Estudo mostrou que a vacina reduziu em 62% o risco de desenvolver a doença em comparação com quem não a recebeu
AFP 23/08/2011 10:11
Uma vacina, rotineiramente empregada na prevenção do câncer de colo do útero causado pelo papilomavírus humano (HPV), também reduz os riscos de câncer anal entre as mulheres, destacou um estudo publicado na edição desta terça-feira da revista científica The Lancet Oncology.
O teste foi realizado com 4.210 mulheres saudáveis com idades entre 18 e 25 anos na Costa Rica, imunizadas aleatoriamente, com a vacina Cervarix contra o HPV e uma vacina contra a hepatite para comparação.
Quatro anos depois, as mulheres foram submetidas a testes de infecção cervical e anal para os subtipos 16 e 18 do HPV, notoriamente relacionados ao câncer. As mulheres que tomaram Cervarix demonstraram ter um risco 76% menor de desenvolver infecção cervical e 62% menor de infecção anal quando comparadas com outras que não tomaram a vacina.
A proteção foi ainda maior em um subgrupo de mulheres com mais propensão de não ter sido exposto ao HPV. Nesta categoria, a vacina demonstrou ser quase 89% protetora contra a infecção cervical para as duas cepas virais e quase 84% contra as infecções anais.
Embora o câncer anal seja raro – segundo algumas estimativas, a ocorrência é de apenas dois casos em 100.000 pessoas ao ano na população em geral –, as mulheres são duas vezes mais propensas a ter a doença do que os homens.
A razão para esta incidência maior é desconhecida, embora a relação anal passiva possa ser um fator. Uma condição denominada neoplasia cervical também pode predispor as mulheres ao risco de desenvolver infecção anal por HPV, independente de ter havido relação anal.
Na população em geral, os grupos com maior risco de desenvolver câncer anal são os homens que fazem sexo com outros homens. Entre os gays não infectados pelo HIV, a incidência é de 40 casos por 100.000 indivíduos ao ano e entre os soropositivos, de 80 por 10.000.
Segundo uma pesquisa anterior, o HPV é a causa da maior parte dos cânceres anais. Quase quatro em cada cinco casos de câncer no ânus causados pelo HPV são provocados pelos subtipos 16 ou 18.
Em um comentário também publicado na The Lancet Oncology, os especialistas americanos Diane Harper e Stephen Vierthaler, da Escola de Medicina da Universidade do Missouri-Kansas City, afirmaram que o custo-benefício da vacina de HPV contra o câncer anal é nebuloso. A grande pergunta é por quanto tempo a vacina se mantém eficaz, afirmaram os cientistas.
"Sem duração de eficácia de pelo menos 15 anos, não se evitará, apenas se adiará o câncer em mulheres ou homens que fazem sexo com outros homens", escreveram.
"Faltam testes de eficácia e a incidência do câncer anal é rara. Vamos usar nossos recursos sabiamente", concluíram.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Linfoma de Reynaldo Gianecchini é de um tipo raro
Jornal do Brasil
http://www.jb.com.br/cultura/noticias/2011/08/18/linfoma-de-reynaldo-gianecchini-e-de-um-tipo-raro/
Foram divulgados, esta quarta-feira (17), os resultados dos exames de Reynaldo Gianecchini que revelaram que o linfoma do ator é de um tipo raro: linfoma de células T, que são células fabricadas na medula óssea, responsáveis pela imunidade no organismo.
O câncer afeta o sistema de defesa do corpo, pode causar lesões ósseas, manchas na pele, perda de peso e se espalhar por outros órgãos. O processo, portanto, será mais longo e complicado do que o esperado. O ator, que está internado desde dia 1º, ainda não tem previsão de alta.
Linfoma de ator é de um tipo raro
No dia 10 de agosto, Gianecchini foi diagnosticado com um linfoma Não-Hodgkin e aguardava o resultado dos exames para a especificação adequada. "Estou pronto para a luta e conto com o carinho e o amor de todos vocês", afirmou Gianecchini, em nota enviada pela Rede Globo na ocasião.
O ator, de 38 anos, passou por uma cirurgia de hérnia ingual há cerca de um mês e sofreu duas reações, uma infecciosa e uma alérgica. De acordo com a assessoria de imprensa do artista, ele deu entrada na unidade hospitalar no dia 1º de agosto devido a uma faringite crônica e foi tratado com antibióticos.
Linfoma
Segundo o Inca, Linfomas são neoplasias malignas que se originam nos linfonodos (gânglios), muito importantes no combate às infecções. Os Linfomas Não-Hodgkin incluem mais de 20 tipos diferentes e correspondem a 90% dos casos, sendo 10% Hodgkin.
A doença afeta as células, vasos e órgãos do sistema linfático, responsável por ajudar na defesa do corpo contra ameaças externas, como vírus e bactérias.
Existem três fatores de risco. O primeiro deles é a exposição a altos níveis de radiação.
Pessoas com imunidade baixa, em consequência de doenças genéticas hereditárias, uso de drogas imunossupressoras e infecção pelo HIV, têm maior risco de desenvolver linfomas. Pacientes portadores dos vírus Epstein-Barr, HTLV1, e da bactéria Helicobacter pylori (que causa úlceras gástricas), têm risco aumentado para alguns tipos de linfoma.
Além disso, os Linfomas Não-Hodgkin estão também ligados à exposição a certos agentes químicos, incluindo pesticidas, solventes e fertilizantes. Herbicidas e inseticidas têm sido relacionados ao surgimento de linfomas em estudos com agricultores e outros grupos de pessoas que se expõem a altos níveis desses agentes químicos. A contaminação da água por nitrato, substância encontrada em fertilizantes, é um exemplo de exposição que parece aumentar os riscos para doença.
http://www.jb.com.br/cultura/noticias/2011/08/18/linfoma-de-reynaldo-gianecchini-e-de-um-tipo-raro/
Foram divulgados, esta quarta-feira (17), os resultados dos exames de Reynaldo Gianecchini que revelaram que o linfoma do ator é de um tipo raro: linfoma de células T, que são células fabricadas na medula óssea, responsáveis pela imunidade no organismo.
