quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
Pesquisa da UFMG é esperança para o câncer cerebral
Professor da UFMG acrescenta vírus HIV a uma célula
modificada e verifica que ela se torna capaz de agir diretamente no tumor
glioblastoma, o mais frequente a atingir o cérebro
Estado de Minas - 05/11/2016 08:53
Uma célula carregadora que, quando modificada geneticamente
e acrescida do vírus HIV, é capaz de produzir uma proteína antitumoral e se
deslocar diretamente até células doentes para tratá-las foi descoberta por uma
equipe de cientistas, sendo um deles professor da Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG). Segundo o pesquisador e biomédico Alexandre Birbrair, testes da
célula em camundongos doentes comprovaram sua efetividade no tratamento do
glioblastoma, forma mais frequente de câncer cerebral, segundo o Instituto
Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca).
Um estudo feito há dois anos pelo Inca mostra que o
glioblastoma representa cerca de 40% a 60% de todos os tumores primários do
sistema nervoso central (SNC), sendo mais comum na vida adulta. No Brasil,
entre 2015 e 2016, eles somaram 5.400 novos casos da doença. Desses, entre 2
mil a 3 mil casos são de glioblastoma, e correspondem a 2,5% de todos os
tumores. Em Minas Gerais, a proporção é de quatro casos para cada 100 mil
habitantes.
A pesquisa do Inca mostrou também que a incidência dos
tumores cerebrais é ligeiramente mais alta no sexo masculino em comparação ao
sexo feminino. E quanto maior o nível socioeconômico da pessoa, maiores são as
taxas de incidência desse tipo de tumor. As causas do aparecimento de tumores
do SNC ainda são pouco conhecidas, tendo apenas alguns fatores identificados,
como a irradiação de raios X. Traumas físicos na região da cabeça e traumas
acústicos, como casos de trabalhadores expostos a alto nível de som e ruídos,
também são possíveis fatores de risco.
O glioblastoma é um tipo de câncer complexo por vários
motivos. O professor Birbrair explica que ele se instala no centro do cérebro,
mais precisamente no sistema nervoso central, e sua tendência de formar
metástases rapidamente dificulta os tratamentos. Outro fator complicador é a
presença de uma membrana protetora, chamada hematoencefálica, que filtra a
chegada dos medicamentos ao cérebro. O prognóstico não é bom. A maior parte dos
pacientes tem baixa sobrevida depois do diagnóstico, de poucos anos, até meses.
A PESQUISA - Alexander Birbrair conta que em seu estudo
sobre células neurais cerebrais, ainda nos laboratórios da UFMG, percebeu que
as células-tronco neurais eram atraídas pelo glioblastoma e migravam até ele.
Essa célula então poderia assumir uma função transportadora, que serviria para
levar o tratamento diretamente às células afetadas pelo câncer, isentando as
células saudáveis.
Porém, as células neurais cerebrais são produzidas unicamente
pelo cérebro e para fazer uma biópsia seria necessário remover um pequeno
pedaço dele, o que inviabilizaria seu cultivo. Fazendo biópsia de
células-tronco do músculo esquelético, Alexander e sua equipe descobriram que
uma célula chamada pericito, quando mudada geneticamente, adquire a mesma
função migradora das células neurais cerebrais. Por ser criado no farto e
acessível sistema musculoesquelético, o cultivo do pericito é possível.
saiba mais
Após a descoberta dessa nova célula, chamada pelos cientistas
de neural-like stem cells (NLSC), o pesquisador então entrou em contato com um
cientista especialista em glioblastoma da Universidade de Wake Forest, na
Carolina do Norte, nos Estados Unidos, onde deu continuidade à sua pesquisa. Na
etapa seguinte, os pesquisadores testaram em camundongos doentes com
glioblastoma se a célula modificada seria capaz de migrar até as doentes.
“Colocamos em um lado do cérebro células do tumor, tingidas
de vermelho, e do lado oposto as células modificadas, de cor verde. As células
não só migraram para o tumor primário, como também migraram para todas as
extremidades, inclusive para os tumores secundários. Acreditando que elas são
boas carregadoras, entregaríamos para as células 'coisas' que podem destruir
câncer”, explica o biomédico.
Para combater o glioblastoma, os pesquisadores verificaram
que uma proteína chamada trail havia sido comprovada no combate ao tumor.
Contudo, ela é barrada pela membrana protetora do cérebro. Seria então
necessário fazer com que a própria célula modificada produzisse a proteína.
“Para isso, usamos um vírus HIV modificado (sem a carga viral, para não
contaminar as pessoas), pois ele tem a característica de alterar o DNA das
células. O vírus, então, possibilitou que a célula NLSC produzisse a proteína
necessária para combater o glioblastoma”, esclarece o professor da UFMG.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
Cientistas estão mais perto de impedir a metástase do câncer
Cientistas na Alemanha descobriram como o tumor se aproveita
da corrente sanguínea para se espalhar pelo corpo
Por Ana Carolina Leonardi access_time 30 ago 2016, 10h37
http://exame.abril.com.br/tecnologia/cientistas-estao-mais-perto-de-impedir-a-metastase-do-cancer/
Corrente sanguínea: para que o câncer se espalhe, as células
do tumor precisam entrar e sair da corrente sanguínea de um jeito rápido e
eficiente (Photopin)
O câncer por si só já é uma doença assustadora. E a
metástase é a sua face mais perigosa – quando um câncer primário cai na corrente
sanguínea, pode se espalhar rapidamente por qualquer parte do corpo e se tornar
uma ameaça mortal.
Agora, um grupo de pesquisadores alemães acredita ter
encontrado o segredo do mecanismo de migração do câncer – que também pode
conter a chave para impedir que ela aconteça.
A metástase começa quando algumas células individuais se
separam do tumor principal e entram no sistema circulatório. Dali, elas viajam
livremente para qualquer parte do corpo, mas também estão mais vulneráveis ao
sistema imunológico.
Por isso, para que o câncer se espalhe, as células do tumor
precisam entrar e sair da corrente sanguínea de um jeito rápido e eficiente.
Cientistas do Instituto Max Planck e da Universidade Goethe
descobriram a estratégia que os tumores mochileiros usam para fugir dos vasos
sanguíneos. Eles precisam atravessar a barreira do endotélio, que “forra” o
interior dos vasos.
Para isso, eles tiram proveito de um mecanismo natural das
células e direcionam o ataque a uma molécula especial, chamada de “Receptor da
Morte 6”.
As nossas células já são programadas para “suicídios
coletivos” – e isso é totalmente normal. Quando sofrem danos no DNA, infecções
de vírus ou se tornam obsoletas, elas simplesmente morrem.
Podem fazer isso de um jeitinho organizado e silencioso,
chamado de apoptose, ou mais escandaloso, chamado de necroptose, que causa uma
resposta inflamatória no corpo.
Algumas moléculas são chamadas de Receptores da Morte porque
são elas que recebem o sinal de suicídio programado do corpo.
O que os cientistas observaram em laboratório é que os
tumores ativam o Receptor da Morte 6 fora de hora, mas ele faz o seu trabalho
mesmo assim: leva à necroptose, um dos tipos de autodestruição das células nos
arredores.
E aí a barreira endotelial fica fraca e vulnerável à
passagem das células cancerosas para outros órgãos do corpo. O câncer usa essa
brecha para se espalhar, concluíram os alemães.
Descobrir um dos “meios de transporte” da metástase já seria
um avanço e tanto, mas os pesquisadores também tentaram impedir a movimentação
do tumor.
Para isso, eles desabilitaram o Receptor da Morte 6 em
ratinhos geneticamente modificados. Deu certo: os animais apresentaram menos
necroptose e menos metástase.
