quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Planos de saúde terão prazo para agendar consultas

Em pediatria, cirurgia geral, ginecologia, obstetrícia e clínica médica, prazo máximo será de sete dias úteis a partir de amanhã


AE
18/12/2011 13:18 - http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/planos-de-saude-terao-prazo-para-agendar-consultas/n1597415408268.html

As operadoras de planos de saúde deverão garantir aos consumidores a marcação de consultas, exames e cirurgias nos prazos máximos definidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No caso de consultas básicas - pediatria, clínica médica, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia - o prazo máximo será de sete dias úteis. A regra começa a valer a partir da segunda-feira de 19 de dezembro.

Além de estabelecer um prazo máximo para o atendimento, que vai de três a 21 dias, a norma também determina que cada operadora de plano de saúde deverá oferecer pelo menos um serviço ou profissional em cada área contratada.

"A ANS não pode interferir na capacidade de atendimento dos prestadores e sim regular para que haja no mínimo uma alternativa disponível, ou seja, a operadora deverá garantir o atendimento no tempo previsto, mas não exatamente com o profissional de escolha do beneficiário", afirmou, em comunicado, a diretora adjunta de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Carla Soares.

De acordo com a ANS, as empresas de planos de saúde que não obedecerem aos prazos definidos sofrerão penalidades e, em casos de descumprimentos constantes, poderão passar por medidas administrativas.

Entre os demais prazos, as consultas em outras especialidades médicas terão um prazo máximo de 14 dias úteis. Já o prazo para marcar consultas com fonoaudiólogo, nutricionistas, psicólogo, terapeuta ocupacional e fisioterapia será de dez dias. Já os serviços de diagnóstico o prazo máximo será de três dias. Os casos de urgência e emergência o atendimento deverá ser imediato.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Câncer de mama: tratamento deve começar até 3 meses após diagnóstico

Além do tratamento mais ágil, Inca quer que a mulher com câncer seja tratada por equipe com psicólogo e nutricionista
http://delas.ig.com.br/saudedamulher/cancer-de-mama-tratamento-deve-comecar-ate-3-meses-apos-diagnostico/n1597348381512.html

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) divulgou hoje (31) sete novas recomendações para o controle do câncer de mama no país. Uma delas é que o início do tratamento ocorra em três meses e que os procedimentos complementares, de quimioterapia ou hormonioterapia, comecem, no máximo, em 60 dias. Além disso, a radioterapia deve ser feita em 120 dias.

As orientações complementam as lançadas no ano passado, que eram focadas em ações de prevenção, detecção precoce e informação de qualidade. Segundo o técnico da Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica da instituição Ronaldo Corrêa, desta vez, a lista é voltada ao tratamento de mulheres que já tenham tumores.

“Essas recomendações são importantes porque podem ter impacto na sobrevida das pacientes”, explicou.

Ele lembrou, durante o lançamento, que o câncer de mama é o tumor que mais mata a população feminina no Brasil, sendo responsável pela morte de 12 mil mulheres a cada ano.

O técnico do Inca acrescentou que a lista também traz recomendações sobre o acolhimento das pacientes. O instituto orienta que elas sejam acompanhadas por uma equipe que inclua médicos, enfermeiro, psicólogo, nutricionista, assistente social e fisioterapeuta; e que receba cuidados em um ambiente que respeite a autonomia, dignidade e confidencialidade.

“Quanto mais profissionais estiverem comprometidos com o tratamento melhor vai ser a assistência prestada a essas mulheres”, ressaltou. Ele lembrou que as recomendações não têm força de lei, mas seu cumprimento pode ser verificado pela sociedade.

A lista com todas as recomendações está disponível no site do Inca. O documento impresso também será encaminhado às secretarias de Saúde dos estados e municípios.

Para ampliar as ações de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama e de colo de útero, o Ministério da Saúde vai investir, até 2014, R$ 4,5 bilhões. Os recursos serão usados, entre outras iniciativas, na implantação de 50 centros para atendimentos em mastologia ou ginecologia e na implantação de 32 serviços avançados em hospitais habilitados para o tratamento oncológico e na substituição de equipamentos em 48 hospitais.

domingo, 11 de dezembro de 2011

SP oferece cirurgia sem cortes para tratamento contra câncer

http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2011/10/27/sp-oferece-cirurgia-sem-cortes-para-tratamento-contra-cancer/


O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), tornou-se o primeiro hospital público do país a adotar a técnica de radiocirurgia. Trata-se de uma terapia simples e rápida para tratar pacientes oncológicos que, por motivos clínicos, não poderiam se submeter aos riscos de uma cirurgia comum. As informações são da agência Fapesp.

O tratamento é indicado para tumores primários ou metástases localizadas no pulmão e na coluna vertebral, desde que isolados e com até cinco centímetros de diâmetro. Essa tecnologia visa concentrar uma grande dose de radiação em focos bastante específicos, provocando a morte das células cancerígenas por meio da quebra de seu DNA e chance mínima de danos aos tecidos sadios.

Além disso, o equipamento possibilita que, mesmo havendo uma pequena movimentação do tumor, provocada pela respiração, somente a área programada seja tratada. Isso porque o aparelho ajusta os disparos quando o tecido saudável fica à frente do dispositivo emissor da radiação. O procedimento dura, em média, uma hora e libera o paciente para voltar à sua rotina normal logo após a terapia.

Antes de dar início ao tratamento, uma imagem do tumor gerada pelo próprio equipamento de radioterapia é realizada para que a equipe de médicos e físicos possa posicionar o alvo que será submetido à radiocirurgia.

Devido a essa precisão, a técnica promove maior proteção dos tecidos vizinhos contra a radiação quando comparada ao tratamento de radioterapia convencional. Por esta razão, embora receba uma dose elevada de radiação, o paciente apresenta uma tolerância maior à nova técnica. Além disso, o período de tratamento é mais curto. São necessárias de uma a cinco aplicações, número que pode subir para cerca de 30, quando empregada a radioterapia comum.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

MEDICAMENTO DE ALTO CUSTO CONTRA O CÂNCER PODE TER GENÉRICO NACIONAL

Terça-feira, 22 de Novembro de 2011
http://www.inct-inofar.ccs.ufrj.br/release_sunitinibe.html

INCT-INOFAR descobre nova rota de síntese para produzir o sunitinibe. A pesquisa visa estimular a produção do princípio ativo no Brasil

Pesquisadores do Instituto de Química da UFRJ associados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fármacos e Medicamentos (INCT-INOFAR) desenvolveram, em escala de laboratório, um modo eficiente para produzir o genérico do sunitinibe, princípio ativo do Sutent®, medicamento contra o câncer fabricado pela Pfizer. A descoberta da nova rota de síntese abre possibilidade para a produção nacional do genérico a um custo mais barato, quando a patente do medicamento expirar no Brasil.

Recomendado para combater certos tipos de câncer no rim, estômago e intestino, o Sutent® é um medicamento de alto custo – em torno de 11 mil reais a caixa com 28 comprimidos de maleato de sunitinibe 50mg – que ainda não faz parte do protocolo do tratamento de câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A pesquisa levou dois anos e meio e foi toda desenvolvida no Instituto de Química da UFRJ pela Dra Barbara Vasconcelos da Silva, juntamente com o seu orientador, o professor Angelo da Cunha Pinto. Para o especialista, a descoberta tem um impacto social importante, visto que muitos pacientes entram na justiça para obter do governo esse medicamento.

“O custo mais baixo pode tornar o sunitinibe acessível a uma maior parcela da população brasileira, à medida que ele possa passar a integrar SUS” –observouo professor Angelo Pinto. No meio científico a descoberta da nova rota de síntese do sunitinibe é comemorada como um marco que atesta a competência brasileira na área dos genéricos.

“É uma prova de que o Brasil pode produzir qualquer medicamento inventado em um país desenvolvido” – comemora o pesquisador, que teve que driblar as 472 patentes depositadas no mundo relativas ao sunitinibe, para descobrir um meio inédito de produzir a substância.

Na nova rota de síntese desenvolvida foram feitas substituições de reagentes e modificações das condições de algumas reações, de modo que o resultado da pesquisa gerou um produto final com rendimento superior ao descrito na patente da Pfizer.

Sunitinibe
O sunitinibe é considerado um tratamento eficaz e confortável, pois é ministrado ao paciente por via oral e não acarreta os tradicionais efeitos colaterais da quimioterapia. Com um modo de atuação diferente e inovador – por agir como um inibidor da enzima tirosina-quinase – o medicamento tem dois efeitos: impede o crescimento de novos vasos sangüíneos que alimentam o tumor e ataca diretamente as células tumorais, evitando a sua multiplicação.

Economia com o genérico

Em 2010, o Brasil gastou quase 8 milhões de dólares com a importação do Sutent®, que teve a patente registrada no País, em 2005, pelo laboratório Pfizer. Com a descoberta da nova rota de síntese do sunitinibe, o Brasil pode, antecipadamente, preparar-se para produzir o medicamento, reduzindo assim seu custo de produção.

Em dezembro de 2010, os pesquisadores associados do INCT-INOFAR baseados no Instituto de Química da Unicamp concluíram a rota de síntese inédita da atorvastatina, princípio ativo do Lipitor®, medicamento mais vendido no mundo que acabou de expirar a patente no Brasil. Atualmente, o instituto tenta negociar a rota desta síntese com uma indústria brasileira.

Apesar dos avanços ocorridos em decorrência da Lei dos Genéricos, infelizmente, as empresas farmacêuticas brasileiras limitam-se a formular e a embalar princípios ativos importados de mercados distantes como China, Índia e Coréia. Com objetivo de tentar reverter esse “Caminho das Índias”, o INCT-INOFAR objetiva transferir a tecnologia da produção do sunitinibe, a fim de que a versão do genérico possa ser efetivamente produzida por uma indústria nacional. Uma contribuição valiosa dos seus cientistas para melhorar o acesso da população aos medicamentos.

Barbara Vasconcellos da Silva Professora Adjunta do Instituto de Química da UFRJ. Possui graduação em Química com atribuições tecnológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2007) e doutorado em Química pela mesma universidade (2010). Tem experiência na área de Química Orgânica, com ênfase em síntese de derivados da isatina, oxindóis e compostos contendo o grupo ferrocenil.

Angelo da Cunha Pinto Professor Titular do Instituto de Química da UFRJ, bolsista de produtividade de pesquisa de nível IA do CNPq, Cientista do Nosso Estado da FAPERJ, Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências, Membro do comitê da CAPES da área de Química, Oficial Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Cientifico, Editor do Journal of the Brazilian Chemical Society e da Revista Virtual de Química.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Avanço da cura do câncer está nas mãos de 2,5 mil pacientes

Em quatro hospitais, voluntários ajudam no teste de drogas mais potentes e até vacinas para proteger da doença

Fernanda Aranda, iG São Paulo
30/11/2011 11:01

Se a cura do câncer ainda não é uma certeza, hoje ele já não é mais uma sentença de morte. Os testes que diagnosticam a doença estão mais precisos, os tratamentos mais efetivos e as cirurgias menos mutiladoras.

Por trás dos passos já dados em todas estas conquistas – e os ainda necessários para que os tumores deixem de ocupar o posto de segunda causa de morte dos brasileiros – existe uma legião de pacientes voluntários.

