http://odia.terra.com.br/portal/cienciaesaude/html/2010/4/crianca_com_leucemia_fica_sem_remedio_fornecido_pelo_estado_77393.html
27.04.10 às 02h03 > Atualizado em 27.04.10 às 08h00
Mesmo após ganhar direito ao medicamento na Justiça, menina sofre com desabastecimento e doença piora.
POR CLARISSA MELLO
Rio - Aos 13 anos, a menina Luana Fagundes Cardoso já enfrenta problemas graves. Vítima de leucemia, desde 2008 ela precisa do medicamento Glivec (Mesilato de Imatinib), indicado para o controle da doença. Para conseguir que o estado fornecesse o remédio, a mãe da menina, a auxiliar de enfermagem Aline Nery Fagundes, 35, teve que entrar na Justiça. Mesmo assim, o produto não está sendo entregue pela Secretaria de Estado de Saúde.
“Fui na farmácia do Estado no dia 12, data marcada para pegar as caixas do remédio, mas disseram que não tinha, que era para eu voltar outro dia. Desde então, voltei mais duas vezes e não consegui nada. Não me deram nem explicação”, contou Aline após retornar novamente da central de medicamentos do Estado, ontem pela manhã, mais uma vez sem sucesso.
Cada caixa de Glivec de 400mg custa cerca de R$ 10 mil por mês. Luana precisa de duas por mês. Se fosse comprar o medicamento, a família gastaria R$20 mil mensalmente. Ao ano, são R$ 240 mil.“Não tenho esse dinheiro, por isso tive que recorrer à Justiça. Mesmo assim, está difícil”, contou Aline, ressaltando que a filha está sem o medicamento há 15 dias. “Os exames dela já estão sofrendo alterações. Ela precisa disso para sobreviver”, disse a mãe.
Não é de hoje que os pacientes que necessitam do Glivec volta e meia sofrem com o desabastecimento. Como O DIA noticiou em 5 de março de 2009 e, antes, em 3 de dezembro de 2008, mesmo com ordem judicial os pacientes muitas vezes ficam sem o medicamento, fazendo com que a doença progrida. No caso de Luana, já é a terceira vez que ela sofre com a falta do mesmo remédio.
“Já não sabemos a quem recorrer, já que nem com a ajuda da Justiça sabemos se vamos conseguir o remédio para a criança”, lamentou Aline.
Por nota, a Secretaria de Estado de Saúde disse que o estoque do medicamento Glivec foi normalizado e que a paciente já pode fazer a retirada do produto. O órgão ressaltou que o novo lote adquirido chegou na última terça-feira, dia 20, mas que, “em função do feriado prolongado” só ontem à tarde a farmácia foi reabastecida. A secretaria não explicou o motivo da falta do remédio.
É LAMENTÁVEL O DESCASO COM A VIDA HUMANA.
27.04.10 às 02h03 > Atualizado em 27.04.10 às 08h00
Mesmo após ganhar direito ao medicamento na Justiça, menina sofre com desabastecimento e doença piora.
POR CLARISSA MELLO
Rio - Aos 13 anos, a menina Luana Fagundes Cardoso já enfrenta problemas graves. Vítima de leucemia, desde 2008 ela precisa do medicamento Glivec (Mesilato de Imatinib), indicado para o controle da doença. Para conseguir que o estado fornecesse o remédio, a mãe da menina, a auxiliar de enfermagem Aline Nery Fagundes, 35, teve que entrar na Justiça. Mesmo assim, o produto não está sendo entregue pela Secretaria de Estado de Saúde.
“Fui na farmácia do Estado no dia 12, data marcada para pegar as caixas do remédio, mas disseram que não tinha, que era para eu voltar outro dia. Desde então, voltei mais duas vezes e não consegui nada. Não me deram nem explicação”, contou Aline após retornar novamente da central de medicamentos do Estado, ontem pela manhã, mais uma vez sem sucesso.
Cada caixa de Glivec de 400mg custa cerca de R$ 10 mil por mês. Luana precisa de duas por mês. Se fosse comprar o medicamento, a família gastaria R$20 mil mensalmente. Ao ano, são R$ 240 mil.“Não tenho esse dinheiro, por isso tive que recorrer à Justiça. Mesmo assim, está difícil”, contou Aline, ressaltando que a filha está sem o medicamento há 15 dias. “Os exames dela já estão sofrendo alterações. Ela precisa disso para sobreviver”, disse a mãe.
Não é de hoje que os pacientes que necessitam do Glivec volta e meia sofrem com o desabastecimento. Como O DIA noticiou em 5 de março de 2009 e, antes, em 3 de dezembro de 2008, mesmo com ordem judicial os pacientes muitas vezes ficam sem o medicamento, fazendo com que a doença progrida. No caso de Luana, já é a terceira vez que ela sofre com a falta do mesmo remédio.
“Já não sabemos a quem recorrer, já que nem com a ajuda da Justiça sabemos se vamos conseguir o remédio para a criança”, lamentou Aline.
Por nota, a Secretaria de Estado de Saúde disse que o estoque do medicamento Glivec foi normalizado e que a paciente já pode fazer a retirada do produto. O órgão ressaltou que o novo lote adquirido chegou na última terça-feira, dia 20, mas que, “em função do feriado prolongado” só ontem à tarde a farmácia foi reabastecida. A secretaria não explicou o motivo da falta do remédio.
É LAMENTÁVEL O DESCASO COM A VIDA HUMANA.
Já ouvi falar muito sobre o desabastecimento do Glivec e, pelo que sei, é um medicamento que não pode ser interrompido.
ResponderExcluirCostumava dizer que ficava indignada com a saúde no Brasil. Agora fico revoltada!!!
gostaria se Luana fagundes cardoso,alguem da familia entrar em contato Valentina_lsm@hotmail.com.br.
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