O câncer afeta o sistema de defesa do corpo, pode causar lesões ósseas, manchas na pele, perda de peso e se espalhar por outros órgãos. O processo, portanto, será mais longo e complicado do que o esperado. O ator, que está internado desde dia 1º, ainda não tem previsão de alta.
Linfoma de ator é de um tipo raro
No dia 10 de agosto, Gianecchini foi diagnosticado com um linfoma Não-Hodgkin e aguardava o resultado dos exames para a especificação adequada. "Estou pronto para a luta e conto com o carinho e o amor de todos vocês", afirmou Gianecchini, em nota enviada pela Rede Globo na ocasião.
O ator, de 38 anos, passou por uma cirurgia de hérnia ingual há cerca de um mês e sofreu duas reações, uma infecciosa e uma alérgica. De acordo com a assessoria de imprensa do artista, ele deu entrada na unidade hospitalar no dia 1º de agosto devido a uma faringite crônica e foi tratado com antibióticos.
Linfoma
Segundo o Inca, Linfomas são neoplasias malignas que se originam nos linfonodos (gânglios), muito importantes no combate às infecções. Os Linfomas Não-Hodgkin incluem mais de 20 tipos diferentes e correspondem a 90% dos casos, sendo 10% Hodgkin.
A doença afeta as células, vasos e órgãos do sistema linfático, responsável por ajudar na defesa do corpo contra ameaças externas, como vírus e bactérias.
Existem três fatores de risco. O primeiro deles é a exposição a altos níveis de radiação.
Pessoas com imunidade baixa, em consequência de doenças genéticas hereditárias, uso de drogas imunossupressoras e infecção pelo HIV, têm maior risco de desenvolver linfomas. Pacientes portadores dos vírus Epstein-Barr, HTLV1, e da bactéria Helicobacter pylori (que causa úlceras gástricas), têm risco aumentado para alguns tipos de linfoma.
Além disso, os Linfomas Não-Hodgkin estão também ligados à exposição a certos agentes químicos, incluindo pesticidas, solventes e fertilizantes. Herbicidas e inseticidas têm sido relacionados ao surgimento de linfomas em estudos com agricultores e outros grupos de pessoas que se expõem a altos níveis desses agentes químicos. A contaminação da água por nitrato, substância encontrada em fertilizantes, é um exemplo de exposição que parece aumentar os riscos para doença.
Boni, ex todo-poderoso da Globo, tem câncer de próstata
http://www.jb.com.br/cultura/noticias/2011/08/23/boni-ex-todo-poderoso-da-globo-tem-cancer-de-prostata/
José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, ex-diretor da Rede Globo, está tratando um câncer na próstata.
A assessoria de imprensa disse que o tumor foi detectado há quatro meses e que o tratamento termina no mês que vem.
As informações são da coluna Olá!, do jornal Agora São Paulo.
Boni é pai do também diretor global Boninho.
José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, ex-diretor da Rede Globo, está tratando um câncer na próstata.
A assessoria de imprensa disse que o tumor foi detectado há quatro meses e que o tratamento termina no mês que vem.
As informações são da coluna Olá!, do jornal Agora São Paulo.
Boni é pai do também diretor global Boninho.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Quase sem efeitos: é possível amenizar incômodos da quimio
Pacientes ainda temem esse tratamento contra o câncer, mas médicos garantem que hoje há como controlar maioria das reações
Priscilla Borges, iG Brasília 22/08/2011 17:06
O susto e o medo que envolvem o diagnóstico do câncer – doença que já é segunda causa de mortes no Brasil – acompanham a maioria dos pacientes também em outras fases da enfermidade.
A quimioterapia, um dos principais tratamentos para a doença, ainda é fonte de traumas e pânico. Até bem pouco tempo, os relatos dos pacientes sobre os efeitos colaterais das medicações usadas na quimioterapia não eram nada animadores: enjoos, náuseas, vômitos, cansaço, tonturas e frequentes internações.
Os tratamentos evoluíram. Apesar de os efeitos colaterais provocados pelas medicações quimioterápicas ainda serem os mesmos, eles são mais controláveis e, cada vez mais, estão fora da rotina dos pacientes que lutam para se curar do câncer. Os oncologistas, médicos especialistas na doença, explicam que há medicamentos novos e outros antigos utilizados para combater as reações desagradáveis.
“O problema é que as pessoas que passam mal difundem mais a informação. Há quem passa tão bem que não conta que está fazendo o tratamento. Ainda há um estigma muito grande em torno da doença e do tratamento”, comenta o oncologista Marcello Fanelli, do Hospital A. C. Camargo, em São Paulo.
Na quimioterapia, cada paciente recebe uma combinação de medicamentos, em geral, diretamente na veia ou por meio de um cateter. Em alguns casos, os remédios são tomados por via oral ou aplicados no músculo ou na pele. É importante saber que existem centenas de combinações de medicações possíveis para o tratamento do câncer. Os médicos escolherão as melhores para cada caso individualmente. Esse é um dos motivos pelos quais os efeitos colaterais variam tanto de um paciente para outro.
“Além disso, cada organismo tem uma capacidade de metabolizar e receber os medicamentos e há uma diferença psicológica. Pacientes deprimidos têm uma tendência maior a sentir efeitos colaterais. Em todos os casos, mais da metade dos pacientes que se submete à quimioterapia tem reações muito menores do que imaginava”, afirma o chefe do Serviço de Oncologia Clínica do Instituto Nacional do Câncer (INCA), Daniel Herchenhorn.
Terapias combinadas
As combinações quimioterápicas recebem classificações de acordo com o risco de causarem efeitos colaterais, que pode variar de baixo a alto. Os incômodos mais comuns são náuseas, enjoos, vômitos, fraqueza, diarreia, feridas na boca (aftas), constipação (prisão de ventre), infecções, anemias e queda de pelos e cabelos. Hoje, só não há solução para conter a perda dos cabelos.
Para Artur Katz, coordenador médico da Oncologia Clínica do Hospital Sírio-Libanês, os especialistas precisam se antecipar às dificuldades que os pacientes podem enfrentar a partir de cada tratamento. Alguns remédios para o combate às náuseas – chamados de anti-eméticos –, por exemplo, só funcionam quando combinados antes e após a aplicação da quimioterapia.
Gustavo Fernandes, diretor-técnico do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês Brasília, explica que há três tipos de náuseas possíveis durante a quimioterapia: antecipatória, precoce e tardia. A primeira ocorre antes da aplicação, por causa da ansiedade do paciente. É combatida com ansiolíticos. A segunda ocorre até 48 horas após a aplicação e a terceira, até cinco ou seis dias depois.
Para os casos de alto risco de náuseas, inibidores cerebrais podem ser prescritos. Eles “bloqueiam” a memória do cérebro sobre enjoos ou “desconectam” a comunicação entre o cérebro e o estômago.
“Precisamos tratar as possibilidades de náuseas de maneira agressiva desde a primeira aplicação da quimioterapia, para que o paciente não tenha uma memória ruim daquele momento. Ele vai mais confiante para as próximas sessões”, afirma Fernandes.
Os oncologistas podem prescrever diferentes anti-eméticos para os pacientes, mais leves ou mais fortes, dependendo da situação. Corticóides e anti-ácidos também são usados para atenuar os efeitos.
Daniel Herchenhorn, do Inca, destaca que, além dos remédios, apoio psicológico e nutricional é fundamental para evitar as dificuldades. Uma alimentação balanceada evita constipações, azias, diarreias e outros tantos incômodos.
“O entendimento da doença e o cuidado geral com a saúde do paciente ajudam a combater esses efeitos indesejados. Não orientar o paciente é irresponsabilidade”, diz.
Falta de informação
O chefe da oncologia do Inca ressalta que a troca de informações entre pacientes e médicos é fundamental. Durante a consulta, todas as dúvidas devem ser esclarecidas. Cada novo mal-estar deve ser comunicado ao médico o quanto antes. Assim, ele pode ser combatido mais rápido e evitar problemas mais graves.
“Cuidados, alimentação, efeitos e remédios devem ser temas da consulta. Infelizmente, em muitos hospitais (em geral os públicos), as conversas costumam ser muito rápidas. O paciente não pergunta e médico não responde. O médico não orienta e, quando orienta, o paciente não entende o que foi explicado”, lamenta.
Para Fanelli, o objetivo do tratamento também precisa ser bem compreendido por quem enfrenta o câncer. Ele lembra que essa é uma doença grave e, em prol da cura, serão necessários sacrifícios.
“Até pouco tempo, as pessoas tinham receio de conversar sobre o câncer, sequer pronunciavam essa palavra. É preciso entender que ela é uma doença grave, mas como outra qualquer. Exige esforço no tratamento sim, mas em muitos casos é possível curá-la”, pondera.
Priscilla Borges, iG Brasília 22/08/2011 17:06
O susto e o medo que envolvem o diagnóstico do câncer – doença que já é segunda causa de mortes no Brasil – acompanham a maioria dos pacientes também em outras fases da enfermidade.
A quimioterapia, um dos principais tratamentos para a doença, ainda é fonte de traumas e pânico. Até bem pouco tempo, os relatos dos pacientes sobre os efeitos colaterais das medicações usadas na quimioterapia não eram nada animadores: enjoos, náuseas, vômitos, cansaço, tonturas e frequentes internações.
Os tratamentos evoluíram. Apesar de os efeitos colaterais provocados pelas medicações quimioterápicas ainda serem os mesmos, eles são mais controláveis e, cada vez mais, estão fora da rotina dos pacientes que lutam para se curar do câncer. Os oncologistas, médicos especialistas na doença, explicam que há medicamentos novos e outros antigos utilizados para combater as reações desagradáveis.
“O problema é que as pessoas que passam mal difundem mais a informação. Há quem passa tão bem que não conta que está fazendo o tratamento. Ainda há um estigma muito grande em torno da doença e do tratamento”, comenta o oncologista Marcello Fanelli, do Hospital A. C. Camargo, em São Paulo.
Na quimioterapia, cada paciente recebe uma combinação de medicamentos, em geral, diretamente na veia ou por meio de um cateter. Em alguns casos, os remédios são tomados por via oral ou aplicados no músculo ou na pele. É importante saber que existem centenas de combinações de medicações possíveis para o tratamento do câncer. Os médicos escolherão as melhores para cada caso individualmente. Esse é um dos motivos pelos quais os efeitos colaterais variam tanto de um paciente para outro.
“Além disso, cada organismo tem uma capacidade de metabolizar e receber os medicamentos e há uma diferença psicológica. Pacientes deprimidos têm uma tendência maior a sentir efeitos colaterais. Em todos os casos, mais da metade dos pacientes que se submete à quimioterapia tem reações muito menores do que imaginava”, afirma o chefe do Serviço de Oncologia Clínica do Instituto Nacional do Câncer (INCA), Daniel Herchenhorn.
Terapias combinadas
As combinações quimioterápicas recebem classificações de acordo com o risco de causarem efeitos colaterais, que pode variar de baixo a alto. Os incômodos mais comuns são náuseas, enjoos, vômitos, fraqueza, diarreia, feridas na boca (aftas), constipação (prisão de ventre), infecções, anemias e queda de pelos e cabelos. Hoje, só não há solução para conter a perda dos cabelos.
Para Artur Katz, coordenador médico da Oncologia Clínica do Hospital Sírio-Libanês, os especialistas precisam se antecipar às dificuldades que os pacientes podem enfrentar a partir de cada tratamento. Alguns remédios para o combate às náuseas – chamados de anti-eméticos –, por exemplo, só funcionam quando combinados antes e após a aplicação da quimioterapia.