São eles que emprestam seus corpos, suas biópsias e seus efeitos colaterais para que as pesquisas avancem em direção ao controle da doença.

Levantamento feito pelo iG Saúde em quatro centros de pesquisas em oncologia mostra que os voluntários de pesquisas oncológicas somam ao menos 2,5 mil pessoas. Gente que, mesmo sem nunca ter estudado medicina, contribui para o desenvolvimento de medicamentos mais potentes, terapêuticas mais personalizadas para amenizar os danos da quimioterapia e até de vacinas contra câncer de próstata, pulmão e rim.

Todas estas novidades previstas para os próximos anos estão nas mãos de quem se dispõe a contribuir com a ciência, sem receber contribuição financeira em troca.

“Sem estes pacientes, nós não conseguiríamos avançar um milímetro”, define Carlos Gil, coordenador de pesquisa clínica e inovação tecnológica do Instituto Nacional do Câncer (Inca), entidade que, anualmente, recruta 400 novas pessoas que convivem com a doença, participantes de 700 estudos já em andamento (cada paciente pode participar de mais de uma pesquisa).

“Os caminhos mais efetivos para o tratamento do câncer são os personalizados, ou seja, definidos após testes genéticos que avaliam, individualmente, o perfil de cada tumor”, complementa Gil.

“Precisamos, por isso, contar com o maior número de características mapeadas. É o que vai garantir maiores índices de sucesso de tratamento de uma população tão miscigenada como a brasileira.”

Olhos claros, ruiva, paulistana

Um dos perfis de tumor que já faz parte do banco de dados das pesquisas em câncer do País é o que acometeu uma mulher paulistana, 52 anos, cabelos ruivos e de olhos claros. Maria Madalena da Silva teve um tumor maligno nas mamas diagnosticado no mês de junho e em uma fase muito precoce, com menos de três meses de existência. Logo após fazer a cirurgia para a retirada do tumor, já começou a fazer parte de um dos 800 ensaios clínicos em andamento no Hospital AC Camargo, em São Paulo, que englobam 1.500 voluntários.

“Fico muito satisfeita em contribuir até porque sei que sou uma paciente diferenciada”, diz Maria Madalena. Ela não fuma (nunca fumou) e também não bebe, dois hábitos de riscos presentes em quase 60% dos diagnosticados com câncer, chegando a 90% em alguns tipos de tumores como os de cabeça e pescoço (como foi o caso do ex-presidente Lula).

Outro diferencial desta paciente é que ela fazia mamografias anuais desde os 40 anos e, por isso, não está no grupo de 52% das mulheres que recebem a notícia do câncer de mama já em estágio extremamente avançado, conforme mapeou a Federação Brasileira de Saúde das Mamas (Femama).

“Estou fazendo quimioterapia (o cabelo caiu, mas quem olha nem suspeita que é peruca) e ainda não dá para falar que estou 100% curada. Mas com certeza já dá para dizer que eu contribuo para o tratamento de pessoas que ainda nem sequer receberam a notícia da doença”, define ela.

As novidades

São muitas as linhas de pesquisas para novos tratamentos e detecção do câncer. Entre as novidades mais próximas, pontua Célia Tosello de Oliveira, coordenadora de pesquisas do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), estão as drogas que diminuem os efeitos colaterais acarretados pela quimioterapia e pela radioterapia, como náuseas, vômitos e também queda de cabelo.

“Temos ainda projetos para o tratamento do câncer de próstata sem quimioterapia (o que pode ser um antídoto para sequelas importantes na potência sexual masculina)”, exemplifica Célia.

No IBCC são 20 novos projetos de pesquisa iniciados por ano, que envolvem – em média – 8 pacientes em cada (160 voluntários no total).

Luiz Fernando Lima Reis, diretor do Instituo de Pesquisa do Hospital Sírio Libanês, afirma que lá são 50 pessoas com diagnóstico de câncer que auxiliam no desenvolvimento de novas drogas. Também são pesquisados aparelhos cirúrgicos com uma melhor “pontaria”, para que retirem o tumor de forma que o entorno do órgão não seja tão afetado.

No AC Camargo – que concentra quase 60% de todos os ensaios clínicos brasileiros – além de drogas mais eficazes, também estão em testes vacinas terapêuticas para o câncer de pulmão.

“Elas têm como objetivo principal evitar a reincidência do tumor, situação que ocorre em 30% dos casos pulmonares”, afirma o diretor do Hospital, Jeferson Luiz Gross. No Inca, além de doses terapêuticas, também são testadas – ainda de forma embrionária – imunização preventiva para câncer de rim.

Futuro

Os ensaios clínicos, os especialistas reforçam, têm anos de duração e demoram em média uma década para chegar à população. Nem sempre os resultados são os esperados. “Temos muitos dados promissores, como a possibilidade de a longo prazo, detectar alguns cânceres por meio de exames de sangue”, pontua Gross.

“Mas nem sempre a ciência atende às expectativas médicas. Precisamos ter os pés no chão. O que já está consagrado é a importância da prevenção primária. Em todas as pesquisas não há dúvida de que uma dieta saudável, a prática de exercícios físicos, não fumar e não beber estão relacionados a uma incidência muito menor de tumores.”

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

País deve ter mais de 1 mi de novos casos de câncer em 2 anos

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5486976-EI306,00-Pais+deve+ter+mais+de+mi+de+novos+casos+de+cancer+em+anos.html
24 de novembro de 2011 • 12h52 • atualizado às 13h27

O Brasil deve registrar nos próximos dois anos mais de 1 milhão de novos casos de câncer, aponta estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). Segundo a publicação, estimativas feitas com base nos registros da doença apontam a ocorrência de aproximadamente 518.510 casos de câncer no País em 2012, número válido também para 2013.

Na divisão por gênero, são esperados um total de 257.870 casos novos para o sexo masculino e 260.640 para o sexo feminino em 2012. Os cinco tumores mais incidentes entre homens serão o câncer de pele não lemanoma (63 mil casos novos), próstata (60 mil), pulmão (17 mil), cólon e reto (14 mil) e estômago (13 mil). Nas mulheres, destacam-se, entre os 5 mais incidentes, os tumores de pele não melanoma (71 mil casos novos), mama (53 mil), colo do útero (18 mil), cólon e reto (16 mil) e pulmão (10 mil).

Segundo as estimativas do Inca, as regiões Sul e Sudeste, de maneira geral, apresentam as maiores taxas de novos casos de câncer, enquanto as regiões Norte e Nordeste, as menores. As taxas da região Centro-Oeste apresentam um padrão intermediário.

Prevenção do Câncer Infantojuvenil.

Boa notícia, 322 moradores da comunidade da Rocinha, que fazem parte do programa Saúde da Família, serão capacitados na prevenção do câncer infantojuvenil, até junho de 2012. A iniciativa, promovida pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com outras duas instituições, aplicará as aulas no Centro de Cidadania local. O câncer infantojuvenil é uma das primeiras causas de morte de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos de idade

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Gianecchini passará por transplante de medula em dezembro

http://odia.ig.com.br/portal/brasil/html/2011/11/gianecchini_passara_por_transplante_de_medula_em_dezembro_207434.html

Rio - Depois de se submeter a seis sessões de quimioterapia para tratar um câncer no sistema linfático, Reynaldo Gianecchini vai passar por um transplante de medula no mês de dezembro. A afirmação foi feita pelo próprio ator, durante entrevista para o Fantástico na noite deste domingo.

Giane contou, durante a reportagem, que acredita totalmente no sucesso da cirurgia. "Eu me sinto curado desde o primeiro dia. Não jogo com a possibilidade de perder", afirmou o ator, que contou à apresentadora Patrícia Poeta sobre o momento em que descobriu a doença.

"Tem sido um processo de muito entendimento desde o primeiro momento", revelou Gianecchini, acrescentando que descobriu o linfoma em julho deste ano, por causa do aumento no tamanho dos gânglios. "Os sintomas poderiam ser de doenças banais. Eu comecei com alergia e a garganta começou a ficar com alguns gânglios e como sempre tive muitos problemas de garganta, resolvi fazer alguns exames", contou.

Com a chegada do diagnóstico, o ator revelou que a primeira reação foi a negação. "Minha primeira reação foi dizer 'Mãe, eu não tenho isso não. Isso não é possível".

Giane confessa que apesar da força que tem demonstrado ao longo do tratamento e da certeza da cura, alguns momentos são mais difíceis do que outros. "Eu tenho um câncer raro, é um linfoma muito raro, muito mais difícil de diagnosticar", disse.

Queda de cabelos

O ator revelou que resolveu cortar os cabelos por achar que seria mais prático, durante o dia-a-dia, não ter que se preocupar com a "cabeleira". No momento em que optou por raspá-los, a primeira imagem que veio à sua cabeça foi a cena onde a personagem Camila, interpretada pela atriz Carolina Dieckmann na novela "Laços de Família", passava pelo mesmo drama. Na trama, Gianecchini interpretava o marido de Camila.
Apoio dos fãs

Reynaldo contou que o que mais o tem emocionado durante o tratamento é o carinho dos fãs, que escrevem, mandam mensagens e se dizem confiantes na sua recuperação.

"Essa é a única coisa que me faz chorar, mas de felicidade", disse.

Cura espiritual

Por intermédio do pai, Reynaldo tomou conhecimento de cirurgias espirituais e chegou a passar por uma delas. "Na verdade o meu pai estava muito em contato com amigos espíritas que fazem essas curas espirituais. Existem tratamentos, operações espirituais feitas pelos espíritos. E fizeram comigo", revelou. "Fisicamente eu não senti nada. Eu sinto muita força, uma corrente muito boa de amor".

Internação

Durante as sessões de quimioterapia, Gianecchini contraiu uma bactéria e teve que passar por um período de internação.

Essa minha jornada no hospital foi particularmente interessante, porque eu conheci muita gente com leucemia ou com linfomas. E cada vez que tem uma superação, é uma festa. todo mundo se junta, canta parabéns com bolo e tudo, porque a pessoa está renascendo.

Emoção

Ao final da entrevista, o ator revela um desejo: após a recuperação total, a primeira coisa que quer fazer é entrar no mar. E no Rio.

Bastante emocionado, Giane agradece o apoio e o carinho dos fãs e não contém o choro. "Agradeço a todo mundo. Eu não tenho palavras pra descrever, nem pra agradecer todo esse carinho, todo esse amor. E eu espero um dia poder retribuir tudo isso".

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Pesquisas curiosas sobre o diagnóstico, prevenção e tratamento do câncer – Parte 3

Veneno de Serpente

Um tipo de proteína presente no veneno de algumas serpentes, denominado desintegrina, pode ser capaz de deter a metástase, migração desenfreada de células tumorais cancerosas para outras partes do corpo.

A descoberta é resultado de uma pesquisa realizada na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Os cientistas observaram que diferentes desintegrinas purificadas do veneno de cobras são capazes de reduzir a capacidade de ativação e a migração de células de um tipo de melanoma - o câncer de pele mais letal - em camundongos.

Entretanto, um dos grandes desafios de utilizar o veneno de serpentes em pesquisa é o alto custo.

Curcuma

Uma pesquisa realizada na Irlanda sugere que um componente encontrado na cúrcuma, condimento presente no tempero curry, pode matar células cancerosas. A curcumina já era vista como um extrato com aplicações medicinais e já estava sendo testada para tratamento de artrite e até demência.

