostos à fumaça”, explicou o cientista.

(Com Estadão Conteúdo)

Após câncer, Paulo Silvino faz quimioterapia: "Perdi o paladar"

Marcela Ribeiro
Do UOL, no Rio
25/11/201619h18

 
Paulo Silvino não é chamado para gravar o "Zorra" desde o início do ano

Aos 77 anos, Paulo Silvino retirou um câncer no estômago em julho deste ano e faz sessões de quimioterapia desde então. O humorista conversou com o UOL, nesta sexta-feira (25), e contou que descobriu a doença após ter enjoos e refluxos. O médico responsável pela cirurgia, Leonaldson Castro, é ex-marido da mulher de Silvino, Giseli.

"Já fiz seis sessões, faltam mais seis. O que está sendo terrível para mim é que perdi o paladar, não sinto o gosto de nada, mas tenho que comer para não morrer. Me alimento de massas, purês, carne moída. Por causa disso,  perdi 15 quilos. Pesava 75, agora estou com 59, 60 quilos", contou ele, que descobriu a doença após ter frequentes enjoos e refluxos.

"Fora isso, me sinto ótimo, estou bem e me preparando para lançar meu livro 'As Aventuras do Papaceta' em janeiro do ano que vem", completou ele, sobre a publicação inspirada em sua peça teatral de humor dos navegantes do século XVI.

Animado com a melhora, Paulo deixou uma mensagem para pessoas que passam por situação semelhante a dele. "O câncer deixou de ser uma sentença de morte. E não se entregue a ele. Seja um paciente 'paciente' e jamais se entregue mentalmente criando o fantasma de uma derrota".

Apesar de ter seu nome incluído nos créditos do "Zorra" como participações especiais, Paulo não é chamado para gravar o programa desde o início do ano.
"Sinto falta de trabalhar porque não existe artista dentro de casa e eu já estava na geladeira antes de descobrir a doença. Isso me chateia porque estou ótimo. Mas acho que estou fora porque toda vez que apareço, as pessoas associam ao 'Zorra' antigo", explicou Silvino, que ainda opinou sobre o novo formato do humorístico.

"Aquilo é um desperdício de talento. A Thalita Carauta é fantástica. O Rodrigo Sant´anna é genial também. Mas de cara lavada, eles são apenas mais um personagem em cena. Neste formato, não pode ter bordão e não pode ter personagem fixo".


sábado, 26 de novembro de 2016

Suposto teste de comercial alerta pais para o câncer infantil

Filme, criado pela Ogilvy Brasil, faz parte das ações para o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil
Por Redação AdNews
access_time23 nov 2016, 14h30
Dores nas pernas que não passam e atrapalham as atividades, sangramento na gengiva, cansaço excessivo, dores de cabeça pela manhã, vômitos, manchas brancas na “menina dos olhos”, manchas roxas no corpo sem traumas ou pancadas.
Quem é pai/mãe ou convive com crianças e adolescentes nem imagina, mas muitas vezes uma reclamação ou um sintoma simples no dia a dia dos pequenos pode ser a manifestação do câncer, doença que, nesta fase da vida, tem até 70% chance de cura quando diagnosticada precocemente.

Com o objetivo de ensinar e alertar as pessoas, o Coniacc (Confederação Nacional de Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer) lança a campanha “Exame Casting”.
O filme, criado pela Ogilvy Brasil, faz parte das ações para o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil (23 de novembro).
Na ação, cinquenta crianças foram convocadas para o que seria o casting de um comercial publicitário. No entanto, nem os responsáveis nem as próprias crianças/adolescentes sabiam o que de fato iria acontecer.
Eles foram levados para uma sala reservada, onde havia um diretor de cena, que fez diversas perguntas para os “artistas” mirins – coisas simples que os adultos podem observar no cotidiano se conhecerem alguns sintomas do câncer.
Mas, na verdade, o profissional não era um diretor de comercial, e sim um oncologista pediátrico.
“Este tipo de exame pode salvar a vida de milhões de crianças se os adultos conhecerem os principais sintomas do câncer infantojuvenil e procurarem um médico o mais rápido possível”, ressalta Dr. Lisandro.