Os resultados são extremamente promissores para a batalha
contra o câncer. Mas ainda estamos longe de bloquear totalmente a metástase.
Primeiro, os pesquisadores precisam ter certeza que
desabilitar o RM6 não vai trazer outros problemas para o corpo. Depois,
precisam confirmar se os resultados vistos em ratos se repetem em células
humanas.
Por último (e mais importante): o câncer é uma doença
inteligente – ele se desenvolve e se espalha de formas terrivelmente complexas.
Mal chegamos perto de entender como funciona a metástase na
corrente sanguínea e já aparecem sinais de que os tumores podem se espalhar sem
usar o sistema circulatório.
Ou seja: uma solução só não vai resolver todos os casos, mas
pode aumentar as chances de sobrevivência de muita gente.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
Mulher de 24 anos que estava na menopausa usa ovário congelado para engravidar
Ela ficou infértil após quimioterapia, mas técnica médica
tornou a maternidade possível
POR O GLOBO 14/12/2016 16:58 / atualizado 14/12/2016 17:07
Moaza com seu bebê, que nasceu terça-feira, dia 13, em
Londres - Fergus Walsh/BBC
RIO — Em apenas três meses, Moaza Al Matrooshi passou de uma
mulher em plena menopausa a uma mulher com menstruação regular que, pouco tempo
depois, ficou grávida. A jovem, de apenas 24 anos, perdeu sua fertilidade ainda
durante a infância após passar uma quimioterapia para se curar de uma doença do
sangue chamada talassemia, que é fatal se não tratada. Para tentar manter
alguma possibilidade de ela engravidar no futuro, os médicos retiraram um dos
ovários da menina e o congelaram. Agora, ela é a primeira mulher do mundo a ter
a fertilidade restaurada depois de um congelamento de ovário antes do início da
puberdade.
Fredrik Lanner está alterando a genética de embriões humanos
saudáveis Primeiro estudo de edição genética com embriões humanos saudáveis
testa limites éticos e técnicos
Seis dos camundongos nascidos a partir dos óvulos criados
totalmente na bancada do laboratório
Óvulos criados em laboratório geram camundongos saudáveis
O bebê no colo do médico John Zhang, logo após nascerNasce o
primeiro 'filho de três pessoas', graças a novo tratamento
O filho de Moaza nasceu ontem (terça-feira), no Hospital
Portland, em Londres, na Inglaterra. Para a consultora em ginecologia e
fertilidade que a atendeu, Sara Matthews, o caso da jovem dá esperança a muitas
outras mulheres que correm o risco de perder a chance de serem mães por conta
de tratamentos de câncer ou doenças imunológicas.
— Sabemos que o transplante de tecido ovariano funciona para
mulheres mais velhas, mas nunca tivemos certeza se poderíamos pegar o tecido de
uma criança, congelá-lo e fazê-lo funcionar novamente — comentou a médica à
"BBC".
Para Moaza, que, na época, passou pelo processo de
congelamento de seu tecido ovariano por decisão de sua mãe, o nascimento de seu
filho "é um milagre".
— Nós esperamos tanto tempo para este resultado: um bebê
saudável. Eu nunca deixei de acreditar que seria mãe, e agora esse é um
sentimento perfeito — pontuou a jovem.
TECIDO OVARIANO EM NITROGÊNIO LÍQUIDO
Nascida em Dubai, Moaza Al Matrooshi tinha 9 anos de idade
quando foi diagnosticada com talassemia e precisou passar por quimioterapia, o
que, ao menos no caso dela, geraria um dano permanente aos ovários. Ela
recebeu, em seguida, um transplante de medula óssea de seu irmão, num hospital
que também fica em Londres, e ficou curada. Mas, antes disso, teve um dos
ovários retirado para preservação.
Seu ovário direito foi removido, e o tecido, congelado.
Fragmentos de seu tecido ovariano foram misturados com agentes crioprotetores e
lentamente reduzidos a uma temperatura de 196 graus Celsius negativos, antes de
serem armazenados sob nitrogênio líquido.
