Aos irmãos e amigos, que vem acompanhando as postagens do blog, desejo a todos um FELIZ NATAL e um ANO NOVO com mais saúde e muitos momentos de alegria!!!
Fernando
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Consumo de café e cerveja pode prevenir o câncer de próstata
Quinta, 17 de dezembro de 2009, 11h13
http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI4162536-EI1497,00-Consumo+de+cafe+e+cerveja+pode+prevenir+o+cancer+de+prostata.html
Se você precisava de mais um motivo para ir ao bar e tomar uma loura e depois dar uma esticadinha a uma cafeteria, a ciência conseguiu satisfazer sua vontade.
Um estudo conduzido em Harvard mostrou uma relação inversamente proporcional entre consumo de café e risco de câncer de próstata. Segundo uma das pesquisadoras, Kathryn M. Wilson, o café afeta no metabolismo da insulina e da glucose, além dos hormônios sexuais, que tem um papel importante neste tipo de câncer.
Os dados apresentados mostraram que homens que são grandes consumidores de café têm até 60% menos chance de contrair o câncer de próstata do que aqueles que nunca tomam a bebida, mas não conseguiu identificar qual substância no café é responsável pela prevenção, só afirmando que a cafeína tem pouca relevância no resultado.
O estudo foi conduzido entre 1986 e 2006 e acompanhou 50.000 homens.
Já na Alemanha (óbvio), mais especificamente no Centro Germânico de Prevenção ao Câncer em Heidelberg, cientistas mostraram que o componente natural xanthohumol encontrado no lúpulo (base da cerveja), também é um ótimo aliado na prevenção do câncer de próstata, atuando para bloquear a ação do estrogênio e da testosterona e assim conseguindo diminuir o nível de PSA (o índice que aponta a probabilidade de um homem ter câncer de próstata).
E para encerrar a matéria com um banho de água fria, um estudo publicado no periódico Behavioural Neuroscience e realizado pela Temple University da Filadélfia mostrou que o café não só não deixa um beberrão sóbrio como potencializa a ação do álcool no corpo.
Com testes realizados em ratos, os pesquisadores viram que o álcool bloqueia a habilidade da cafeína em tornar o animal mais atento e desperto, mas a combinação acaba deixando-os mais relaxados.
Ou seja, em humanos o efeito faria com que a pessoa achasse que está apenas levemente embriagada e capaz de realizar coisas normais como dirigir um carro, por exemplo, enquanto na verdade ela não está apta a isso.
Só que não é só com o café que esses efeitos ocorrem. Misturar álcool com energéticos (ricos em cafeína), moda em muitas baladas, vai provocar a mesma reação.
http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI4162536-EI1497,00-Consumo+de+cafe+e+cerveja+pode+prevenir+o+cancer+de+prostata.html
Se você precisava de mais um motivo para ir ao bar e tomar uma loura e depois dar uma esticadinha a uma cafeteria, a ciência conseguiu satisfazer sua vontade.
Um estudo conduzido em Harvard mostrou uma relação inversamente proporcional entre consumo de café e risco de câncer de próstata. Segundo uma das pesquisadoras, Kathryn M. Wilson, o café afeta no metabolismo da insulina e da glucose, além dos hormônios sexuais, que tem um papel importante neste tipo de câncer.
Os dados apresentados mostraram que homens que são grandes consumidores de café têm até 60% menos chance de contrair o câncer de próstata do que aqueles que nunca tomam a bebida, mas não conseguiu identificar qual substância no café é responsável pela prevenção, só afirmando que a cafeína tem pouca relevância no resultado.
O estudo foi conduzido entre 1986 e 2006 e acompanhou 50.000 homens.
Já na Alemanha (óbvio), mais especificamente no Centro Germânico de Prevenção ao Câncer em Heidelberg, cientistas mostraram que o componente natural xanthohumol encontrado no lúpulo (base da cerveja), também é um ótimo aliado na prevenção do câncer de próstata, atuando para bloquear a ação do estrogênio e da testosterona e assim conseguindo diminuir o nível de PSA (o índice que aponta a probabilidade de um homem ter câncer de próstata).
E para encerrar a matéria com um banho de água fria, um estudo publicado no periódico Behavioural Neuroscience e realizado pela Temple University da Filadélfia mostrou que o café não só não deixa um beberrão sóbrio como potencializa a ação do álcool no corpo.
Com testes realizados em ratos, os pesquisadores viram que o álcool bloqueia a habilidade da cafeína em tornar o animal mais atento e desperto, mas a combinação acaba deixando-os mais relaxados.
Ou seja, em humanos o efeito faria com que a pessoa achasse que está apenas levemente embriagada e capaz de realizar coisas normais como dirigir um carro, por exemplo, enquanto na verdade ela não está apta a isso.
Só que não é só com o café que esses efeitos ocorrem. Misturar álcool com energéticos (ricos em cafeína), moda em muitas baladas, vai provocar a mesma reação.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Cientistas desvendam genoma dos tumores de pele e pulmão
16 de dezembro de 2009 • 23h49 • atualizado em 17 de dezembro de 2009 às 02h22 http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4162042-EI238,00-Cientistas+desvendam+genoma+dos+tumores+de+pele+e+pulmao.html
Cientistas desvendaram o código genético de dois dos tipos mais comuns de câncer, o de pele e o de pulmão, e dizem que a descoberta significa uma transformação na forma como a doença é entendida.
"O que vemos hoje mudará a forma como enxergamos o câncer", disse Mike Stratton, britânico integrante do Cancer Genome Projetc (Projeto do Gênoma do Câncer), iniciativa que reune cientistas de 10 países que tentam mapear os genomas dos principais tipos de câncer.
"Nunca vimos o câncer revelado desta forma antes", completou. O mapeamento abre caminho para testes sanguíneos capazes de detectar tumores mais cedo do que atualmente e novas drogas para tratamento.
Cigarro
Os cientistas sequenciaram o DNA de tecidos cancerígenos e normais e os compararam. Os com tumores de pulmão apresentavam 23 mil mutações, quase todas causadas pelo fumo. Os especialistas calcularam que um fumante típico adquire uma nova mutação para cada 15 cigarros que fuma.
"É como jogar roleta russa. A grande maioria das mutações não causará câncer, mas algumas podem", diz Peter Campbell, responsável pela pesquisa. Ao largar o cigarro, o risco é reduzido gradualmente até que a possibilidade de câncer de pulmão volta a ser a mesma de alguém que nunca fumou. Suspeita-se que isso ocorra porque as células com mutações são repostas por células saudáveis.
Os cientistas descobriram que para o câncer de pele melanoma, as mutações, quase todas causadas opela exposição ao sol, chegam a 30 mil. Os cientistas dizem que pode ser possível no futuro determinar exatamente quais hábitos e outros fatores causam tumores diferentes.
Cientistas desvendaram o código genético de dois dos tipos mais comuns de câncer, o de pele e o de pulmão, e dizem que a descoberta significa uma transformação na forma como a doença é entendida.
"O que vemos hoje mudará a forma como enxergamos o câncer", disse Mike Stratton, britânico integrante do Cancer Genome Projetc (Projeto do Gênoma do Câncer), iniciativa que reune cientistas de 10 países que tentam mapear os genomas dos principais tipos de câncer.
"Nunca vimos o câncer revelado desta forma antes", completou. O mapeamento abre caminho para testes sanguíneos capazes de detectar tumores mais cedo do que atualmente e novas drogas para tratamento.
Cigarro
Os cientistas sequenciaram o DNA de tecidos cancerígenos e normais e os compararam. Os com tumores de pulmão apresentavam 23 mil mutações, quase todas causadas pelo fumo. Os especialistas calcularam que um fumante típico adquire uma nova mutação para cada 15 cigarros que fuma.
"É como jogar roleta russa. A grande maioria das mutações não causará câncer, mas algumas podem", diz Peter Campbell, responsável pela pesquisa. Ao largar o cigarro, o risco é reduzido gradualmente até que a possibilidade de câncer de pulmão volta a ser a mesma de alguém que nunca fumou. Suspeita-se que isso ocorra porque as células com mutações são repostas por células saudáveis.
Os cientistas descobriram que para o câncer de pele melanoma, as mutações, quase todas causadas opela exposição ao sol, chegam a 30 mil. Os cientistas dizem que pode ser possível no futuro determinar exatamente quais hábitos e outros fatores causam tumores diferentes.
Pesquisadores decodificam "genoma" de câncer de mama
08/10/2009
da France Presse
Cientistas canadenses anunciaram nesta quarta-feira (7) ter estabelecido, pela primeira vez, o "genoma" de um tipo de tumor que responde por 10% dos casos de câncer de mama.
Utilizando uma nova técnica, mais rápida e menos onerosa, uma equipe da agência do câncer da Columbia Britânica sequenciou o genoma do tumor e identificou as mutações que permitem a propagação do câncer pelo organismo.
Os cientistas analisaram a evolução, durante nove anos, de um carcinoma metastático do seio, e identificaram 32 mutações. Em seguida, determinaram o número de anomalias presentes no tumor inicial.
"O resultado foi surpreendente: apenas cinco das 32 mutações estavam presentes em todas as células do tumor de origem, e foram identificadas como as responsáveis por deflagrar a doença", destacou a equipe canadense.
"Esta descoberta marca uma virada na compreensão das origens do câncer de mama e no desenvolvimento de tratamentos específicos para nossos pacientes", disse o Dr. Samuel Aparicio, que dirigiu o estudo, publicado na revista "Nature".
"A quantidade de possibilidades que nos oferece para futuras pesquisas é considerável".
"Uma a cada nove mulheres desenvolve câncer de seio, doença que responde por 29% de todos os casos de câncer entre a população da Columbia Britânica", destacou o ministro da Saúde da província canadense, Kevin Falcon.
"Isto representa uma esperança para milhares de mulheres afetadas por esta terrível doença", disse Falcon.
O estudo é ainda mais significativo porque, "enquanto se gastou muitos anos e muito dinheiro para se desenhar o genoma humano", esta descoberta "exigiu apenas algumas semanas e teve um preço muito inferior", disse o doutor Marco Marra, diretor da Agência do Câncer de Columbia Britânica.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u635173.shtml
da France Presse
Cientistas canadenses anunciaram nesta quarta-feira (7) ter estabelecido, pela primeira vez, o "genoma" de um tipo de tumor que responde por 10% dos casos de câncer de mama.
Utilizando uma nova técnica, mais rápida e menos onerosa, uma equipe da agência do câncer da Columbia Britânica sequenciou o genoma do tumor e identificou as mutações que permitem a propagação do câncer pelo organismo.
Os cientistas analisaram a evolução, durante nove anos, de um carcinoma metastático do seio, e identificaram 32 mutações. Em seguida, determinaram o número de anomalias presentes no tumor inicial.
"O resultado foi surpreendente: apenas cinco das 32 mutações estavam presentes em todas as células do tumor de origem, e foram identificadas como as responsáveis por deflagrar a doença", destacou a equipe canadense.
"Esta descoberta marca uma virada na compreensão das origens do câncer de mama e no desenvolvimento de tratamentos específicos para nossos pacientes", disse o Dr. Samuel Aparicio, que dirigiu o estudo, publicado na revista "Nature".
"A quantidade de possibilidades que nos oferece para futuras pesquisas é considerável".
"Uma a cada nove mulheres desenvolve câncer de seio, doença que responde por 29% de todos os casos de câncer entre a população da Columbia Britânica", destacou o ministro da Saúde da província canadense, Kevin Falcon.
"Isto representa uma esperança para milhares de mulheres afetadas por esta terrível doença", disse Falcon.
O estudo é ainda mais significativo porque, "enquanto se gastou muitos anos e muito dinheiro para se desenhar o genoma humano", esta descoberta "exigiu apenas algumas semanas e teve um preço muito inferior", disse o doutor Marco Marra, diretor da Agência do Câncer de Columbia Britânica.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u635173.shtml
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Estudos demonstraram a relação entre sobrevida ao câncer e qualidade de vida
Autora: Allison Gandey
Publicado em 19/06/2008
Chicago, Illinois — Dois grandes estudos de metanálise sugerem que pacientes que relatam uma boa qualidade de vida têm chance de sobrevida significativamente maior. Os trabalhos foram apresentados durante o 44° Encontro Anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO) e apontaram que o relatório feito pelo próprio paciente pode ser um indicador prognóstico e, talvez, um critério com valor indicador de sobrevida.
Dra. Angelina Tan, da Mayo Clinic, em Rochester, Minnesota, chefe da pesquisa, disse ao Medscape Oncology que “a sobrevida de pacientes com câncer parece ter relação com a qualidade de vida” e acrescentou, ao apresentar o resultado da primeira metanálise, “se os médicos identificarem os pacientes que não apresentem boa evolução, poderão intervir e acreditamos que essa intervenção melhorará não apenas a sensação de bem estar do paciente, mas também seu tempo de vida.”.
Dra. Joanna Brell, do Ireland Cancer Center, em Cleveland, Ohio, chamou atenção para os estudos durante a sessão “destaques do dia” e disse estar bastante satisfeita com o tamanho da amostra. Sugeriu, ainda, que esses resultados formam uma nova e importante premissa que deve ser investigada.
Dra. Brell disse também que seria ótimo poder contar com um instrumento que medisse a qualidade de vida do paciente e pudesse quantificar os sentimentos que eles tentam explicar aos seus médicos.
A debatedora da sessão, Dra. Jamie Von Roenn, da Northwestern University, de Chicago, Illinois, disse que “agora nos movemos na direção certa”, concordando com essa atitude e aplaudindo a ASCO que nunca havia dado tantas atribuições ao tratamento dos pacientes como agora.
Estudo com mais de 3.700 pacientes
O estudo de metanálise do grupo da Dra. Tan envolveu mais de 3.700 pacientes de 24 centros de tratamento oncológico e coletou dados sobre a qualidade de vida no cotidiano através de um escala específica de 100 pontos.
O modelo de riscos proporcionais de Cox foi utilizado para o ajuste dos efeitos sobre os escores encontrados, raça, local, idade e sexo. Os pesquisadores descobriram que a qualidade de vida cotidiana é um fator prognóstico importante e independente na sobrevida global.
Segundo os pesquisadores, a magnitude do efeito foi igual, independentemente do local da doença, incluindo aparelho digestivo, geniturinário, pulmão, mama e cérebro.
Dra. Tann relatou que “o bem estar do paciente deve ser considerado como uma variável importante e relacionada com a sua sobrevida” e complementou, “se o paciente relata uma qualidade de vida com pontuação inferior a 5 em uma escala de 0 a 10 (ou menor que 50, em escalas que variam do 0 a 100), sua sobrevida média é inferior àquele que não relatou este déficit”.
A pesquisadora indicou ainda que uma alta qualidade de vida cotidiana não é um indicador de longevidade, mas uma baixa qualidade está relacionada com um risco de óbito duas vezes maior em 1, 2 ou 3 anos.
Segundo estudo com mais de 10.000 pacientes
Os resultados da segunda metanálise foram apresentados por Chantal Quinten do departamento de qualidade de vida da European Organization for Research and Treatment of Cancer (EORTC) de Bruxelas, Bélgica.
Essa pesquisadora estudou 30 ensaios clínicos randomizados com mais de 10.000 pacientes – que preencheram um questionário de avaliação da qualidade de vida da EORTC – e seus dados de sobrevida. Os pesquisadores avaliaram a qualidade de vida relacionada à saúde através de 15 escalas padronizadas e os dados clínicos incluíram idade, sexo, metástases à distância, classificação da OMS e localização da doença.
Os pesquisadores avaliaram a significância prognóstica dos dados através do modelo de riscos proporcionais de Cox. Foram aplicados modelos de validação (bootstrap resampling) para verificar a estabilidade dos modelos estatísticos.
Variáveis clínicas com possibilidades prognósticas
Estado físico global
Funcionamento cognitivo
Estado de saúde
Fadiga
Náusea e vômitos
Dor
Dispnéia
Perda de apetite
Conforme conclusão dos pesquisadores, parâmetros de qualidade de vida fornecem informações sobre o prognóstico do câncer de 11 locais diferentes.
Os autores solicitam que mais pesquisas sejam realizadas para confirmação desse achado e, uma vez validado, sugerem que a qualidade de vida seja considerada uma variável de estratificação em ensaios clínicos futuros.
Dra. Tan concordou com a inclusão de dados sobre a qualidade de vida em futuros ensaios clínicos oncológicos terapêuticos e que estudos adicionais são necessários.
Ela reconheceu ao Medscape Oncology que restam ainda muitos desafios a serem cumpridos e disse que pretende trabalhar com objetivo de identificar “como e quando os clínicos podem fornecer o melhor apoio aos sentimentos de bem estar de seus pacientes”.
44º Encontro Anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO). Abstract 9515 e 9516. Apresentado em 2 de junho de 2008.
Publicado em 19/06/2008
Chicago, Illinois — Dois grandes estudos de metanálise sugerem que pacientes que relatam uma boa qualidade de vida têm chance de sobrevida significativamente maior. Os trabalhos foram apresentados durante o 44° Encontro Anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO) e apontaram que o relatório feito pelo próprio paciente pode ser um indicador prognóstico e, talvez, um critério com valor indicador de sobrevida.
Dra. Angelina Tan, da Mayo Clinic, em Rochester, Minnesota, chefe da pesquisa, disse ao Medscape Oncology que “a sobrevida de pacientes com câncer parece ter relação com a qualidade de vida” e acrescentou, ao apresentar o resultado da primeira metanálise, “se os médicos identificarem os pacientes que não apresentem boa evolução, poderão intervir e acreditamos que essa intervenção melhorará não apenas a sensação de bem estar do paciente, mas também seu tempo de vida.”.
Dra. Joanna Brell, do Ireland Cancer Center, em Cleveland, Ohio, chamou atenção para os estudos durante a sessão “destaques do dia” e disse estar bastante satisfeita com o tamanho da amostra. Sugeriu, ainda, que esses resultados formam uma nova e importante premissa que deve ser investigada.
Dra. Brell disse também que seria ótimo poder contar com um instrumento que medisse a qualidade de vida do paciente e pudesse quantificar os sentimentos que eles tentam explicar aos seus médicos.
A debatedora da sessão, Dra. Jamie Von Roenn, da Northwestern University, de Chicago, Illinois, disse que “agora nos movemos na direção certa”, concordando com essa atitude e aplaudindo a ASCO que nunca havia dado tantas atribuições ao tratamento dos pacientes como agora.
Estudo com mais de 3.700 pacientes
O estudo de metanálise do grupo da Dra. Tan envolveu mais de 3.700 pacientes de 24 centros de tratamento oncológico e coletou dados sobre a qualidade de vida no cotidiano através de um escala específica de 100 pontos.
O modelo de riscos proporcionais de Cox foi utilizado para o ajuste dos efeitos sobre os escores encontrados, raça, local, idade e sexo. Os pesquisadores descobriram que a qualidade de vida cotidiana é um fator prognóstico importante e independente na sobrevida global.
Segundo os pesquisadores, a magnitude do efeito foi igual, independentemente do local da doença, incluindo aparelho digestivo, geniturinário, pulmão, mama e cérebro.
Dra. Tann relatou que “o bem estar do paciente deve ser considerado como uma variável importante e relacionada com a sua sobrevida” e complementou, “se o paciente relata uma qualidade de vida com pontuação inferior a 5 em uma escala de 0 a 10 (ou menor que 50, em escalas que variam do 0 a 100), sua sobrevida média é inferior àquele que não relatou este déficit”.
A pesquisadora indicou ainda que uma alta qualidade de vida cotidiana não é um indicador de longevidade, mas uma baixa qualidade está relacionada com um risco de óbito duas vezes maior em 1, 2 ou 3 anos.
Segundo estudo com mais de 10.000 pacientes
Os resultados da segunda metanálise foram apresentados por Chantal Quinten do departamento de qualidade de vida da European Organization for Research and Treatment of Cancer (EORTC) de Bruxelas, Bélgica.
Essa pesquisadora estudou 30 ensaios clínicos randomizados com mais de 10.000 pacientes – que preencheram um questionário de avaliação da qualidade de vida da EORTC – e seus dados de sobrevida. Os pesquisadores avaliaram a qualidade de vida relacionada à saúde através de 15 escalas padronizadas e os dados clínicos incluíram idade, sexo, metástases à distância, classificação da OMS e localização da doença.
Os pesquisadores avaliaram a significância prognóstica dos dados através do modelo de riscos proporcionais de Cox. Foram aplicados modelos de validação (bootstrap resampling) para verificar a estabilidade dos modelos estatísticos.
Variáveis clínicas com possibilidades prognósticas
Estado físico global
Funcionamento cognitivo
Estado de saúde
Fadiga
Náusea e vômitos
Dor
Dispnéia
Perda de apetite
Conforme conclusão dos pesquisadores, parâmetros de qualidade de vida fornecem informações sobre o prognóstico do câncer de 11 locais diferentes.
Os autores solicitam que mais pesquisas sejam realizadas para confirmação desse achado e, uma vez validado, sugerem que a qualidade de vida seja considerada uma variável de estratificação em ensaios clínicos futuros.
Dra. Tan concordou com a inclusão de dados sobre a qualidade de vida em futuros ensaios clínicos oncológicos terapêuticos e que estudos adicionais são necessários.
Ela reconheceu ao Medscape Oncology que restam ainda muitos desafios a serem cumpridos e disse que pretende trabalhar com objetivo de identificar “como e quando os clínicos podem fornecer o melhor apoio aos sentimentos de bem estar de seus pacientes”.
44º Encontro Anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO). Abstract 9515 e 9516. Apresentado em 2 de junho de 2008.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Famílias gastam 10 vezes mais com remédios do que o governo no Brasil
09/12/2009 - 10h06
DIANA BRITOcolaboração para a Folha Online, no Rio http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u663928.shtml
Uma pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira revela que as famílias gastam 10 vezes mais com medicamentos do que o governo no país. Segundo o estudo, enquanto as famílias tiveram gastos de R$ 44,7 bilhões em 2007, o governo consumiu R$ 4,7 bilhões, no mesmo período, com remédios de uso humano (portanto 9,5% do total).
De acordo com pesquisadores do instituto, os dados do levantamento não contabilizam os gastos da rede hospitalar (pública e privada) com prestação de serviço.
A pesquisa "Conta Satélite de Saúde Brasil 2005-2007" ainda mostrou que os gastos das famílias com remédios (R$ 44,7 bilhões) é quase igual aos gastos com consultas, laboratórios e outros serviços não hospitalares (R$ 46,1 bilhões). Já a administração gasta apenas R$ 1,3 bilhão com consultas e laboratórios (portanto 2,7% do total).
Dados do estudo ainda apontam que as famílias gastam R$ 11,6 bilhões com planos de saúde, inclusive seguro saúde, e R$ 22,3 bilhões com serviços de atendimento hospitalar.
De acordo com pesquisadores do IBGE, apesar do avanço do governo em relação ao aumento dos gastos, a participação pública no país ainda é pequena quando comparada com outros países, que possuem em média 70% dos gastos cobertos pelo governo e 30% pelas famílias.
"O Brasil tem um padrão que tem o México e outros países com o mesmo tipo de perfil, um gasto proporcionalmente maior das famílias do que o gasto do próprio governo", afirmou a pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública, Maria Angélica Borges dos Santos
DIANA BRITOcolaboração para a Folha Online, no Rio http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u663928.shtml
Uma pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira revela que as famílias gastam 10 vezes mais com medicamentos do que o governo no país. Segundo o estudo, enquanto as famílias tiveram gastos de R$ 44,7 bilhões em 2007, o governo consumiu R$ 4,7 bilhões, no mesmo período, com remédios de uso humano (portanto 9,5% do total).
De acordo com pesquisadores do instituto, os dados do levantamento não contabilizam os gastos da rede hospitalar (pública e privada) com prestação de serviço.
A pesquisa "Conta Satélite de Saúde Brasil 2005-2007" ainda mostrou que os gastos das famílias com remédios (R$ 44,7 bilhões) é quase igual aos gastos com consultas, laboratórios e outros serviços não hospitalares (R$ 46,1 bilhões). Já a administração gasta apenas R$ 1,3 bilhão com consultas e laboratórios (portanto 2,7% do total).
Dados do estudo ainda apontam que as famílias gastam R$ 11,6 bilhões com planos de saúde, inclusive seguro saúde, e R$ 22,3 bilhões com serviços de atendimento hospitalar.
De acordo com pesquisadores do IBGE, apesar do avanço do governo em relação ao aumento dos gastos, a participação pública no país ainda é pequena quando comparada com outros países, que possuem em média 70% dos gastos cobertos pelo governo e 30% pelas famílias.
"O Brasil tem um padrão que tem o México e outros países com o mesmo tipo de perfil, um gasto proporcionalmente maior das famílias do que o gasto do próprio governo", afirmou a pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública, Maria Angélica Borges dos Santos
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Tire suas dúvidas sobre câncer de pele
01/11 - 08:30hrs IG (www.ig.com.br)
Assim como o câncer de mama, esta doença também necessita de prevenção e diagnóstico precoce para evitar seu crescimento
Renata Losso
Quando o verão dá as caras, ou melhor, os primeiros raios de sol, estirar o corpo na praia e nunca mais sair é uma vontade quase unânime. No entanto, é neste momento que os males que podem ser causados pela exposição solar vira e mexe são esquecidos, e o câncer de pele pode vir à tona.
Segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), este câncer específico chegou à marca de 24,6% dos tumores malignos que atingiram a população brasileira no ano de 2008, sendo 5% deste total caracterizado por melanomas, os principais responsáveis por mortes.
No entanto, assim como o câncer de mama, se detectado precocemente, o câncer de pele em seus três tipos frequentes apresenta altos índices de cura. Por esta razão, é importante estar prevenido. Para isso, veja abaixo as principais perguntas sobre a doença contestadas pelos médicos oncologistas Dr. Alexandre Chiari e Dra. Letícia Carvalho Neuenschwander, membros da Oncomed – Centro de Prevenção e Tratamento de Doenças Neoplásticas, de Belo Horizonte, e conscientize-se dos cuidados que devem ser tomados.
Quais as formas de se proteger contra o câncer de pele?
A principal forma de prevenção é evitar a exposição ao sol sem proteção, mantendo-se acompanhado de chapéu, guarda-sol, óculos escuros e protetores solares com FPS (fator de proteção solar) de no mínimo 15 durante atividades ao ar livre. Ainda, o horário menos indicado para estar exposto é entre 10 e 16 horas, quando os raios ultravioletas são mais intensos, portanto, é importante evitá-lo. Além disso, a doença também pode ser causada pelo contato com produtos químicos, como o arsênico, e heranças genéticas.
Quais são os tipos de câncer mais comuns?
O Carcinoma Basocelular, responsável por 70% dos diagnósticos, e o Carcinoma Epidermoide, com 25%. Nestes casos, o paciente é submetido a uma cirurgia para retirada da lesão com uma grande margem de segurança. Mas ainda há os casos de melanoma, detectado em 4% dos pacientes e que é bem mais grave que os anteriores. Nestes diagnósticos, na maioria das vezes o câncer já saiu da pele e se direcionou à outras partes do corpo, por ocorrer metástase.
Como é o tratamento?
Baseia-se principalmente na remoção cirúrgica da lesão, mas tratamentos tópicos ou radioterapia também podem ser realizados, dependendo do tamanho e da topografia da lesão, além do subtipo do câncer de pele. Neste momento, é o médico quem decide qual o melhor procedimento a ser seguido.