“A mensagem principal da campanha é chamar a atenção não apenas dos pais, mas de todas as pessoas que fazem parte da vida de uma criança ou adolescente, como educadores e avós”, diz Cláudio Lima, VP nacional de criação da Ogilvy Brasil.
Url do filme: https://youtu.be/150QgGaODbI

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Pré-idosos revertem reajuste de plano de saúde na Justiça de São Paulo

CLÁUDIA COLLUCCI
DE SÃO PAULO
30/08/2016  02h07
Altos reajustes nas mensalidades para quem tem a partir de 59 anos são a principal razão que leva idosos de São Paulo a processar planos de saúde. E as decisões judiciais têm sido majoritariamente favoráveis à revisão dos valores.
A constatação é de um estudo do Procon Paulistano, da prefeitura, que avaliou os 120 acórdãos julgados no primeiro semestre deste ano pelo Tribunal de Justiça —casos já na segunda instância.

Seis em cada dez ações (55%) de idosos contra os planos na capital tiveram como motivo reajustes abusivos pela faixa etária. E 93% de todos os processos tiveram decisões total ou parcialmente a favor dos consumidores.

O Procon Paulistano diz que muitos planos têm praticado reajustes excessivos para quem tem 59 anos, às vezes acima do limite fixado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

O Estatuto do Idoso, que entrou em vigor em 2004, veta reajustes por mudança de faixa etária para pessoas com 60 anos ou mais, por julgá-la discriminatória. Antes dele, eram autorizados aumentos de até 500% entre a primeira (até 18 anos) e a última faixa etária (acima de 70 anos).

Uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) de 2010 referendou a proibição, estendendo-a para contratos firmados antes de 2004.

Em acordo com os planos, a ANS estabeleceu que os reajustes seriam diluídos nas faixas etárias anteriores aos 60 anos, sendo que o valor da última (59 anos ou mais) não poderia ultrapassar seis vezes o da primeira (até 18 anos).

"As pessoas já começam a ser prejudicadas um ano antes de se tornarem oficialmente idosas, justamente quando mais precisam de assistência", afirma Ricardo Ferrari, diretor do Procon Paulistano.

Foi o caso da secretária Claudete Vieira, 62, que aos 59 anos viu o valor do plano ir de R$ 859 para R$ 1.623. Na Justiça, conseguiu reverter o aumento e hoje paga R$ 1.148. "Se não tivesse processado, já estaria mais de R$ 2.000. Tem que brigar", diz ela.

A empresária Deisy Fleck foi surpreendida neste ano por dois reajustes: um por sinistralidade (21%) e outro por idade (76%). Além dela, o plano beneficia o marido, também com 59 anos, e a filha, de 11 anos. O valor saltou de R$ 4.500 para R$ 9.900.

Uma liminar derrubou o reajuste, e a mensalidade atualmente é de R$ 4.960.

"O plano é ainda caro, mas faço tratamento de um melanoma. Migrar para outro plano seria complicado por causa da doença pré existente."

Mario Scheffer, professor da USP e pesquisador sobre saúde suplementar, diz que tem havido alta de ações judiciais entre "pré idosos", pessoas acima de 50 anos.

"Os maiores aumentos têm ficado nas últimas faixas etárias. Eles se sobrepõem aos reajustes por sinistralidade, aplicados pelos planos de adesão. É um modelo insustentável para uma população que está envelhecendo."

Um estudo coordenado por Scheffer mostra que os idosos respondem por 30% das ações contra planos de saúde no Estado de São Paulo.

Em recente publicação da ANS, o valor das mensalidades na última faixa etária tem ficado, em média, 5,7 vezes maior que o da primeira. Ou seja, dentro do que está previsto na legislação.

De acordo com a advogada Renata Vilhena, no STJ há precedentes favoráveis aos planos de saúde, que consideram legítimo o reajuste na mudança de faixa etária, mas a maioria das decisões é favorável ao consumidor.

