sexta-feira, 28 de abril de 2017

Fosfoetanolamina, a ‘pílula do câncer’, não é eficaz, diz estudo

Nota do Vida com Câncer: parece que afinal vão colocar um ponto final no charlatanismo desse pesquisador da USP. 
Devido à ausência de 'benefícios clínicos significativos' nas pesquisas realizadas, o Icesp decidiu suspender os testes com a fosfoetanolamina sintética
Por Da redação
access_time31 mar 2017, 12h00 - Atualizado em 3 abr 2017, 12h52
http://veja.abril.com.br/noticias-sobre/cancer/


O Icesp decidiu cancelar os testes com a fostoetanolamina sintética após 58, dos 59 pacientes tratados com a substância não apresentarem benefícios significativos. (Ivan Pacheco/VEJA.com)
fosfoetanolamina sintética, que ficou conhecida como pílula do câncernão é eficaz para o tratamento de tumores. É o que revelam os resultados da segunda fase do estudo clínico realizado pelo Instituto do Câncer de São Paulo, o Icesp, divulgados nesta sexta-feira. Devido à ausência de “benefícios clínicos significativos”, o instituto decidiu suspender os testes com a substância.

Estudo
Os testes em humanos tiveram início em julho do ano passado, após forte pressão popular. A primeira etapa da pesquisa clínica avaliou a toxicidade da fosfoetanolamina. Os resultados mostraram que o produto não apresentava risco de efeitos adversos graves.
Nesta segunda etapa, o objetivo era comprovar a eficácia da substância. O plano era incluir 20 participantes em cada um dos dez grupos de tumores – cabeça e pescoço, pulmão, mama, cólon e reto, colo uterino, próstata, melanoma, pâncreas, estômago e fígado -, totalizando 210 pessoas em acompanhamento. Estatisticamente, a substância teria efeito se pelo menos três pacientes de cada subgrupo apresentassem uma redução de 30% do tumor. Não foi o que ocorreu.
Resultados aquém do esperado
Até o momento, 72 pacientes, de dez diferentes grupos de tumores, foram tratados com a fosfoetanolamina. Destes, 59 foram reavaliados e 58 não apresentaram resposta objetiva, de acordo com os médicos. Apenas um indivíduo, com melanoma, apresentou resposta ao tratamento.
O grupo de câncer colorretal foi o primeiro a completar a inclusão de todos os pacientes previstos nesta fase, e foi encerrado, pois nenhum paciente apresentou resposta objetiva ao tratamento. Nos últimos oito meses os pacientes passaram por avaliações periódicas, com retornos entre 15 e 30 dias, para a realização de consultas médicas e exames, dentre eles a avaliação da doença por tomografia, o que permite acompanhar de perto a evolução do câncer em relação ao uso da “pílula do câncer”.
Pesquisa suspensa
Como os resultados de reavaliação estão sendo  muito inferiores ao desejável, em todos os grupos, a inclusão de novos pacientes está suspensa. O protocolo será reavaliado antes de qualquer continuidade, segundo a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo.

Os pacientes envolvidos no projeto vão continuar em tratamento no Icesp normalmente, com acompanhamento da equipe de oncologia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário