quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
Pesquisa da UFMG é esperança para o câncer cerebral
Professor da UFMG acrescenta vírus HIV a uma célula
modificada e verifica que ela se torna capaz de agir diretamente no tumor
glioblastoma, o mais frequente a atingir o cérebro
Estado de Minas - 05/11/2016 08:53
Uma célula carregadora que, quando modificada geneticamente
e acrescida do vírus HIV, é capaz de produzir uma proteína antitumoral e se
deslocar diretamente até células doentes para tratá-las foi descoberta por uma
equipe de cientistas, sendo um deles professor da Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG). Segundo o pesquisador e biomédico Alexandre Birbrair, testes da
célula em camundongos doentes comprovaram sua efetividade no tratamento do
glioblastoma, forma mais frequente de câncer cerebral, segundo o Instituto
Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca).
Um estudo feito há dois anos pelo Inca mostra que o
glioblastoma representa cerca de 40% a 60% de todos os tumores primários do
sistema nervoso central (SNC), sendo mais comum na vida adulta. No Brasil,
entre 2015 e 2016, eles somaram 5.400 novos casos da doença. Desses, entre 2
mil a 3 mil casos são de glioblastoma, e correspondem a 2,5% de todos os
tumores. Em Minas Gerais, a proporção é de quatro casos para cada 100 mil
habitantes.
A pesquisa do Inca mostrou também que a incidência dos
tumores cerebrais é ligeiramente mais alta no sexo masculino em comparação ao
sexo feminino. E quanto maior o nível socioeconômico da pessoa, maiores são as
taxas de incidência desse tipo de tumor. As causas do aparecimento de tumores
do SNC ainda são pouco conhecidas, tendo apenas alguns fatores identificados,
como a irradiação de raios X. Traumas físicos na região da cabeça e traumas
acústicos, como casos de trabalhadores expostos a alto nível de som e ruídos,
também são possíveis fatores de risco.
O glioblastoma é um tipo de câncer complexo por vários
motivos. O professor Birbrair explica que ele se instala no centro do cérebro,
mais precisamente no sistema nervoso central, e sua tendência de formar
metástases rapidamente dificulta os tratamentos. Outro fator complicador é a
presença de uma membrana protetora, chamada hematoencefálica, que filtra a
chegada dos medicamentos ao cérebro. O prognóstico não é bom. A maior parte dos
pacientes tem baixa sobrevida depois do diagnóstico, de poucos anos, até meses.
A PESQUISA - Alexander Birbrair conta que em seu estudo
sobre células neurais cerebrais, ainda nos laboratórios da UFMG, percebeu que
as células-tronco neurais eram atraídas pelo glioblastoma e migravam até ele.
Essa célula então poderia assumir uma função transportadora, que serviria para
levar o tratamento diretamente às células afetadas pelo câncer, isentando as
células saudáveis.
Porém, as células neurais cerebrais são produzidas unicamente
pelo cérebro e para fazer uma biópsia seria necessário remover um pequeno
pedaço dele, o que inviabilizaria seu cultivo. Fazendo biópsia de
células-tronco do músculo esquelético, Alexander e sua equipe descobriram que
uma célula chamada pericito, quando mudada geneticamente, adquire a mesma
função migradora das células neurais cerebrais. Por ser criado no farto e
acessível sistema musculoesquelético, o cultivo do pericito é possível.
saiba mais
Após a descoberta dessa nova célula, chamada pelos cientistas
de neural-like stem cells (NLSC), o pesquisador então entrou em contato com um
cientista especialista em glioblastoma da Universidade de Wake Forest, na
Carolina do Norte, nos Estados Unidos, onde deu continuidade à sua pesquisa. Na
etapa seguinte, os pesquisadores testaram em camundongos doentes com
glioblastoma se a célula modificada seria capaz de migrar até as doentes.
“Colocamos em um lado do cérebro células do tumor, tingidas
de vermelho, e do lado oposto as células modificadas, de cor verde. As células
não só migraram para o tumor primário, como também migraram para todas as
extremidades, inclusive para os tumores secundários. Acreditando que elas são
boas carregadoras, entregaríamos para as células 'coisas' que podem destruir
câncer”, explica o biomédico.
Para combater o glioblastoma, os pesquisadores verificaram
que uma proteína chamada trail havia sido comprovada no combate ao tumor.
Contudo, ela é barrada pela membrana protetora do cérebro. Seria então
necessário fazer com que a própria célula modificada produzisse a proteína.
“Para isso, usamos um vírus HIV modificado (sem a carga viral, para não
contaminar as pessoas), pois ele tem a característica de alterar o DNA das
células. O vírus, então, possibilitou que a célula NLSC produzisse a proteína
necessária para combater o glioblastoma”, esclarece o professor da UFMG.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
Cientistas estão mais perto de impedir a metástase do câncer
Cientistas na Alemanha descobriram como o tumor se aproveita
da corrente sanguínea para se espalhar pelo corpo
Por Ana Carolina Leonardi access_time 30 ago 2016, 10h37
http://exame.abril.com.br/tecnologia/cientistas-estao-mais-perto-de-impedir-a-metastase-do-cancer/
Corrente sanguínea: para que o câncer se espalhe, as células
do tumor precisam entrar e sair da corrente sanguínea de um jeito rápido e
eficiente (Photopin)
O câncer por si só já é uma doença assustadora. E a
metástase é a sua face mais perigosa – quando um câncer primário cai na corrente
sanguínea, pode se espalhar rapidamente por qualquer parte do corpo e se tornar
uma ameaça mortal.
Agora, um grupo de pesquisadores alemães acredita ter
encontrado o segredo do mecanismo de migração do câncer – que também pode
conter a chave para impedir que ela aconteça.