Gustavo Fernandes, diretor-técnico do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês Brasília, explica que há três tipos de náuseas possíveis durante a quimioterapia: antecipatória, precoce e tardia. A primeira ocorre antes da aplicação, por causa da ansiedade do paciente. É combatida com ansiolíticos. A segunda ocorre até 48 horas após a aplicação e a terceira, até cinco ou seis dias depois.
Para os casos de alto risco de náuseas, inibidores cerebrais podem ser prescritos. Eles “bloqueiam” a memória do cérebro sobre enjoos ou “desconectam” a comunicação entre o cérebro e o estômago.
“Precisamos tratar as possibilidades de náuseas de maneira agressiva desde a primeira aplicação da quimioterapia, para que o paciente não tenha uma memória ruim daquele momento. Ele vai mais confiante para as próximas sessões”, afirma Fernandes.
Os oncologistas podem prescrever diferentes anti-eméticos para os pacientes, mais leves ou mais fortes, dependendo da situação. Corticóides e anti-ácidos também são usados para atenuar os efeitos.
Daniel Herchenhorn, do Inca, destaca que, além dos remédios, apoio psicológico e nutricional é fundamental para evitar as dificuldades. Uma alimentação balanceada evita constipações, azias, diarreias e outros tantos incômodos.
“O entendimento da doença e o cuidado geral com a saúde do paciente ajudam a combater esses efeitos indesejados. Não orientar o paciente é irresponsabilidade”, diz.
Falta de informação
O chefe da oncologia do Inca ressalta que a troca de informações entre pacientes e médicos é fundamental. Durante a consulta, todas as dúvidas devem ser esclarecidas. Cada novo mal-estar deve ser comunicado ao médico o quanto antes. Assim, ele pode ser combatido mais rápido e evitar problemas mais graves.
“Cuidados, alimentação, efeitos e remédios devem ser temas da consulta. Infelizmente, em muitos hospitais (em geral os públicos), as conversas costumam ser muito rápidas. O paciente não pergunta e médico não responde. O médico não orienta e, quando orienta, o paciente não entende o que foi explicado”, lamenta.
Para Fanelli, o objetivo do tratamento também precisa ser bem compreendido por quem enfrenta o câncer. Ele lembra que essa é uma doença grave e, em prol da cura, serão necessários sacrifícios.
“Até pouco tempo, as pessoas tinham receio de conversar sobre o câncer, sequer pronunciavam essa palavra. É preciso entender que ela é uma doença grave, mas como outra qualquer. Exige esforço no tratamento sim, mas em muitos casos é possível curá-la”, pondera.
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Câncer de rim é tratado com técnica pioneira e menos agressiva
http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/4949/saude-publica/cancer-de-rim-e-tratado-com-tecnica-pioneira-e-menos-agressiva
A tecnologia utiliza aparelho instalado em uma agulha que transmite corrente extremamente gelada ou quente direto na lesão.
Um tratamento pioneiro e menos agressivo está sendo utilizado no Ambulatório de Uro-oncologia do Hospital das Clínicas (HC) e no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) para o tratamento do câncer no rim. A técnica consiste no congelamento do tumor a uma temperatura entre menos 20ºC e menos 40ºC , o que mata as células cancerígenas. O procedimento, conhecido como crioterapia, é realizado no Icesp há quase um ano.
Nos casos de tumor de rim com até três centímetros, considerado pequeno, o instituto também emprega a radiofrequência, técnica que aquece a região afetada a 80ºC. Crioterapia e radiofrequência tem a mesma função de atingir todas as células cancerígenas do rim e destruí-las. Nos dois procedimentos, a tecnologia importada dos Estados Unidos utiliza um aparelho instalado numa espécie de agulha que transmite corrente extremamente gelada ou quente direto na lesão, puncionando-a. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) oferece recursos para a aquisição das agulhas descartáveis.
O oncologista Marcos Dall'Oglio, chefe do setor de Uro-Oncologia do Icesp, explica que na cirurgia convencional a incisão começa na região lombar para atingir o rim e retirar o tumor. Em média, o procedimento que atinge 99% de precisão, exige cinco dias de internação e o retorno às atividades sociais só ocorre após três ou quatro semanas.
"Já as duas novas operações geram menos agressão física, pois o corte não é grande, apenas punção. Assim, o doente sente menos dor e menos traumas", informa Marcos, que também é oncologista e professor livre docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Após 24 ou 48 horas do procedimento, o paciente recebe alta médica e pode retornar ao trabalho em uma semana. A eficiência na destruição das células varia de 90% a 95%.
Doença silenciosa
Desde março de 2009, o Icesp realizou 30 operações com a nova técnica. "Somente um paciente passou por outra cirurgia. Os demais tiveram recuperação total", informa o chefe de Uro-Oncologia. E acrescenta: "oferecer essa tecnologia é um avanço para o serviço público no atendimento de câncer renal".
A assistência é realizada pela parceria do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) com o Icesp. O Ambulatório de Uro-Oncologia do HC e do Icesp atende câncer dos rins, próstata, bexiga, pênis e outros órgãos do aparelho geniturinário. Todo mês, são registrados mil atendimentos e 150 cirurgias.
O câncer renal responde por 30 cirurgias mensais. Dez por cento delas são casos de tumor pequeno (até 3 centímetros) dos rins encaminhados à crioterapia e à radiofrequência."Estamos aptos a oferecer 30 cirurgias por mês com essas novas técnicas, porém, a maioria dos casos que chega o tumor já está grande", frisa o doutor Marcos. Devido à baixa demanda pelos novos procedimentos, a assistência é imediata. Não há fila de espera.
Entre os pacientes atendidos, somente 10% apresentam tumor de até três centímetros. Noventa por cento dos doentes procuram o hospital com o tumor com mais de 4 centímetros, que exigem intervenção mais agressiva. "Esse porcentual indica falta de prevenção", alerta. Até 3 centímetros, as células cancerígenas se desenvolvem silenciosamente, pois o doente não se queixa de dores físicas.
Causa
O oncologista Marcos recomenda que pessoas acima de 40 anos, mesmo sem sintomas físicos, procurem o clínico geral ou o urologista em média a cada dois anos e solicitem ultrassonografia abdominal ou tomografia computadorizada do abdome. "O ultrassom é barato e disponível em diversos centros de saúde públicos. Essa é a melhor estratégia de prevenção", afirma.
Como o tumor do rim cresce lentamente (entre dois e três milímetros por ano), ele informa que realizar ultrassom a cada dois anos "vigia o órgão com segurança". No Brasil, a doença atinge principalmente pessoas acima de 50 anos, na proporção de três homens para uma mulher. No mundo, a relação é a mesma entre o sexo feminino e o masculino.
O câncer de rim é o terceiro tipo de câncer urológico mais incidente no Brasil. Entre os sintomas, o mais frequente é a presença de sangue na urina. Hipertensão, fumo, consumo excessivo de medicamento diurético e histórico de câncer na família influenciam o desenvolvimento da doença. Fatores ambientais desconhecidos também contribuem, informa o médico.
A tecnologia utiliza aparelho instalado em uma agulha que transmite corrente extremamente gelada ou quente direto na lesão.
Um tratamento pioneiro e menos agressivo está sendo utilizado no Ambulatório de Uro-oncologia do Hospital das Clínicas (HC) e no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) para o tratamento do câncer no rim. A técnica consiste no congelamento do tumor a uma temperatura entre menos 20ºC e menos 40ºC , o que mata as células cancerígenas. O procedimento, conhecido como crioterapia, é realizado no Icesp há quase um ano.
Nos casos de tumor de rim com até três centímetros, considerado pequeno, o instituto também emprega a radiofrequência, técnica que aquece a região afetada a 80ºC. Crioterapia e radiofrequência tem a mesma função de atingir todas as células cancerígenas do rim e destruí-las. Nos dois procedimentos, a tecnologia importada dos Estados Unidos utiliza um aparelho instalado numa espécie de agulha que transmite corrente extremamente gelada ou quente direto na lesão, puncionando-a. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) oferece recursos para a aquisição das agulhas descartáveis.
O oncologista Marcos Dall'Oglio, chefe do setor de Uro-Oncologia do Icesp, explica que na cirurgia convencional a incisão começa na região lombar para atingir o rim e retirar o tumor. Em média, o procedimento que atinge 99% de precisão, exige cinco dias de internação e o retorno às atividades sociais só ocorre após três ou quatro semanas.
"Já as duas novas operações geram menos agressão física, pois o corte não é grande, apenas punção. Assim, o doente sente menos dor e menos traumas", informa Marcos, que também é oncologista e professor livre docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Após 24 ou 48 horas do procedimento, o paciente recebe alta médica e pode retornar ao trabalho em uma semana. A eficiência na destruição das células varia de 90% a 95%.
Doença silenciosa
Desde março de 2009, o Icesp realizou 30 operações com a nova técnica. "Somente um paciente passou por outra cirurgia. Os demais tiveram recuperação total", informa o chefe de Uro-Oncologia. E acrescenta: "oferecer essa tecnologia é um avanço para o serviço público no atendimento de câncer renal".
A assistência é realizada pela parceria do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) com o Icesp. O Ambulatório de Uro-Oncologia do HC e do Icesp atende câncer dos rins, próstata, bexiga, pênis e outros órgãos do aparelho geniturinário. Todo mês, são registrados mil atendimentos e 150 cirurgias.
O câncer renal responde por 30 cirurgias mensais. Dez por cento delas são casos de tumor pequeno (até 3 centímetros) dos rins encaminhados à crioterapia e à radiofrequência."Estamos aptos a oferecer 30 cirurgias por mês com essas novas técnicas, porém, a maioria dos casos que chega o tumor já está grande", frisa o doutor Marcos. Devido à baixa demanda pelos novos procedimentos, a assistência é imediata. Não há fila de espera.
Entre os pacientes atendidos, somente 10% apresentam tumor de até três centímetros. Noventa por cento dos doentes procuram o hospital com o tumor com mais de 4 centímetros, que exigem intervenção mais agressiva. "Esse porcentual indica falta de prevenção", alerta. Até 3 centímetros, as células cancerígenas se desenvolvem silenciosamente, pois o doente não se queixa de dores físicas.
Causa
O oncologista Marcos recomenda que pessoas acima de 40 anos, mesmo sem sintomas físicos, procurem o clínico geral ou o urologista em média a cada dois anos e solicitem ultrassonografia abdominal ou tomografia computadorizada do abdome. "O ultrassom é barato e disponível em diversos centros de saúde públicos. Essa é a melhor estratégia de prevenção", afirma.
Como o tumor do rim cresce lentamente (entre dois e três milímetros por ano), ele informa que realizar ultrassom a cada dois anos "vigia o órgão com segurança". No Brasil, a doença atinge principalmente pessoas acima de 50 anos, na proporção de três homens para uma mulher. No mundo, a relação é a mesma entre o sexo feminino e o masculino.
O câncer de rim é o terceiro tipo de câncer urológico mais incidente no Brasil. Entre os sintomas, o mais frequente é a presença de sangue na urina. Hipertensão, fumo, consumo excessivo de medicamento diurético e histórico de câncer na família influenciam o desenvolvimento da doença. Fatores ambientais desconhecidos também contribuem, informa o médico.
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Após cirurgia, hospital divulga boletim médico do diretor Marcos Paulo
http://celebridades.uol.com.br/ultnot/2011/08/14/apos-cirurgia-hospital-divulga-boletim-medico-do-diretor-marcos-paulo.jhtm
O ator e diretor Marcos Paulo passou por uma cirurgia neste domingo (14) para a retirada de um câncer no esôfago. Segundo a assessoria de imprensa do hospital São José da Beneficência Portuguesa, que divulgou um boletim médico na noite deste domingo, a cirurgia terminou por volta das 18h e transcorreu sem problemas.
Marcos Paulo se recupera agora na UTI do hospital, onde deve permanecer no próximos dias até que saia o resultado que definirá os rumos do tratamento.