Em razão do aumento das demandas sobre esse assunto, em maio deste ano a Segunda Seção da Corte do STJ decidiu suspendeu todas as sentenças até criar um posicionamento único para as futuras decisões.

CORTES DE CUSTOS
Entidades que representam os planos de saúde dizem que os reajustes por mudança de faixa etária são feitos dentro de limites estabelecidos pela ANS, com diluição entre as faixas etárias mais jovens.

Segundo Solange Beatriz Mendes, presidente da Fenasaúde, estudos apontam que os idosos chegam a custar sete vezes mais do que os jovens em relação a itens como exames e internações.

Por isso, não seria possível estabelecer um aumento linear a todas as faixas etárias. "O idoso paga mais, mas ele não paga o custo da sua faixa etária, parte é paga pelos mais jovens. É o princípio do mutualismo. Se fosse um preço único para todos, os jovens não adeririam ao plano. Por que pagariam um valor alto se praticamente não vão usar?"

Ao mesmo tempo, afirma, se os mais jovens saem dos planos, o produto se torna ainda mais caro e mais pessoas seriam excluídas.

De acordo com Pedro Ramos, diretor da Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo), essa diluição do custo entre as faixas etárias tem prejudicado a adesão dos mais jovens.

Nos últimos 12 meses, segundo ele, grande parte dos 1,6 milhão de usuários que deixaram os planos de saúde é formada por jovens que perderam seus empregos.
No mesmo período, o setor teve adesão de mais de 100 mil idosos. "Não é possível que se tenha tudo, a conta não fecha. Se você enche o carrinho no mercado, tem que ter dinheiro para pagar."

Para Ramos, a regra do Estatuto do Idoso que veta reajustes dos planos dos mais velhos tem que ser mudada. "Foi uma medida populista e impensada", afirma.
Luiz Carneiro, superintendente do IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar), defende que sejam criadas outras faixas de preços por idade. "Após os 60 anos, não importa se o atendimento será para uma pessoa de 60 ou 80 anos, com doenças crônicas ou comorbidades. O custo da mensalidade do plano será o mesmo, corrigido anualmente conforme as cláusulas contratuais."

Para ele, a preocupação deve ser a garantia de que os beneficiários tenham condições de continuar arcando com o plano e que os reajustes reflitam, com equilíbrio, o comportamento dos custos.

Os três defendem a necessidade de um novo modelo de atenção aos idosos, com foco na prevenção e promoção de saúde, como forma de conter os custos e melhorar a qualidade do atendimento.

Em razão do envelhecimento brasileiro, o total de internações de pessoas acima de 59 anos deve crescer 105% nos próximos 15 anos, segundo projeção do IESS.

ENTENDA A MUDANÇA
1. Como era
Havia 7 faixas etárias, e os planos podiam aplicar reajustes de até 6 vezes entre a primeira (0 a 17 anos) e a última (70 anos ou mais)
2. Mudança
Em 2004, o Estatuto do Idoso vetou aumento nos preços dos planos para pessoas de 60 anos ou mais, por considerar discriminação
3. Como ficou
Resolução da ANS manteve o reajuste de até 6 vezes, aumentou o número de faixas etárias e diluiu esse custo entre elas
4. Polêmica
Com aval da ANS, empresas passaram a fazer reajustes em planos de pessoas com quase 60 anos, que têm sido derrubados na Justiça


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Precisamos falar sobre a saúde do homem

Estamos a seguir publicando mais uma colaboração da Manuela Pastore:

O Ministério da Saúde e o IBGE realizaram uma pesquisa em 2015 que mostrou que sim, o brasileiro se preocupa com a saúde, mas que as mulheres estão bem à frente dos homens. A publicação revelou que 71,2% dos entrevistados haviam se consultado pelo menos uma vez nos últimos 12 meses, e o índice foi de 78% de mulheres, contra 63,9% dos homens.