Testes de laboratório realizados pelo Centro de Pesquisa do Câncer de Cork mostraram que a substância também pode matar células de câncer de esôfago. A descoberta pode ajudar médicos a elaborar novos tratamentos para a doença.

Toupeira Pelada

A partir da análise das defesas do rato-toupeira-pelado, um tipo de mamífero roedor, cientistas acreditam que podem desenvolver técnicas para impedir o crescimento de tumores.

Os pesquisadores descobriram que em uma solução feita com células da pele das toupeiras, as mesmas deixaram de se proliferar quando atingiram uma densidade relativamente baixa. Este mecanismo também ocorre em humanos, mas o câncer é capaz de driblar esta defesa, mantendo o crescimento celular de tumores.

Os cientistas esperam aprender com as toupeiras como estimular a barreira natural.

Chá de Papaya

O chá do extrato de folha de papaia contém propriedades que combatem com grande poder os vários tipos de câncer e não deixa sequelas de nenhuma toxidade, como ocorre com outras terapias, segundo uma pesquisa da Universidade da Flórida.

Cientistas documentaram os poderosos efeitos anticancerígenos da papaia sobre o câncer de útero, de mama, fígado, pulmão e pâncreas, através de testes em laboratório com uma ampla variedade de tumores. Eles utilizaram 10 tipos diferentes de células cancerígenas e as expuseram a quatro graus de concentração de extrato de papaia durante 24 horas, medindo seus efeitos após esse tempo.

A concentração reduziu o crescimento dos tumores em todos os cultivos, segundo o estudo.

Salmonela

Cientistas descobriram que a bactéria que causa a doença salmonela pode provocar uma reação imunológica que mata células cancerígenas, o que pode levar à criação de vacinas para serem injetadas em vítimas do câncer.

"Fizemos experimentos primeiro em ratos e depois, em células com câncer e células imunológicas de pacientes humanos, e descobrimos que a salmonela estava fazendo exatamente o mesmo trabalho", disse Maria Rescigno, do Instituto Europeu de Oncologia, de Milão, que participou do estudo.

A equipe descobriu que a salmonela aumentava a quantidade da proteína connexin 43, que "marca" as células doentes para que o sistema imunológico possa atacá-las.

Ecstasy

Cientistas britânicos acreditam que a droga ecstasy poderia ser usada no tratamento de diferentes tipos de câncer de sangue, como leucemia, linfoma e mieloma. Há seis anos, pesquisadores já sabem que psicotrópicos como ecstasy, remédios para emagrecer e antidepressivos têm efeitos sobre células cancerígenas, e agora eles buscam uma fórmula para alterar o ecstasy e utilizá-lo em tratamentos.

Por enquanto, o maior problema é que a quantidade de ecstasy necessária para eliminar as células cancerígenas seria fatal para o paciente. O que os pesquisadores da universidade de Birmingham querem fazer é isolar as propriedades benéficas do ecstasy que não causem efeitos colaterais.

Ouro

Utilizando nanopartículas de ouro, cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) conseguiram levar medicamentos contra o câncer a partes específicas do corpo de forma controlada.

As partículas se dissolvem quando expostas a diferentes níveis de luz infravermelha e, com isso, os cientistas poderiam fazer com que elas liberassem a droga apenas nos locais desejados.

Semente de Uva

Cientistas da Universidade de Kentucky realizaram experiências de laboratório e mostraram que, em 24 horas, 76% de células de leucemia expostas a altas doses de extrato de sementes de uva foram mortas em um processo de apoptose (digamos que elas "cometeram suicídio"), enquanto que as células saudáveis ficaram intactas.

A pesquisa abre caminho para novos tratamentos contra o câncer, mas os especialistas disseram que ainda é muito cedo para recomendar que as pessoas comam uvas como forma de evitar a doença.

As sementes de uva contêm alta concentração de antioxidantes, conhecidos por suas propriedades contra os radicais livres. O extrato pode ser eficaz no combate a células cancerígenas da pele, mama, intestino, pulmão, estômago, próstata e leucemia.

Anticorpos de Tubarão

Como os tubarões possuem um sistema imunológico semelhante ao humano, mas com anticorpos mais resistentes, pesquisadores da Universidade La Trobe, nos Estados Unidos, acreditam que podem aproveitar essa resistência para ajudar a tornar mais lento o desenvolvimento de doenças como o câncer.

Utilizando anticorpos retirados do sangue de tubarões, cientistas esperam retardar a proliferação do câncer de mama, por exemplo.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Pesquisas curiosas sobre o diagnóstico, prevenção e tratamento do câncer – Parte 2

Flor Egípcia

Um novo remédio feito com uma flor que já tinha usos medicinais no Egito antigo pode destruir células de câncer, segundo uma pesquisa realizada por cientistas britânicos. A nova droga produzida a partir do açafrão-do-prado (Colchicum autumnale) circula na corrente sanguínea, mas só é ativada por uma substância química emitida por tumores malignos.

Ela atacaria então as células cancerígenas, mas deixaria intactos os tecidos saudáveis. O remédio foi testado com sucesso em camundongos contra câncer de mama, intestino, pulmão e próstata, mas deve ser eficiente contra qualquer tipo de tumor sólido.

Vírus

Curar uma doença com um vírus parece pouco sensato, mas cientistas canadenses descobriram que um vírus modificado é capaz de combater apenas as células cancerígenas, deixando incólume o tecido saudável.

A pesquisa ainda não é conclusiva, já que apenas 23 pacientes foram submetidos aos testes. No grupo de oito pessoas que recebeu alta dosagem, o tratamento teve resultados positivos em sete pacientes.

A terapia viral no combate ao câncer não é novidade. Até agora, no entanto, o vírus era diretamente aplicado no tumor, e não na corrente sanguínea.

Maconha

Os componentes ativos da maconha e seus derivados poderiam reduzir o crescimento do câncer de mama e a aparição de metástases, constatou uma equipe de cientistas espanhóis que testou os efeitos da droga em camundongos.

Os pesquisadores da Universidade Autônoma de Madri afirmaram que os cannabinoides podem deter e mesmo eliminar as células derivadas desse tipo de tumor. Os cientistas concluíram que a propriedade antitumoral surge do receptor de cannabinoides CB2, enquanto os efeitos psicotrópicos da maconha surgem do receptor CB1.

A maconha mostrou ter o mesmo efeito em câncer de próstata, em outro estudo realizado em Madri, na Universidade de Alcalá de Henares. Mas a diretora da organização "Cancer Research UK", Lesley Walker, adverte aos pacientes sobre os malefícios de fumar maconha e garante: ninguém vai combater o câncer fumando a droga.

Suco de Romã

Componentes do suco de romã podem inibir o crescimento de células cancerosas e a metástase do câncer de próstata, de acordo com pesquisadores da Universidade Riverside, nos Estados Unidos.

Cientistas aplicaram o suco de romã em células de câncer de próstata resistentes a outros tratamentos e constataram que houve diminuição da metástase, já que as células ganharam mais adesão e passaram a se separar menos. Agora, os pesquisadores trabalham para identificar as substâncias da romã que causam o efeito benéfico e criar novos medicamentos

Calor

Cientistas acreditam que a termoterapia pode ser uma alternativa à quimioterapia no combate ao câncer, segundo um estudo apresentado na American Physical Society.

O tratamento consiste em aquecer apenas o tumor a uma temperatura de 56ºC, o que destrói o tecido cancerígeno enquanto mantém o tecido em volta sadio, a não mais de 41ºC.

Até o momento, foram realizados apenas experimentos 'in vitro', mas está prevista a continuação do estudo com animais.

Veneno de Escorpião

Médicos cubanos já trataram mais de 10 mil pacientes de câncer com um medicamento homeopático feito a partir do veneno do escorpião azul. O produto teve "resultados positivos na melhora da qualidade de vida e detenção" do tumor, disse Isabel González, diretora de Pesquisas e Desenvolvimento do Grupo Empresarial Labiofam.

O medicamento é indicado como um auxiliar a outras terapias e tem propriedades analgésicas e antiinflamatórias.

Transplante de Tumor

Quando o americano Mark Gregoire foi diagnosticado com câncer de pâncreas, os médicos lhe deram poucas semanas de vida. Mas pesquisadores da Universidade John Hopkins conseguiram curar o paciente após transplantar células de seu tumor a camundongos. Quando os animais ficaram doentes, os cientistas puderam testar neles diversas possibilidades de tratamento até descobrir qual seria a melhor para Mark.

Quando conseguiram curar um camundongo com uma determinada droga, aplicaram a mesma ao paciente, que hoje está recuperado.

Abelhas

Cientistas de St. Louis, nos Estados Unidos, desenvolveram um método que usa veneno de abelhas para matar células de tumores, ao mesmo tempo em que deixa células saudáveis intactas. Os pesquisadores acoplaram a toxina melitina, presente no veneno, a moléculas, ou nanopartículas, que foram introduzidas em ratos que possuíam tumores.

De acordo com os pesquisadores, as partículas pousam na superfície das células e depositam sua carga de melitina, que rapidamente se funde com as células-alvo. "Mostramos que a toxina da abelha é levada para as células, onde faz furos em suas estruturas internas", afirmou um dos autores do estudo, Samuel Wickline.

Após algumas aplicações das "nanoabelhas", os tumores dos ratos teriam encolhido ou parado de crescer, de acordo com os cientistas.

Óleo de Peixe

Um ácido graxo Ômega 3, encontrado em óleos provenientes de peixes, pode reduzir o tamanho de tumores e aumentar os efeitos positivos do remédio cisplatina, usado na quimioterapia, afirmam cientistas egípcios da Universidade de Mansoura.

A equipe estudou os efeitos do ácido graxo DHA em tumores sólidos em ratos e concluiu que o DHA eliminou efeitos colaterais da quimioterapia, como cancelar os danos que o medicamento costuma causar nos rins. O estudo ainda não passou da fase de testes.

Erva Brasileira

Uma erva comum no Brasil e que cresce na mata pluvial da costa litorânea pode se tornar futuramente uma aliada dos especialistas na luta contra o câncer. Análises feitas por uma equipe de pesquisadores de Ciências Farmacêuticas da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Santa Catarina, demonstraram que compostos isolados da erva-de-são-simão (Vernonia scorpiodes) são capazes de destruir vários tipos de células tumorais, sem causar efeitos expressivos às células não tumorais.

Testes em camundongos mostraram bons resultados, mas Tania Mari Bellé Bresolin, coordenadora do estudo, afirma que existe um longo caminho a percorrer para saber se a planta pode servir como fonte de um medicamento.

Ela também alertou sobre os riscos da ingestão da erva-de-são-simão devido à sua toxicidade, que pode ser nociva ao ser humano se usada na alimentação. As substâncias benéficas só podem ser processadas em laboratório.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O SUS, Lula e as redes sociais

Maria Falcão

QUINTA, 3 DE NOVEMBRO DE 2011, 07H53
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI5450425-EI6582,00-O+SUS+Lula+e+as+redes+sociais.html

É uma pena o rumo tomado pelas discussões em torno da polêmica gerada pelos posts no Facebook, sugerindo que o ex presidente trate sua doença pelo SUS. Mais uma vez, estamos perdendo a chance de uma discussão rica. Ficamos presos nos pontos, na minha opinião, secundários. O mais relevante, que seriam as críticas positivas e negativas ao nosso Sistema Público de Saúde, ficou perdido, sem vez em meio a um lamaçal podre de politicagem, rancor, pobreza de espírito e outras baixarias, de ambos os lados da discussão.

