Nota do Vida com Câncer: parece que afinal vão colocar um ponto final no charlatanismo desse pesquisador da USP.
Devido à ausência de 'benefícios clínicos significativos' nas pesquisas
realizadas, o Icesp decidiu suspender os testes com a fosfoetanolamina
sintética
Por Da redação
access_time31 mar 2017, 12h00 - Atualizado em 3
abr 2017, 12h52
http://veja.abril.com.br/noticias-sobre/cancer/
O Icesp decidiu cancelar os testes com a
fostoetanolamina sintética após 58, dos 59 pacientes tratados com a substância
não apresentarem benefícios significativos. (Ivan Pacheco/VEJA.com)
A fosfoetanolamina sintética,
que ficou conhecida como pílula do câncer, não é eficaz para o tratamento de tumores. É o que
revelam os resultados da segunda fase do estudo clínico realizado pelo
Instituto do Câncer de São Paulo, o Icesp, divulgados
nesta sexta-feira. Devido à ausência de “benefícios clínicos significativos”, o
instituto decidiu suspender os testes com a substância.
Estudo
Os testes
em humanos tiveram início em julho do ano passado, após forte pressão popular. A
primeira etapa da pesquisa clínica avaliou a toxicidade da
fosfoetanolamina. Os resultados mostraram que o produto não apresentava risco
de efeitos adversos graves.
Nesta
segunda etapa, o objetivo era comprovar a eficácia da substância. O plano
era incluir 20 participantes em cada um dos dez grupos de tumores – cabeça e
pescoço, pulmão, mama, cólon e reto, colo uterino, próstata, melanoma,
pâncreas, estômago e fígado -, totalizando 210 pessoas em acompanhamento.
Estatisticamente, a substância teria efeito se pelo menos três pacientes
de cada subgrupo apresentassem uma redução de 30% do tumor. Não foi o
que ocorreu.
Resultados aquém do esperado
Até o
momento, 72 pacientes, de dez diferentes grupos de tumores, foram tratados com
a fosfoetanolamina. Destes, 59 foram reavaliados e 58 não apresentaram resposta
objetiva, de acordo com os médicos. Apenas um indivíduo, com melanoma,
apresentou resposta ao tratamento.
O grupo
de câncer colorretal foi o primeiro a completar a inclusão de todos os
pacientes previstos nesta fase, e foi encerrado, pois nenhum paciente
apresentou resposta objetiva ao tratamento. Nos últimos oito meses os pacientes
passaram por avaliações periódicas, com retornos entre 15 e 30 dias, para a
realização de consultas médicas e exames, dentre eles a avaliação da doença por
tomografia, o que permite acompanhar de perto a evolução do câncer em relação
ao uso da “pílula do câncer”.
Pesquisa suspensa
Como os
resultados de reavaliação estão sendo muito inferiores ao desejável, em
todos os grupos, a inclusão de novos pacientes está suspensa. O protocolo será
reavaliado antes de qualquer continuidade, segundo a Secretaria Estadual
de Saúde de São Paulo.
Os
pacientes envolvidos no projeto vão continuar em tratamento no Icesp
normalmente, com acompanhamento da equipe de oncologia.
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