O câncer foi diagnosticado em maio deste ano durante um exame de rotina. Desde então Marcos Paulo começou o tratamento com sessões de radioterapia e quimioterapia.
Boletim divulgado pelo hospital:
"Informamos que o ator e diretor Marcos Paulo foi submetido a remoção cirúrgica de um câncer de esôfago no Hospital São José da Beneficência Portuguesa de São Paulo pela equipe coordenada pelos Drs. Fernando Maluf, Rubens Sallum e Alfredo Salim Helito. A cirurgia, que começou às 8 da manhã e terminou às 6 da tarde, transcorreu sem intercorrências e o paciente será mantido na UTI como pré-planejado".
O ator e diretor Marcos Paulo passou por uma cirurgia neste domingo (14) para a retirada de um câncer no esôfago. Segundo a assessoria de imprensa do hospital São José da Beneficência Portuguesa, que divulgou um boletim médico na noite deste domingo, a cirurgia terminou por volta das 18h e transcorreu sem problemas.
Marcos Paulo se recupera agora na UTI do hospital, onde deve permanecer no próximos dias até que saia o resultado que definirá os rumos do tratamento.
O câncer foi diagnosticado em maio deste ano durante um exame de rotina. Desde então Marcos Paulo começou o tratamento com sessões de radioterapia e quimioterapia.
Boletim divulgado pelo hospital:
"Informamos que o ator e diretor Marcos Paulo foi submetido a remoção cirúrgica de um câncer de esôfago no Hospital São José da Beneficência Portuguesa de São Paulo pela equipe coordenada pelos Drs. Fernando Maluf, Rubens Sallum e Alfredo Salim Helito. A cirurgia, que começou às 8 da manhã e terminou às 6 da tarde, transcorreu sem intercorrências e o paciente será mantido na UTI como pré-planejado".
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Suspeita de câncer deixa Reynaldo Gianecchini internado em São Paulo
Jornal do Brasil
http://www.jb.com.br/cultura/noticias/2011/08/10/suspeita-de-cancer-deixa-reynaldo-gianecchini-internado-em-sao-paulo/
O ator Reynaldo Gianecchini está internado desde o dia 1º de agosto com suspeita de um câncer linfático (que afeta o sistema imunológico), segundo informa sua assessoria de imprensa.
Gianecchini sofre de uma faringite crônica e teve uma forte reação alérgica, após ser tratado com um antibiótico.
O astro de 38 anos está no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e é acompanhado por sua mãe, dona Heloísa.
Ator está internado com suspeita de um câncer linfático
Com a internação, foram canceladas as próximas sessões da peça 'Cruel', que o ator iria apresentar no Teatro FAAP. De acordo com a assessoria do espetáculo, a produção ainda espera um laudo médico.
“Existiu essa possibilidade do câncer, sim, mas ainda não há um diagnóstico definitivo. Ele está fazendo uma bateria de exames para investigar o problema e iniciar o tratamento. Giane está tranquilo, disposto e com muita vontade de voltar ao trabalho”, declarou a assessora Daniela Bustos.
Neste mesmo ano, no mês de junho, o ator já havia sido internado para a operação de uma hérnia inguinal, na região da virilha.
Marília Gabriela e Cláudia Raia visitam Gianecchini.
Internado desde o dia 1º de agosto no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratar de um câncer, o ator Reynaldo Gianecchini, 38 anos, tem recebido o apoio de amigos e colegas de profissão.
Além de várias manifestações pelo Twitter, ele também recebeu visitas, como os da atriz Claudia Raia e da jornalista e ex-mulher Marília Gabriela. Gianecchini foi diagnosticado com Linfoma Não-Hodgkin.
Gianecchini começa tratamento com quimioterapia na segunda, diz 'JN'
O ator Reynaldo Gianecchini, diagnosticado nesta quarta-feira (10) com linfoma, começa o tratamento com quimioterapia na segunda-feira (15), informou o Jornal Nacional.
Ainda segundo o telejornal da TV Globo, os exames para a especificação adequada do tipo de tumor saem nesta sexta-feira (12).
A assessoria da TV Globo afirmou em nota nesta quarta-feira (10) que o ator foi diagnosticado com um linfoma Não-Hodgkin. Ele está internado no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde estão sendo realizados novos exames para a especificação adequada. "Estou pronto para a luta e conto com o carinho e o amor de todos vocês", afirmou Gianecchini.
http://www.jb.com.br/cultura/noticias/2011/08/10/suspeita-de-cancer-deixa-reynaldo-gianecchini-internado-em-sao-paulo/
O ator Reynaldo Gianecchini está internado desde o dia 1º de agosto com suspeita de um câncer linfático (que afeta o sistema imunológico), segundo informa sua assessoria de imprensa.
Gianecchini sofre de uma faringite crônica e teve uma forte reação alérgica, após ser tratado com um antibiótico.
O astro de 38 anos está no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e é acompanhado por sua mãe, dona Heloísa.
Ator está internado com suspeita de um câncer linfático
Com a internação, foram canceladas as próximas sessões da peça 'Cruel', que o ator iria apresentar no Teatro FAAP. De acordo com a assessoria do espetáculo, a produção ainda espera um laudo médico.
“Existiu essa possibilidade do câncer, sim, mas ainda não há um diagnóstico definitivo. Ele está fazendo uma bateria de exames para investigar o problema e iniciar o tratamento. Giane está tranquilo, disposto e com muita vontade de voltar ao trabalho”, declarou a assessora Daniela Bustos.
Neste mesmo ano, no mês de junho, o ator já havia sido internado para a operação de uma hérnia inguinal, na região da virilha.
Marília Gabriela e Cláudia Raia visitam Gianecchini.
Internado desde o dia 1º de agosto no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratar de um câncer, o ator Reynaldo Gianecchini, 38 anos, tem recebido o apoio de amigos e colegas de profissão.
Além de várias manifestações pelo Twitter, ele também recebeu visitas, como os da atriz Claudia Raia e da jornalista e ex-mulher Marília Gabriela. Gianecchini foi diagnosticado com Linfoma Não-Hodgkin.
Gianecchini começa tratamento com quimioterapia na segunda, diz 'JN'
O ator Reynaldo Gianecchini, diagnosticado nesta quarta-feira (10) com linfoma, começa o tratamento com quimioterapia na segunda-feira (15), informou o Jornal Nacional.
Ainda segundo o telejornal da TV Globo, os exames para a especificação adequada do tipo de tumor saem nesta sexta-feira (12).
A assessoria da TV Globo afirmou em nota nesta quarta-feira (10) que o ator foi diagnosticado com um linfoma Não-Hodgkin. Ele está internado no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde estão sendo realizados novos exames para a especificação adequada. "Estou pronto para a luta e conto com o carinho e o amor de todos vocês", afirmou Gianecchini.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Seriedade do câncer de boca é subestimada
http://www.odontosites.com.br/odonto/noticias/cancer-de-boca.html
7 de julho de 2011
Apesar de sério, problema não recebe a mesma atenção que outros tipos da doença
Quando o assunto é câncer, pouco se fala sobre como a doença atua na boca.
Diferentemente do que ocorre com a próstata, com a mama, com o útero, com o pulmão, e com outros órgãos do corpo, o câncer bucal não aparece muito na mídia nem é alvo de grandes campanhas governamentais para a publicização de informações. A ausência de atenção, entretanto, não diminui a seriedade com que o mal deve ser tratado.
O câncer de boca ocupa o sétimo lugar no País em número de casos diagnosticados. No Rio Grande do Sul, ele alcança a quinta posição entre os tipos de câncer de maior incidência. Conforme estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), 170 porto-alegrenses teriam câncer de boca no ano passado. No Estado, seriam 1.050 novos casos.
De acordo o com o cirurgião-dentista e conselheiro do Conselho Regional de Odontologia (CRO) gaúcho, Cléo Saldanha, a ideia de que existe uma saúde bucal, desmembrada do resto da saúde do indivíduo, faz com que a boca receba atenção secundária. “Existe um desmembramento de duas saúdes. A saúde como um todo e a saúde bucal. Isso denota que uma saúde não afeta a outra. A saúde é um todo. Se não se está saudável na boca, se está doente como um todo”, afirma.
O fumo é um dos principais fatores de risco para o surgimento de algum tipo de câncer bucal. O câncer bucal também pode surgir a partir de ferimentos causados pelo uso de próteses dentárias malfeitas e pouco adaptadas.
Conforme Saldanha, dois são os principais tipos de câncer que afetam a boca. “O de maior prevalência é o carcinoma espinocelular, que se apresenta como uma ferida, vermelha ou branca que não dói e não cicatriza dentro de 15 dias. Ele é muito agressivo. Cresce rápido”, diz. Outro tipo é o melanoma. “Nesse tipo, pode haver ferida ou não e sangrar ou não. Ele se mostra como uma manchinha escura”, observa. Saldanha alerta também parar a existência de algum tipo de aumento na região facial, na medida em que o câncer pode não apresentar uma lesão superficial.
O especialista indica a realização do autoexame para a detecção de alguma anomalia na região bucal. Se há alguma mudança na cor da pele e mucosa bucal, se existem manchas que não desaparecem, feridas que não cicatrizam, aftas prolongadas ou inchaços, caroços ou ínguas no pescoço, o médico ou um cirurgião-dentista deve ser procurado.
O cirurgião-dentista critica a falta de atenção que a doença recebe. Segundo ele, o câncer bucal é subestimado.
“O câncer de boca é tão grave quanto o de mama ou o de útero. Existem políticas públicas para esses outros cânceres, mas não para o de boca.” O conselheiro do CRO também observa que a boca raramente é o foco de atenção dos profissionais da saúde. “A detecção do câncer, apesar de fácil, não é algo que é feito corriqueiramente pelo profissional dentista. Ele utiliza a boca para olhar os dentes. Já os médicos utilizam a boca como meio para se chegar a outros órgãos, como no caso da endoscopia.” Recentemente a Câmara municipal de Porto Alegre instalou uma Frente Parlamentar para tratar da questão.
Saldanha também aponta falhas no modo com os odontólogos agem quando são procurados pelos pacientes. “O exame completo da saúde bucal faz parte do protocolo da atuação do profissional de odontologia. Mas não é isso que ocorre na realidade. O profissional fica muito focado na queixa do paciente. O tratamento é sintomático”, enfatiza.
Diagnóstico precoce é essencial para cura.
O câncer bucal, em seus variados tipos, possui cura. Para isso, entretanto, é indispensável que seja realizado o diagnóstico precoce da doença. Do contrário, o tumor tende a evoluir, ocasionando a morte.
Segundo a médica do serviço de otorrinolaringologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) Deise Mara Lima da Costa, o tratamento do câncer é principalmente cirúrgico. “Os tumores da boca são classificados em quatro estágios, de T1 a T4. O T1 é o menor, de até 2cm. O T4 é o que já se irradiou, não estando mais somente em sua área original. Muitas vezes, em casos em que ocorre metástase em áreas do pescoço, após a cirurgia, o tratamento é complementado com radioterapia”, afirma.
De acordo com a profissional, que atua há 20 anos na área, as pessoas procuram atendimento médico quando o tumor já está em estágio muito avançado, diminuindo, assim, as possibilidades de cura. “É raro vermos pacientes com tumores pequenos. É muito difícil vermos um T1, por exemplo. Até nos surpreende como uma pessoa deixa algo crescer em sua boca sem procurar atenção médica”, diz.
As possibilidades de cura da doença variam de acordo com o tamanho em que o tumor está no momento em que a pessoa procura o tratamento. “Se ele apresenta um T1, as chances chegam a 80%”, destaca Deise. Conforme a médica, em casos em que o tumor reapareceu após a cirurgia e o tratamento e em casos em que ocorre a metástase, o paciente tem cerca de um ano de sobrevida. “É preciso reforçar que o câncer de boca mata se não diagnosticado cedo e não tratado”, ressalta.