A metástase começa quando algumas células individuais se
separam do tumor principal e entram no sistema circulatório. Dali, elas viajam
livremente para qualquer parte do corpo, mas também estão mais vulneráveis ao
sistema imunológico.
Por isso, para que o câncer se espalhe, as células do tumor
precisam entrar e sair da corrente sanguínea de um jeito rápido e eficiente.
Cientistas do Instituto Max Planck e da Universidade Goethe
descobriram a estratégia que os tumores mochileiros usam para fugir dos vasos
sanguíneos. Eles precisam atravessar a barreira do endotélio, que “forra” o
interior dos vasos.
Para isso, eles tiram proveito de um mecanismo natural das
células e direcionam o ataque a uma molécula especial, chamada de “Receptor da
Morte 6”.
As nossas células já são programadas para “suicídios
coletivos” – e isso é totalmente normal. Quando sofrem danos no DNA, infecções
de vírus ou se tornam obsoletas, elas simplesmente morrem.
Podem fazer isso de um jeitinho organizado e silencioso,
chamado de apoptose, ou mais escandaloso, chamado de necroptose, que causa uma
resposta inflamatória no corpo.
Algumas moléculas são chamadas de Receptores da Morte porque
são elas que recebem o sinal de suicídio programado do corpo.
O que os cientistas observaram em laboratório é que os
tumores ativam o Receptor da Morte 6 fora de hora, mas ele faz o seu trabalho
mesmo assim: leva à necroptose, um dos tipos de autodestruição das células nos
arredores.
E aí a barreira endotelial fica fraca e vulnerável à
passagem das células cancerosas para outros órgãos do corpo. O câncer usa essa
brecha para se espalhar, concluíram os alemães.
Descobrir um dos “meios de transporte” da metástase já seria
um avanço e tanto, mas os pesquisadores também tentaram impedir a movimentação
do tumor.
Para isso, eles desabilitaram o Receptor da Morte 6 em
ratinhos geneticamente modificados. Deu certo: os animais apresentaram menos
necroptose e menos metástase.
Os resultados são extremamente promissores para a batalha
contra o câncer. Mas ainda estamos longe de bloquear totalmente a metástase.
Primeiro, os pesquisadores precisam ter certeza que
desabilitar o RM6 não vai trazer outros problemas para o corpo. Depois,
precisam confirmar se os resultados vistos em ratos se repetem em células
humanas.
Por último (e mais importante): o câncer é uma doença
inteligente – ele se desenvolve e se espalha de formas terrivelmente complexas.
Mal chegamos perto de entender como funciona a metástase na
corrente sanguínea e já aparecem sinais de que os tumores podem se espalhar sem
usar o sistema circulatório.
Ou seja: uma solução só não vai resolver todos os casos, mas
pode aumentar as chances de sobrevivência de muita gente.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
Mulher de 24 anos que estava na menopausa usa ovário congelado para engravidar
Ela ficou infértil após quimioterapia, mas técnica médica
tornou a maternidade possível
POR O GLOBO 14/12/2016 16:58 / atualizado 14/12/2016 17:07
Moaza com seu bebê, que nasceu terça-feira, dia 13, em
Londres - Fergus Walsh/BBC
RIO — Em apenas três meses, Moaza Al Matrooshi passou de uma
mulher em plena menopausa a uma mulher com menstruação regular que, pouco tempo
depois, ficou grávida. A jovem, de apenas 24 anos, perdeu sua fertilidade ainda
durante a infância após passar uma quimioterapia para se curar de uma doença do
sangue chamada talassemia, que é fatal se não tratada. Para tentar manter
alguma possibilidade de ela engravidar no futuro, os médicos retiraram um dos
ovários da menina e o congelaram. Agora, ela é a primeira mulher do mundo a ter
a fertilidade restaurada depois de um congelamento de ovário antes do início da
puberdade.
Fredrik Lanner está alterando a genética de embriões humanos
saudáveis Primeiro estudo de edição genética com embriões humanos saudáveis
testa limites éticos e técnicos
Seis dos camundongos nascidos a partir dos óvulos criados
totalmente na bancada do laboratório
Óvulos criados em laboratório geram camundongos saudáveis
O bebê no colo do médico John Zhang, logo após nascerNasce o
primeiro 'filho de três pessoas', graças a novo tratamento
O filho de Moaza nasceu ontem (terça-feira), no Hospital
Portland, em Londres, na Inglaterra. Para a consultora em ginecologia e
fertilidade que a atendeu, Sara Matthews, o caso da jovem dá esperança a muitas
outras mulheres que correm o risco de perder a chance de serem mães por conta
de tratamentos de câncer ou doenças imunológicas.
— Sabemos que o transplante de tecido ovariano funciona para
mulheres mais velhas, mas nunca tivemos certeza se poderíamos pegar o tecido de
uma criança, congelá-lo e fazê-lo funcionar novamente — comentou a médica à
"BBC".
Para Moaza, que, na época, passou pelo processo de
congelamento de seu tecido ovariano por decisão de sua mãe, o nascimento de seu
filho "é um milagre".
— Nós esperamos tanto tempo para este resultado: um bebê
saudável. Eu nunca deixei de acreditar que seria mãe, e agora esse é um
sentimento perfeito — pontuou a jovem.
TECIDO OVARIANO EM NITROGÊNIO LÍQUIDO
Nascida em Dubai, Moaza Al Matrooshi tinha 9 anos de idade
quando foi diagnosticada com talassemia e precisou passar por quimioterapia, o
que, ao menos no caso dela, geraria um dano permanente aos ovários. Ela
recebeu, em seguida, um transplante de medula óssea de seu irmão, num hospital
que também fica em Londres, e ficou curada. Mas, antes disso, teve um dos
ovários retirado para preservação.
Seu ovário direito foi removido, e o tecido, congelado.
Fragmentos de seu tecido ovariano foram misturados com agentes crioprotetores e
lentamente reduzidos a uma temperatura de 196 graus Celsius negativos, antes de
serem armazenados sob nitrogênio líquido.
No ano passado, cirurgiões na Dinamarca transplantaram cinco
retalhos do tecido ovariano de volta para seu corpo — quatro foram costurados
em seu ovário esquerdo, e um do lado do útero. Nessa época, Moaza estava
passando pela menopausa. No entanto, após o transplante, seus níveis hormonais
começaram a voltar ao normal, fazendo com que ela passasse a ovular, tendo sua
fertilidade restaurada.
A fim de aumentar as chances de ter um filho, a jovem e seu
marido, Ahmed, passaram por tratamento de fertilização in vitro. Dos oito ovos
que foram coletados, três embriões foram produzidos, dois dos quais foram
implantados no início deste ano.
— Dentro de três meses após o reimplante de seu tecido
ovariano, Moaza passou da menopausa para uma situação de períodos de
menstruação regulares novamente — destacou a médica Sara Matthews, que conduziu
o tratamento de fertilidade. — Ela, basicamente, se tornou uma mulher normal em
seus 20 e poucos anos, com função normal do ovário.
RESULTADO 'ENCORAJADOR'
Segundo a pesquisadora Helen Picton, que lidera a divisão de
reprodução e desenvolvimento precoce na Universidade de Leeds, também na
Inglaterra, e realizou o congelamento do ovário de Moaza, o resultado é
"incrivelmente encorajador".
— Moaza é uma pioneira e foi um dos primeiros pacientes que
ajudamos em 2001, antes de qualquer bebê nascer da preservação do tecido do
ovário — ressaltou Helen. — Em todo o mundo, mais de 60 bebês nasceram de
mulheres que tiveram sua fertilidade restaurada, mas Moaza é o primeiro caso de
congelamento pré-puberdade e o primeiro caso de um paciente que teve tratamento
para talassemia.
A jovem de origem muçulmana ainda tem um embrião armazenado,
assim como dois pedaços restantes de tecido ovariano. Ela afirma que,
definitivamente, planeja ter outro bebê no futuro.
No ano passado, uma mulher na Bélgica deu à luz usando
tecido ovariano congelado quando tinha 13 anos. Diferentemente de Moaza, ela já
estava na puberdade quando seu ovário foi removido.
Já o primeiro transplante de tecido ovariano congelado no
mundo foi realizado em 1999, também da Universidade de Leeds
Leia mais sobre esse
assunto em http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/mulher-de-24-anos-que-estava-na-menopausa-usa-ovario-congelado-para-engravidar-20647636#ixzz4T0uWTzp3
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Ferring lança programa social sem precedentes no
Brasil
Mulheres diagnosticadas com câncer poderão congelar
os óvulos com custo subsidiado em até 100%
São Paulo, 29 de novembro de
2016 – A incidência de câncer em mulheres em idade
fértil tem crescido, segundo dados do Ministério da Saúde1. Esse
fenômeno fez aumentar a preocupação de especialistas com a fertilidade das
mulheres. Afinal, embora o assunto ainda não seja amplamente divulgado,
tratamentos oncológicos como quimioterapia e/ou radioterapia podem comprometer
a fertilidade, como um efeito colateral. Ou até mesmo indiretamente, quando o
tratamento causa atrasos na reprodução e permitem o declínio natural da
fertilidade.
Ciente dessa nova realidade, a Ferring
Pharmaceuticals acaba de lançar, em parceria com o Instituto Paulista de
Ginecologia e Obstetrícia (IPGO), Huntington e Idea Fértil, o Programa
Proteger. Trata-se de um projeto social que permitirá às mulheres que
venham a se submeter a um tratamento oncológico, receber gratuitamente o
medicamento Menopur (gonadotrofina), o mais utilizado na indução de ovulação
para congelamento dos óvulos. A estimulação contribuiu para a coleta de um
número maior de óvulos e de forma rápida, permitindo o início da conduta
oncológica em poucos dias.
Uma eventual diminuição na fertilidade em um
tratamento oncológico ainda é um assunto pouco debatido. O congelamento dos
óvulos é a opção mais indicada para as pacientes que pretendem ser mães. Por
ser um procedimento de alto custo, torna-se inacessível para algumas mulheres.
“O Proteger é uma retribuição à sociedade e chega para mudar esse cenário. É
uma iniciativa da Ferring não só no Brasil como em outros países onde atua.
Demonstra nosso compromisso com a sociedade e com o paciente”, afirmou
Alexandre Seraphim, gerente geral da Ferring.
Para auxiliar as mulheres neste sonho, a Ferring
estabeleceu parceria com três renomadas clínicas de reprodução assistida: Instituto
Idea Fértil de Saúde Reprodutiva, que têm à frente o ginecologista Caio
Parente; o Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia (IPGO) dirigida por
Arnaldo Cambiaghi, ginecologista obstetra e especialista em reprodução humana;
e com a Huntington Medicina Reprodutiva, coordenada pelo Dr. Maurício Barbour
Chehin. Aliadas à Ferring, elas atuarão para promover e facilitar o acesso à
preservação da fertilidade.
Aquelas que desejarem participar do programa Proteger devem conversar com seu oncologista antes de iniciar o tratamento e solicitar autorização para o tratamento de indução da ovulação. Com o laudo do oncologista, a paciente deve se inscrever em um dos três parceiros.
O programa consiste em: consulta médica com
especialista em reprodução humana, realização de exames, indução da ovulação
com medicamentos, coleta dos óvulos, congelamento e preservação em laboratório.
Todas as clinicas parceiras priorizarão o
atendimento das pacientes que estão no programa. Segundo o coordenador médico
da Huntington, Dr. Maurício Barbour Chehin a iniciativa é excelente.
”Felizmente, pela primeira vez, vemos um programa como esse no Brasil. Essas
ações vão certamente aumentar e facilitar o acesso para mulheres com
diagnóstico de câncer. Para muitas, o impacto da notícia da infertilidade é
mais traumatizante do que o próprio câncer. Esse tratamento oferece a
oportunidade de, ao alcançarem a cura, realizar o sonho de ser mãe fertilizando
um óvulo”, detalhou.
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 596 mil novos casos de câncer no Brasil no ano de 2016, sendo 300.870 destes diagnósticos entre as mulheres2, o que evidencia a importância desse tipo de iniciativa.
Referências
1. Datasus
2. Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva. Incidência de
câncer no Brasil. Disponível em http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/agencianoticias/site/home/noticias/2015/inca_estima_quase_600_mil_casos_novos_de_cancer_em_2016
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
Edson Celulari está curado do câncer: 'Graça recebida'
Ator estava
lutando há cinco meses contra um linfoma não hodgkin
28/11/2016 09:45:44
O DIA
Edson Celulari está curado do câncerReprodução Internet
Rio - Edson Celulari usou o Instagram
para anunciar que está curado do linfoma não-hodgkin, tipo de câncer contra o
qual estava lutando há cinco meses. "Graça recebida. Graça agradecida. Um
coração pleno de obrigados. Vida que segue com muito amor. Dia de um sol lindo
por aqui, e que ele ilumine a todos", escreveu o ator na legenda de uma
foto, publicada neste domingo.
Enzo Celulari, filho do ator, também
comemorou a vitória do pai nas redes sociais. "Esse aí ao meu lado é o
verdadeiro exemplo. Exemplo de vida, de pessoa, de força, de coragem, de
determinação, e principalmente, de superação! No dia de hoje, agradeço
primeiramente a Deus e a todos os amigos e pessoas das quais recebemos
mensagens de apoio e carinho. E queria deixar claro aqui, o meu maior
agradecimento... Que é a você, papai, por ensinar a todos nós como enfrentar
uma batalha árdua com tanto louvor e a como alcançar um final feliz, mesmo que
as vezes, o caminho seja tortuoso. Eu te amo, meu guerreirão! E agora o que nos
resta é brindar... Brindar a vida... A SUA vida!", escreveu.
Em breve, Edson Celulari voltará a
trabalhar. O ator está escalado para o elenco da novela "À Flor da
Pele", que vai substituir "A Lei do Amor" no horário nobre da
Globo.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
O sistema imunológico é a chave para a cura do câncer?
A recente aprovação de um imunoterápico com ação extremamente promissora
para câncer de pulmão simboliza uma grande grande esperança no tratamento da
doença
Por Giulia Vidale – Veja.com
access_time26 out 2016, 18h03 - Atualizado em 26
out 2016, 19h23
Os imunoterápicos, medicamentos que utilizam o
próprio sistema imunológico do paciente para combater o câncer, são os grandes
protagonistas dos congressos médicos sobre o assunto e a grande aposta de médicos
e pesquisadores contra a doença. (iStock/Getty Images)
Há alguns
anos, os imunoterápicos, medicamentos que utilizam o próprio sistema
imunológico do paciente para combater o câncer, têm sido os grandes
protagonistas dos congressos médicos sobre o assunto e a grande
aposta de médicos e pesquisadores. Essa semana, houve outra grande vitória no
avanço de tratamentos contra a doença.
Na
segunda-feira, a Food and Drug Administration (FDA), agência americana que
regula fármacos, aprovou uma nova droga para o tratamento de câncer de
pulmão. Trata-se do pembrolizumabe, medicamento indicado como primeira
linha de tratamento para pacientes com tumores pulmonares em estágio de metástase.
A
aprovação é importante pois essa é a primeira vez que um fármaco imunoterápico
é indicado como primeiro tratamento para pacientes com esse diagnóstico,
em vez da tradicional quimioterapia. A FDA também expandiu a aprovação
para o tratamento de pessoas com a doença que tenham realizado quimioterapia.
De acordo
com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que entre 2016 e 2017
haverá 28.190 novos casos de câncer de pulmão no país. Um estudo conduzido pela
Sociedade Americana do Câncer em parceria com a Agência Internacional para
Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), aponta que o câncer de pulmão é a principal
causa de morte pela doença entre homens e mulheres em países desenvolvidos.
Segundo uma matéria publicada em
VEJA dessa semana, o medicamento é uma esperança para os pacientes
diagnosticados com o letal câncer de pulmão. Dos 30 000 brasileiros que
recebem o diagnóstico a cada ano, apenas 6 000 sobreviverão à doença em
cinco anos. Estudos com pembrolizumabe mostraram que o composto reduziu
pela metade o risco de progressão da doença e em 40% o risco de morte.
“São
resultados que representam uma quebra de paradigma”, diz o oncologista Artur
Katz, chefe do serviço de oncologia clínica do Hospital Sírio Libanês, em São
Paulo.
O
medicamento age bloqueando a PD-1, proteína presente nas células de defesa do
corpo humano, os linfócitos T, mas que, em pessoas com câncer, permite que o
tumor se esconda do sistema imunológico. Ao bloquear a PD-1, o medicamento faz
com que os linfócitos-T ataquem o câncer.
Para Philip
Greenberg, chefe de imunologia do Centro de Pesquisa de Câncer Fred Hutchinson
em Seattle, nos Estados Unidos, a imunoterapia já é o quarto pilar do
tratamento anticâncer, ao lado da radioterapia, quimioterapia e cirurgia,
segundo informações da rede americana CNN. “Há momentos em que ela será usada sozinha, e haverá momentos em que será
usada em conjunto com outras terapias, mas há muito pouco a questionar que esta
vai ser uma parte importante do tratamento do câncer daqui para
frente.”, disse Greenberg.
terça-feira, 29 de novembro de 2016
Pela primeira vez, estudo mostra os danos devastadores do cigarro
Fumantes que consomem um maço de cigarros por dia acumulam
em média, a cada ano, 150 mutações a mais em cada célula do pulmão. Alterações
levam ao câncer
Fonte: Veja.com
Nos fumantes, além das
150 alterações a mais nas células do pulmão, foram observadas 97 mutações a
mais na laringe, 39 na faringe, 23 na boca, 18 na bexiga e seis em todas as
células do fígado (Denis Tevekov/Hemera/Getty Images)
Inúmeros estudos já indicavam que o cigarro causa 17
diferentes tipos de câncer, mas agora uma nova pesquisa mostra pela primeira
vez os impactos devastadores causados pelo fumo no DNA humano. De acordo com o
estudo, publicado na quinta-feira, na revista Science, os fumantes que consomem
um maço de cigarros por dia acumulam em média, a cada ano, 150 mutações a mais
em cada célula do pulmão, em comparação com os pacientes de câncer não
fumantes.
De acordo com os autores do artigo, liderados por Ludmil
Alexandrov, do Laboratório Nacional de Los Alamos (Estados Unidos), o novo
estudo é o primeiro a investigar em larga escala os danos causados pelo fumo às
células do corpo humano.
“Até agora, nós tínhamos um amplo volume de evidências
epidemiológicas que ligavam o fumo ao câncer, mas agora podemos de fato
observar e quantificar as alterações moleculares causadas pelo cigarro no DNA”,
disse Alexandrov.
A pesquisa
A pesquisa demonstrou pela primeira vez como o cigarro leva
ao desenvolvimento de tumores, ao provocar mudanças celulares nos tecidos
expostos direta ou indiretamente à fumaça do cigarro. Além de medir a extensão
dos genéticos, os cientistas também identificaram diversos mecanismos
diferentes pelos quais o cigarro causa mutações no DNA dos fumantes, levando ao
câncer. Para fazer a pesquisa, a equipe usou supercomputadores para analisar o
genoma de mais de 5 mil amostras de células com câncer.
Embora a maior taxa de mutações tenha sido verificada nos
pulmões, o estudo mostra que outras partes do corpo também apresentam mutações associadas
ao fumo, explicando por que o cigarro causa tantos tipos diferentes de tumores.
Nos fumantes, além das 150 alterações a mais nas células do pulmão, foram
observadas 97 mutações a mais na laringe, 39 na faringe, 23 na boca, 18 na
bexiga e seis em todas as células do fígado.
Segundo Alexandrov, ficou claro que as mutações causadas
pelo cigarro levam ao câncer por diversos mecanismos diferentes. “Fumar
cigarros danifica o DNA em órgãos diretamente expostos à fumaça, além de
acelerar o relógio celular que controla as mutações nas células, afetando assim
órgãos direta e indiretamente expostos à fumaça”, explicou o cientista.
(Com Estadão Conteúdo)
Após câncer, Paulo Silvino faz quimioterapia: "Perdi o paladar"
Marcela Ribeiro
Do UOL, no Rio
25/11/201619h18
Paulo Silvino não é chamado para gravar o "Zorra" desde o
início do ano
Aos 77 anos, Paulo Silvino retirou um
câncer no estômago em julho deste ano e faz sessões de quimioterapia desde
então. O humorista conversou com o UOL, nesta
sexta-feira (25), e contou que descobriu a doença após ter enjoos e refluxos. O
médico responsável pela cirurgia, Leonaldson Castro, é ex-marido da mulher de
Silvino, Giseli.
"Já fiz seis sessões, faltam mais seis. O que está sendo terrível para mim é que perdi o paladar, não sinto o gosto de nada, mas tenho que comer para não morrer. Me alimento de massas, purês, carne moída. Por causa disso, perdi 15 quilos. Pesava 75, agora estou com 59, 60 quilos", contou ele, que descobriu a doença após ter frequentes enjoos e refluxos.
"Fora isso, me sinto ótimo, estou bem e me preparando para lançar meu livro 'As Aventuras do Papaceta' em janeiro do ano que vem", completou ele, sobre a publicação inspirada em sua peça teatral de humor dos navegantes do século XVI.
"Já fiz seis sessões, faltam mais seis. O que está sendo terrível para mim é que perdi o paladar, não sinto o gosto de nada, mas tenho que comer para não morrer. Me alimento de massas, purês, carne moída. Por causa disso, perdi 15 quilos. Pesava 75, agora estou com 59, 60 quilos", contou ele, que descobriu a doença após ter frequentes enjoos e refluxos.
"Fora isso, me sinto ótimo, estou bem e me preparando para lançar meu livro 'As Aventuras do Papaceta' em janeiro do ano que vem", completou ele, sobre a publicação inspirada em sua peça teatral de humor dos navegantes do século XVI.
Animado com a melhora, Paulo deixou uma mensagem para pessoas que passam
por situação semelhante a dele. "O câncer deixou de ser uma sentença de
morte. E não se entregue a ele. Seja um paciente 'paciente' e jamais se
entregue mentalmente criando o fantasma de uma derrota".
Apesar de ter seu nome incluído nos créditos do "Zorra" como participações especiais, Paulo não é chamado para gravar o programa desde o início do ano.
Apesar de ter seu nome incluído nos créditos do "Zorra" como participações especiais, Paulo não é chamado para gravar o programa desde o início do ano.
"Sinto falta de trabalhar porque
não existe artista dentro de casa e eu já estava na geladeira antes de
descobrir a doença. Isso me chateia porque estou ótimo. Mas acho que estou fora
porque toda vez que apareço, as pessoas associam ao 'Zorra' antigo", explicou
Silvino, que ainda opinou sobre o novo formato do humorístico.
"Aquilo é um desperdício de talento. A Thalita Carauta é fantástica. O Rodrigo Sant´anna é genial também. Mas de cara lavada, eles são apenas mais um personagem em cena. Neste formato, não pode ter bordão e não pode ter personagem fixo".
"Aquilo é um desperdício de talento. A Thalita Carauta é fantástica. O Rodrigo Sant´anna é genial também. Mas de cara lavada, eles são apenas mais um personagem em cena. Neste formato, não pode ter bordão e não pode ter personagem fixo".
sábado, 26 de novembro de 2016
Suposto teste de comercial alerta pais para o câncer infantil
Filme, criado pela Ogilvy Brasil, faz parte das ações para o Dia
Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil
Por Redação AdNews
access_time23 nov 2016, 14h30
Dores nas pernas que não passam e
atrapalham as atividades, sangramento na gengiva, cansaço excessivo, dores de
cabeça pela manhã, vômitos, manchas brancas na “menina dos olhos”, manchas
roxas no corpo sem traumas ou pancadas.
Quem é
pai/mãe ou convive com crianças e adolescentes nem imagina, mas muitas vezes
uma reclamação ou um sintoma simples no dia a dia dos pequenos pode ser a
manifestação do câncer, doença que, nesta fase da vida,
tem até 70% chance de cura quando diagnosticada precocemente.
Com o objetivo de ensinar e
alertar as pessoas, o Coniacc (Confederação Nacional de Instituições de Apoio e
Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer) lança a campanha “Exame
Casting”.
O filme, criado pela Ogilvy
Brasil, faz parte das ações para o Dia Nacional de Combate ao Câncer
Infantojuvenil (23 de novembro).
Na ação, cinquenta crianças foram
convocadas para o que seria o casting de um comercial publicitário. No entanto,
nem os responsáveis nem as próprias crianças/adolescentes sabiam o que de fato
iria acontecer.
Eles foram levados para uma sala
reservada, onde havia um diretor de cena, que fez diversas perguntas para os
“artistas” mirins – coisas simples que os adultos podem observar no cotidiano
se conhecerem alguns sintomas do câncer.
Mas, na verdade, o profissional
não era um diretor de comercial, e sim um oncologista pediátrico.
“Este tipo de exame pode salvar a
vida de milhões de crianças se os adultos conhecerem os principais sintomas do
câncer infantojuvenil e procurarem um médico o mais rápido possível”, ressalta
Dr. Lisandro.
“A mensagem principal da campanha
é chamar a atenção não apenas dos pais, mas de todas as pessoas que fazem parte
da vida de uma criança ou adolescente, como educadores e avós”, diz Cláudio Lima,
VP nacional de criação da Ogilvy Brasil.
Url do filme: https://youtu.be/150QgGaODbI
terça-feira, 22 de novembro de 2016
Pré-idosos revertem reajuste de plano de saúde na Justiça de São Paulo
CLÁUDIA COLLUCCI
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
30/08/2016 02h07
Altos reajustes nas
mensalidades para quem tem a partir de 59 anos são a principal razão que leva
idosos de São Paulo a processar planos de saúde. E as decisões judiciais têm
sido majoritariamente favoráveis à revisão dos valores.
A constatação é de um
estudo do Procon Paulistano, da prefeitura, que avaliou os 120 acórdãos
julgados no primeiro semestre deste ano pelo Tribunal de Justiça —casos já na
segunda instância.
Seis em cada dez
ações (55%) de idosos contra os planos na capital tiveram como motivo reajustes
abusivos pela faixa etária. E 93% de todos os processos tiveram decisões total
ou parcialmente a favor dos consumidores.
O Procon Paulistano
diz que muitos planos têm praticado reajustes excessivos para quem tem 59 anos,
às vezes acima do limite fixado pela ANS (Agência Nacional de Saúde
Suplementar).
O Estatuto do Idoso,
que entrou em vigor em 2004, veta reajustes por mudança de faixa etária para
pessoas com 60 anos ou mais, por julgá-la discriminatória. Antes dele, eram
autorizados aumentos de até 500% entre a primeira (até 18 anos) e a última
faixa etária (acima de 70 anos).
Uma decisão do STJ
(Superior Tribunal de Justiça) de 2010 referendou a proibição, estendendo-a
para contratos firmados antes de 2004.
Em acordo com os
planos, a ANS estabeleceu que os reajustes seriam diluídos nas faixas etárias
anteriores aos 60 anos, sendo que o valor da última (59 anos ou mais) não
poderia ultrapassar seis vezes o da primeira (até 18 anos).
"As pessoas já
começam a ser prejudicadas um ano antes de se tornarem oficialmente idosas,
justamente quando mais precisam de assistência", afirma Ricardo Ferrari,
diretor do Procon Paulistano.
Foi o caso da
secretária Claudete Vieira, 62, que aos 59 anos viu o valor do plano ir de R$
859 para R$ 1.623. Na Justiça, conseguiu reverter o aumento e hoje paga R$
1.148. "Se não tivesse processado, já estaria mais de R$ 2.000. Tem que
brigar", diz ela.