Assim dito, quero aqui propor uma limpeza nas apelações dos debates e dar a minha contribuição à polêmica, na ótica do que julgo ser relevante. E faço isso pensando nos vários e vários pacientes que chegam a mim com cânceres diversos e "intratáveis", simplesmente porque não conseguem fazer suas quimioterapias em tempo hábil. Aliás, escrevo esse artigo em homenagem a um paciente de 14 anos (e sua família), que faleceu com um tumor cerebral depois de nem sequer ter conseguido vencer a fila do único hospital oncológico vinculado ao SUS em Salvador.

Quando li os posts de linchamento (ou quase) de Lula, pouco me interessou saber quais eram as reais motivações de quem os criou: se fazer uma brincadeira, uma ironia, ou se desejavam mesmo o pior para Lula. Vi ali uma forma de protesto, até certo ponto compreensível, e ponto final. Mas aí vieram as respostas, com mensagens que pareciam colocar a sugestão do tratamento pelo SUS como uma sentença de morte. A elas, se seguiram textos de pessoas contando experiências de tratamentos bem sucedidos feitos na rede pública, relatos emocionados que até nos fazem pensar que é assim com todo mundo. Até a competência do INCA foi trazida para a discussão.

Alguém, indignado, escreveu linhas em defesa da assistência prestada na instituição, dizendo ser exemplar. E é mesmo. Pena que para alguns poucos felizardos. Mas aqui há um erro de interpretação grosseiro: quem está questionando a competência do INCA? O que se questiona é a incapacidade que essa e outras instituições do SUS encontram para absorver e tratar os milhares de pacientes portadores de câncer, que morrem antes mesmo de terem uma única consulta com um oncologista. Se o serviço de assistência é excelente ou não, pouco importa para o doente que não consegue sequer ter acesso a esse serviço.

Xingamentos, boas e más intenções e suas consequências à parte, quero focar aqui no que entendo como o que há de mais válido nos posts do Facebook: trazer o assunto do problema da saúde pública à tona, para protestar. Afinal, não é também para isso que servem as redes sociais? É em momentos como esse que a denúncia se faz ouvida. Ou será que alguém aí pararia para reclamar se tirássemos a figura do Lula e colocássemos a do Seu Zé? Pois saibam que morrem Zés aos montes, todos os dias, e é contra isso que as pessoas deveriam se indignar. Experimentem passar um dia na porta de um hospital público e aí sim vão ter motivos reais pra encherem seus perfis virtuais de mensagens de repúdio.

Por que só agora, com Lula, e não antes com José Alencar, Roseana Sarney, Ana Maria Braga, o Hebe, é questionamento secundário. Talvez por ter sido ele a representação máxima do poder público e do descaso com a saúde nos últimos anos, sei lá. Obviamente, isso não justifica as mensagens rancorosas, de mau agouro, preconceituosas e discriminatórias que pululam na internet.

Obviamente também, não desejo a Lula ou a qualquer pessoa que veja sua vida dependente do SUS. Não pelo potencial do sistema, que é enorme, principalmente quando pegamos como exemplo instituições sérias, bem geridas e com profissionais comprometidos; mas pela incapacidade do SUS de, como está, garantir uma assistência no mínimo suficiente. Condeno e me envergonho com o rumo das discussões. Pois, enquanto nossos argumentos forem passionais, continuaremos sujeitos a propostas passionais eleitoreiras que, como vemos, desaguarão em desapontamento e raiva. Mas apoio o protesto e acho que a iniciativa foi válida em sua origem, ainda que tenha servido apenas para criar polêmica. Mas o SUS vai continuar deficitário e o Seu Zé vai continuar sem acesso ao Sírio Libanês.

Maria Falcão é médica e mestre em jornalismo científico pela universidade de Londres.

Fale com Maria Falcão: falcaomaria@terra.com.br

Lula pressentia câncer e temia exame, diz Carvalho

Ex-presidente comentou que desconfiava da doença e que estava com receio de fazer os exames
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/lula-pressentia-cancer-e-temia-exame-diz-carvalho/n1597350447602.html
AE | 02/11/2011 12:12

Na viagem que fez a convite da presidente Dilma Rousseff, a Manaus, na segunda-feira da semana passada, dia 24 de outubro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva confidenciou a ela que estava sentindo dores na garganta e que não queria fazer exames porque temia ser um câncer, porque a doença já havia atingido seu irmão mais velho. "Não quero fazer exame porque desconfio que seja câncer", disse Lula a Dilma, durante a viagem.

Anteontem, no Hospital Sírio-Libanês, Lula relembrou esta conversa, durante a visita que recebeu da presidente Dilma e dos ministros Gilberto Carvalho e Guido Mantega, quando citou o pressentimento que já tinha, falou sobre o medo da doença e da sua resistência em fazer consultas médicas e exames para evitar surpresas desagradáveis. "Ele é muito medroso", afirmou Gilberto ao Estado.

Depois de relatar a disposição de Lula de não interromper totalmente suas atividades, Gilberto Carvalho contou que a ex-primeira-dama Marisa Letícia disse que terá de reorganizar o seu apartamento em São Bernardo do Campo para que o local possa ser palco de muitas reuniões políticas, a partir de agora, já que o ex-presidente precisará estar mais recolhido.

Segundo o ministro Gilberto Carvalho, Lula estava "com muita disposição" e estava conversando muito e normalmente. "O médico disse que não tem problema ele falar", afirmou Carvalho, salientando que embora a biópsia tenha provocado um ferimento na sua garganta ele não parava de falar sobre o G-20, sobre a importância dos BRICs e que estava preocupado demais com os problemas que estão sendo enfrentados pela Comunidade Europeia por causa da crise econômica nos países da zona do euro.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O que é Câncer de laringe?

http://yahoo.minhavida.com.br/saude/temas/66-cancer-de-laringe

O câncer de laringe é um dos mais comuns a atingir a região da cabeça e pescoço, representando cerca de 25% dos tumores malignos que acometem esta área e 2% de todas as doenças malignas. Aproximadamente 2/3 desses tumores surgem na corda vocal verdadeira e 1/3 acomete a laringe supraglótica (ou seja, localizam-se acima das cordas vocais).

Fatores de risco

Há uma nítida associação entre a ingestão excessiva de álcool e o vício de fumar, com o desenvolvimento de câncer nas vias aerodigestivas superiores. O tabagismo é o maior fator de risco para o desenvolvimento do câncer de laringe.

Quando a ingestão excessiva de álcool é adicionada ao fumo, o risco aumenta para o câncer supraglótico. Pacientes com câncer de laringe que continuam a fumar e beber têm probabilidade de cura diminuída e aumento do risco de aparecimento de um segundo tumor primário na área de cabeça e pescoço.

Sintomas

O primeiro sintoma é o indicativo da localização da lesão. Assim, odinofagia (dor de garganta) sugere tumor supraglótico e rouquidão indica tumor glótico e subglótico.

O câncer supraglótico geralmente é acompanhado de outros sinais e sintomas como a alteração na qualidade da voz, disfagia leve (dificuldade de engolir) e sensação de um "caroço" na garganta.

Nas lesões avançadas das cordas vocais, além da rouquidão, pode ocorrer dor na garganta, disfagia e dispneia (dificuldade para respirar ou falta de ar).

Tratamento

O tratamento dos cânceres da cabeça e pescoço pode causar problemas nos dentes, fala e deglutição. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maior é a possibilidade de o tratamento evitar deformidades físicas e problemas psicossociais.

Além dos resultados de sobrevida, considerações sobre a qualidade de vida dos pacientes entre as modalidades terapêuticas empregadas são muito importantes para determinar o melhor tratamento.
Entretanto, mesmo em pacientes submetidos à laringectomia total, é possível a reabilitação da voz através da utilização de próteses fonatórias tráqueo-esofageanas.

De acordo com a localização e estágio do câncer, ele pode ser tratado com cirurgia e/ou radioterapia e com quimioterapia associada à radioterapia, havendo uma série de procedimentos cirúrgicos disponíveis de acordo com as características do caso e do paciente.

Em alguns casos, com o intuito de preservar a voz, a radioterapia pode ser selecionada primeiro, deixando a cirurgia para o resgate quando a radioterapia não for suficiente para controlar o tumor.

A associação da quimio e radioterapia é utilizada em protocolos de preservação de órgãos, desenvolvidos para tumores mais avançados. Os resultados na preservação da laringe têm sido positivos. Da mesma forma, novas técnicas cirúrgicas foram desenvolvidas permitindo a preservação da função da laringe, mesmo em tumores moderadamente avançados.

Lula deixa São Bernardo do Campo e está a caminho do Hospital Sírio-Libanês

Por O Globo

Agência O Globo – 1 hora 5 minutos atrás

RIO - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de deixar seu apartamento em São Bernardo do Campo e segue para o Hospital Sírio-Libanês, onde dará início ao tratamento contra o câncer na laringe.

Para a primeira sessão de quimioterapia, os médicos decidiram que o ex-presidente ficará uma noite internado e deve ter alta pela manhã. Lula passará por três ciclos de medicação, combinando quimioterapia e radioterapia, com intervalo de 20 dias entre eles.

http://br.noticias.yahoo.com/lula-deixa-s%C3%A3o-bernardo-campo-est%C3%A1-caminho-hispital-104200569.html

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Pesquisas curiosas sobre o diagnóstico, prevenção e tratamento do câncer – Parte 1

Diversos estudos curiosos estão sendo feitos no Mundo objetivando a cura do câncer. A seguir apresentamos uma lista deles.

Cachorros

Cachorros são capazes de farejar o câncer de intestino, conforme artigo publicado na revista 'British Medical Journal'. Mas os animais só conseguem sentir o cheiro de componente químicos do câncer nas fezes dos pacientes se a doença estiver no estágio inicial. Entretanto, os autores do estudo admitem que a utilização de cachorros para detecção de câncer é pouco prática e cara.
Em outra pesquisa, na França, cães foram treinados para detectar câncer de próstata no cheiro da urina. Já na Alemanha, cachorros conseguiram farejar com alta taxa de sucesso o câncer de pulmão em estágio inicial.

Pesquisadores esperam identificar e isolar as substâncias que os animais sentem pelo olfato e criar testes laboratoriais para detectá-las.

Café

O café apresentou benefícios na prevenção de algumas formas de câncer, apesar de alguns médicos não recomendarem a bebida por seus outros efeitos negativos. Um estudo realizado na Suécia mostra que o consumo de cinco ou mais xícaras de café por dia reduz a incidência de uma das formas mais agressivas do câncer de mama. Nos homens, a mesma quantidade mostrou reduzir em 60% a chance de desenvolvimento do câncer de próstata letal, de acordo com estudo realizado pela universidade de Harvard.

Unhas do Pé

Cientistas americanos descobriram que a nicotina absorvida pelo corpo deixa rastros nas unhas dos pés. Assim, a partir da análise de pedaços de unha, eles podiam calcular o risco de uma pessoa desenvolver câncer de pulmão.