O câncer de próstata é o 2° câncer que mais mata no Brasil e no mundo. Ele representa 10% de todos os tumores malignos detectados em homens e um em cada seis desenvolve a doença em alguma fase da vida. O INCA estimou para 2016, 65 mil novos casos de câncer de próstata diagnosticados no Brasil, sendo mais de 13 mil mortes este ano no país. E o mais preocupante? Apenas 7% dos casos são diagnosticados com antecedência.

Os motivos para esse cenário são muitos, mas a displicência e o preconceito estão entre os mais preocupantes. O oncologista Ricardo Caponero, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, conta que a maioria dos homens que vão ao seu consultório já está sentindo algum desconforto a um bom tempo. “Muitos pacientes chegam ao consultório com uma queixa e saem com o diagnóstico de câncer de próstata avançado”.

A iniciativa do Novembro Azul é justamente para conversar com esse homem, conscientiza-lo para que busque um médico e faça os exames preventivos.Se o câncer de próstata é detectado cedo, o índice de sucesso no tratamento é de 90%, mas a proporção cai para 20% - 30% com o diagnóstico da doença em estágio avançado. “Em 95% dos casos, o tumor de próstata só manifesta sintomas quando já se alastrou, por isso, sua descoberta precoce depende de exames clínicos periódicos”, diz o Dr. Ricardo.

É hora de falar sobre a saúde do homem, e é o momento do homem buscar cuidados.

Você sabia?
Por Dr. Ricardo Caponero

Que o câncer de próstata é o segundo tipo de tumor mais comum entre os homens? 
Cerca de 65 mil homens brasileiros receberão até o fim de 2016 o diagnóstico de câncer de próstata, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). O segundo tipo de tumor mais comum entre os homens, representa cerca de 10% do total de todos os cânceres. Os tumores de próstata afetam principalmente homens com mais de 50 anos. À medida que a idade avança, a prevalência aumenta. Na faixa etária dos 75 anos, a doença chega a acometer 50% da população masculina. Por conta disso, exames periódicos são fundamentais para o diagnóstico precoce e devem ser feitos anualmente após os 40 anos.

Que a próstata se localiza na parte baixa do abdômen?
A próstata é um órgão muito pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto, envolvendo a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.

Que a maioria dos homens ainda resiste em ir ao médico realizar os exames periódicos?
Embora reconheçam a importância de fazer exames, a maioria dos homens ainda resiste em procurar um médico. Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia apontou que 87% dos homens não fazem os exames retais por preconceito e de acordo com outra pesquisa sobre a saúde masculina realizada pelo Instituto Datafolha, com apoio da AstraZeneca (2014), revelou que 76% dos homens brasileiros com idades entre 40 e 70 anos têm conhecimento sobre o exame de toque retal , porém apenas 32% já fizeram o teste. 

Que os homens acima dos 40 anos devem realizar o PSA anualmente?
Homens acima dos 40 anos de idade devem realizar o exame preventivo PSA (exame de sangue), que detecta anormalidades no órgão, e o exame de do toque retal. Cerca de 20 a 25% dos casos de câncer da próstata podem evoluir mesmo com PSA normal. Em média 20% dos pacientes com tumor benigno da próstata podem apresentar PSA aumentado. Isso significa que nem sempre o PSA traz informações definitivas no diagnóstico do câncer da próstata. Porém, a análise da variação de dosagens seriadas do PSA, ao longo do tempo, pode auxiliar muito na detecção precoce do tumor maligno da glândula. 

