Ex-presidente comentou que desconfiava da doença e que estava com receio de fazer os exames
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AE | 02/11/2011 12:12
Na viagem que fez a convite da presidente Dilma Rousseff, a Manaus, na segunda-feira da semana passada, dia 24 de outubro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva confidenciou a ela que estava sentindo dores na garganta e que não queria fazer exames porque temia ser um câncer, porque a doença já havia atingido seu irmão mais velho. "Não quero fazer exame porque desconfio que seja câncer", disse Lula a Dilma, durante a viagem.
Anteontem, no Hospital Sírio-Libanês, Lula relembrou esta conversa, durante a visita que recebeu da presidente Dilma e dos ministros Gilberto Carvalho e Guido Mantega, quando citou o pressentimento que já tinha, falou sobre o medo da doença e da sua resistência em fazer consultas médicas e exames para evitar surpresas desagradáveis. "Ele é muito medroso", afirmou Gilberto ao Estado.
Depois de relatar a disposição de Lula de não interromper totalmente suas atividades, Gilberto Carvalho contou que a ex-primeira-dama Marisa Letícia disse que terá de reorganizar o seu apartamento em São Bernardo do Campo para que o local possa ser palco de muitas reuniões políticas, a partir de agora, já que o ex-presidente precisará estar mais recolhido.
Segundo o ministro Gilberto Carvalho, Lula estava "com muita disposição" e estava conversando muito e normalmente. "O médico disse que não tem problema ele falar", afirmou Carvalho, salientando que embora a biópsia tenha provocado um ferimento na sua garganta ele não parava de falar sobre o G-20, sobre a importância dos BRICs e que estava preocupado demais com os problemas que estão sendo enfrentados pela Comunidade Europeia por causa da crise econômica nos países da zona do euro.
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