Ilustração esquemática de um pulmão humano (IStock/Getty Images)
O novo tratamento não se aplica a todos os pacientes mas, nos casos
indicados, poderá substituir a quimioterapia
Por Natalia Cuminale
A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira uma nova frente
de tratamento contra o câncer de pulmão. O Keytruda, nome comercial do
pembrolizumabe, será indicado como primeira linha de tratamento para os doentes
com tumores com um marcador específico.
Segundo
dados apresentados recentemente durante o congresso anual da American Society
of Clinical Oncology, a ASCO, 61% dos pacientes do grupo que utilizaram o
pembrolizumabe permaneceram vivos aos 18 meses de tratamento, em comparação com
43% do grupo da quimioterapia. Além disso, a nova terapia reduziu em 37% o
risco de morte por qualquer causa.
O
tratamento não se aplica a todos os pacientes, somente para aqueles com tumores
classificados como de não pequenas células – 85% dos casos. Desse total, 30%
apresentam altos níveis da proteína PD-L1. É esse grupo que poderá ser
beneficiado pela nova terapia.
Por ter
um mecanismo de ação específico, o pembrolizumabe tem menos efeitos colaterais
quando comparado à quimioterapia, mais tóxica. Em um estudo comparativo,
26,6% dos pacientes tratados com a nova terapia tiveram eventos adversos
graves, enquanto os que utilizaram quimioterapia apresentaram uma taxa duas
vezes maior.
O câncer
de pulmão – o mais comum e o mais letal – é considerado a principal causa de
morte por câncer em todo o mundo. São 30 000 novos casos todo ano no Brasil,
com 24 000 mortes.
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