A técnica teve melhor resultado em estudos com fumantes, mas também pode ser aplicada em fumantes passivos. A pesquisa foi realizada na universidade de San Diego, nos Estados Unidos.

Dedo Indicador

Um estudo publicado no 'British Journal of Cancer' traça uma relação entre o comprimento do dedo indicador do homem com o risco que ele tem de desenvolver câncer de próstata. O fato pode ajudar a identificar grupos de risco e aplicar métodos de prevenção.
Homens cujo dedo indicador é mais longo do que o dedo anular têm uma probabilidade significativamente menor de desenvolver a doença. A pesquisa envolveu 4,5 mil homens.

A explicação seria que o comprimento dos dedos é determinado durante a gestação e estaria ligado aos níveis de hormônios sexuais no útero da mãe. A criança terá um dedo indicador mais longo quando exposta a níveis menores de testosterona antes do nascimento, o que poderá ser uma proteção contra o câncer de próstata na fase adulta.

Chá Verde

O chá verde é um dos poucos alimentos que comprovadamente mantêm seus efeitos benéficos após a digestão no corpo humano. As substâncias da bebida desaceleram o crescimento de tumores.

Usado há séculos na medicina tradicional chinesa, o chá verde tem a crença em seus benefícios fortalecida com o estudo da Universidade de Newcastle, na Grã-Bretanha.

Mas, como muitos outros métodos, os efeitos do chá verde ainda causam polêmica na comunidade médica e recomenda-se sempre consultar um especialista para cada caso específico para ter certeza de que a bebida não vai ser prejudicial.

Pipoca

De acordo com cientistas da Universidade de Scranton, nos Estados Unidos, a pipoca contém mais antioxidantes que a maioria dos cereais. O estudo comparou cereais matinais com frutas e legumes e concluiu que a quantidade de polifenois presente nestes alimentos eram semelhantes entre si.

Os polifenois removem os radicais livres do corpo, combatendo o crescimento de tumores.

Carne Marinada

Marinar a carne em cerveja ou vinho antes de fritá-la reduz a produção de substâncias carcinogênicas na mesma, afirmou um estudo publicado na revista 'New Scientist'. Segundo a pesquisa, deixar a carne nessas bebidas por cerca de seis horas antes do preparo reduziu em 90% os níveis dos compostos chamados amino-heterocíclicos (HA), que podem provocar tumores cancerígenos.

Os HA se formam pela conversão de açúcar e aminoácidos presentes no tecido muscular com a ação do calor. Cientistas acreditam que o álcool teria a capacidade de prevenir que moléculas solúveis em água sejam transportadas para a superfície da carne, onde seriam transformadas no composto carcinogênico durante a fritura.

Tomates Transgênicos

Uma equipe de pesquisadores britânicos do John Innes Centre, na Inglaterra, criou um tomate geneticamente modificado que contém altos níveis de antocianinas, uma substância que protege contra o câncer e outras doenças.

A alteração genética deixa os tomates roxos e testes em laboratório tiveram sucesso na prevenção do câncer em camundongos.

Felicidade

Uma pesquisa realizada por especialistas israelenses sugere que sentir-se feliz e ter uma atitude positiva diante da vida pode ser uma arma eficaz na prevenção contra o câncer de mama.

A equipe da Universidade de Ben-Gurion afirma que mulheres que se dizem felizes têm 25% menos chances de desenvolver a doença, enquanto as que viveram eventos traumáticos estão mais vulneráveis a desenvolver o tumor. Os especialistas entrevistaram mais de 250 mulheres com idades entre 25 e 45 anos.

Matemática

Pesquisadores espanhóis desenvolveram um modelo matemático capaz de prever a evolução de um tumor. O método permite conhecer o crescimento das células cancerígenas em diferentes fases e facilitaria a determinação de tratamentos para cada caso.

Embora o estudo ainda esteja em fase preliminar, a equipe trabalha na incorporação das variáveis que simulem a administração de um tratamento. Assim, eles poderão realizar testes em computador antes de ministrar drogas ao paciente.

Diamantes

Pesquisadores americanos da Universidade Northwestern criaram um método de atacar tumores em estágio avançado do câncer de mama e de fígado utilizando uma potente droga quimioterápica aliada a minúsculas partículas de carbono conhecidas como nanodiamantes.

A técnica foi testada em ratos e mostrou que os nanodiamantes ajudam a droga doxorrubicina a penetrar no tumor e reduzir seu tamanho. Sem os nanodiamantes, o medicamento era rejeitado pelo corpo.

Equatorianos

Um grupo de 100 equatorianos portadores de uma rara síndrome que os faz ter até 1m25cm de altura têm ajudado um pesquisador a desenvolver tratamentos contra tumores, já que, além de não crescerem muito, estas pessoas também são imunes a diabete e câncer.

A doença, conhecida como síndrome de Laron, só tem mais 300 casos registrados em outros lugares do mundo. O pesquisador Jaime Guevara Aguirre, que há 24 anos estuda o grupo equatoriano, espera poder adaptar medicamentos que bloqueiam o crescimento para uso em pacientes com câncer.

Quem sofre dessa síndrome tem deficiência em um receptor do fígado que impede o processamento do hormônio do crescimento. Aguirre espera que, se medicamentos forem usados para bloquear esse receptor em um adulto, que não necessita crescer mais, seria possível lutar contra o câncer.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Câncer pode surgir de células inesperadas, diz estudo.

http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2011/08/18/cancer-pode-surgir-de-celulas-inesperadas-diz-estudo/

No câncer, os tumores não são uniformes, são mais parecidos a sociedades complexas, cada um com um equilíbrio único entre diferentes tipos de células cumprindo diferentes funções. Compreender esta estrutura é essencial no tratamento da doença já que cada célula é sensível a um tipo de medicamento. Uma teoria amplamente aceita afirma que os tumores funcionam com uma "hierarquia", na qual todas as células cancerígenas descendem de um tipo especial de células-tronco de câncer capazes de se renovar. Esta teoria faz crer que ao atacar as células-tronco, se ataca o tumor inteiro.

Mas novas descobertas feitas por pesquisadores da universidade de Harvard, do Instituto de Tecnologia do Massachusetts (MIT) e do Instituto Whitehead sugerem que os tumores podem ser "sociedades" sem hierarquia. Os estudos mostram que células cancerígenas podem partir de diferentes células, o que coloca em dúvida a eficácia de atacar apenas as células-tronco. A pesquisa combinou evidências experimentais e modelos matemáticos para estudar o equilíbrio celular dos tumores.

Se as novas evidências se confirmarem, ficará provado que uma grande variedade de células podem se converter no tipo de células-tronco que dá origem ao câncer, o que exigiria tratamentos mais complexos. Apesar de o estudo levantar mais perguntas que respostas, os cientistas já conseguiram construir um modelo matemático capaz de prever a forma como um tumor multiplica suas células a fim de alcançar um equilíbrio entre os diferentes tipos celulares. A partir de agora, os pesquisadores esperam criar métodos de inteferir no funcionamento dos tumores.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Campanha com famosos Sorria para Si Mesmo divulga autoexame

O câncer de boca está entre os mais comuns no Brasil e seu aparecimento está relacionado principalmente a dois fatores que costumam potencializar também outros problemas de saúde: o álcool e o cigarro. Para conscientizar a população sobre a doença, no próximo dia 14 de outubro, será relançada a Campanha Nacional do Autoexame contra o Câncer de Boca, intitulada “Sorria para Si Mesmo”.

Cientes da importância de divulgar o autoexame, vários artistas se sensibilizaram e aderiram à campanha, como a madrinha Caroline Bittencourt, as atrizes Maria Fernanda Cândido e Regina Duarte, além dos cantores Daniel, Sérgio Reis e Chitãozinho e Xororó.

É importante lembrar que este tipo de câncer pode afetar lábios, língua, assoalho de boca, gengivas e palato duro (céu da boca). “Os tumores mais frequentes são os dos lábios, causados por exposição prolongada ao sol, além disso, o HPV também é um dos fatores de risco”, alerta o Dr. Mauro Kassuo Ikeda, cirurgião oncologista de cabeça e pescoço do Hospital A. C. Camargo.

Cinco passos do autoexame

Fazer o autoexame é bastante simples e eficaz na identificação de alterações bucais e na prevenção do câncer. Para isso, em frente ao espelho, com uma boa iluminação, realize os passos a seguir.

Passo 1
Olhe seus lábios superior e inferior, por fora e por dentro, inclusive as gengivas.
Passo 2
Com a ajuda das mãos, olhe para dentro das bochechas, na região das mucosas. Examine também a garganta e o palato (céu da boca).
Passo 3
Observe a língua: olhe o lado de cima, embaixo e as laterais.
Passo 4
Apalpe com suavidade a pele do rosto e do pescoço, procurando sinais antes não notados.
Passo 5
Sorria para si mesmo e visite um dentista periodicamente.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico precoce é tão importante para o câncer de boca quanto para qualquer outro tipo. Como os pacientes não costumam sentir dor, dão pouco valor aos primeiros sinais. “A descoberta deste tipo de câncer é um problema de saúde pública, por isso disseminar o autoexame e cuidados como deixar de fumar, beber e visitar periodicamente um dentista é muito importante”, destaca o Dr. Mauro.

Depois de identificada a lesão, é feita uma biópsia. O tratamento se dá normalmente por cirurgia e, em alguns casos, é associado à radioterapia. “As melhores prevenções do câncer de boca são agir sobre os fatores de risco, deixando de beber e de fumar, e realizar o autoexame para um possível diagnóstico precoce”, diz Mauro.

Hélice
Especial para o Terra

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Steve Jobs morreu nesta quarta-feira (5), vítima de um tipo raro de câncer pancreático

http://saude.terra.com.br/noticias/0,,OI5397047-EI1497,00-Raro+cancer+de+Jobs+tem+sobrevida+ate+vezes+maior.html
Raro, câncer de Jobs tem sobrevida até 10 vezes maior

DANIELLE BARG

Marcado por uma história de sucessos e invenções que revolucionaram a relação do homem com a tecnologia, Steve Jobs foi vítima de um tipo de tumor pancreático raro, chamado de tumor neuroendócrino, que acomete uma a cada 100 mil pessoas. O cofundador e ex-presidente do conselho de administração da Apple morreu nesta quarta-feira (5), deixando um legado de inovação que construiu até mesmo durante o estágio mais avançado da doença - Jobs esteve à frente do grupo até o dia 24 de agosto.
O tumor neuroendócrino é um pouco menos agressivo do que o câncer de pâncreas mais comum, conhecido como adenocarcinoma, responsável por 90% dos casos, segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer). A principal diferença entre os dois casos, segundo explica Veridiana Pires de Camargo, oncologista clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e do Hospital Sírio Libanês, é que a evolução do tumor neuroendócrino é mais lenta, o que permite um tempo de sobrevida maior aos pacientes - a exemplo do próprio Jobs, que descobriu a doença em 2004.

"No caso do câncer pancreático comum, a sobrevida é de seis a nove meses, quando há metástase. Já o paciente que sofre do tumor neuroendócrino pode viver mais de cinco anos, com acompanhamento", ela explica.