No ano passado, cirurgiões na Dinamarca transplantaram cinco
retalhos do tecido ovariano de volta para seu corpo — quatro foram costurados
em seu ovário esquerdo, e um do lado do útero. Nessa época, Moaza estava
passando pela menopausa. No entanto, após o transplante, seus níveis hormonais
começaram a voltar ao normal, fazendo com que ela passasse a ovular, tendo sua
fertilidade restaurada.
A fim de aumentar as chances de ter um filho, a jovem e seu
marido, Ahmed, passaram por tratamento de fertilização in vitro. Dos oito ovos
que foram coletados, três embriões foram produzidos, dois dos quais foram
implantados no início deste ano.
— Dentro de três meses após o reimplante de seu tecido
ovariano, Moaza passou da menopausa para uma situação de períodos de
menstruação regulares novamente — destacou a médica Sara Matthews, que conduziu
o tratamento de fertilidade. — Ela, basicamente, se tornou uma mulher normal em
seus 20 e poucos anos, com função normal do ovário.
RESULTADO 'ENCORAJADOR'
Segundo a pesquisadora Helen Picton, que lidera a divisão de
reprodução e desenvolvimento precoce na Universidade de Leeds, também na
Inglaterra, e realizou o congelamento do ovário de Moaza, o resultado é
"incrivelmente encorajador".
— Moaza é uma pioneira e foi um dos primeiros pacientes que
ajudamos em 2001, antes de qualquer bebê nascer da preservação do tecido do
ovário — ressaltou Helen. — Em todo o mundo, mais de 60 bebês nasceram de
mulheres que tiveram sua fertilidade restaurada, mas Moaza é o primeiro caso de
congelamento pré-puberdade e o primeiro caso de um paciente que teve tratamento
para talassemia.
A jovem de origem muçulmana ainda tem um embrião armazenado,
assim como dois pedaços restantes de tecido ovariano. Ela afirma que,
definitivamente, planeja ter outro bebê no futuro.
No ano passado, uma mulher na Bélgica deu à luz usando
tecido ovariano congelado quando tinha 13 anos. Diferentemente de Moaza, ela já
estava na puberdade quando seu ovário foi removido.
Já o primeiro transplante de tecido ovariano congelado no
mundo foi realizado em 1999, também da Universidade de Leeds
Leia mais sobre esse
assunto em http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/mulher-de-24-anos-que-estava-na-menopausa-usa-ovario-congelado-para-engravidar-20647636#ixzz4T0uWTzp3
© 1996 - 2016. Todos
direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material
não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído
sem autorização.
Ferring lança programa social sem precedentes no
Brasil
Mulheres diagnosticadas com câncer poderão congelar
os óvulos com custo subsidiado em até 100%
São Paulo, 29 de novembro de
2016 – A incidência de câncer em mulheres em idade
fértil tem crescido, segundo dados do Ministério da Saúde1. Esse
fenômeno fez aumentar a preocupação de especialistas com a fertilidade das
mulheres. Afinal, embora o assunto ainda não seja amplamente divulgado,
tratamentos oncológicos como quimioterapia e/ou radioterapia podem comprometer
a fertilidade, como um efeito colateral. Ou até mesmo indiretamente, quando o
tratamento causa atrasos na reprodução e permitem o declínio natural da
fertilidade.
Ciente dessa nova realidade, a Ferring
Pharmaceuticals acaba de lançar, em parceria com o Instituto Paulista de
Ginecologia e Obstetrícia (IPGO), Huntington e Idea Fértil, o Programa
Proteger. Trata-se de um projeto social que permitirá às mulheres que
venham a se submeter a um tratamento oncológico, receber gratuitamente o
medicamento Menopur (gonadotrofina), o mais utilizado na indução de ovulação
para congelamento dos óvulos. A estimulação contribuiu para a coleta de um
número maior de óvulos e de forma rápida, permitindo o início da conduta
oncológica em poucos dias.