Quais são as áreas do corpo mais atingidas?
As mais expostas ao sol como face, orelhas, colo, braços e mãos, embora nos casos de melanoma, o câncer pode atingir áreas normalmente cobertas como costas e pernas.
Quais os sintomas destes tipos de câncer?
Crescimento na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, alguma pinta preta ou castanha que muda de cor ou textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho, alguma mancha ou ferida que não cicatriza e continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Qual o índice de cura?
Varia de acordo com o tipo de câncer, mas o que mais deve ser levado em consideração para a cura é o diagnóstico precoce. Ao aparecimento de qualquer lesão suspeita, um médico deve ser consultado rapidamente.
Quais são as principais vítimas destes tipos de câncer?
As pessoas com mais de 40 anos são as mais atingidas pela doença, que é rara em crianças e negros. Os de pele mais clara devem permanecer cautelosos em relação ao câncer, por serem mais sensíveis aos raios solares e caracterizarem as principais vítimas, juntamente às pessoas com doenças cutâneas prévias.
Até que ponto o protetor minimiza os riscos?
Os protetores solares não excluem totalmente os riscos da exposição solar, somente reduzem os efeitos da radiação ultravioleta. Além disso, nem todos os filtros oferecem proteção completa contra os raios UVA e UVB. É importante estar atento para não se expor nos horários de maior risco e é recomendado passar o protetor de duas em duas horas, aproximadamente.
Assim como o câncer de mama, esta doença também necessita de prevenção e diagnóstico precoce para evitar seu crescimento
Renata Losso
Quando o verão dá as caras, ou melhor, os primeiros raios de sol, estirar o corpo na praia e nunca mais sair é uma vontade quase unânime. No entanto, é neste momento que os males que podem ser causados pela exposição solar vira e mexe são esquecidos, e o câncer de pele pode vir à tona.
Segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), este câncer específico chegou à marca de 24,6% dos tumores malignos que atingiram a população brasileira no ano de 2008, sendo 5% deste total caracterizado por melanomas, os principais responsáveis por mortes.
No entanto, assim como o câncer de mama, se detectado precocemente, o câncer de pele em seus três tipos frequentes apresenta altos índices de cura. Por esta razão, é importante estar prevenido. Para isso, veja abaixo as principais perguntas sobre a doença contestadas pelos médicos oncologistas Dr. Alexandre Chiari e Dra. Letícia Carvalho Neuenschwander, membros da Oncomed – Centro de Prevenção e Tratamento de Doenças Neoplásticas, de Belo Horizonte, e conscientize-se dos cuidados que devem ser tomados.
Quais as formas de se proteger contra o câncer de pele?
A principal forma de prevenção é evitar a exposição ao sol sem proteção, mantendo-se acompanhado de chapéu, guarda-sol, óculos escuros e protetores solares com FPS (fator de proteção solar) de no mínimo 15 durante atividades ao ar livre. Ainda, o horário menos indicado para estar exposto é entre 10 e 16 horas, quando os raios ultravioletas são mais intensos, portanto, é importante evitá-lo. Além disso, a doença também pode ser causada pelo contato com produtos químicos, como o arsênico, e heranças genéticas.
Quais são os tipos de câncer mais comuns?
O Carcinoma Basocelular, responsável por 70% dos diagnósticos, e o Carcinoma Epidermoide, com 25%. Nestes casos, o paciente é submetido a uma cirurgia para retirada da lesão com uma grande margem de segurança. Mas ainda há os casos de melanoma, detectado em 4% dos pacientes e que é bem mais grave que os anteriores. Nestes diagnósticos, na maioria das vezes o câncer já saiu da pele e se direcionou à outras partes do corpo, por ocorrer metástase.
Como é o tratamento?
Baseia-se principalmente na remoção cirúrgica da lesão, mas tratamentos tópicos ou radioterapia também podem ser realizados, dependendo do tamanho e da topografia da lesão, além do subtipo do câncer de pele. Neste momento, é o médico quem decide qual o melhor procedimento a ser seguido.
Quais são as áreas do corpo mais atingidas?
As mais expostas ao sol como face, orelhas, colo, braços e mãos, embora nos casos de melanoma, o câncer pode atingir áreas normalmente cobertas como costas e pernas.
Quais os sintomas destes tipos de câncer?
Crescimento na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, alguma pinta preta ou castanha que muda de cor ou textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho, alguma mancha ou ferida que não cicatriza e continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Qual o índice de cura?
Varia de acordo com o tipo de câncer, mas o que mais deve ser levado em consideração para a cura é o diagnóstico precoce. Ao aparecimento de qualquer lesão suspeita, um médico deve ser consultado rapidamente.
Quais são as principais vítimas destes tipos de câncer?
As pessoas com mais de 40 anos são as mais atingidas pela doença, que é rara em crianças e negros. Os de pele mais clara devem permanecer cautelosos em relação ao câncer, por serem mais sensíveis aos raios solares e caracterizarem as principais vítimas, juntamente às pessoas com doenças cutâneas prévias.
Até que ponto o protetor minimiza os riscos?
Os protetores solares não excluem totalmente os riscos da exposição solar, somente reduzem os efeitos da radiação ultravioleta. Além disso, nem todos os filtros oferecem proteção completa contra os raios UVA e UVB. É importante estar atento para não se expor nos horários de maior risco e é recomendado passar o protetor de duas em duas horas, aproximadamente.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Como ajudar um parente que tem câncer a se manter positivo e com um olhar sobre o lado brilhante da vida?
Fonte: http://www.caring.com/questions/stay-positive-with-cancer
Pergunta feita por membro anônimo da comunidade Caring.com
Ouvi dizer que uma atitude positiva é muito importante para curar o câncer, mas minha mãe, que tem câncer de pulmão, é muito negativa e se sente desencorajada. Que tipos de coisas devo dizer para ajudá-la a se sentir mais positiva?
Resposta de Especialista - Gloria Nelson
Gloria Nelson é uma assistente social sênior de Oncologia, que trabalha no Montefiore-Einstein Medical Center do Bronx, em Nova York.
É importante descobrir momentos nos quais você pode rir ou se sentir positivo. Daí eu pedir aos meu grupo de apoio executar uma motivação intensa de riso, mesmo se você estiver rindo através de suas lágrimas. A coisa mais importante é nunca parar de ter esperança. No entanto, não ajuda ser desonesto e dar desconto em relação ao que está acontecendo quando sua mãe sente dor e sofrimento, você deve compreender isso. Mas, você também deve ajudar sua mãe a ter esperança sempre que ela puder.
Uma paciente minha disse algo no outro dia que foi muito positivo e útil, tanto que anotei para usar mais tarde. Esta mulher, que é muito velha e doente, disse: "Eles dizem que há uma chance em 300 de que uma pessoa com meu diagnóstico possa melhorar, mas como saber se eu não sou esta pessoa?" Você só tem que pensar desse modo quando você está em tratamento, porque você não tem o que fazer? Assim, você deve incentivar sua mãe a pensar-se como a número um e pensar sobre coisas que a deixam feliz-- até mesmo pequenas coisas, como um vaso de flores sobre a mesa.
Outra estratégia importante para ajudar sua mãe a manter uma atitude positiva é capacitá-la para ficar longe de pessoas que a fazem se sentir triste ou sem incentivo. Um dos nossos slogans no grupo é ficar longe dos negativos. Nós rimos sobre isso e dizemos que: "Se dane qualquer um que nos ponha para baixo!". Às vezes, as pessoas pensam que estão manifestando simpatia falando a um paciente de câncer sobre sua própria, ou de terceiros, doença ou estória triste. Isso não irá ajudar. Você deve incentivar sua mãe para se sentir confortável em dizer que não quer ouvir falar de outras pessoas com estórias tristes neste momento. Não deve haver problema em informar às pessoas que ela precisa de sua força para passar pelo tratamento e que ela necessita ser protegida contra coisas que a levam para baixo.
Por último, vocês devem comemorar tudo - aniversários, o final da quimioterapia, etc. Nada é demasiado pequeno para festejar. Nenhum de nós sabe quanto tempo temos e isso é uma ótima maneira de aproveitar ao máximo o que temos.
Vida com Câncer acrescenta que é importante levarmos uma vida próxima da que levávamos antes do diagnóstico da doença, ou seja, trabalhando, cuidando dos filhos, saindo para se divertir, amando, enfim mantendo a rotina. Muitas pessoas com câncer descobrem também novas habilidades, nova espiritualidade e novos interesses que devem ser potencializados. Mas, devemos nos lembrar que, como nossos parentes próximos também são afetados emocialmente pela nossa condição, não devemos ser egoístas, dando a devida atenção e valor a cada um. A vida é feita de pequenas coisas que acontecem no nosso dia a dia. Aí reside a felicidade.
Pergunta feita por membro anônimo da comunidade Caring.com
Ouvi dizer que uma atitude positiva é muito importante para curar o câncer, mas minha mãe, que tem câncer de pulmão, é muito negativa e se sente desencorajada. Que tipos de coisas devo dizer para ajudá-la a se sentir mais positiva?
Resposta de Especialista - Gloria Nelson
Gloria Nelson é uma assistente social sênior de Oncologia, que trabalha no Montefiore-Einstein Medical Center do Bronx, em Nova York.
É importante descobrir momentos nos quais você pode rir ou se sentir positivo. Daí eu pedir aos meu grupo de apoio executar uma motivação intensa de riso, mesmo se você estiver rindo através de suas lágrimas. A coisa mais importante é nunca parar de ter esperança. No entanto, não ajuda ser desonesto e dar desconto em relação ao que está acontecendo quando sua mãe sente dor e sofrimento, você deve compreender isso. Mas, você também deve ajudar sua mãe a ter esperança sempre que ela puder.
Uma paciente minha disse algo no outro dia que foi muito positivo e útil, tanto que anotei para usar mais tarde. Esta mulher, que é muito velha e doente, disse: "Eles dizem que há uma chance em 300 de que uma pessoa com meu diagnóstico possa melhorar, mas como saber se eu não sou esta pessoa?" Você só tem que pensar desse modo quando você está em tratamento, porque você não tem o que fazer? Assim, você deve incentivar sua mãe a pensar-se como a número um e pensar sobre coisas que a deixam feliz-- até mesmo pequenas coisas, como um vaso de flores sobre a mesa.
Outra estratégia importante para ajudar sua mãe a manter uma atitude positiva é capacitá-la para ficar longe de pessoas que a fazem se sentir triste ou sem incentivo. Um dos nossos slogans no grupo é ficar longe dos negativos. Nós rimos sobre isso e dizemos que: "Se dane qualquer um que nos ponha para baixo!". Às vezes, as pessoas pensam que estão manifestando simpatia falando a um paciente de câncer sobre sua própria, ou de terceiros, doença ou estória triste. Isso não irá ajudar. Você deve incentivar sua mãe para se sentir confortável em dizer que não quer ouvir falar de outras pessoas com estórias tristes neste momento. Não deve haver problema em informar às pessoas que ela precisa de sua força para passar pelo tratamento e que ela necessita ser protegida contra coisas que a levam para baixo.
Por último, vocês devem comemorar tudo - aniversários, o final da quimioterapia, etc. Nada é demasiado pequeno para festejar. Nenhum de nós sabe quanto tempo temos e isso é uma ótima maneira de aproveitar ao máximo o que temos.
Vida com Câncer acrescenta que é importante levarmos uma vida próxima da que levávamos antes do diagnóstico da doença, ou seja, trabalhando, cuidando dos filhos, saindo para se divertir, amando, enfim mantendo a rotina. Muitas pessoas com câncer descobrem também novas habilidades, nova espiritualidade e novos interesses que devem ser potencializados. Mas, devemos nos lembrar que, como nossos parentes próximos também são afetados emocialmente pela nossa condição, não devemos ser egoístas, dando a devida atenção e valor a cada um. A vida é feita de pequenas coisas que acontecem no nosso dia a dia. Aí reside a felicidade.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Conheça atitudes que ajudam a evitar o câncer
Sexta, 27 de novembro de 2009, 16h19
Patricia Zwipp
O Brasil terá quase meio milhão (489.270) de novos casos de câncer em 2010, de acordo com a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Um detalhe positivo é que mudanças no estilo de vida diminuem os riscos de desenvolver a doença.
O controle do tabagismo, por exemplo, poderia evitar cerca de 30% dos números previstos para o próximo ano e, a adoção de uma alimentação adequada, 35%. Há a possibilidade de 10% da patologia de pele do tipo não-melanoma ser prevenida com medidas simples de proteção contra a radiação solar.
Confira como é possível prevenir o problema por meio de atitudes do dia a dia:
Alimentação:
Para quem não fuma, a alimentação é o fator mais importante de prevenção do câncer, como disse o nutricionista Fábio Gomes, da Área de Alimentação, Nutrição e Câncer do Inca. Há iguarias comestíveis que ajudam a diminuir os riscos e outras que aumentam a probabilidade de desenvolver a doença.
As aliadas da saúde são as de origem vegetal: frutas, legumes, verduras e leguminosas (como feijão, lentilha, grão-de-bico). Têm o poder de inibir a chegada de compostos cancerígenos às células e, ainda, "consertar" o DNA danificado quando a agressão já começou. "Se a célula foi alterada e não foi possível consertar o DNA, alguns compostos promovem a morte delas, interrompendo a multiplicação desordenada."
Segundo o nutricionista, a ideia de que determinado alimento é bom para tal tipo de câncer não se aplica. "Tem de haver sinergismo entre os compostos, o que ajuda em todos os tipos da doença. Por isso, é importante variar a alimentação ao máximo." A recomendação é consumir, no mínimo, 400g por dia de vegetais, sendo 2/5 de frutas e 3/5 de legumes e verduras. Cada porção equivale a uma quantia do produto picado ou inteiro que caiba na palma da mão, totalizando aproximadamente 80g.