Outra diferença está nas causas da doença. Enquanto o câncer de pâncreas comum está associado à obesidade, ao tabagismo, histórico familiar e hábitos alimentares, o neuroendócrino pode, somente em alguns casos, estar associado a síndromes genéticas. "Não existe nada determinado para este tipo de câncer. O câncer neuroendócrino não está ligado a um fator de risco conhecido, infelizmente", afirma Aline Angélica Porto Rocha Lima, oncologista do Hospital Brasil.

Os sintomas também são mais leves quando comparados ao adenocarcinoma, que é caracterizado por muitas dores abdominais, perda de peso repentina e alteração dos níveis de glicose, entre outros sintomas. Embora os sinais sejam sutis, é importante estar atento a sinais como dores nas costas, emagrecimento e amarelamento da pele. "Tendo estes sintomas, o paciente deve procurar o médico, que irá pedir os exames necessários. Geralmente, são feitos exame de imagem, como ressonância ou tomografia, e depois a biopsia".

Tipos da doença

Veridiana explica que existem dois tipos de tumor neuroendócrino: os funcionantes e os não-funcionantes. "Os funcionantes produzem alguns hormônios em demasia, causando sintomas como diarreia, bronquite, vermelhidão e ondas de calor. Já o não-funcionante traz dores abdominal que pode ir pras costas, alteração glicêmica e outros sintomas não muito específicos, que normalmente começam a aparecer quando a doença já está mais avançada".

Em termos de agressividade, não há muita diferença entre os dois tipos, mas o grande problema do tumor neuroendócrino é a dificuldade de diagnóstico. "Normalmente quando o paciente descobre já tem metástase, pois os sintomas não são muito específicos. O tumor cresce lentamente e tem um grau de agressividade muito baixa, então o paciente acaba não indo buscar ajuda. É um diagnostico difícil, até pela sua raridade. São poucos especialistas no mundo que mexem com este tipo de tumor", indica Veridiana.

A oncologista Aline explica que o pâncreas tem a função de produzir vários tipos de hormônios, entre eles, a insulina, que controla a glicose. Além disso, é responsável por produzir enzimas que ajudam na digestão. "Se o paciente descobre a doença precocemente, e consegue fazer uma cirurgia, conseguirá viver sem o pâncreas, por meio de medicamentos que suprem estes hormônios. Às vezes, o corpo se adapata e acaba produzindo os hormônios em outros órgãos".

Tratamento e chances de cura

Segundo Veridiana, o tumor neuroendócrino não responde bem à quimioterapia, por isso, geralmente é tratado com uma medicação à base de somatostatina, que age no controle dos sintomas mais graves, e não necessariamente no controle do crescimento do tumor.

Este ano, no entanto, uma novidade foi aprovada pelo FDA (Food and Drug Administration), órgão americano que controla os medicamentos, de acordo com Veridiana. O Sutent, um remédio que já era utilizado no tratamento de outros tipos de câncer, mostrou efeitos positivos também nestes casos e, por isso, passou a ser prescrito. "No Brasil já é vendido, mas no nosso sistema de saúde ainda não é utilizado, é um remédio ainda muito caro", explica.

A medicação funciona como a quimioterapia - age nas células cancerígenas e inibe seu desenvolvimento - só que de forma mais eficaz para este tipo de câncer.

Assim como as demais medicações com este fim, o tratamento é agressivo. "Pode interferir na qualidade de vida do paciente, causando fadiga, diarreia, vermelhidão e calos nas mãos e nos pés, além de alterações de anemia, de baixa imunidade e queda de plaquetas", observa Veridiana.

A cura é possível para pacientes que descobrem a doença em um estágio precoce. "Quando ainda não há metástase no fígado ou em outros lugares, a chance de cura é alta, pois podemos fazer uma cirurgia. Os que descobrem a doença com metástase já não são mais pacientes curáveis, mas podem receber acompanhamento constante com sobrevida além dos cinco anos", indica a especialista Veridiana.

O exemplo de Jobs, que lutou até os últimos dias e chegou a fazer um transplante de fígado para tentar driblar o avanço do tumor, mostra que os limites da doença variam de pessoa para pessoa. "O próprio corpo dita a hora de parar", conclui a oncologista.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Substância encontrada no vinho tinto teria capacidade de acabar com câncer de mama, aponta estudo

03/10/2011 - 17h46
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2011/10/03/substancia-encontrada-no-vinho-tinto-pode-acabar-com-cancer-de-mama-aponta-estudo.jhtm
Do UOL Ciência e Saúde
Em São Paulo

Uma substância química encontrada no vinho tinto pode parar o câncer de mama, de acordo com uma nova pesquisa. Os testes em laboratório mostraram que o resveratrol, encontrado na casca da uva, poderia impedir o desenvolvimento da doença, bloqueando os efeitos do hormônio estrógeno.

Os cientistas disseram que a descoberta, publicada na revista Faseb, tem importantes implicações para o tratamento de pacientes. Sebastiano Ando, da Universidade de Calabria, na Itália, afirma: "Resveratrol é um potencial fármaco que pode ser explorado quando o câncer de mama se torna resistente à terapia hormonal."

A substância química também é encontrada em blueberries, amendoins e cranberries.

O resveratrol bloqueia o caminho do estrogênio ao combinar com o DNA no corpo da mulher para espalhar células tumorais, transformando-as em malignas.

A pesquisa descobriu que o crescimento de células de câncer de mama era reduzido drasticamente quando eram tratadas com o ingrediente natural, enquanto nenhuma alteração foi observada nas células que não foram tratadas.

Outros experimentos revelaram que o efeito estava relacionado a uma redução nos níveis de receptor de estrogênio causada pelo próprio resveratrol.

Ainda que a descoberta possa ajudar muitas pessoas, o médico e editor-chefe da revista Faseb, Gerald Weissman, aponta que de maneira alguma as pessoas devem sair e começar a usar vinho tinto ou outros suplementos para tratar o câncer de mama.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Cristo Redentor Iluminado


Na noite de hoje, 4 de outubro de 2011 (terça feira) o Cristo Redentor recebe uma iluminação rosa, promovida pela FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama), com o objetivo de alertar o povo para a importância da detecção precoce do câncer de mama. A iniciativa faz parte do Outubro Rosa, movimento mundial trazido ao Brasil em 2008 para a prevenção desta doença.

Devemos lembrar também que, no dia 12 de outubro, o monumento do Cristo Redentor estará fazendo aniversário de 80 anos de idade, com seus braços abertos para a Baía da Guanabara e a cidade do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Hebe Camargo cancela gravações para tratar câncer.

http://www.jb.com.br/cultura/noticias/2011/09/28/hebe-camargo-cancela-gravacoes-para-tratar-cancer/

A coluna Olá, do jornal Agora São Paulo, informa nesta quarta-feira que Hebe Camargo desmarcou algumas gravações de última hora porque está tratando de novo o câncer no peritônio, descoberto pela primeira vez em janeiro de 2010. Já tem gente na Rede TV! preocupada com a sequência da atração.

Além disso, Hebe, que costuma gravar sua atração na segunda-feira para ir ao ar no dia seguinte, está antecipando por uma semana a agenda de trabalho.

A apresentadora já raspou a cabeça e se submete a novas sessões de quimioterapia.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Plano que discriminar idoso será punido em até R$ 50 mil

03 de agosto de 2011 • 03h23 • atualizado 07h39
HTTP://NOT.ECONOMIA.TERRA.COM.BR/NOTICIAS/NOTICIA.ASPX?IDNOTICIA=201108030623_ODI_80006960
MAX LEONE

Operadoras de planos de saúde que criarem dificuldades ou negarem a adesão a maiores de 60 anos de idade, deficientes físicos e doentes crônicos a convênios serão multadas em até R$ 50 mil. A punição está prevista na Súmula 19 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), publicada no Diário Oficial da União, e vale para empresas que vendem planos diretamente aos usuários ou por meio de corretores.

Um dos objetivos é coibir situações como agendamento de consultas prévias para ingresso no plano em locais de difícil acesso por aposentados e deficientes. "Muitas vezes, os planos dificultam o acesso de idosos. Atendem a todos (os clientes) no Centro, mas criam local distante, como Barra da Tijuca, especificamente para idosos", ressalta a ANS, em nota.
"Os planos não podem desestimular, impedir ou dificultar o acesso ou ingresso de beneficiários em razão da idade, condição de saúde ou por portar deficiência, inclusive com a adoção de práticas ou políticas de comercialização restritivas direcionadas a estes consumidores", complementa.

Outra barreira é quando os planos restringem as comissões. "O operador perde o interesse em fazer a venda para os idosos. O plano não paga comissão. Por isso, eles (corretores) não vão trabalhar de graça. Alguns planos chegam a proibir a venda. O usuário é obrigado a procurar o plano diretamente", explica Ivan Lage, consultor de planos de saúde.

Cliente pode pedir exame com médico de confiança e denunciar irregularidade.

Para a coordenadora institucional do Pro Teste, Maria Inês Dolci, a ANS deveria intensificar a fiscalização sobre os planos de saúde, a fim de impedir que os usuários sofram qualquer restrição. "A pessoa que for contratar um plano de saúde pode exigir o exame inicial com médico de sua confiança ou em local de fácil acesso, caso o indicado pela operadora seja distante".

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa 15 grupos de operadoras privadas de assistência à saúde, informa que não é uma política de afiliadas "restringir a comercialização de planos em razão da idade ou condição de saúde". A Federação informou ainda que as empresas "seguem rigorosamente o previsto na legislação em vigor".

A advogada Aglaete Nunes Martins, 67 anos, reclama que idosos sofrem mesmo com a lei favorável: "O idoso tem favorecimento, mas é só na lei e não na prática". Segundo a ANS, usuários pode recorrer ao Disque ANS 0800-7019656 ou a um dos 12 núcleos da agência para abrir processo contra a operadora.
Lista de novos procedimentos é publicada.

A ANS publicou na terça-feira a Resolução Normativa 262, que atualiza a lista de procedimentos de saúde com cobertura assistencial mínima obrigatória. São 69 itens incluídos, modificados ou com diretrizes de uso regulamentadas no 'Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde', válida para planos contratados a partir de 1º de janeiro de 1999.

A obrigatoriedade de atendimento para os novos procedimentos vale a partir do dia 1º de janeiro de 2012. Entre os itens adicionados, estão 41 cirurgias por vídeo, como cirurgia de redução de estômago). Segundo a ANS, esse tipo de procedimento é menos invasivo do que o convencional. A consulta pública à lista foi encerrada em maio.

Clientes de contratos antigos já podem migrar ou adaptar planos de saúde

Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
04/08/2011 | 13h18 | Direito

A partir de hoje (4 de agosto), clientes de planos de saúde individuais, familiares e coletivos antigos podem adaptar seu plano de saúde ou migrar de plano dentro da mesma operadora.

As regras, estabelecidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), valem para clientes de contratos antigos, firmados antes de janeiro de 1999, quando entrou em vigor a legislação que regulamenta os planos de saúde. Atualmente, esses contratos são regulados pelo Código de Defesa do Consumidor. Cerca de 9 milhões de usuários têm planos antigos, conforme a ANS.

De acordo com a agência reguladora, com a adaptação ou migração, o usuário passa a ter direito à lista de serviços obrigatórios imposta pela ANS e fica dispensado de cumprir novos prazos de carência. Além disso, o reajuste das mensalidades será limitado ao percentual definido pela agência a cada ano.