Para Deise, há uma razão para os dentistas não observarem com frequência a presença de um tumor na boca de um paciente que procura atendimento em razão de algum problema dentário. “Em sua maioria, o paciente que apresenta o tumor ou não tem mais dentes ou tem muito poucos e não procura o dentista. A camada da população que tem o problema, em sua maior parte, não vai ao dentista”, conclui.
Fonte: Jornal do comercio de Porto Alegre
7 de julho de 2011
Apesar de sério, problema não recebe a mesma atenção que outros tipos da doença
Quando o assunto é câncer, pouco se fala sobre como a doença atua na boca.
Diferentemente do que ocorre com a próstata, com a mama, com o útero, com o pulmão, e com outros órgãos do corpo, o câncer bucal não aparece muito na mídia nem é alvo de grandes campanhas governamentais para a publicização de informações. A ausência de atenção, entretanto, não diminui a seriedade com que o mal deve ser tratado.
O câncer de boca ocupa o sétimo lugar no País em número de casos diagnosticados. No Rio Grande do Sul, ele alcança a quinta posição entre os tipos de câncer de maior incidência. Conforme estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), 170 porto-alegrenses teriam câncer de boca no ano passado. No Estado, seriam 1.050 novos casos.
De acordo o com o cirurgião-dentista e conselheiro do Conselho Regional de Odontologia (CRO) gaúcho, Cléo Saldanha, a ideia de que existe uma saúde bucal, desmembrada do resto da saúde do indivíduo, faz com que a boca receba atenção secundária. “Existe um desmembramento de duas saúdes. A saúde como um todo e a saúde bucal. Isso denota que uma saúde não afeta a outra. A saúde é um todo. Se não se está saudável na boca, se está doente como um todo”, afirma.
O fumo é um dos principais fatores de risco para o surgimento de algum tipo de câncer bucal. O câncer bucal também pode surgir a partir de ferimentos causados pelo uso de próteses dentárias malfeitas e pouco adaptadas.
Conforme Saldanha, dois são os principais tipos de câncer que afetam a boca. “O de maior prevalência é o carcinoma espinocelular, que se apresenta como uma ferida, vermelha ou branca que não dói e não cicatriza dentro de 15 dias. Ele é muito agressivo. Cresce rápido”, diz. Outro tipo é o melanoma. “Nesse tipo, pode haver ferida ou não e sangrar ou não. Ele se mostra como uma manchinha escura”, observa. Saldanha alerta também parar a existência de algum tipo de aumento na região facial, na medida em que o câncer pode não apresentar uma lesão superficial.
O especialista indica a realização do autoexame para a detecção de alguma anomalia na região bucal. Se há alguma mudança na cor da pele e mucosa bucal, se existem manchas que não desaparecem, feridas que não cicatrizam, aftas prolongadas ou inchaços, caroços ou ínguas no pescoço, o médico ou um cirurgião-dentista deve ser procurado.
O cirurgião-dentista critica a falta de atenção que a doença recebe. Segundo ele, o câncer bucal é subestimado.
“O câncer de boca é tão grave quanto o de mama ou o de útero. Existem políticas públicas para esses outros cânceres, mas não para o de boca.” O conselheiro do CRO também observa que a boca raramente é o foco de atenção dos profissionais da saúde. “A detecção do câncer, apesar de fácil, não é algo que é feito corriqueiramente pelo profissional dentista. Ele utiliza a boca para olhar os dentes. Já os médicos utilizam a boca como meio para se chegar a outros órgãos, como no caso da endoscopia.” Recentemente a Câmara municipal de Porto Alegre instalou uma Frente Parlamentar para tratar da questão.
Saldanha também aponta falhas no modo com os odontólogos agem quando são procurados pelos pacientes. “O exame completo da saúde bucal faz parte do protocolo da atuação do profissional de odontologia. Mas não é isso que ocorre na realidade. O profissional fica muito focado na queixa do paciente. O tratamento é sintomático”, enfatiza.
Diagnóstico precoce é essencial para cura.
O câncer bucal, em seus variados tipos, possui cura. Para isso, entretanto, é indispensável que seja realizado o diagnóstico precoce da doença. Do contrário, o tumor tende a evoluir, ocasionando a morte.
Segundo a médica do serviço de otorrinolaringologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) Deise Mara Lima da Costa, o tratamento do câncer é principalmente cirúrgico. “Os tumores da boca são classificados em quatro estágios, de T1 a T4. O T1 é o menor, de até 2cm. O T4 é o que já se irradiou, não estando mais somente em sua área original. Muitas vezes, em casos em que ocorre metástase em áreas do pescoço, após a cirurgia, o tratamento é complementado com radioterapia”, afirma.
De acordo com a profissional, que atua há 20 anos na área, as pessoas procuram atendimento médico quando o tumor já está em estágio muito avançado, diminuindo, assim, as possibilidades de cura. “É raro vermos pacientes com tumores pequenos. É muito difícil vermos um T1, por exemplo. Até nos surpreende como uma pessoa deixa algo crescer em sua boca sem procurar atenção médica”, diz.
As possibilidades de cura da doença variam de acordo com o tamanho em que o tumor está no momento em que a pessoa procura o tratamento. “Se ele apresenta um T1, as chances chegam a 80%”, destaca Deise. Conforme a médica, em casos em que o tumor reapareceu após a cirurgia e o tratamento e em casos em que ocorre a metástase, o paciente tem cerca de um ano de sobrevida. “É preciso reforçar que o câncer de boca mata se não diagnosticado cedo e não tratado”, ressalta.
Para Deise, há uma razão para os dentistas não observarem com frequência a presença de um tumor na boca de um paciente que procura atendimento em razão de algum problema dentário. “Em sua maioria, o paciente que apresenta o tumor ou não tem mais dentes ou tem muito poucos e não procura o dentista. A camada da população que tem o problema, em sua maior parte, não vai ao dentista”, conclui.
Fonte: Jornal do comercio de Porto Alegre
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