Entre os vilões estão os embutidos, por apresentarem grande quantidade de sal, nitritos e nitratos. "Os conservantes em contato com o suco digestivo do estômago se transformam em compostos cancerígenos." O conselho é evitar ao máximo as tentações desse gênero e o ideal seria que não fossem consumidas. Limite carne vermelha a 500g semanais.
A maneira de preparo, especialmente das carnes (de qualquer tipo), pode influenciar. As feitas na chapa ou fritas trazem malefícios, porque a exposição a altas temperaturas também atua na formação de compostos cancerígenos. Prefira levá-las ao forno ou usá-las em ensopados. Se quiser grelhar, opte pelo pré-cozimento.
Outra má notícia é que o tradicional e saboroso churrasco eleva os riscos. Além da temperatura alta, a fumaça do carvão tem dois componentes cancerígenos (alcatrão e hidrocarboneto policíclico aromático) que impregnam na refeição.
Controle de peso:
O excesso de peso precisa ser eliminado. Quilos a mais na balança significam níveis mais altos de hormônios anabólicos (como a insulina) e fatores de crescimento (IGF-1), influenciando no surgimento de tumores. "Além disso, quando as células de gordura estão repletas, liberam fatores pró-inflamatórios. É como se a pessoa estivesse em um processo de inflamação generalizada, o que a torna mais vulnerável a fatores cancerígenos."
Vale mencionar, de acordo com Gomes, que dois tipos de alimento contribuem para o indesejável ganho de peso: os de alta densidade energética (bolachas e fast-foods) e os refrigerantes juntamente com os sucos industriais adicionados de açúcar.
Atividade física:
Colocar o corpo em ação queima as gordurinhas e ainda equilibra os hormônios e os fatores de crescimento. Mas não basta praticar exercícios de vez em quando. Tem de ser em ritmo moderado, como uma caminhada mais acelerada, e por, no mínimo, 30 minutos diários. Com o tempo, a dica é tentar aumentar a intensidade ou estender o período. Dê definitivamente adeus ao sedentarismo.
Redução de bebidas alcoólicas A ingestão excessiva de álcool altera o equilíbrio hormonal, aumentando as chances de câncer de mama, por exemplo, por conta do estrogênio. "O produto de sua metabolização é cancerígeno e agride o fígado. Também aumenta as chances de câncer em locais com que tem contato direto, como boca, esôfago e laringe." Ainda potencializa a absorção de outros cancerígenos. Por exemplo, se beber e fumar, o líquido destrói a barreira de proteção e os compostos do cigarro penetram com mais facilidade.
Caso não queira deixar de lado a bebida alcoólica, restrinja a sua quantidade. As mulheres podem saborear um drinque por dia (uma lata de cerveja ou uma taça de vinho) e, os homens, até dois.
Amamentação:
Amamentar exclusivamente até os seis meses tem seus méritos. Diminui entre 13% e 21% os riscos de a mãe ter câncer de mama, como afirmou o nutricionista.
Enquanto o bebê suga o leite, o movimento promove uma espécie de esfoliação do tecido mamário por dentro. Assim, se houver células agredidas, são eliminadas e renovadas. "Quando termina a lactação, várias células se autodestroem, entre elas algumas que poderiam ter lesões no material genético."
Outro benefício é que as taxas do hormônio estrogênio caem durante o período de aleitamento. Toda mulher o produz, mas existe uma atuação importante dele no desencadeamento da patologia.
Proteção solar:
Muito mais que manchas e envelhecimento precoce, a exposição ao sol em excesso e sem proteção pode levar ao câncer. Se for aproveitar os dias quentes para conquistar um bronzeado de dar inveja, evite ficar sob o sol entre 10h e 16h e use sempre filtro. O dermatologista Agnaldo Augusto Mirandez, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia e diretor da clínica Perfetta, em São Paulo, recomenda a partir do fator 20. Passe-o meia hora antes da exposição e reaplique-o a cada duas horas ou depois de suar ou mergulhar. Invista em chapéus, óculos escuros e guarda-sol. Especialistas recomendam ainda passar o protetor solar diariamente, antes de sair de casa, e repetir a aplicação outras vezes ao dia, no rosto e nas mãos, áreas expostas constantemente às radiações solares.
Especial para Terra
Patricia Zwipp
O Brasil terá quase meio milhão (489.270) de novos casos de câncer em 2010, de acordo com a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Um detalhe positivo é que mudanças no estilo de vida diminuem os riscos de desenvolver a doença.
O controle do tabagismo, por exemplo, poderia evitar cerca de 30% dos números previstos para o próximo ano e, a adoção de uma alimentação adequada, 35%. Há a possibilidade de 10% da patologia de pele do tipo não-melanoma ser prevenida com medidas simples de proteção contra a radiação solar.
Confira como é possível prevenir o problema por meio de atitudes do dia a dia:
Alimentação:
Para quem não fuma, a alimentação é o fator mais importante de prevenção do câncer, como disse o nutricionista Fábio Gomes, da Área de Alimentação, Nutrição e Câncer do Inca. Há iguarias comestíveis que ajudam a diminuir os riscos e outras que aumentam a probabilidade de desenvolver a doença.
As aliadas da saúde são as de origem vegetal: frutas, legumes, verduras e leguminosas (como feijão, lentilha, grão-de-bico). Têm o poder de inibir a chegada de compostos cancerígenos às células e, ainda, "consertar" o DNA danificado quando a agressão já começou. "Se a célula foi alterada e não foi possível consertar o DNA, alguns compostos promovem a morte delas, interrompendo a multiplicação desordenada."
Segundo o nutricionista, a ideia de que determinado alimento é bom para tal tipo de câncer não se aplica. "Tem de haver sinergismo entre os compostos, o que ajuda em todos os tipos da doença. Por isso, é importante variar a alimentação ao máximo." A recomendação é consumir, no mínimo, 400g por dia de vegetais, sendo 2/5 de frutas e 3/5 de legumes e verduras. Cada porção equivale a uma quantia do produto picado ou inteiro que caiba na palma da mão, totalizando aproximadamente 80g.
Entre os vilões estão os embutidos, por apresentarem grande quantidade de sal, nitritos e nitratos. "Os conservantes em contato com o suco digestivo do estômago se transformam em compostos cancerígenos." O conselho é evitar ao máximo as tentações desse gênero e o ideal seria que não fossem consumidas. Limite carne vermelha a 500g semanais.
A maneira de preparo, especialmente das carnes (de qualquer tipo), pode influenciar. As feitas na chapa ou fritas trazem malefícios, porque a exposição a altas temperaturas também atua na formação de compostos cancerígenos. Prefira levá-las ao forno ou usá-las em ensopados. Se quiser grelhar, opte pelo pré-cozimento.
Outra má notícia é que o tradicional e saboroso churrasco eleva os riscos. Além da temperatura alta, a fumaça do carvão tem dois componentes cancerígenos (alcatrão e hidrocarboneto policíclico aromático) que impregnam na refeição.
Controle de peso:
O excesso de peso precisa ser eliminado. Quilos a mais na balança significam níveis mais altos de hormônios anabólicos (como a insulina) e fatores de crescimento (IGF-1), influenciando no surgimento de tumores. "Além disso, quando as células de gordura estão repletas, liberam fatores pró-inflamatórios. É como se a pessoa estivesse em um processo de inflamação generalizada, o que a torna mais vulnerável a fatores cancerígenos."
Vale mencionar, de acordo com Gomes, que dois tipos de alimento contribuem para o indesejável ganho de peso: os de alta densidade energética (bolachas e fast-foods) e os refrigerantes juntamente com os sucos industriais adicionados de açúcar.
Atividade física:
Colocar o corpo em ação queima as gordurinhas e ainda equilibra os hormônios e os fatores de crescimento. Mas não basta praticar exercícios de vez em quando. Tem de ser em ritmo moderado, como uma caminhada mais acelerada, e por, no mínimo, 30 minutos diários. Com o tempo, a dica é tentar aumentar a intensidade ou estender o período. Dê definitivamente adeus ao sedentarismo.
Redução de bebidas alcoólicas A ingestão excessiva de álcool altera o equilíbrio hormonal, aumentando as chances de câncer de mama, por exemplo, por conta do estrogênio. "O produto de sua metabolização é cancerígeno e agride o fígado. Também aumenta as chances de câncer em locais com que tem contato direto, como boca, esôfago e laringe." Ainda potencializa a absorção de outros cancerígenos. Por exemplo, se beber e fumar, o líquido destrói a barreira de proteção e os compostos do cigarro penetram com mais facilidade.
Caso não queira deixar de lado a bebida alcoólica, restrinja a sua quantidade. As mulheres podem saborear um drinque por dia (uma lata de cerveja ou uma taça de vinho) e, os homens, até dois.
Amamentação:
Amamentar exclusivamente até os seis meses tem seus méritos. Diminui entre 13% e 21% os riscos de a mãe ter câncer de mama, como afirmou o nutricionista.
Enquanto o bebê suga o leite, o movimento promove uma espécie de esfoliação do tecido mamário por dentro. Assim, se houver células agredidas, são eliminadas e renovadas. "Quando termina a lactação, várias células se autodestroem, entre elas algumas que poderiam ter lesões no material genético."
Outro benefício é que as taxas do hormônio estrogênio caem durante o período de aleitamento. Toda mulher o produz, mas existe uma atuação importante dele no desencadeamento da patologia.
Proteção solar:
Muito mais que manchas e envelhecimento precoce, a exposição ao sol em excesso e sem proteção pode levar ao câncer. Se for aproveitar os dias quentes para conquistar um bronzeado de dar inveja, evite ficar sob o sol entre 10h e 16h e use sempre filtro. O dermatologista Agnaldo Augusto Mirandez, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia e diretor da clínica Perfetta, em São Paulo, recomenda a partir do fator 20. Passe-o meia hora antes da exposição e reaplique-o a cada duas horas ou depois de suar ou mergulhar. Invista em chapéus, óculos escuros e guarda-sol. Especialistas recomendam ainda passar o protetor solar diariamente, antes de sair de casa, e repetir a aplicação outras vezes ao dia, no rosto e nas mãos, áreas expostas constantemente às radiações solares.
Especial para Terra
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
40% dos 500 mil novos casos de câncer previstos podem ser evitados
Extraído do Jornal do Brasil 25/11/2009
DA REDAÇÃO - Quarenta por cento dos 500 mil novos casos de câncer previstos no país em 2010 poderiam ser evitados com mudanças no comportamento dos brasileiros, tais como parar de fumar, praticar atividades físicas regulares, proteger melhor a pele do excesso de exposição ao sol e ter uma alimentação saudável, priorizando o consumo de frutas, legumes e verduras e reduzindo o de gorduras.
Além disso, exames como toque retal para os homens e mamografia para as mulheres são aliados na prevenção do câncer de próstata e mama. Os dois tipos doença são os de maior incidência depois do câncer de pele do tipo não-melanoma,
A mamografia anual é indicada para mulheres a partir dos 40 anos e de dois em dois anos dos 50 aos 69 anos. Para pessoas com histórico da doença na família, no entanto, é recomendado que os exames comecem aos 35. Para os homens, o exame do toque retal é recomendado a partir dos 40 anos.
DA REDAÇÃO - Quarenta por cento dos 500 mil novos casos de câncer previstos no país em 2010 poderiam ser evitados com mudanças no comportamento dos brasileiros, tais como parar de fumar, praticar atividades físicas regulares, proteger melhor a pele do excesso de exposição ao sol e ter uma alimentação saudável, priorizando o consumo de frutas, legumes e verduras e reduzindo o de gorduras.
Além disso, exames como toque retal para os homens e mamografia para as mulheres são aliados na prevenção do câncer de próstata e mama. Os dois tipos doença são os de maior incidência depois do câncer de pele do tipo não-melanoma,
A mamografia anual é indicada para mulheres a partir dos 40 anos e de dois em dois anos dos 50 aos 69 anos. Para pessoas com histórico da doença na família, no entanto, é recomendado que os exames comecem aos 35. Para os homens, o exame do toque retal é recomendado a partir dos 40 anos.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Brasil terá quase meio milhão de novos casos de câncer em 2010
Do UOL Ciência e Saúde
O país terá mais de 489 mil novos casos de câncer em 2010, segundo estimativa divulgada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) nesta terça-feira (24), no Rio de Janeiro. Os tipos de câncer mais frequentes na população serão o de pele não melanoma, o de próstata e o de mama feminina.
O levantamento mostra que o câncer será mais prevalente nas mulheres (52%) do que nos homens (48%). Apesar de homens adoecerem e morrerem mais do que as mulheres, a população feminina é mais numerosa, especialmente nas faixas etárias mais avançadas, o que explica o resultado.
O tipo de câncer mais comum, em ambos os sexos, é o de pele não melanoma, que soma aproximadamente 114 mil casos novos, ou 23% do total de casos estimados para 2010. Esse levantamento é separado dos outros, na estimativa, por se tratar de uma doença com bom prognóstico e que implica baixíssimo risco de morte.
Sem considerar o câncer de pele não melanoma, o tipo mais comum de tumor nos homens é o de próstata, seguido de pulmão, cólon e reto, estômago, oral, esôfago, leucemias e pele melanoma. Entre as mulheres, os cânceres mais frequentes são os de mama, colo de útero, cólon e reto, pulmão, estômago, leucemias, oral, pele melanoma e esôfago.
Os dados utilizados para o cálculo têm como base o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, e os Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP). O Inca esclarece que a estimativa atual não pode ser comparada com as anteriores, porque reflete um contexto que se modifica ao longo do tempo.
Diferenças entre regiões
Exceto no caso do câncer de próstata, que é o mais comum em homens em todas as regiões do país, cada região possui perfil diferente em relação à prevalência de câncer masculino. Nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, o tumor mais comum é o de pulmão. Já no Norte e no Nordeste, é o de estômago.
Em relação às mulheres, o câncer de mama só não é o mais comum no Norte, região em que o tumor de colo de útero é o mais prevalente. No Sul e no Sudeste, o câncer de cólon e reto é o segundo mais frequente. No Centro-Oeste e no Nordeste, o segundo câncer mais comum é o de colo de útero.
O país terá mais de 489 mil novos casos de câncer em 2010, segundo estimativa divulgada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) nesta terça-feira (24), no Rio de Janeiro. Os tipos de câncer mais frequentes na população serão o de pele não melanoma, o de próstata e o de mama feminina.
O levantamento mostra que o câncer será mais prevalente nas mulheres (52%) do que nos homens (48%). Apesar de homens adoecerem e morrerem mais do que as mulheres, a população feminina é mais numerosa, especialmente nas faixas etárias mais avançadas, o que explica o resultado.
O tipo de câncer mais comum, em ambos os sexos, é o de pele não melanoma, que soma aproximadamente 114 mil casos novos, ou 23% do total de casos estimados para 2010. Esse levantamento é separado dos outros, na estimativa, por se tratar de uma doença com bom prognóstico e que implica baixíssimo risco de morte.
Sem considerar o câncer de pele não melanoma, o tipo mais comum de tumor nos homens é o de próstata, seguido de pulmão, cólon e reto, estômago, oral, esôfago, leucemias e pele melanoma. Entre as mulheres, os cânceres mais frequentes são os de mama, colo de útero, cólon e reto, pulmão, estômago, leucemias, oral, pele melanoma e esôfago.
Os dados utilizados para o cálculo têm como base o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, e os Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP). O Inca esclarece que a estimativa atual não pode ser comparada com as anteriores, porque reflete um contexto que se modifica ao longo do tempo.
Diferenças entre regiões
Exceto no caso do câncer de próstata, que é o mais comum em homens em todas as regiões do país, cada região possui perfil diferente em relação à prevalência de câncer masculino. Nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, o tumor mais comum é o de pulmão. Já no Norte e no Nordeste, é o de estômago.
Em relação às mulheres, o câncer de mama só não é o mais comum no Norte, região em que o tumor de colo de útero é o mais prevalente. No Sul e no Sudeste, o câncer de cólon e reto é o segundo mais frequente. No Centro-Oeste e no Nordeste, o segundo câncer mais comum é o de colo de útero.
Alguns vírus que constituem fatores de risco para o câncer
Fonte: National Cancer Institute (www.cancer.gov)
Papillomavirus Humano
Certas estirpes do papilomavírus humano (HPV), que são sexualmente transmissíveis, são as principais causas do câncer do colo do útero e anal. Mulheres que começaram a ter relações sexuais antes da idade de 17 anos, ou que tenham tido múltiplos parceiros sexuais, são o grupo que apresenta maior risco de infecção por HPV.
O HPV pode também ser responsável por alguns tipos de câncer da cabeça e do pescoço.
É importante observar que a maioria das pessoas infectadas por HPV não terão câncer. Além disso, está disponível uma vacina que pode impedir a infecção com as estirpes de HPV que causam câncer do colo do útero.
Hepatite B e C.
Os vírus da hepatite B e hepatite C são as principais causas de câncer do fígado em todo o mundo. Os vírus são transmitidos através de transfusões de sangue, uso de drogas injetáveis e sexo sem proteção. A vacinação pode proteger contra a hepatite B, mas não existe ainda uma vacina para a hepatite C.
Epstein - Barr
Causa Mononucleose. Em pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos, pode levar a alguns tipos de Linfoma.
Pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos, como no caso das infectadas pelo HIV (AIDS), apresentam também risco de contrair um câncer chamado de sarcoma de Kaposi
Papillomavirus Humano
Certas estirpes do papilomavírus humano (HPV), que são sexualmente transmissíveis, são as principais causas do câncer do colo do útero e anal. Mulheres que começaram a ter relações sexuais antes da idade de 17 anos, ou que tenham tido múltiplos parceiros sexuais, são o grupo que apresenta maior risco de infecção por HPV.
O HPV pode também ser responsável por alguns tipos de câncer da cabeça e do pescoço.
É importante observar que a maioria das pessoas infectadas por HPV não terão câncer. Além disso, está disponível uma vacina que pode impedir a infecção com as estirpes de HPV que causam câncer do colo do útero.
Hepatite B e C.
Os vírus da hepatite B e hepatite C são as principais causas de câncer do fígado em todo o mundo. Os vírus são transmitidos através de transfusões de sangue, uso de drogas injetáveis e sexo sem proteção. A vacinação pode proteger contra a hepatite B, mas não existe ainda uma vacina para a hepatite C.
Epstein - Barr
Causa Mononucleose. Em pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos, pode levar a alguns tipos de Linfoma.
Pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos, como no caso das infectadas pelo HIV (AIDS), apresentam também risco de contrair um câncer chamado de sarcoma de Kaposi
terça-feira, 17 de novembro de 2009
SUS muda regra para tratar doenças graves
11/11/2009 - 07h57
Fonte: Folha online e http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2009/11/11/sus-muda-regra-para-tratar-doencas-graves.jhtm
O Ministério da Saúde atualizará a forma como os médicos da rede pública tratam 53 doenças graves e criará orientações para o tratamento de 33. O SUS (Sistema Único de Saúde) ficará obrigado a dar aos doentes todos os remédios previstos nas novas orientações.
Antes de fazer as mudanças, o ministério realizará consultas públicas de um mês para ouvir sugestões de entidades de médicos e de doentes.
Serão atualizados tratamentos de asma grave, deficiência do hormônio do crescimento, Alzheimer, osteoporose e até acne. Os médicos hoje seguem tratamentos de quase dez anos atrás, quando os remédios não eram tão avançados e se sabia menos sobre as doenças.
Entre as doenças que passarão a ter orientações de tratamento estão hipertensão arterial pulmonar, puberdade precoce e síndrome do ovário policístico. Cada médico hoje prescreve um tratamento distinto.
Ainda não se sabe quanto o SUS gastará com as mudanças. Para o secretário nacional de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame, elas são importantes pois garantem tratamentos seguros e modernos e levam o médico a se atualizar.
Beltrame também crê que as novas diretrizes orientarão juízes diante de ações em que pacientes exigem medicamentos do governo. A tendência é que a Justiça negue os pedidos caso os remédios não façam parte das orientações do SUS.
O "Diário Oficial" da União de hoje já publica as orientações revistas para o tratamento de espasticidade e distonia, doenças musculares que atingem mais de 1,8 milhões de novas pessoas por ano no país. E abre consulta pública para rever o tratamento de oito doenças, como hipotireoidismo congênito, doença falciforme e esclerose lateral amiotrófica.
As consultas para as demais doenças serão abertas ao longo das próximas semanas. As informações estarão no site www.saude.gov.br.
Dos 190 milhões de brasileiros, 150 milhões dependem exclusivamente do SUS.
Fonte: Folha online e http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2009/11/11/sus-muda-regra-para-tratar-doencas-graves.jhtm
O Ministério da Saúde atualizará a forma como os médicos da rede pública tratam 53 doenças graves e criará orientações para o tratamento de 33. O SUS (Sistema Único de Saúde) ficará obrigado a dar aos doentes todos os remédios previstos nas novas orientações.
Antes de fazer as mudanças, o ministério realizará consultas públicas de um mês para ouvir sugestões de entidades de médicos e de doentes.
Serão atualizados tratamentos de asma grave, deficiência do hormônio do crescimento, Alzheimer, osteoporose e até acne. Os médicos hoje seguem tratamentos de quase dez anos atrás, quando os remédios não eram tão avançados e se sabia menos sobre as doenças.
Entre as doenças que passarão a ter orientações de tratamento estão hipertensão arterial pulmonar, puberdade precoce e síndrome do ovário policístico. Cada médico hoje prescreve um tratamento distinto.
Ainda não se sabe quanto o SUS gastará com as mudanças. Para o secretário nacional de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame, elas são importantes pois garantem tratamentos seguros e modernos e levam o médico a se atualizar.
Beltrame também crê que as novas diretrizes orientarão juízes diante de ações em que pacientes exigem medicamentos do governo. A tendência é que a Justiça negue os pedidos caso os remédios não façam parte das orientações do SUS.
O "Diário Oficial" da União de hoje já publica as orientações revistas para o tratamento de espasticidade e distonia, doenças musculares que atingem mais de 1,8 milhões de novas pessoas por ano no país. E abre consulta pública para rever o tratamento de oito doenças, como hipotireoidismo congênito, doença falciforme e esclerose lateral amiotrófica.
As consultas para as demais doenças serão abertas ao longo das próximas semanas. As informações estarão no site www.saude.gov.br.
Dos 190 milhões de brasileiros, 150 milhões dependem exclusivamente do SUS.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Emergências em Pacientes com Câncer
Fonte: Instituto Oncológio de Ribeirão Preto – INORP (http://www.inorp.com.br/)
Triagem: Paciente verifica que sua temperatura começou a subir uma hora atrás e agora o termômetro acusa 38ºC. No momento, paciente está em tratamento quimioterápico. O que este(a) paciente deve fazer?
a) Esperar e ligar para seu médico para marcar uma consulta, se a temperatura ainda estiver elevada no dia seguinte? Ou
b) Se dirigir ao setor de emergência mais próximo?
Para a maioria das pessoas, febre não é uma emergência, e por isto não deve ser tratada de imediato. Mas para pacientes com câncer - que freqüentemente apresentam sua imunidade comprometida - a história é muito diferente. Para pacientes em tratamento quimioterápico, FEBRE pode ser um sinal de uma quadro chamado NEUTROPENIA FEBRIL (do inglês “neutropenic fever”). Neutropenia febril pode ser um sinal de uma infecção séria e de rápido desenvolvimento de bactérias ou fungos que REQUER TRATAMENTO AGRESSIVO E IMEDIATO. O(a) paciente do exemplo acima, deve se dirigir ao setor de emergência mais próximo (resposta b), se estiver a uma distância superior a 30 minutos dos hospitais de referência abaixo especificados.
O ideal é que o(a)s pacientes prefiram ser tratados(as) onde sua doença é conhecida e onde seu tratamento também seja conhecido. Isto, nem sempre é possível.
Razões para se consultar no Setor de Emergência dos hospitais abaixo especificados
Muitos pacientes com câncer irão necessitar de algum tipo de cuidado emergencial durante seu tratamento ou mesmo durante o seguimento de sua doença. Febre no paciente neutropênico (queda dos glóbulos brancos denominados neutrófilos que são responsáveis pela defesa do nosso organismo contra bactérias e fungos) é uma das razões mais comuns para se dirigir ao setor de emergência dos hospitais, mas existem outras situações que estão especificadas abaixo.
Emergências oncológicas podem ter as seguintes naturezas: obstrutiva, metabólica ou alterações sanguineas (alterações de glóbulos vermelhos e/ou brancos e/ou plaquetas).
· Complicações obstrutivas ou compressivas podem aparecer quando tumores – primário ou metástase – comprimem órgão ou estruturas vizinhas. Tumores cerebrais ou metástases no cérebro podem causar: convulsões, dor de cabeça, “derrames cerebrais” e uma variedade de sinais e sintomas neurológicos, por comprimir o cérebro e/ou outras estruturas nervosas. Outros exemplos de sinais e sintomas relacionados a compressão extrínsica: trombose venosa profunda e embolia pulmonar, paralisia ou perda de sensibilidade em membros inferiores, embolia pulmonar, Síndrome da Cava Superior, obstrução dos ureteres impedindo saída de urina, compressão de vias aéreas, etc. Alguns destes sinais e sintomas, bem como derrames pericárdicos (coleções liquidas ao redor do coração) e derrame pleural (coleção liquida entre as pleuras que são películas que revestem os pulmões) podem ser resultado dos tratamentos recebidos pelos (as) pacientes, principalmente a radioterapia.
· Emergências metabólicas: são exemplos a hiperuricemia (aumento da ureia no sangue) e a hipercalcemia (aumento dos níveis de cálcio no sangue) podem surgir quando os tumores secretam substâncias (peptideos) semelhantes a hormônios que podem romper o balanço eletrolítico. A Síndrome de Lise Tumoral é um distúrbio metabólico causado pela destruição de células tumorais. Assim que as células tumorais morrem em resposta à terapia, seu conteúdo é jogado na circulação, causando hiperuricemia e, potencialmente, distúrbios severos em todos os eletrólitos mais significativos.
· Crises de citopenias (queda do número de uma ou várias células do sangue): pacientes com câncer podem se apresentar na “Emergência 24 horas” com sangramento por queda das plaquetas (denominada trombocitopenia), por febre neutropênica e Sindrome Hemolítico-urêmica aguda (destruição aguda de elementos celulares do sangue com repercussão da função renal). A febre neutropênica (ou neutropenia febril) é o mais comum, usualmente relacionada com os efeitos imunosupressores da quimioterapia, o que deixa os (as) pacientes altamente suceptíveis às infecções potencialmente de alto risco. 8 em cada 10 pacientes, aproximadamente, vão se apresentar com algum tipo de intercorrência: urgência ou condição emergente.
Nem todas condições são relacionadas ao câncer, quando falamos “emergências oncológicas” queremos dizer qualquer cuidado emergencial ou de urgência necessitado por um(a) paciente com câncer que esteja ou não sob tratamento. Pacientes com câncer não são imunes às condições que levam pessoas não afetadas por esta doença, ao setor de urgência de um hospital (Emergência 24 horas). Podem também sofrer de uma doença cardíaca ou diabetes. Nestes casos o câncer ativo pode ser um fator complicador, aumentando a complexidade da situação.
Estes setores hospitalares que atendem emergências possuem médicos plantonistas não-oncologistas, médicos plantonistas com especialização em medicina interna ou emergencial. A diferença entre estes especialistas e os oncologistas, é que estes últimos estabelecem relacionamentos de longo têrmo com seus pacientes, o que usualmente não acontece no setor de “Emergência 24 horas” de um hospital. Emergência 24 horas Raramente você vai ver no setor de emergências pacientes obstétricas (pacientes grávidas) ou mesmo traumas. Por exemplo: um(a) paciente com fratura pode ser transferido(a) rapidamente para o setor de ortopedia para receber os cuidados necessários, já para um paciente afetado pelo câncer e que se apresenta com uma fratura – possivelmente um tipo de fratura que os médicos denominam “fratura patológica” – a história é diferente. Sua avaliação não é um processo tão rápido, os cuidados necessários são mais holísticos e por isto dispendem maior tempo.
O fato é que os tratamentos estão se tornando mais agressivos e por isto os oncologistas devem estar preparados para estas situações, para poder dar suporte aos médicos que trabalham no setor de emergência. Um grande número de pacientes vão ser atendidos em “Emergências” de outras cidades. Nós sempre nos colocamos a disposição dos médicos que prestarem o primeiro atendimento aos nossos pacientes para informações adicionais e dados que permitam melhor atendimento de nossos pacientes. Algumas situações envolvem somente discussões médicas, mas outras necessitam de maior envolvimento para ajudar nossos colegas, como conversar com familiares e/ou oferecer suporte emocional nestes momentos difíceis.
Triagem: Paciente verifica que sua temperatura começou a subir uma hora atrás e agora o termômetro acusa 38ºC. No momento, paciente está em tratamento quimioterápico. O que este(a) paciente deve fazer?
a) Esperar e ligar para seu médico para marcar uma consulta, se a temperatura ainda estiver elevada no dia seguinte? Ou
b) Se dirigir ao setor de emergência mais próximo?
Para a maioria das pessoas, febre não é uma emergência, e por isto não deve ser tratada de imediato. Mas para pacientes com câncer - que freqüentemente apresentam sua imunidade comprometida - a história é muito diferente. Para pacientes em tratamento quimioterápico, FEBRE pode ser um sinal de uma quadro chamado NEUTROPENIA FEBRIL (do inglês “neutropenic fever”). Neutropenia febril pode ser um sinal de uma infecção séria e de rápido desenvolvimento de bactérias ou fungos que REQUER TRATAMENTO AGRESSIVO E IMEDIATO. O(a) paciente do exemplo acima, deve se dirigir ao setor de emergência mais próximo (resposta b), se estiver a uma distância superior a 30 minutos dos hospitais de referência abaixo especificados.
O ideal é que o(a)s pacientes prefiram ser tratados(as) onde sua doença é conhecida e onde seu tratamento também seja conhecido. Isto, nem sempre é possível.
Razões para se consultar no Setor de Emergência dos hospitais abaixo especificados
Muitos pacientes com câncer irão necessitar de algum tipo de cuidado emergencial durante seu tratamento ou mesmo durante o seguimento de sua doença. Febre no paciente neutropênico (queda dos glóbulos brancos denominados neutrófilos que são responsáveis pela defesa do nosso organismo contra bactérias e fungos) é uma das razões mais comuns para se dirigir ao setor de emergência dos hospitais, mas existem outras situações que estão especificadas abaixo.
Emergências oncológicas podem ter as seguintes naturezas: obstrutiva, metabólica ou alterações sanguineas (alterações de glóbulos vermelhos e/ou brancos e/ou plaquetas).
· Complicações obstrutivas ou compressivas podem aparecer quando tumores – primário ou metástase – comprimem órgão ou estruturas vizinhas. Tumores cerebrais ou metástases no cérebro podem causar: convulsões, dor de cabeça, “derrames cerebrais” e uma variedade de sinais e sintomas neurológicos, por comprimir o cérebro e/ou outras estruturas nervosas. Outros exemplos de sinais e sintomas relacionados a compressão extrínsica: trombose venosa profunda e embolia pulmonar, paralisia ou perda de sensibilidade em membros inferiores, embolia pulmonar, Síndrome da Cava Superior, obstrução dos ureteres impedindo saída de urina, compressão de vias aéreas, etc. Alguns destes sinais e sintomas, bem como derrames pericárdicos (coleções liquidas ao redor do coração) e derrame pleural (coleção liquida entre as pleuras que são películas que revestem os pulmões) podem ser resultado dos tratamentos recebidos pelos (as) pacientes, principalmente a radioterapia.
· Emergências metabólicas: são exemplos a hiperuricemia (aumento da ureia no sangue) e a hipercalcemia (aumento dos níveis de cálcio no sangue) podem surgir quando os tumores secretam substâncias (peptideos) semelhantes a hormônios que podem romper o balanço eletrolítico. A Síndrome de Lise Tumoral é um distúrbio metabólico causado pela destruição de células tumorais. Assim que as células tumorais morrem em resposta à terapia, seu conteúdo é jogado na circulação, causando hiperuricemia e, potencialmente, distúrbios severos em todos os eletrólitos mais significativos.
· Crises de citopenias (queda do número de uma ou várias células do sangue): pacientes com câncer podem se apresentar na “Emergência 24 horas” com sangramento por queda das plaquetas (denominada trombocitopenia), por febre neutropênica e Sindrome Hemolítico-urêmica aguda (destruição aguda de elementos celulares do sangue com repercussão da função renal). A febre neutropênica (ou neutropenia febril) é o mais comum, usualmente relacionada com os efeitos imunosupressores da quimioterapia, o que deixa os (as) pacientes altamente suceptíveis às infecções potencialmente de alto risco. 8 em cada 10 pacientes, aproximadamente, vão se apresentar com algum tipo de intercorrência: urgência ou condição emergente.
Nem todas condições são relacionadas ao câncer, quando falamos “emergências oncológicas” queremos dizer qualquer cuidado emergencial ou de urgência necessitado por um(a) paciente com câncer que esteja ou não sob tratamento. Pacientes com câncer não são imunes às condições que levam pessoas não afetadas por esta doença, ao setor de urgência de um hospital (Emergência 24 horas). Podem também sofrer de uma doença cardíaca ou diabetes. Nestes casos o câncer ativo pode ser um fator complicador, aumentando a complexidade da situação.
Estes setores hospitalares que atendem emergências possuem médicos plantonistas não-oncologistas, médicos plantonistas com especialização em medicina interna ou emergencial. A diferença entre estes especialistas e os oncologistas, é que estes últimos estabelecem relacionamentos de longo têrmo com seus pacientes, o que usualmente não acontece no setor de “Emergência 24 horas” de um hospital. Emergência 24 horas Raramente você vai ver no setor de emergências pacientes obstétricas (pacientes grávidas) ou mesmo traumas. Por exemplo: um(a) paciente com fratura pode ser transferido(a) rapidamente para o setor de ortopedia para receber os cuidados necessários, já para um paciente afetado pelo câncer e que se apresenta com uma fratura – possivelmente um tipo de fratura que os médicos denominam “fratura patológica” – a história é diferente. Sua avaliação não é um processo tão rápido, os cuidados necessários são mais holísticos e por isto dispendem maior tempo.
O fato é que os tratamentos estão se tornando mais agressivos e por isto os oncologistas devem estar preparados para estas situações, para poder dar suporte aos médicos que trabalham no setor de emergência. Um grande número de pacientes vão ser atendidos em “Emergências” de outras cidades. Nós sempre nos colocamos a disposição dos médicos que prestarem o primeiro atendimento aos nossos pacientes para informações adicionais e dados que permitam melhor atendimento de nossos pacientes. Algumas situações envolvem somente discussões médicas, mas outras necessitam de maior envolvimento para ajudar nossos colegas, como conversar com familiares e/ou oferecer suporte emocional nestes momentos difíceis.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Lula diz que vai sugerir para Obama criar um SUS nos EUA
03 de novembro de 2009 • 22h24 • atualizado em 04 de novembro de 2009 às 09h06
Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/
Não vou fazer comentários pois coloquei no final os comentários que acompanham a notícia, que acho que expressam o sentimento do povo brasileiro esclarecido.
"Lula pretende fazer a sugestão na próxima conversa que tiver com Obama."
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, durante o 9º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, que vai sugerir ao colega americano, Barack Obama, que crie um Sistema Único de Saúde (SUS), como no Brasil. Obama tenta realizar uma reforma na saúde dos Estados Unidos, que não possui um serviço universal de saúde.
"Na próxima conversa que eu tiver com o Obama, vou dizer: faça o SUS. Custa mais barato e é de qualidade, é universal", disse.
Em seu discurso, Lula também cobrou rapidez nas obras da fábrica de hemoderivados do País, localizada em Goiana, a mais de 60 km de Recife (PE), anunciada em 2005. Segundo o presidente, as obras estão atrasadas e fez cobranças ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
"É preciso ver quem está cuidando disso e dar um puxão de orelha. Você vai colocando dinheiro à disposição, depois as coisas não acontecem. É preciso saber porque atrasou tanto", afirmou Lula, durante o evento em Olinda (PE).
Comentários:
Lusana
postado:04/11/2009 - 09h31
presidente você é mesmo um analfabeto! em sugerir essa porcaria 'SUS' que não funciona, onde as pessoas morrem humilhadas na fila desse seu SUS. Os norte americanos são alfabetizados e conhecem perfeitamente seus direitos advindos dos impostos, diferente de nós brasileiros analfabetos que não reclamamos nossos impostos que vocês comem na farra do boi em Brasília, nos Estados e nos Municipios.
habiba
postado:04/11/2009 - 09h31
Aproveita e pede pro querido Obama vir conhecer tb ao vivo nosso SUS, mas leva ele nas cidadezinhas dos cafundós do nordeste, que é lá que está a parte de maior sucesso do programa, excelentes médicos, atendimento nota 10, mortalidade infantil 0, todo mundo feliz e doente, ops contente!
Isso é uma PIADA
postado:04/11/2009 - 09h31
Na verdade, esse MOLUSCO é uma piada ambulante.
Gostaria de vê-lo, juntamente com a sua família, enfrentando a FILA do SUS e recebendo um atendimento precário, isso caso conseguisse ser atendido.
MARCELO
postado:04/11/2009 - 09h31
Eles não querem nada que seja do sistema corrupto brasileiro. Gente , o mundo inteiro ri dele pelas costas. LULA PORQUE NÃO TE CALAS
SUS e Lula
postado:04/11/2009 - 09h30
Qualquer analista de negócios americano, pode ser de início de carreira, faz uma investigação, desmonta esse SUS brasileiro e o joga na lata de lixo.E aí Lulinha, com que cara depois vc vai aparecer nos holofotes da mídia?
LALÁ
postado:04/11/2009 - 09h30
ESSE CALHORDA ESTÁ SUGERINDO PARA O OBAMA CRIAR UM SUS SÓ PARA VER AMERICANO MORRER NAS FILAS DE PESSIMO ATENDIMENTO MÉDIDO. ELE ACHA QUE LÁ O POVO É IGUIAL A ESTE POVINHO DAQUI QUE DÁ OUVIDOS A QUALQUER IDIOTICE.
LI
postado:04/11/2009 - 09h30
TRODFÉU ÓLEO DE PEROBA!!!!!!!!!!!!PUTS!!!!!!!!!!!!!!
PORQUE A GUERRILHEIRA, ALENCAR ETC ETC NÃO TRATAM DAS ENFERMIDADES NO
SUS???
postado:04/11/2009 - 09h29
ALGUEM SABE PORQUE ESTE BANDO DECORUPTOS E LADRÕES DO DINHEIRO DO POVO BRASILEIRO NÃO FAZEM O TRATAMENTO PELO SUS??? PORQUE OU VÃO PARA OUTROS PAÍSES OU O FAZEM EM HOSPITAIS PARTICULARES QUE CUSTAM UMA FORTUNA E QUE O DINHEIRO PÚBLICO PAGA??? A RESPOSTA É SIMPLES, PORQUE NÃO QUERTEM MORRER NAS FILAS SEM SEQUER TEREM A POSSIBILIDADE DE SEREM ATENDIDOS.BANDO DE HIPÓCRITAS!!!!!!
EITA
postado:04/11/2009 - 09h29
SÓ FALTA A MUDINHA FAZ NADA AÍ DO LADO DELE!!!
golbery
postado:04/11/2009 - 09h29
O ´´GRIMLYN``ensandeceu, ou realmente é sincero quando afirma que nada sabe, que tudo ignora...
Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/
Não vou fazer comentários pois coloquei no final os comentários que acompanham a notícia, que acho que expressam o sentimento do povo brasileiro esclarecido.
"Lula pretende fazer a sugestão na próxima conversa que tiver com Obama."
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, durante o 9º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, que vai sugerir ao colega americano, Barack Obama, que crie um Sistema Único de Saúde (SUS), como no Brasil. Obama tenta realizar uma reforma na saúde dos Estados Unidos, que não possui um serviço universal de saúde.
"Na próxima conversa que eu tiver com o Obama, vou dizer: faça o SUS. Custa mais barato e é de qualidade, é universal", disse.
Em seu discurso, Lula também cobrou rapidez nas obras da fábrica de hemoderivados do País, localizada em Goiana, a mais de 60 km de Recife (PE), anunciada em 2005. Segundo o presidente, as obras estão atrasadas e fez cobranças ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
"É preciso ver quem está cuidando disso e dar um puxão de orelha. Você vai colocando dinheiro à disposição, depois as coisas não acontecem. É preciso saber porque atrasou tanto", afirmou Lula, durante o evento em Olinda (PE).