A adaptação consiste em incluir um aditivo ao contrato atual, e migrar é quando o titular cancela o contrato atual e assina um novo plano de saúde com a mesma operadora.

Nas duas situações, deve ocorrer alteração no valor cobrado pelo plano. No caso da adaptação, a mensalidade pode subir até 20,59%. Para a migração, a nova mensalidade será igual à cobrada pela empresa no mercado.
O consumidor não é obrigado a migrar ou adaptar o plano. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) recomenda que os clientes avaliem se é vantajoso fazer a mudança.

Da Agência Brasil

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Médicos de planos de saúde suspendem atendimento por 24h

http://not.economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201109211022_ABR_80222364
21 de setembro de 2011 • 07h22 • atualizado 07h40

Seis meses após a primeira paralisação, os médicos voltam a suspender nesta quarta-feira o atendimento aos beneficiários de planos de saúde. Os profissionais deixarão de atender consultas de algumas operadoras em 23 estados e no Distrito Federal. A paralisação vai durar 24 horas e, nesse período, o atendimento às urgências e emergências será mantido. Os clientes afetados podem remarcar as consultas.

Em abril deste ano, os médicos fizeram o primeiro boicote às operadoras, quando interromperam por um dia o atendimento a clientes de todos os planos. Desta vez, os planos que não negociaram ou não apresentaram propostas suficientes para atender às reivindicações da categoria são o alvo do protesto.

Os médicos querem o aumento imediato dos honorários, reajuste fixo anual da remuneração e o fim da interferência das empresas em sua autonomia. As associações médicas defendem o valor de R$ 60 por consulta. De acordo com elas, os planos pagam, em média, R$ 40. Segundo a categoria, as mensalidades dos planos foram reajustadas em 150% nos últimos anos. No entanto, as operadoras destinam menos de 20% da arrecadação para a remuneração dos profissionais.

"O recurso da saúde suplementar que vai para o médico caiu quase pela metade", disse o presidente eleito da Associação Médica Brasileira (AMB), Florentino Cardoso. Em relação à interferência no trabalho, as entidades alegam que as empresas recusam determinados exames e chegam a mudar procedimentos. "Tentam, por exemplo, reduzir a permanência do paciente na UTI. Evidentemente, todas as vezes que isso acontece há um conflito enorme", explicou Cid Carvalhaes, presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam).

Os profissionais cobram posicionamento e articulação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), responsável por regular o setor, para solucionar as divergências entre a categoria e os planos. "O que está colocado em jogo é a assistência a 46 milhões de usuários. O governo tem responsabilidade. Estamos chamando a ANS para a responsabilidade", disse Aloísio Tibiriça, vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Os médicos vão parar o atendimento a, pelo menos, 23 planos de saúde. A estimativa é que os planos afetados tenham de 25 milhões a 35 milhões de usuários, cerca de 76% do total de clientes em todo o país. As negociações com as operadoras foram feitas pelos representantes de cada estado. Por isso, cada unidade da Federação definiu sua própria lista com os planos que serão afetados.

Em nove estados, será suspenso o atendimento a todas as operadoras - no Ceará, Espírito Santo, Maranhão, em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, no Paraná, Rio de Janeiro e Tocantins. A lista dos planos que serão alvo da paralisação está disponível no site do CFM, no endereço eletrônico www.cfm.org.br. O Amazonas, Roraima e o Rio Grande do Norte ficam fora do protesto porque as negociações com as operadoras estão mais avançadas. As entidades médicas afirmam não haver impedimento judicial para fazer a paralisação por tempo determinado.

Diante do protesto dos médicos, a Federação Nacional da Saúde Suplementar (Fenasaúde), que representa as 15 maiores operadoras do País, informou, em nota, ter formalizado à ANS uma nova proposta de remuneração. De acordo com a federação, os serviços ofertados pelos planos serão organizados em grupos, conforme a complexidade. Em cada grupo, será definido um valor que valerá para todos procedimentos, nivelado pelo mais alto.

Ainda segundo as operadoras, o reajuste das consultas médicas, nos últimos dez anos, ficou acima da variação da inflação no período, que foi de aproximadamente 56%. A entidade alega que suas afiliadas estão entre as que pagam os maiores valores. Entretanto, as entidades médicas dizem desconhecer a proposta da Fenasaúde. "Essa proposta facilita a conversa. Não tem relação com valores (honorários)", explicou Jorge Curi, diretor da AMB. Em nota, a ANS diz que considera legítimas as paralisação dos médicos, desde que não prejudiquem os usuários.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Uso de linhaça na alimentação reduz em 40% risco de morte por câncer de mama

http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2011/09/a_gazeta/indice/vida/963096-uso-de-linhaca-na-alimentacao-reduz-em-40-risco-de-morte-por-cancer-de-mama.html
15/09/2011 - 20h16 - Atualizado em 15/09/2011 - 20h16

A linhaça mata células cancerosas e previne tumores secundários. Mais de mil mulheres foram analisadas

Pesquisadores alemães descobriram que os antioxidantes encontrados na linhaça matam células cancerosas e previnem tumores secundários ao interromper o crescimento de novos vasos sanguíneos. Uma vez no organismo, esses fitoestrogênios se ligam ao hormônio sexual feminino estrogênio, conhecido por proteger contra o câncer.

A pesquisa, publicada no "Journal of Clinical Oncology" analisou, por um período de três anos, amostras de sangue de mais de mil mulheres diagnosticadas com câncer de mama na pré-menopausa. Foram analisados níveis de enterolactona, que é o que os fitoestrogênios se tornam quando entram no intestino.

Resultados mostram que mulheres com níveis altos de enterolactona tiveram a mortalidade reduzida em dois quintos quando comparadas a mulheres com níveis mais baixos da substância.

A pesquisa dá ainda uma pista da razão pela qual as asiáticas são menos afetadas pelo câncer de mama: sua dieta rica em soja tem grande quantidade de outro tipo de fitoestrogênio, as isoflavonas.

Morte

Enquanto as asiásticas estão longe dos números críticos de casos de cancêr de mama, um artigo publicado na revista The Lancet mostrou que jovens de países em desenvolvimento estão morrendo mais de câncer de mama e de colo de útero que há três décadas.

Se nada for feito, afirmam os autores, as mortes por essas doenças nos países de renda média e baixa vão superar os óbitos causados por complicações na gravidez e no parto nos próximos 20 anos.

O levantamento - feito em 187 países pelo Institute for Health Metrics and Evaluation, da Universidade de Washington - aponta que, entre 1980 e 2010, o número de novos casos de câncer de mama mais que dobrou, passando de 641 mil por ano para 1,6 milhão: aumento anual de 3,1%. Mas em alguns países em desenvolvimento a taxa chega a 7,5% por ano. Entre as razões apontadas por especialistas estão aumento na expectativa de vida, queda na fertilidade, gestações tardias e obesidade.

"A inversão do ônus do câncer de mama para o mundo em desenvolvimento está sendo sentida de forma mais aguda em mulheres que tinham tradicionalmente menos risco para a doença: aquelas em idade fértil", diz Rafael Lozano, um dos autores. Nos países em desenvolvimento, o risco de apresentar câncer de mama antes dos 50 anos mais que dobrou, afetando hoje 23% das jovens. Já nos países desenvolvidos a porcentagem caiu de 16% para 10% no período.

A mesma tendência foi verificada em relação ao câncer de colo de útero. Em termos de incidência global, essa doença cresceu num ritmo menos acentuado: 0,6% ao ano. O número de casos passou de 378 mil em 1980 para 454 mil em 2010. Cerca de 76% dos casos novos surgem nos países em desenvolvimento. (Com informações de Agência Estado e O Globo)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Bombeiro de NY critica EUA por não admitir elo entre câncer de colegas e 11/9

Em teleconferência do Departamento de Estado para jornalistas brasileiros, capitão Dan Daly diz que muitos socorristas tiveram doença

Raphael Gomide, iG Rio de Janeiro, com agências internacionais 09/09/2011

Em teleconferência para o Brasil, transmitida à imprensa no Consulado dos Estados Unidos no Rio, o bombeiro aposentado de Nova York Dan Daly afirmou que muitos bombeiros e voluntários que atuaram no socorro das vítimas do ataque terrorista do 11 de Setembro de 2001 têm câncer e outras doenças pulmonares, como fruto do trabalho. Daly criticou o fato de o governo americano não reconhecer a relação entre a atuação e a doença. A teleconferência fez parte da homenagem do consulado às vítimas dos ataques.

“Quando chegamos, ainda havia gases saindo, muita fumaça. Disseram que só tinha poeira, mas que o ar era salubre. Depois soubemos que a atmosfera tinha amianto, mercúrio, todo tipo de compostos tóxicos. Muitos bombeiros ficaram doentes, tiveram câncer. Eu tive o que se chamou de ‘tosse do Marco Zero’. Dizem que o período de incubação desse câncer pode ser de dez anos. Um estudo que saiu mostra que um número enorme de pessoas com câncer e doenças pulmonares têm relação com o trabalho no Marco Zero”, afirmou Daly, referindo-se ao local onde ficavam as Torres Gêmeas do World Trade Center e lamentando que o governo não reconheça esse “elo” entre a doença e o trabalho no local.

O estudo a que Daly se refere foi publicado neste mês na revista médica britânica Lancet e revela que os bombeiros de Nova York que atuaram nos resgates correm um risco 19% maior de contrair câncer que colegas ausentes da ação. O trabalho incluiu cerca de 10 mil bombeiros da cidade, boa parte exposta à poeira cáustica e fumaça da queda das torres.

Bombeiro por 24 anos e um dos 100 condecorados pela cidade de Nova York com a “medalha da liberdade”, Daly é patrocinado pelo Departamento de Estado dos EUA para falar pelo mundo sobre o 11 de Setembro. Desde então, já falou em mais de 200 lugares.

As afirmações de Daly ecoam um movimento de membros do Congresso dos EUA e de socorristas que trabalharam na ocasião dos atentados. Eles exigem que o câncer seja incluído na lista de doenças vinculadas aos ataques e, portanto, passível de indenização.

Segundo a FealFood Foundation, grupo de apoio aos socorristas do 11 de Setembro, 345 bombeiros e 45 policiais morreram de câncer desde os atentados – número superior ao de 343 bombeiros e 23 policiais que perderam a vida no dia dos ataques.

Questionado por um jornalista sobre o apoio dado pelo governo dos EUA aos trabalhadores, o bombeiro aposentado afirmou que a resposta das autoridades do país existiu, mas “não foi suficiente”, principalmente para os voluntários e trabalhadores civis.

“Temos aconselhamento psicológico, há uma linha direta, no ‘Projeto Liberdade’, e temos plano de saúde para doenças crônicas. Mas os voluntários civis e metalúrgicos, que trabalhavam 12h por dia naquele local, não têm acesso a esses programas. O governo diz que não financiará porque não há um elo comprovado entre o trabalho lá e a doença. A responsabilidade do governo não foi suficiente, foi menos do que poderia ser”, afirmou.

