Pesquisadores espanhóis estão testando o uso de de nanocápsulas
inteligentes para o tratamento do câncer de pulmão
Por Da Redação
access_time23 mar 2017, 23h40
Eva Martín del Valle, professora de engenharia
química e coordenadora do projeto, o tratamento em estudo poderá reduzir a
toxicidade dos medicamentos convencionais. (Hemera/Thinkstock/VEJA/VEJA)
Um novo tratamento
atóxico pode ser uma alternativa à quimioterapia no
combate ao câncer, de acordo com pesquisadores da Universidade de Salamanca, na Espanha. O estudo tem como
base o uso de nanocápsulas inteligentes capazes de reconhecer células
cancerosas agindo diretamente sobre elas, especificamente em casos
de câncer de pulmão.
“O que estamos tentando é abolir a dependência
do paciente que passa duas horas em uma sala, submetido a tratamento, enquanto
está recebendo a quimioterapia”, disse Eva Martín del Valle, professora de
engenharia química e coordenadora do projeto, em comunicado publicado nesta
quarta-feira.
O experimento in vitro consiste
no desenvolvimento de um inalador aerossol que funcione de forma convencional,
sem gerar reações adversas ao entrar em contato com o tecido pulmonar.
Segundo Eva, a técnica em estudo
promete dar maior autonomia ao paciente em relação à administração do ciclo
convencional dos medicamentos. O objetivo do experimento é diminuir a
quantidade de fármacos reduzindo a toxicidade e
melhorando seus efeitos. “80% do fármaco administrado não é utilizado, mas tem
que ser metabolizado ou expulso pelo organismo”. A pesquisadora calculou,
ainda, que em até dois anos os testes poderão ser realizados em ratos.
Câncer em impressões 3D
Por enquanto, para garantir a aprovação do uso deste tratamento, a
equipe espanhola tem desenvolvido espécies de “tumores” utilizando impressoras
3D em compartimentos que permitem o crescimento das células
tumorais de forma estruturada, para que os resultados sejam mais
próximos da realidade e demonstrem maior segurança antes de começarem os testes
em animais. “Sempre há um salto extremamente grande entre os testes in vitro em comparação com a experimentação
in vivo. Não há nada no meio. E é aí que estamos, tentando desenvolver tumores
em três dimensões, para ver como crescem e validar o que estamos
desenvolvendo”, concluiu a cientista.
(Com EFE)
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