Uma eventual diminuição na fertilidade em um
tratamento oncológico ainda é um assunto pouco debatido. O congelamento dos
óvulos é a opção mais indicada para as pacientes que pretendem ser mães. Por
ser um procedimento de alto custo, torna-se inacessível para algumas mulheres.
“O Proteger é uma retribuição à sociedade e chega para mudar esse cenário. É
uma iniciativa da Ferring não só no Brasil como em outros países onde atua.
Demonstra nosso compromisso com a sociedade e com o paciente”, afirmou
Alexandre Seraphim, gerente geral da Ferring.
Para auxiliar as mulheres neste sonho, a Ferring
estabeleceu parceria com três renomadas clínicas de reprodução assistida: Instituto
Idea Fértil de Saúde Reprodutiva, que têm à frente o ginecologista Caio
Parente; o Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia (IPGO) dirigida por
Arnaldo Cambiaghi, ginecologista obstetra e especialista em reprodução humana;
e com a Huntington Medicina Reprodutiva, coordenada pelo Dr. Maurício Barbour
Chehin. Aliadas à Ferring, elas atuarão para promover e facilitar o acesso à
preservação da fertilidade.
Aquelas que desejarem participar do programa Proteger devem conversar com seu oncologista antes de iniciar o tratamento e solicitar autorização para o tratamento de indução da ovulação. Com o laudo do oncologista, a paciente deve se inscrever em um dos três parceiros.
O programa consiste em: consulta médica com
especialista em reprodução humana, realização de exames, indução da ovulação
com medicamentos, coleta dos óvulos, congelamento e preservação em laboratório.
Todas as clinicas parceiras priorizarão o
atendimento das pacientes que estão no programa. Segundo o coordenador médico
da Huntington, Dr. Maurício Barbour Chehin a iniciativa é excelente.
”Felizmente, pela primeira vez, vemos um programa como esse no Brasil. Essas
ações vão certamente aumentar e facilitar o acesso para mulheres com
diagnóstico de câncer. Para muitas, o impacto da notícia da infertilidade é
mais traumatizante do que o próprio câncer. Esse tratamento oferece a
oportunidade de, ao alcançarem a cura, realizar o sonho de ser mãe fertilizando
um óvulo”, detalhou.
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 596 mil novos casos de câncer no Brasil no ano de 2016, sendo 300.870 destes diagnósticos entre as mulheres2, o que evidencia a importância desse tipo de iniciativa.
Referências
1. Datasus
2. Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva. Incidência de
câncer no Brasil. Disponível em http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/agencianoticias/site/home/noticias/2015/inca_estima_quase_600_mil_casos_novos_de_cancer_em_2016
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
Edson Celulari está curado do câncer: 'Graça recebida'
Ator estava
lutando há cinco meses contra um linfoma não hodgkin
28/11/2016 09:45:44
O DIA
Edson Celulari está curado do câncerReprodução Internet
Rio - Edson Celulari usou o Instagram
para anunciar que está curado do linfoma não-hodgkin, tipo de câncer contra o
qual estava lutando há cinco meses. "Graça recebida. Graça agradecida. Um
coração pleno de obrigados. Vida que segue com muito amor. Dia de um sol lindo
por aqui, e que ele ilumine a todos", escreveu o ator na legenda de uma
foto, publicada neste domingo.
Enzo Celulari, filho do ator, também
comemorou a vitória do pai nas redes sociais. "Esse aí ao meu lado é o
verdadeiro exemplo. Exemplo de vida, de pessoa, de força, de coragem, de
determinação, e principalmente, de superação! No dia de hoje, agradeço
primeiramente a Deus e a todos os amigos e pessoas das quais recebemos
mensagens de apoio e carinho. E queria deixar claro aqui, o meu maior
agradecimento... Que é a você, papai, por ensinar a todos nós como enfrentar
uma batalha árdua com tanto louvor e a como alcançar um final feliz, mesmo que
as vezes, o caminho seja tortuoso. Eu te amo, meu guerreirão! E agora o que nos
resta é brindar... Brindar a vida... A SUA vida!", escreveu.