Comentários:
Lusana
postado:04/11/2009 - 09h31
presidente você é mesmo um analfabeto! em sugerir essa porcaria 'SUS' que não funciona, onde as pessoas morrem humilhadas na fila desse seu SUS. Os norte americanos são alfabetizados e conhecem perfeitamente seus direitos advindos dos impostos, diferente de nós brasileiros analfabetos que não reclamamos nossos impostos que vocês comem na farra do boi em Brasília, nos Estados e nos Municipios.
habiba
postado:04/11/2009 - 09h31
Aproveita e pede pro querido Obama vir conhecer tb ao vivo nosso SUS, mas leva ele nas cidadezinhas dos cafundós do nordeste, que é lá que está a parte de maior sucesso do programa, excelentes médicos, atendimento nota 10, mortalidade infantil 0, todo mundo feliz e doente, ops contente!
Isso é uma PIADA
postado:04/11/2009 - 09h31
Na verdade, esse MOLUSCO é uma piada ambulante.
Gostaria de vê-lo, juntamente com a sua família, enfrentando a FILA do SUS e recebendo um atendimento precário, isso caso conseguisse ser atendido.
MARCELO
postado:04/11/2009 - 09h31
Eles não querem nada que seja do sistema corrupto brasileiro. Gente , o mundo inteiro ri dele pelas costas. LULA PORQUE NÃO TE CALAS
SUS e Lula
postado:04/11/2009 - 09h30
Qualquer analista de negócios americano, pode ser de início de carreira, faz uma investigação, desmonta esse SUS brasileiro e o joga na lata de lixo.E aí Lulinha, com que cara depois vc vai aparecer nos holofotes da mídia?
LALÁ
postado:04/11/2009 - 09h30
ESSE CALHORDA ESTÁ SUGERINDO PARA O OBAMA CRIAR UM SUS SÓ PARA VER AMERICANO MORRER NAS FILAS DE PESSIMO ATENDIMENTO MÉDIDO. ELE ACHA QUE LÁ O POVO É IGUIAL A ESTE POVINHO DAQUI QUE DÁ OUVIDOS A QUALQUER IDIOTICE.
LI
postado:04/11/2009 - 09h30
TRODFÉU ÓLEO DE PEROBA!!!!!!!!!!!!PUTS!!!!!!!!!!!!!!
PORQUE A GUERRILHEIRA, ALENCAR ETC ETC NÃO TRATAM DAS ENFERMIDADES NO
SUS???
postado:04/11/2009 - 09h29
ALGUEM SABE PORQUE ESTE BANDO DECORUPTOS E LADRÕES DO DINHEIRO DO POVO BRASILEIRO NÃO FAZEM O TRATAMENTO PELO SUS??? PORQUE OU VÃO PARA OUTROS PAÍSES OU O FAZEM EM HOSPITAIS PARTICULARES QUE CUSTAM UMA FORTUNA E QUE O DINHEIRO PÚBLICO PAGA??? A RESPOSTA É SIMPLES, PORQUE NÃO QUERTEM MORRER NAS FILAS SEM SEQUER TEREM A POSSIBILIDADE DE SEREM ATENDIDOS.BANDO DE HIPÓCRITAS!!!!!!
EITA
postado:04/11/2009 - 09h29
SÓ FALTA A MUDINHA FAZ NADA AÍ DO LADO DELE!!!
golbery
postado:04/11/2009 - 09h29
O ´´GRIMLYN``ensandeceu, ou realmente é sincero quando afirma que nada sabe, que tudo ignora...
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
A vida depois do câncer
Resumo de um artigo da Revista Super Interessante – Edição 76 de jan. 1994 (Editora Abril)
1. Como é a vida de pessoas que já tiveram câncer e conseguiram se curar e o preconceito enfrentado.
Em cerca de metade dos cancerosos, o tumor maligno desaparece para sempre, após o tratamento. Mas o ex-paciente pode ser prejudicado pelo medo de a cura não ser completa e pela discriminação, já que muita gente ainda encara a doença como sentença de morte.
Por Lúcia Helena de Oliveira, com Thereza Venturoli
Quando escreveu para a equipe do Hospital do Câncer, em São Paulo, o garoto estava realmente zangado. Era um desabafo. Tinha feito uma malcriação qualquer e a mãe, em vez de colocá-lo de castigo como fazia com os irmãos, deixou passar barato. Ele ficou frustrado. Quando se trata de um ex-paciente de câncer, é comum um menino gostar de bronca, garante o oncologista Sidney Epelman, um dos responsáveis pelo atendimento das crianças, no hospital. Segundo o médico, o desejo número um dessa garotada é, na medida do possível, esquecer a doença, levando uma vida normal, com direito até a eventuais puxões de orelha paternos. Mas os pais, com medo da volta do câncer, superprotegem o filho. O que só aumenta a insegurança do paciente em relação à sua cura.
Em média, seis em cada dez crianças cancerosas conseguem vencer a doença a incidência pode ser maior, dependendo do tipo de tumor maligno. Em adultos, as chances de cura crescem com o aparecimento de novas técnicas de diagnóstico e tratamento (veja quadro). No entanto, quando se põe um ponto final na história do câncer, outra história está apenas começando. O medo que envolve a doença pode dobrar justamente no dia da alta médica, diz a psicóloga Maura Camargo. É como se, abandonando a quimio e radioterapia, a pessoa estivesse sendo devolvida à fera do câncer. Além de ser ex-paciente, Maura participa, em São Paulo, do Centro Oncológico de Recuperação e Apoio (CORA), um grupo de médicos e psicólogos que orientam quem está passando pela doença e quem já se curou.
O receio dos pacientes fora de tratamento é justificável: afinal, de tempos em tempos, eles têm de fazer exames de controle. Alguma célula cancerosa pode ter escapado do órgão de origem, instalando-se em outro canto do corpo, para ali recomeçar a sua reprodução desenfreada, típica da doença. Os médicos sabem, porém, que se um câncer não voltar em três anos, as chances de recidivas serão muito pequenas e, depois de cinco anos, poderá se falar em cura. Esse período costuma ser vivido de maneira estressante.
Nas vésperas dos exames, a tensão é impressionante, conta David Capistrano, prefeito de Santos, no litoral de São Paulo. Vítima de uma leucemia, há onze anos, ele acabou fazendo um transplante autólogo. A medula óssea produtora das células malignas foi arrasada por potentes medicamentos. Em seu lugar, os médicos deixaram um pedaço de medula supostamente são, retirado do próprio paciente. É, mas poderia haver uma célula doente ali também, temia o político, que também é médico e sabia o que estava enfrentando. Por isso, só nos últimos anos passou a comparecer tranqüilamente aos exames de sangue, feitos para controlar a sua saúde, a cada semestre. O que me ajudou é que evitei parar de trabalhar. Nem sempre, porém, isso é possível. Infelizmente, é comum ex-pacientes ou porque o tratamento os obrigou a faltar ao trabalho ou porque são vistos como condenados à morte perderem emprego ou ficarem encostados na empresa, sem esperança de promoção.
No caso das crianças, os serviços médicos costumam fazer de tudo para que não percam o ano letivo: Os professores nos entregam as provas e as lições, enquanto a criança está internada, conta o oncologista Sérgio Petrilli, da Escola Paulista de Medicina. Mais tarde, as escolas são orientadas no sentido de não discriminarem essas crianças, até porque não há motivos. Em populações mais carentes, um problema difícil de lidar é o do emprego dos pais. Explica-se: é aconselhável que alguém da família permaneça ao lado do paciente, nas penosas sessões de quimioterapia. Muitas vezes, a mãe não pode deixar os outros filhos sozinhos em casa, conta Petrilli. O pai, então, falta ao serviço. Depois, muitas vezes, a criança se torna uma paciente bissexta, porque o pai teme o desemprego. Sem tratamento adequado, ela perde as chances de cura.
............................................................
Um estudo feito pelo Instituto Nacional do Câncer com 2 940 pessoas ex-pacientes ou parentes de ex-pacientes revela que um terço delas tem alguma seqüela da doença na vida profissional. A pesquisa levou em consideração o caso de pessoas que preferem esconder no ambiente de trabalho que foram doentes de câncer.
A gente sabe que, no caso das crianças, a cura pode ser absoluta, diz a pediatra Sílvia Brandalise. Mesmo assim, quando se tornam adultos competentes e saudáveis, essas pessoas muitas vezes omitem que tiveram câncer, nos testes de seleção, porque senão costumam ser preteridas. O estigma da palavra câncer ainda é terrível, lamenta a médica. Por isso, em junho do ano passado, ela organizou uma comemoração, reunindo mais de 800 pacientes que passaram pelo Centro Boldrini, em Campinas, interior paulista.
............................................................
Talvez sejam necessárias mil festas como essa para convencer o pessoal das agências de seguro, por exemplo. Porque nenhum tipo de seguro, seja de vida ou de saúde, aceita quem declara ser ex-paciente canceroso. Só não aceitamos os de cânceres incuráveis, corrige Júlio Oscar Mozes, gerente da área médica da Itaú Seguros, uma das cinco maiores empresas do setor, no país. Mas há um detalhe: as seguradoras só excluem desse rol, isto é, só consideram câncer curável certos tumores de pele. O tratamento quimioterápico no Brasil ainda tem pouco tempo de experimentação para garantir seus resultados, tenta justificar Mozes. Outro detalhe: as drogas usadas aqui são as mesmas utilizadas no Exterior, em combinações determinadas por protocolos internacionais. Quem expõe dúvidas desse jeito ou é mal-informado ou está agindo de má-fé, contra-ataca o pediatra Gabriel Oselka, ex-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM). E eu não acredito, no caso das seguradoras, que seja falta de conhecimento.
Problemas como esse induzem ex-pacientes a calar sobre o seu passado. O médico Petrilli, da E.P.M., reconhece que nem sempre é fácil comentar que se teve câncer: A pessoa costuma ouvir um comentário piedoso ou é tratada com atenções especiais. Nada é pior para baixar o astral. O ser humano detesta ser subestimado. Além disso, a palavra câncer passa a ser predicativo do ex-paciente nos cochichos, ele é o fulano que aliás teve câncer.
A psicóloga paulista Lúcia Rosemberg compreende esse espanto geral: A morte é um conceito cercado de mistérios. E, quando se está diante de alguém que teve câncer, estamos de frente a uma pessoa que já experimentou a morte, analisa. A psicóloga, no caso, não se refere à morte física: Morre com o tumor uma série de manias, conceitos, convicções. Todos saem transformados, de um jeito ou de outro. Existem pessoas, segundo Lúcia, que parecem fazer um pacto com a vida olham para os lucros da experiência, ficam mais animadas do que antes, passam a valorizar mais o cotidiano e seus sonhos. Outras, porém, amargam as perdas e danos da doença. Estas, de certo modo, acabam derrotadas pelo câncer, mesmo que se curem.
2. As estatísticas da cura
Veja as possibilidades de recuperação nos dez tipos mais comuns de câncer em adultos nos Estados Unidos:
· Pulmão: No total, apenas 13% dos doentes se curam, porque a doença costuma ser diagnosticada quando já está avançada. Se é detectada no início, as chances de sobreviver sobem para 46%.
· Intestino: Diagnosticado cedo, as possibilidades de se curar são de 91% para pacientes com câncer de cólon e 85% para doentes com tumor no reto. Se a doença já se espalhou para órgãos vizinhos, as chances passam a ser 60% e 51%, respectivamente.
· Mama: A incidência de cura está em torno de 93%, quando não há metástase.
· Gânglio linfático: Órgão afetado por linfomas; 77% dos casos de tumores de Hodgkin são resolvidos, contra 31% a 51% de outros.
· Pâncreas: Apenas três em cada 100 pacientes conseguem ficar completamente curados.
· Útero: Na média, 66% das pacientes se recuperam; nos estágios iniciais, a probabilidade de cura chega a 94%.
· Medula óssea: São as leucemias. Calcula-se que 37 em cada 100 pacientes ficam recuperados. A taxa é relativamente baixa devido à queda das defesas imunológicas. Em geral, o paciente não morre por causa do câncer em si , mas de infecções oportunistas.
· Próstata: As chances de plena recuperação aumentaram de 50% para 76% na última década.
· Pele: Na maioria dos tumores, a cura é total. Nos melanomas, a remição é de 83%, quando não há metástase o que ocorre na maioria dos casos.
· Ovário: Cerca de 89% das vítimas sobreviveriam, se a doença fosse percebida nos primeiros estágios o que só acontece em 23% dos casos. Daí, o índice de cura fica em 18%, somente.
...........................................................
1. Como é a vida de pessoas que já tiveram câncer e conseguiram se curar e o preconceito enfrentado.
Em cerca de metade dos cancerosos, o tumor maligno desaparece para sempre, após o tratamento. Mas o ex-paciente pode ser prejudicado pelo medo de a cura não ser completa e pela discriminação, já que muita gente ainda encara a doença como sentença de morte.
Por Lúcia Helena de Oliveira, com Thereza Venturoli
Quando escreveu para a equipe do Hospital do Câncer, em São Paulo, o garoto estava realmente zangado. Era um desabafo. Tinha feito uma malcriação qualquer e a mãe, em vez de colocá-lo de castigo como fazia com os irmãos, deixou passar barato. Ele ficou frustrado. Quando se trata de um ex-paciente de câncer, é comum um menino gostar de bronca, garante o oncologista Sidney Epelman, um dos responsáveis pelo atendimento das crianças, no hospital. Segundo o médico, o desejo número um dessa garotada é, na medida do possível, esquecer a doença, levando uma vida normal, com direito até a eventuais puxões de orelha paternos. Mas os pais, com medo da volta do câncer, superprotegem o filho. O que só aumenta a insegurança do paciente em relação à sua cura.
Em média, seis em cada dez crianças cancerosas conseguem vencer a doença a incidência pode ser maior, dependendo do tipo de tumor maligno. Em adultos, as chances de cura crescem com o aparecimento de novas técnicas de diagnóstico e tratamento (veja quadro). No entanto, quando se põe um ponto final na história do câncer, outra história está apenas começando. O medo que envolve a doença pode dobrar justamente no dia da alta médica, diz a psicóloga Maura Camargo. É como se, abandonando a quimio e radioterapia, a pessoa estivesse sendo devolvida à fera do câncer. Além de ser ex-paciente, Maura participa, em São Paulo, do Centro Oncológico de Recuperação e Apoio (CORA), um grupo de médicos e psicólogos que orientam quem está passando pela doença e quem já se curou.