Fontes: Dr. Ricardo Caponero (oncologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz); AstraZeneca; INCA (Instituto Nacional do Câncer); Journal of Urology (Correlação entre prostatite tipo IV (NIH), PSA elevado e câncer de próstata)


quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Sem prevenção, câncer será maior causa de mortes no Brasil em 2029

Se não houver melhora nas políticas públicas, a mortalidade pela doença será maior do que por problemas cardiovasculares

Por: Estadão Conteúdo
15/08/2016 - 11h06min | Atualizada em 15/08/2016 - 11h06min

Se as políticas públicas de prevenção, detecção e tratamento do câncer não forem aprimoradas, a doença se tornará, em 2029, a principal causa de mortalidade no Brasil, superando as doenças cardiovasculares, como infarto e AVC. Essa é a conclusão de um estudo feito pelo Observatório de Oncologia, plataforma de análise de dados criada pelo movimento Todos Juntos Contra o Câncer, liderado pela Associação Brasileira de Leucemia e Linfoma (Abrale).
Com base nas taxas de mortalidade por câncer e problemas cardiovasculares do período entre 2000 e 2013 e nos dados de projeção da população do Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística (IBGE), os pesquisadores fizeram uma estimativa do número de óbitos pelos dois grupos de doenças.
— Observamos que a curva de crescimento das mortes por câncer estava mais inclinada do que a das doenças cardiovasculares e isso indica que, provavelmente, em algum momento, elas vão se cruzar. Fizemos análise preditiva do período até 2040 e chegamos ao dado de que, em 2029, o câncer passará a ser a maior causa de mortalidade — explica Hellen Matarazzo, gerente de ensino e pesquisa da Abrale.

De acordo com a estimativa, naquele ano, a taxa de mortalidade por tumores será de 115 por 100 mil habitantes, enquanto o índice de óbitos por doenças cardiovasculares será de 113 por 100 mil habitantes. Hoje, o câncer é responsável por 106,3 mortes por 100 mil brasileiros e os problemas do aparelho circulatório, por 168,9 óbitos por 100 mil. Juntas, as duas doenças matam por ano cerca de 542 mil pessoas no País, segundo dados mais recentes do Datasus.
Diferenças
Embora o câncer possa se tornar a maior causa de óbitos num futuro próximo, a incidência e mortalidade pela doença será extremamente diversa de acordo com o tipo de tumor, o sexo e a região do País. Alguns cânceres provocarão menos mortes, enquanto outros farão muito mais vítimas.
Segundo o estudo, entre as mulheres, a mortalidade por câncer de mama deverá se manter estável no Sul e Sudeste, onde os serviços de detecção e tratamento estão mais bem estruturados, e aumentará nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Pela mesma razão, os óbitos por câncer de colo de útero deverão cair nas duas regiões mais ricas do País e continuar crescendo ou ficar estável nas demais.
— Todo esse cenário pode mudar se as políticas públicas forem eficientes. Desde 2014, por exemplo, temos a vacinação de meninas contra o HPV, o que previne o câncer de colo de útero. Se isso for implementado com sucesso, as mortes por esse tipo de tumor vão cair em todo o País. E é isso que a gente quer, que nossos dados se mostrem errados porque a política interveio antes — diz Hellen.
Outra má notícia para as mulheres é que as mortes por câncer de pulmão aumentarão em todas as regiões.
— As mulheres adotaram o hábito de fumar muitos anos depois dos homens e isso terá reflexo na incidência de câncer daqui a algum tempo. Como eles fumam mais e há mais tempo, acabaram sendo mais impactados pelas propagandas antifumo — diz o oncologista Fernando Cotait Maluf, fundador do Instituto Vencer o Câncer e chefe da oncologia clínica do centro oncológico Antonio Ermírio de Moraes.
Entre os homens, as mortes por câncer de próstata cairão no Sul e Sudeste e aumentarão nas outras regiões. O mesmo ocorrerá com o câncer de pulmão. Os tumores de intestino deverão crescer em ambos os sexos e em todo o país. 
— Abandonar o cigarro, evitar o álcool de maneira excessiva, combater a obesidade desde a infância, tudo isso ajudaria a reduzir o número de casos de câncer em 30% a 40% — diz Maluf.
*Estadão Conteúdo

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

SONIA LIMA FALA SOBRE BOTOX E RELEMBRA RETIRADA DOS SEIOS: “EU E MEU MÉDICO DECIDIMOS”

http://cenapop.virgula.uol.com.br/2016/11/04/125203-sonia-lima-fala-sobre-botox-e-relembra-retirada-dos-seios-eu-e-meu-medico-decidimos/

Aos 57 anos, Sonia Lima está prestes a estrear na TV Globo. Ela entrará na reta final de Haja Coração. No folhetim, a ex-jurada do Show de Calouros fará Angelina, mãe de Henrique (Nando Rodrigues) e sogra de Penélope (Carolina Ferraz).
A estreia na emissora é motivo de festa. À coluna TV e Lazer, do jornal Extra, Sonia contou que não sabia que era tão querida, e comemorou a chega à emissora:
“Estou em êxtase. Não pensei que fosse tão querida. Só não virou um carnaval (no Projac), porque não podia. Mas eu via no rostinho de cada um a vontade de gritar: ‘A Sonia Lima lá’. Estava com medo, mas foi tudo no tempo certo. Sempre acreditei que um dia isso fosse acontecer e aconteceu”, disse.
Sobre a dupla mastectomia, ela revela que foi uma decisão entre médico-paciente:
“Não tenho mais as mamas. Sabe aquela cirurgia polêmica que a Angelina Jolie fez? Eu já tinha feito há cinco anos. Tenho silicone desde que fiz a primeira “Playboy” e, naquela época (1987) tinha que trocar a cada cinco, dez anos, então fiz algumas vezes. Mas depois que entrei na menopausa, em função da reposição hormonal, começaram a aparecer algumas coisinhas… Então, eu e meu médico decidimos que seria melhor tirar as mamas”, explicou.
Sobre o relacionamento com Wagner Montes, Sonia conta que os dois são inseparáveis, e que sexo é necessário:

“Quando casamos decidimos que seríamos inseparáveis, então nunca deixamos uma terceira pessoa entrar na nossa relação. Ninguém vive sem sexo. Se não fosse bom, não estaríamos juntos. É fundamental para qualquer idade. A gente só tem fases. Hoje em dia não é sexo, a gente faz amor!”, completou.

Metrô de Brasília inicia campanha para doação de cabelo a pacientes de câncer

Brasil 247 17 de Outubro de 2016 às 20:30
http://piwik.ebc.com.br/image.gif?page=/geral/noticia/2016-10/metro-de-brasilia-inicia-campanha-corte-e-compartilhe
Cabelos doados por menina serão usados na confecção de perucas para pacientes com câncerWilson Dias/ABr

O Metrô-DF deu a largada nesta segunda-feira (17), à tarde, na campanha Corte e Compartilhe, na Estação Central do Plano Piloto. A iniciativa integra as atividades do movimento Outubro Rosa, que chama a atenção das mulheres para a prevenção do câncer de mama, e visa estimular a doação de cabelos pelas mulheres para confecção de perucas que são repassadas a instituições que tratam pacientes de câncer.

De acordo com o diretor de Operações do Metrô, Carlos Alexandre Cunha, cerca de 80 pessoas passaram pela estação para fazer a doação. Em 2015, o evento reuniu cerca de 300 pessoas, e Cunha acredita que este ano as doações vão aumentar significativamente.

Pessoas de várias idades puderam mudar o visual e ajudar outras pessoas. Como a menina Flávia Cristina de Souza, de 6 anos, que expressou assim o seu sentimento ao participar:  “como as crianças ficam doentes, elas não têm cabelo e é preciso doar.”

Fernanda Alves, autônoma, outra doadora, disse que se interessou em fazer a doação ao imaginar uma criança precisando de cabelo. “E se fosse meu filho ou filha? Aí você imagina a criança querendo ter cabelo, e não pode. É uma alegria você saber que vai alegrar uma pessoa.''

Os cortes são feitos por estudantes do Salão de Beleza Hélio – Centro de Formação Profissional. É o caso de Anderson Galiardo que, pela quarta vez, trabalha no incentivo à doação de cabelo e está satisfeito por colaborar com a campanha. “A cada dia, a gente se motiva mais, fica mais feliz por poder proporcionar mudanças, tanto na cliente, que está doando, quanto para as crianças que não têm cabelo".