Em breve, Edson Celulari voltará a
trabalhar. O ator está escalado para o elenco da novela "À Flor da
Pele", que vai substituir "A Lei do Amor" no horário nobre da
Globo.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
O sistema imunológico é a chave para a cura do câncer?
A recente aprovação de um imunoterápico com ação extremamente promissora
para câncer de pulmão simboliza uma grande grande esperança no tratamento da
doença
Por Giulia Vidale – Veja.com
access_time26 out 2016, 18h03 - Atualizado em 26
out 2016, 19h23
Os imunoterápicos, medicamentos que utilizam o
próprio sistema imunológico do paciente para combater o câncer, são os grandes
protagonistas dos congressos médicos sobre o assunto e a grande aposta de médicos
e pesquisadores contra a doença. (iStock/Getty Images)
Há alguns
anos, os imunoterápicos, medicamentos que utilizam o próprio sistema
imunológico do paciente para combater o câncer, têm sido os grandes
protagonistas dos congressos médicos sobre o assunto e a grande
aposta de médicos e pesquisadores. Essa semana, houve outra grande vitória no
avanço de tratamentos contra a doença.
Na
segunda-feira, a Food and Drug Administration (FDA), agência americana que
regula fármacos, aprovou uma nova droga para o tratamento de câncer de
pulmão. Trata-se do pembrolizumabe, medicamento indicado como primeira
linha de tratamento para pacientes com tumores pulmonares em estágio de metástase.
A
aprovação é importante pois essa é a primeira vez que um fármaco imunoterápico
é indicado como primeiro tratamento para pacientes com esse diagnóstico,
em vez da tradicional quimioterapia. A FDA também expandiu a aprovação
para o tratamento de pessoas com a doença que tenham realizado quimioterapia.
De acordo
com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que entre 2016 e 2017
haverá 28.190 novos casos de câncer de pulmão no país. Um estudo conduzido pela
Sociedade Americana do Câncer em parceria com a Agência Internacional para
Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), aponta que o câncer de pulmão é a principal
causa de morte pela doença entre homens e mulheres em países desenvolvidos.
Segundo uma matéria publicada em
VEJA dessa semana, o medicamento é uma esperança para os pacientes
diagnosticados com o letal câncer de pulmão. Dos 30 000 brasileiros que
recebem o diagnóstico a cada ano, apenas 6 000 sobreviverão à doença em
cinco anos. Estudos com pembrolizumabe mostraram que o composto reduziu
pela metade o risco de progressão da doença e em 40% o risco de morte.
“São
resultados que representam uma quebra de paradigma”, diz o oncologista Artur
Katz, chefe do serviço de oncologia clínica do Hospital Sírio Libanês, em São
Paulo.
O
medicamento age bloqueando a PD-1, proteína presente nas células de defesa do
corpo humano, os linfócitos T, mas que, em pessoas com câncer, permite que o
tumor se esconda do sistema imunológico. Ao bloquear a PD-1, o medicamento faz
com que os linfócitos-T ataquem o câncer.
Para Philip
Greenberg, chefe de imunologia do Centro de Pesquisa de Câncer Fred Hutchinson
em Seattle, nos Estados Unidos, a imunoterapia já é o quarto pilar do
tratamento anticâncer, ao lado da radioterapia, quimioterapia e cirurgia,
segundo informações da rede americana CNN. “Há momentos em que ela será usada sozinha, e haverá momentos em que será
usada em conjunto com outras terapias, mas há muito pouco a questionar que esta
vai ser uma parte importante do tratamento do câncer daqui para
frente.”, disse Greenberg.
Assinar:
Postagens (Atom)