A empresária Deisy
Fleck foi surpreendida neste ano por dois reajustes: um por sinistralidade
(21%) e outro por idade (76%). Além dela, o plano beneficia o marido, também
com 59 anos, e a filha, de 11 anos. O valor saltou de R$ 4.500 para R$ 9.900.
Uma liminar derrubou
o reajuste, e a mensalidade atualmente é de R$ 4.960.
"O plano é ainda
caro, mas faço tratamento de um melanoma. Migrar para outro plano seria
complicado por causa da doença pré existente."
Mario Scheffer,
professor da USP e pesquisador sobre saúde suplementar, diz que tem havido alta
de ações judiciais entre "pré idosos", pessoas acima de 50 anos.
"Os maiores
aumentos têm ficado nas últimas faixas etárias. Eles se sobrepõem aos reajustes
por sinistralidade, aplicados pelos planos de adesão. É um modelo insustentável
para uma população que está envelhecendo."
Um estudo coordenado
por Scheffer mostra que os idosos respondem por 30% das ações contra planos de
saúde no Estado de São Paulo.
Em recente publicação
da ANS, o valor das mensalidades na última faixa etária tem ficado, em média,
5,7 vezes maior que o da primeira. Ou seja, dentro do que está previsto na
legislação.
De acordo com a
advogada Renata Vilhena, no STJ há precedentes favoráveis aos planos de saúde,
que consideram legítimo o reajuste na mudança de faixa etária, mas a maioria
das decisões é favorável ao consumidor.
Em razão do aumento
das demandas sobre esse assunto, em maio deste ano a Segunda Seção da Corte do
STJ decidiu suspendeu todas as sentenças até criar um posicionamento único para
as futuras decisões.
CORTES
DE CUSTOS
Entidades que
representam os planos de saúde dizem que os reajustes por mudança de faixa
etária são feitos dentro de limites estabelecidos pela ANS, com diluição entre
as faixas etárias mais jovens.
Segundo Solange
Beatriz Mendes, presidente da Fenasaúde, estudos apontam que os idosos chegam a
custar sete vezes mais do que os jovens em relação a itens como exames e
internações.
Por isso, não seria
possível estabelecer um aumento linear a todas as faixas etárias. "O idoso
paga mais, mas ele não paga o custo da sua faixa etária, parte é paga pelos
mais jovens. É o princípio do mutualismo. Se fosse um preço único para todos,
os jovens não adeririam ao plano. Por que pagariam um valor alto se praticamente
não vão usar?"
Ao mesmo tempo,
afirma, se os mais jovens saem dos planos, o produto se torna ainda mais caro e
mais pessoas seriam excluídas.
De acordo com Pedro
Ramos, diretor da Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo), essa
diluição do custo entre as faixas etárias tem prejudicado a adesão dos mais
jovens.
Nos últimos 12 meses,
segundo ele, grande parte dos 1,6 milhão de usuários que deixaram os planos de
saúde é formada por jovens que perderam seus empregos.
No mesmo período, o
setor teve adesão de mais de 100 mil idosos. "Não é possível que se tenha
tudo, a conta não fecha. Se você enche o carrinho no mercado, tem que ter
dinheiro para pagar."
Para Ramos, a regra
do Estatuto do Idoso que veta reajustes dos planos dos mais velhos tem que ser mudada.
"Foi uma medida populista e impensada", afirma.
Luiz Carneiro,
superintendente do IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar), defende
que sejam criadas outras faixas de preços por idade. "Após os 60 anos, não
importa se o atendimento será para uma pessoa de 60 ou 80 anos, com doenças
crônicas ou comorbidades. O custo da mensalidade do plano será o mesmo,
corrigido anualmente conforme as cláusulas contratuais."
Para ele, a
preocupação deve ser a garantia de que os beneficiários tenham condições de
continuar arcando com o plano e que os reajustes reflitam, com equilíbrio, o
comportamento dos custos.
Os três defendem a
necessidade de um novo modelo de atenção aos idosos, com foco na prevenção e
promoção de saúde, como forma de conter os custos e melhorar a qualidade do
atendimento.
Em razão do
envelhecimento brasileiro, o total de internações de pessoas acima de 59 anos
deve crescer 105% nos próximos 15 anos, segundo projeção do IESS.
ENTENDA
A MUDANÇA
1.
Como era
Havia 7 faixas etárias, e os planos podiam aplicar reajustes de até 6 vezes entre a primeira (0 a 17 anos) e a última (70 anos ou mais)
Havia 7 faixas etárias, e os planos podiam aplicar reajustes de até 6 vezes entre a primeira (0 a 17 anos) e a última (70 anos ou mais)
2.
Mudança
Em 2004, o Estatuto do Idoso vetou aumento nos preços dos planos para pessoas de 60 anos ou mais, por considerar discriminação
Em 2004, o Estatuto do Idoso vetou aumento nos preços dos planos para pessoas de 60 anos ou mais, por considerar discriminação
3.
Como ficou
Resolução da ANS manteve o reajuste de até 6 vezes, aumentou o número de faixas etárias e diluiu esse custo entre elas
Resolução da ANS manteve o reajuste de até 6 vezes, aumentou o número de faixas etárias e diluiu esse custo entre elas
4.
Polêmica
Com aval da ANS, empresas passaram a fazer reajustes em planos de pessoas com quase 60 anos, que têm sido derrubados na Justiça
Com aval da ANS, empresas passaram a fazer reajustes em planos de pessoas com quase 60 anos, que têm sido derrubados na Justiça
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
Precisamos falar sobre a saúde do homem
Estamos a seguir publicando mais uma colaboração da Manuela Pastore:
Você sabia?
O Ministério da Saúde e o IBGE realizaram uma pesquisa em 2015 que mostrou que sim, o brasileiro se preocupa com a saúde, mas que as mulheres estão bem à frente dos homens. A publicação revelou que 71,2% dos entrevistados haviam se consultado pelo menos uma vez nos últimos 12 meses, e o índice foi de 78% de mulheres, contra 63,9% dos homens.
O câncer de próstata é o 2° câncer que mais mata no Brasil e no mundo. Ele representa 10% de todos os tumores malignos detectados em homens e um em cada seis desenvolve a doença em alguma fase da vida. O INCA estimou para 2016, 65 mil novos casos de câncer de próstata diagnosticados no Brasil, sendo mais de 13 mil mortes este ano no país. E o mais preocupante? Apenas 7% dos casos são diagnosticados com antecedência.
Os motivos para esse cenário são muitos, mas a displicência e o preconceito estão entre os mais preocupantes. O oncologista Ricardo Caponero, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, conta que a maioria dos homens que vão ao seu consultório já está sentindo algum desconforto a um bom tempo. “Muitos pacientes chegam ao consultório com uma queixa e saem com o diagnóstico de câncer de próstata avançado”.
A iniciativa do Novembro Azul é justamente para conversar com esse homem, conscientiza-lo para que busque um médico e faça os exames preventivos.Se o câncer de próstata é detectado cedo, o índice de sucesso no tratamento é de 90%, mas a proporção cai para 20% - 30% com o diagnóstico da doença em estágio avançado. “Em 95% dos casos, o tumor de próstata só manifesta sintomas quando já se alastrou, por isso, sua descoberta precoce depende de exames clínicos periódicos”, diz o Dr. Ricardo.
É hora de falar sobre a saúde do homem, e é o momento do homem buscar cuidados.
Você sabia?
Por Dr. Ricardo Caponero
Que o câncer de próstata é o segundo tipo de tumor mais comum entre os
homens?
Cerca de 65 mil homens brasileiros receberão até o fim de 2016 o diagnóstico de câncer de próstata, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). O segundo tipo de tumor mais comum entre os homens, representa cerca de 10% do total de todos os cânceres. Os tumores de próstata afetam principalmente homens com mais de 50 anos. À medida que a idade avança, a prevalência aumenta. Na faixa etária dos 75 anos, a doença chega a acometer 50% da população masculina. Por conta disso, exames periódicos são fundamentais para o diagnóstico precoce e devem ser feitos anualmente após os 40 anos.
Cerca de 65 mil homens brasileiros receberão até o fim de 2016 o diagnóstico de câncer de próstata, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). O segundo tipo de tumor mais comum entre os homens, representa cerca de 10% do total de todos os cânceres. Os tumores de próstata afetam principalmente homens com mais de 50 anos. À medida que a idade avança, a prevalência aumenta. Na faixa etária dos 75 anos, a doença chega a acometer 50% da população masculina. Por conta disso, exames periódicos são fundamentais para o diagnóstico precoce e devem ser feitos anualmente após os 40 anos.
Que a próstata se localiza na parte baixa do
abdômen?
A próstata é um órgão muito pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto, envolvendo a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.
A próstata é um órgão muito pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto, envolvendo a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.
Que a maioria dos homens ainda resiste em ir ao
médico realizar os exames periódicos?
Embora reconheçam a importância de fazer exames, a maioria dos homens ainda resiste em procurar um médico. Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia apontou que 87% dos homens não fazem os exames retais por preconceito e de acordo com outra pesquisa sobre a saúde masculina realizada pelo Instituto Datafolha, com apoio da AstraZeneca (2014), revelou que 76% dos homens brasileiros com idades entre 40 e 70 anos têm conhecimento sobre o exame de toque retal , porém apenas 32% já fizeram o teste.
Embora reconheçam a importância de fazer exames, a maioria dos homens ainda resiste em procurar um médico. Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia apontou que 87% dos homens não fazem os exames retais por preconceito e de acordo com outra pesquisa sobre a saúde masculina realizada pelo Instituto Datafolha, com apoio da AstraZeneca (2014), revelou que 76% dos homens brasileiros com idades entre 40 e 70 anos têm conhecimento sobre o exame de toque retal , porém apenas 32% já fizeram o teste.
Que os homens acima dos 40 anos devem realizar o
PSA anualmente?
Homens acima dos 40 anos de idade devem realizar o exame preventivo PSA (exame de sangue), que detecta anormalidades no órgão, e o exame de do toque retal. Cerca de 20 a 25% dos casos de câncer da próstata podem evoluir mesmo com PSA normal. Em média 20% dos pacientes com tumor benigno da próstata podem apresentar PSA aumentado. Isso significa que nem sempre o PSA traz informações definitivas no diagnóstico do câncer da próstata. Porém, a análise da variação de dosagens seriadas do PSA, ao longo do tempo, pode auxiliar muito na detecção precoce do tumor maligno da glândula.
Homens acima dos 40 anos de idade devem realizar o exame preventivo PSA (exame de sangue), que detecta anormalidades no órgão, e o exame de do toque retal. Cerca de 20 a 25% dos casos de câncer da próstata podem evoluir mesmo com PSA normal. Em média 20% dos pacientes com tumor benigno da próstata podem apresentar PSA aumentado. Isso significa que nem sempre o PSA traz informações definitivas no diagnóstico do câncer da próstata. Porém, a análise da variação de dosagens seriadas do PSA, ao longo do tempo, pode auxiliar muito na detecção precoce do tumor maligno da glândula.
Fontes: Dr. Ricardo Caponero (oncologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz); AstraZeneca; INCA (Instituto Nacional do Câncer); Journal of Urology (Correlação entre prostatite
tipo IV (NIH), PSA elevado e câncer de próstata)
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