Os estudantes farão cortes gratuitos na Estação Central do metrô nos dias 17, 19, 24, 26 e 31 deste mês, das 9h às 17h. Na Estação Praça do Relógio, em Taguatinga, alunos da Coobel – Escola de Estética farão cortes gratuitos nos dias 19 e 26, das 10h30 às 12h30 e das 13h às 16h30. O comprimento mínimo do cabelo para a doação é de 10 centímetros. Homens e mulheres de todas as idades podem doar.

A campanha também está arrecadando lenços, bonés e chapéus para os pacientes. Para fazer a doação basta ir aos pontos de coleta que ficam nas estações Central e Praça do Relógio, Águas Claras, Ceilândia Centro e Terminal Samambaia.


sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Novembro azul - “Cerca de 30% dos pacientes com câncer de próstata possuem doenças cardiovasculares”.


Terapia promove o bloqueio direto da testosterona após três dias do início do tratamento

São Paulo, outubro de 2016 – A cada ano cresce o número de casos de câncer de próstata no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são esperados 61.200 novos casos da doença no País em 2016¹. Trata-se do segundo câncer mais incidente entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente na população masculina.

A doença, na maioria dos casos, é assintomática em seu estágio inicial e, por isso, os sintomas começam a surgir apenas na fase avançada ou metastática4,5. Outro ponto de atenção é a idade, pois três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos¹, idade em que o paciente costuma ter outras doenças associadas como risco cardiovascular aumentado.

Como há um risco alto de doenças cardiovasculares em idosos com câncer de próstata, é fundamental que o estado de saúde do paciente seja levado em consideração para a escolha do tratamento mais adequado, especialmente se o indivíduo apresentar histórico de doença cardiovascular ou pertencer ao grupo de risco”, explica Ariane Macedo, cardiologista e Vice-Presidente do Grupo de Estudos em Cardio-Oncologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Estima-se que cerca de 30% dos pacientes com câncer de próstata possuam doenças cardiovasculares associadas. E, nestes casos, estudos demonstraram que o tratamento hormonal antagonista (degarelix, comercializado no Brasil com o nome Firmagon®) – um bloqueador dos receptores de GnRH – demonstrou a redução do risco de eventos cardiovasculares em 56% quando comparado às terapias agonistas através de uma metanálise².

O degarelix (Firmagon®), administrado como monoterapia, atua por meio do bloqueio direto da testosterona, fazendo com que o nível de supressão seja atingido dentro de um prazo de três dias após o início do tratamento7,8, ao contrário dos agonistas  que demoram, em média, de três a quatro semanas para suprimir a testosterona.,10,11,13

“O tratamento com o bloqueador degarelix proporciona diversos benefícios aos pacientes, como supressão rápida da testosterona e não ocorrência do flare clínico, ou seja, picos de hormônios que causam dores ósseas, compressão medular e outros comprometimentos de saúde resultantes do câncer de próstata avançado”, explica João Carvalho, urologista do Hospital Federal Cardoso Fontes (RJ).

A Ferring, anunciou o início da fase III do estudo clínico PRONOUNCE, que tem por objetivo comparar a ocorrência de eventos cardiovasculares em pacientes com câncer de próstata e doenças cardiovasculares (DCV) tratados com o antagonista do receptor de GnRH (degarelix) e pacientes com as mesmas condições tratados com um agonista do receptor de GnRH (leuprolida) ao longo de um ano.

O estudo PRONOUNCE, uma parceria da Ferring com Memorial Sloan Kettering Cancer Center e Duke Clinical Research Institute, teve início em fevereiro deste ano e conta com 900 pacientes de mais de 50 centros nos Estados Unidos.

“O PRONOUNCE demonstra o compromisso da Ferring em oferecer as melhores terapias a pacientes com câncer de próstata, focando em necessidades não atendidas de médicos e desse grupo de pacientes, especialmente daqueles com doença avançada e risco cardiovascular”, afirma Rogério Acquaroli, Diretor Médico Global de Uro-Oncologia da Ferring.