O cônsul-geral dos EUA no Rio, Dennis Hearne, não comentou as afirmações de Daly.
Daly disse se lembrar intensamente do “cheiro de morte” do local dos atentados e a atmosfera deprimente do local de resgate. Ele também citou que as manifestações de apoio de nova-iorquinos e de pessoas de todo o mundo emocionaram e deram forças extras aos bombeiros e policiais que atuaram no socorro das vítimas.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

iPad e Wii ajudam no tratamento de pacientes com câncer

http://macworldbrasil.uol.com.br/noticias/2011/05/16/ipad-e-wii-ajudam-no-tratamento-de-pacientes-com-cancer/

Graacc, Instituição sem fins lucrativos que atende crianças com a doença, utiliza tablets e games nas unidades de reabilitação e escola móvel

• Por Luiz Mazetto, Macworld Brasil
• 16-05-2011- (Atualizado em 24 de maio de 2011 às 17h54)

Um dos gadgets mais vendidos dos últimos tempos, o iPad pode ser utilizado para jogar, ouvir música, ver um filme e até mesmo no apoio a tratamentos médicos. É o que faz o Graacc (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com câncer) ao utilizar o tablet da Apple como ferramenta de apoio na recuperação de seus pacientes.

Tudo começou em janeiro, quando a organização sem fins lucrativos criada há 20 anos ganhou dois iPads de um grupo de voluntários, que pediu que fosse feito o melhor uso possível dos aparelhos. Assim, a equipe multidisciplinar criou ações específicas com o tablet para seus pacientes, que passam dos dois mil anualmente.

“O iPad funciona como um algo a mais na reabilitação física e sensorial dos nossos pacientes”, explica a terapeuta ocupacional da equipe multidisciplinar, Walkyria de Almeida Santos, responsável por criar aplicações médicas do iPad no Graacc.

Segundo ela, os aplicativos mais usados são games e jogos educativos, além de apps médicos específicos. “Usamos os games em pacientes com poucos movimentos, já que o iPad traz um aspecto lúdico em que o paciente brinca e se recupera ao mesmo tempo por meio da movimentação do aparelho, por exemplo, diferente do uso do mouse ou PC convencional”, explica Walkyria, lembrando também que o hospital já usa o Nintendo Wii há algum tempo com finalidades parecidas. Veja algumas aplicações dos equipamentos abaixo:

Escola móvel

Além de ajudar na recuperação sensorial e física dos pacientes, o iPad é usado como uma ferramenta na chamada Escola Móvel do Graacc, que permite que as crianças estudem durante os tratamentos, que podem ser longos. Atualmente, cerca de 20 crianças estudam no hospital com a ajuda do tablet.

Como há apenas dois iPads disponíveis na instituição, eles precisam ser divididos entre os vários pacientes de setores diferentes – um fica com a seção de reabilitação e o outro com a escola móvel. “O ideal seria termos um iPad para cada setor do IOP (Instituto de Oncologia Pediátrica)”, explica Walkyria.

Futuro

Para a terapeuta, o iPad também poderia ser usado como um elemento facilitador de comunicação – por exemplo, para que pacientes com movimentos limitados possam expressar o que estão sentindo. Segundo ela, atualmente o hospital do Graacc possui materiais como cartões e revistas para essa finalidade, mas “o tablet chama a atenção da criança, que encara como se fosse uma brincadeira”.

Outro plano do Graacc é o desenvolvimento, por meio de uma possível parceria, de um aplicativo para o iPad exclusivo da instituição. Vale lembrar que o hospital da organização atende em sua maioria pacientes do sistema público SUS (Sistema Único de Saúde). Para saber como fazer doações, acesse o site oficial do GRAACC.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Cientistas apresentam tratamento promissor contra leucemia

Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
11/08/2011 08h05 Esperança

A modificação genética das células T, tipo de glóbulos brancos que integram o sistema imunológico, demonstrou ser eficaz contra a leucemia linfocítica crônica, a forma mais comum de câncer do sangue, segundo estudo experimental publicado esta quarta-feira.

Segundo cientistas da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia (leste dos Estados Unidos), este tratamento permitiu que a doença recuasse no prazo de um ano em dois dos três pacientes pesquisados que sofriam de leucemia em estágio avançado. O terceiro sofreu uma recorrência da doença depois de quatro meses, mas de forma atenuada.

Esta terapia poderia ser aplicada também em outros cânceres, como o de pulmão, de ovário e o melanoma, afirmaram os cientistas.

O tratamento consistiu em eliminar as células T nos pacientes doentes e modificá-las geneticamente para que atacassem seletivamente as células cancerosas, todas portadoras de uma determinada proteína, e salvar a grande maioria das células saudáveis do corpo.

Os cientistas também programaram as células T para acelerar sua multiplicação. Em seguida, injetaram estas células modificadas em seus pacientes, que foram tratados previamente com quimioterapia.

"Em três semanas, os tumores foram destruídos com uma eficácia nunca vista até agora", disse o doutor Carl June, professor de patologia no Centro Oncológico Abramson da Universidade da Pensilvânia, autor principal deste trabalho, publicado nas revistas New England Journal of Medice e Science Translational Medicine.

"Foi muito mais eficaz do que esperávamos", disse o cientista, destacando que as células T modificadas geneticamente, as quais chamou de "assassinas em série", destruíram quase um quilo (910 gramas) de tumor em cada paciente.

Segundo os autores do estudo, os resultados deste teste clínico piloto contrastam fortemente com os tratamentos existentes para o tratamento deste tipo de leucemia.

Estes três pacientes tinham poucas chances de tratamento. Outra alternativa era um transplante de medula óssea, um procedimento que requer uma longa hospitalização e tem risco de mortalidade de 20%.

Além disso, o transplante não oferece mais do que 50% de chances de recuperação.
"Este novo tratamento tem o potencial de oferecer as mesmas possibilidades de cura, mas com muito menos risco", resumiu David Porter, professor de Medicina da Universidade de Pensilvânia e co-autor do estudo.

Da AFP Paris

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Vacina contra HPV reduz riscos de câncer anal em mulheres

Estudo mostrou que a vacina reduziu em 62% o risco de desenvolver a doença em comparação com quem não a recebeu
AFP 23/08/2011 10:11

Uma vacina, rotineiramente empregada na prevenção do câncer de colo do útero causado pelo papilomavírus humano (HPV), também reduz os riscos de câncer anal entre as mulheres, destacou um estudo publicado na edição desta terça-feira da revista científica The Lancet Oncology.

O teste foi realizado com 4.210 mulheres saudáveis com idades entre 18 e 25 anos na Costa Rica, imunizadas aleatoriamente, com a vacina Cervarix contra o HPV e uma vacina contra a hepatite para comparação.

Quatro anos depois, as mulheres foram submetidas a testes de infecção cervical e anal para os subtipos 16 e 18 do HPV, notoriamente relacionados ao câncer. As mulheres que tomaram Cervarix demonstraram ter um risco 76% menor de desenvolver infecção cervical e 62% menor de infecção anal quando comparadas com outras que não tomaram a vacina.

A proteção foi ainda maior em um subgrupo de mulheres com mais propensão de não ter sido exposto ao HPV. Nesta categoria, a vacina demonstrou ser quase 89% protetora contra a infecção cervical para as duas cepas virais e quase 84% contra as infecções anais.

Embora o câncer anal seja raro – segundo algumas estimativas, a ocorrência é de apenas dois casos em 100.000 pessoas ao ano na população em geral –, as mulheres são duas vezes mais propensas a ter a doença do que os homens.

A razão para esta incidência maior é desconhecida, embora a relação anal passiva possa ser um fator. Uma condição denominada neoplasia cervical também pode predispor as mulheres ao risco de desenvolver infecção anal por HPV, independente de ter havido relação anal.

Na população em geral, os grupos com maior risco de desenvolver câncer anal são os homens que fazem sexo com outros homens. Entre os gays não infectados pelo HIV, a incidência é de 40 casos por 100.000 indivíduos ao ano e entre os soropositivos, de 80 por 10.000.

Segundo uma pesquisa anterior, o HPV é a causa da maior parte dos cânceres anais. Quase quatro em cada cinco casos de câncer no ânus causados pelo HPV são provocados pelos subtipos 16 ou 18.

Em um comentário também publicado na The Lancet Oncology, os especialistas americanos Diane Harper e Stephen Vierthaler, da Escola de Medicina da Universidade do Missouri-Kansas City, afirmaram que o custo-benefício da vacina de HPV contra o câncer anal é nebuloso. A grande pergunta é por quanto tempo a vacina se mantém eficaz, afirmaram os cientistas.

"Sem duração de eficácia de pelo menos 15 anos, não se evitará, apenas se adiará o câncer em mulheres ou homens que fazem sexo com outros homens", escreveram.

"Faltam testes de eficácia e a incidência do câncer anal é rara. Vamos usar nossos recursos sabiamente", concluíram.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Linfoma de Reynaldo Gianecchini é de um tipo raro

Jornal do Brasil
http://www.jb.com.br/cultura/noticias/2011/08/18/linfoma-de-reynaldo-gianecchini-e-de-um-tipo-raro/

Foram divulgados, esta quarta-feira (17), os resultados dos exames de Reynaldo Gianecchini que revelaram que o linfoma do ator é de um tipo raro: linfoma de células T, que são células fabricadas na medula óssea, responsáveis pela imunidade no organismo.

O câncer afeta o sistema de defesa do corpo, pode causar lesões ósseas, manchas na pele, perda de peso e se espalhar por outros órgãos. O processo, portanto, será mais longo e complicado do que o esperado. O ator, que está internado desde dia 1º, ainda não tem previsão de alta.

Linfoma de ator é de um tipo raro

No dia 10 de agosto, Gianecchini foi diagnosticado com um linfoma Não-Hodgkin e aguardava o resultado dos exames para a especificação adequada. "Estou pronto para a luta e conto com o carinho e o amor de todos vocês", afirmou Gianecchini, em nota enviada pela Rede Globo na ocasião.

O ator, de 38 anos, passou por uma cirurgia de hérnia ingual há cerca de um mês e sofreu duas reações, uma infecciosa e uma alérgica. De acordo com a assessoria de imprensa do artista, ele deu entrada na unidade hospitalar no dia 1º de agosto devido a uma faringite crônica e foi tratado com antibióticos.

Linfoma

Segundo o Inca, Linfomas são neoplasias malignas que se originam nos linfonodos (gânglios), muito importantes no combate às infecções. Os Linfomas Não-Hodgkin incluem mais de 20 tipos diferentes e correspondem a 90% dos casos, sendo 10% Hodgkin.

A doença afeta as células, vasos e órgãos do sistema linfático, responsável por ajudar na defesa do corpo contra ameaças externas, como vírus e bactérias.
Existem três fatores de risco. O primeiro deles é a exposição a altos níveis de radiação.

Pessoas com imunidade baixa, em consequência de doenças genéticas hereditárias, uso de drogas imunossupressoras e infecção pelo HIV, têm maior risco de desenvolver linfomas. Pacientes portadores dos vírus Epstein-Barr, HTLV1, e da bactéria Helicobacter pylori (que causa úlceras gástricas), têm risco aumentado para alguns tipos de linfoma.

Além disso, os Linfomas Não-Hodgkin estão também ligados à exposição a certos agentes químicos, incluindo pesticidas, solventes e fertilizantes. Herbicidas e inseticidas têm sido relacionados ao surgimento de linfomas em estudos com agricultores e outros grupos de pessoas que se expõem a altos níveis desses agentes químicos. A contaminação da água por nitrato, substância encontrada em fertilizantes, é um exemplo de exposição que parece aumentar os riscos para doença.