Referências
1.        Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva. Incidência de câncer no Brasil. Disponível em http://www.inca.gov.br/estimativa/2016/sintese-de-resultados-comentarios.asp
2.       Albertsen PA, Klotz L, Tombal B, et al. Cardiovascular Morbidity Associated with Gonadotropin Releasing Hormone Agonists and an Antagonist. Eur Urol 2014;65(3):565-73. PMID: 24210090
3.     National Cancer Institute. Prostate Cancer (PDQ(R)): Treatment: Treatment Option Overview. http://www.cancer.gov/types/prostate/patient/prostate-treatment-pdq
4.     Srougi M. Câncer de próstata: uma opinião médica. Artigo especial. Urologia Online, UNIFESP,Faculdade Paulista de Medicina, 1998. Disponível em:http://www.uronline.unifesp.br/uronline/ed1098/caprostata.htm

5.     Barbosa PF, Mendonça SB. Câncer de próstata – Atualizações. Sinopse de Urologia 2003;7(1):4-10. Disponível em: http://www.euromedcateteres.com.br/pdf/04_CancerdeProstata.pdf
7.     Klotz L, Boccon-Gibod L, Shore ND, et al. The efficacy and safety of degarelix: a 12-month, comparative, randomized, open-label, parallel-group phase III study in patients with prostate cancer. BJU Int 2008;102 (11):1531-8. PMID: 19035858
8.     AWMSG secretariat assessment report (full submission). Advice No. 4112. Degarelix (Firmagon)80mg and 120mg injection (based on evidence submitted by Ferring Pharmaceuticals (UK) on 6 July 2012). Disponível em: http://www.awmsg.org/awmsgonline/app/appraisalinfo/755. Acesso em 24/02/2015
9.     van Poppel H. Evaluation of degarelix in the management of prostate cancer. Can Manag Res 2010;2:39-52. PMID: 21188095
10.  Rick FC, Block NL, Schally AV. An update on the use of degarelix in the treatment of advanced hormone-dependent prostate cancer. Onco Target and Therapies 2013;6:391-402. PMID: 23620672
11.  European Medicines Agency. Assessment Report for Firmagon. Doc.Ref: EMEA/CHMP/635761/2008. Disponível em:http://www.ema.europa.eu/docs/en_GB/document_library/EPAR_-_Public_assessment_report/human/000986/WC500023256.pdf. Acesso em 24/02/2015
12.  Klotz L, Boccon-Gibod L, Shore ND, et al. The efficacy and safety of degarelix: a 12-month, comparative, randomized, open-label, parallel-group phase III study in patients with prostate cancer. BJU Int 2008;102 (11):1531-8. PMID: 19035858
13.  AWMSG secretariat assessment report (full submission). Advice No. 4112. Degarelix (Firmagon)
80mg and 120mg injection (based on evidence submitted by Ferring Pharmaceuticals (UK) on 6 July 2012). Disponível em: http://www.awmsg.org/awmsgonline/app/appraisalinfo/755. Acesso em 24/02/2015


Sobre a Ferring Pharmaceuticals (www.ferring.com.br)

Com sede na Suíça, a Ferring Pharmaceuticals é uma empresa biofarmacêutica baseada em pesquisa e desenvolvimento, presente no mercado farmacêutico há mais de 60 anos, com o objetivo de se dedicar em identificar, desenvolver e comercializar produtos inovadores nas áreas de Reprodução Humana, Urologia,  Gastroenterologia,  Endocrinologia  e Osteoartrite.

A empresa ganhou reconhecimento internacional ao longo dos últimos 20 anos pela criação de medicamentos que melhoram a qualidade de vida de crianças e adultos em todo o mundo.


A Ferring possui fábricas próprias em cerca de 60 países e comercializa seus produtos em 110 países. Para saber mais sobre a Ferring ou seus produtos, visite www.ferring.com.