O receio dos pacientes fora de tratamento é justificável: afinal, de tempos em tempos, eles têm de fazer exames de controle. Alguma célula cancerosa pode ter escapado do órgão de origem, instalando-se em outro canto do corpo, para ali recomeçar a sua reprodução desenfreada, típica da doença. Os médicos sabem, porém, que se um câncer não voltar em três anos, as chances de recidivas serão muito pequenas e, depois de cinco anos, poderá se falar em cura. Esse período costuma ser vivido de maneira estressante.
Nas vésperas dos exames, a tensão é impressionante, conta David Capistrano, prefeito de Santos, no litoral de São Paulo. Vítima de uma leucemia, há onze anos, ele acabou fazendo um transplante autólogo. A medula óssea produtora das células malignas foi arrasada por potentes medicamentos. Em seu lugar, os médicos deixaram um pedaço de medula supostamente são, retirado do próprio paciente. É, mas poderia haver uma célula doente ali também, temia o político, que também é médico e sabia o que estava enfrentando. Por isso, só nos últimos anos passou a comparecer tranqüilamente aos exames de sangue, feitos para controlar a sua saúde, a cada semestre. O que me ajudou é que evitei parar de trabalhar. Nem sempre, porém, isso é possível. Infelizmente, é comum ex-pacientes ou porque o tratamento os obrigou a faltar ao trabalho ou porque são vistos como condenados à morte perderem emprego ou ficarem encostados na empresa, sem esperança de promoção.
No caso das crianças, os serviços médicos costumam fazer de tudo para que não percam o ano letivo: Os professores nos entregam as provas e as lições, enquanto a criança está internada, conta o oncologista Sérgio Petrilli, da Escola Paulista de Medicina. Mais tarde, as escolas são orientadas no sentido de não discriminarem essas crianças, até porque não há motivos. Em populações mais carentes, um problema difícil de lidar é o do emprego dos pais. Explica-se: é aconselhável que alguém da família permaneça ao lado do paciente, nas penosas sessões de quimioterapia. Muitas vezes, a mãe não pode deixar os outros filhos sozinhos em casa, conta Petrilli. O pai, então, falta ao serviço. Depois, muitas vezes, a criança se torna uma paciente bissexta, porque o pai teme o desemprego. Sem tratamento adequado, ela perde as chances de cura.
............................................................
Um estudo feito pelo Instituto Nacional do Câncer com 2 940 pessoas ex-pacientes ou parentes de ex-pacientes revela que um terço delas tem alguma seqüela da doença na vida profissional. A pesquisa levou em consideração o caso de pessoas que preferem esconder no ambiente de trabalho que foram doentes de câncer.
A gente sabe que, no caso das crianças, a cura pode ser absoluta, diz a pediatra Sílvia Brandalise. Mesmo assim, quando se tornam adultos competentes e saudáveis, essas pessoas muitas vezes omitem que tiveram câncer, nos testes de seleção, porque senão costumam ser preteridas. O estigma da palavra câncer ainda é terrível, lamenta a médica. Por isso, em junho do ano passado, ela organizou uma comemoração, reunindo mais de 800 pacientes que passaram pelo Centro Boldrini, em Campinas, interior paulista.
............................................................
Talvez sejam necessárias mil festas como essa para convencer o pessoal das agências de seguro, por exemplo. Porque nenhum tipo de seguro, seja de vida ou de saúde, aceita quem declara ser ex-paciente canceroso. Só não aceitamos os de cânceres incuráveis, corrige Júlio Oscar Mozes, gerente da área médica da Itaú Seguros, uma das cinco maiores empresas do setor, no país. Mas há um detalhe: as seguradoras só excluem desse rol, isto é, só consideram câncer curável certos tumores de pele. O tratamento quimioterápico no Brasil ainda tem pouco tempo de experimentação para garantir seus resultados, tenta justificar Mozes. Outro detalhe: as drogas usadas aqui são as mesmas utilizadas no Exterior, em combinações determinadas por protocolos internacionais. Quem expõe dúvidas desse jeito ou é mal-informado ou está agindo de má-fé, contra-ataca o pediatra Gabriel Oselka, ex-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM). E eu não acredito, no caso das seguradoras, que seja falta de conhecimento.
Problemas como esse induzem ex-pacientes a calar sobre o seu passado. O médico Petrilli, da E.P.M., reconhece que nem sempre é fácil comentar que se teve câncer: A pessoa costuma ouvir um comentário piedoso ou é tratada com atenções especiais. Nada é pior para baixar o astral. O ser humano detesta ser subestimado. Além disso, a palavra câncer passa a ser predicativo do ex-paciente nos cochichos, ele é o fulano que aliás teve câncer.
A psicóloga paulista Lúcia Rosemberg compreende esse espanto geral: A morte é um conceito cercado de mistérios. E, quando se está diante de alguém que teve câncer, estamos de frente a uma pessoa que já experimentou a morte, analisa. A psicóloga, no caso, não se refere à morte física: Morre com o tumor uma série de manias, conceitos, convicções. Todos saem transformados, de um jeito ou de outro. Existem pessoas, segundo Lúcia, que parecem fazer um pacto com a vida olham para os lucros da experiência, ficam mais animadas do que antes, passam a valorizar mais o cotidiano e seus sonhos. Outras, porém, amargam as perdas e danos da doença. Estas, de certo modo, acabam derrotadas pelo câncer, mesmo que se curem.
2. As estatísticas da cura
Veja as possibilidades de recuperação nos dez tipos mais comuns de câncer em adultos nos Estados Unidos:
· Pulmão: No total, apenas 13% dos doentes se curam, porque a doença costuma ser diagnosticada quando já está avançada. Se é detectada no início, as chances de sobreviver sobem para 46%.
· Intestino: Diagnosticado cedo, as possibilidades de se curar são de 91% para pacientes com câncer de cólon e 85% para doentes com tumor no reto. Se a doença já se espalhou para órgãos vizinhos, as chances passam a ser 60% e 51%, respectivamente.
· Mama: A incidência de cura está em torno de 93%, quando não há metástase.
· Gânglio linfático: Órgão afetado por linfomas; 77% dos casos de tumores de Hodgkin são resolvidos, contra 31% a 51% de outros.
· Pâncreas: Apenas três em cada 100 pacientes conseguem ficar completamente curados.
· Útero: Na média, 66% das pacientes se recuperam; nos estágios iniciais, a probabilidade de cura chega a 94%.
· Medula óssea: São as leucemias. Calcula-se que 37 em cada 100 pacientes ficam recuperados. A taxa é relativamente baixa devido à queda das defesas imunológicas. Em geral, o paciente não morre por causa do câncer em si , mas de infecções oportunistas.
· Próstata: As chances de plena recuperação aumentaram de 50% para 76% na última década.
· Pele: Na maioria dos tumores, a cura é total. Nos melanomas, a remição é de 83%, quando não há metástase o que ocorre na maioria dos casos.
· Ovário: Cerca de 89% das vítimas sobreviveriam, se a doença fosse percebida nos primeiros estágios o que só acontece em 23% dos casos. Daí, o índice de cura fica em 18%, somente.
...........................................................
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Cobertura dos Planos de Saúde e Direitos dos Pacientes
Fonte: Oncoguia
Cirurgia, quimioterapia e radioterapia:
O plano é obrigado a cobrir as despesas com o tratamento oncológico (cirurgia, quimioterapia e radioterapia) observadas às condições e cobertura do tipo de plano contratado (ambulatorial/hospitalar)
Limitação no número de sessões de quimioterapia ou radioterapia:
O plano de saúde não pode limitar o número de sessões de quimioterapia ou radioterapia. Deve, assim, cobrir o tratamento de forma integral, de acordo com a prescrição médica. Caso o plano se recuse a cobrir, o paciente pode ingressar com ação na justiça para garantir a cobertura de todo o tratamento. No entanto, é importante que essa ação seja instruída com relatório médico declarando a necessidade da continuidade do tratamento. O juiz se pauta na avaliação do profissional médico.
Cobertura na realização de Exames modernos como, mamografia digital, mamotomia e PET/CT (PET SCAN):
A legislação apenas determina a cobertura obrigatória da mamografia digital para mulheres com idade inferior a 50 anos, com mamas densas e em fase pré ou Peri-menopáusica e a mamotomia (biópsia percutânea a vácuo guiada por raiosX ou ultra-sonografia). O PET/CT não está no rol de procedimentos de cobertura obrigatória, mas a Justiça, quando procurada pelo paciente, tem determinado que o plano proceda à cobertura nos casos de indicação médica.
O STJ já definiu que cabe ao médico e não à seguradora indicar o tratamento; à seguradora, cabe oferecer a cobertura prescrita.
Cirurgia de reconstrução mamária:
A lei exige cobertura da cirurgia de reconstrução mamária para os contratos celebrados a partir de 2 de janeiro de 1999. Há decisões dos Tribunais garantindo tal cobertura mesmo em planos anteriores a esta data.
Cirurgia, quimioterapia e radioterapia:
O plano é obrigado a cobrir as despesas com o tratamento oncológico (cirurgia, quimioterapia e radioterapia) observadas às condições e cobertura do tipo de plano contratado (ambulatorial/hospitalar)
Limitação no número de sessões de quimioterapia ou radioterapia:
O plano de saúde não pode limitar o número de sessões de quimioterapia ou radioterapia. Deve, assim, cobrir o tratamento de forma integral, de acordo com a prescrição médica. Caso o plano se recuse a cobrir, o paciente pode ingressar com ação na justiça para garantir a cobertura de todo o tratamento. No entanto, é importante que essa ação seja instruída com relatório médico declarando a necessidade da continuidade do tratamento. O juiz se pauta na avaliação do profissional médico.
Cobertura na realização de Exames modernos como, mamografia digital, mamotomia e PET/CT (PET SCAN):
A legislação apenas determina a cobertura obrigatória da mamografia digital para mulheres com idade inferior a 50 anos, com mamas densas e em fase pré ou Peri-menopáusica e a mamotomia (biópsia percutânea a vácuo guiada por raiosX ou ultra-sonografia). O PET/CT não está no rol de procedimentos de cobertura obrigatória, mas a Justiça, quando procurada pelo paciente, tem determinado que o plano proceda à cobertura nos casos de indicação médica.
O STJ já definiu que cabe ao médico e não à seguradora indicar o tratamento; à seguradora, cabe oferecer a cobertura prescrita.
Cirurgia de reconstrução mamária:
A lei exige cobertura da cirurgia de reconstrução mamária para os contratos celebrados a partir de 2 de janeiro de 1999. Há decisões dos Tribunais garantindo tal cobertura mesmo em planos anteriores a esta data.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Outubro Rosa promove ações contra o câncer de mama
Patricia Zwipp
O câncer de mama é o segundo tipo da doença mais frequente no mundo. No Brasil, é o que mais leva a morte entre as mulheres, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Como outubro é considerado o mês mundial da luta contra essa patologia, o movimento Outubro Rosa ¿ Mulher Consciente na Luta Contra Câncer de Mama entra em ação, com série de atividades pelo país, com o objetivo de enfatizar a importância do exame de mamografia para o diagnóstico precoce.
"É sempre importante fazer o autoexame, mas a mulher apenas conseguirá sentir um nódulo ao apalpar a mama quando já estiver em estágio avançado, quando as chances de cura são menores", disse a médica Maira Caleffi, presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama). "O melhor exame para detectar o nódulo em fase inicial é a mamografia e, se o diagnóstico é feito no início da doença, a chance de cura é de 95%."
Uma das ações é iluminar de rosa monumentos públicos e edifícios privados de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre, Blumenau, Florianópolis e Ouro Preto. O Cristo Redentor, no Rio, recebeu a cor na noite da última segunda-feira, dia 5, e o evento contou com a presença de celebridades como Taís Araújo, Cláudia Abreu e Maitê Proença.
Além de colorir determinados pontos, o movimento realiza um tour por todo o País com o Rosamóvel, um espaço itinerante com informações sobre a doença. Diversos serviços serão prestados por voluntárias durante a passagem do veículo, que visita São Paulo (de 6 a 12 de outubro), Rio de Janeiro (até dia 10), Curitiba (de 7 a 12), Brasília (de 19 a 24), Porto Alegre (de 20 a 27), Recife (de 8 a 13), Belo Horizonte (13 a 18), Florianópolis (14 a 18).
No Rio de Janeiro, o roteiro terá início hoje na Praça Nossa Senhora da Paz. Nesta quarta, o veículo passará pela praça General Osório, pelo Largo da Carioca, pelo Largo do Machado, pela Praça Saens Penna e pelo Shopping Tijuca. No dia 9, a ação circulará na Praça Santos Dumont, e depois na rua Marques de São Vicente, próximo ao Shopping da Gávea. Nos dias 10 e 11 o Rosamóvel p$assará em torno da Lagoa Rodrigo de Freitas e pela orlas das praias de Ipanema e do Leblon.
Em São Paulo, o Rosamóvel ficará hoje (6) no Espaço Santa Helena, na rua Oscar Freire, com um evento para celebridades e lojistas da região. A partir de amanhã, o veículo passará pelo Shopping D&D, por Taboão da Serra, pelo Laboratório Roche e pelo Shopping Cidade Jardim.
No dia 11 de outubro, o Rosamóvel chegará ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida do Norte. Já no feriado do dia 12, a ação circulará no Parque do Ibirapuera e, no dia 13, o evento é encerrado na Cidade de Deus, em Osasco. Os roteiros das demais cidades não foram divulgados.
O Outubro Rosa é realizado pela Roche e ONGs associadas à Femama, que o apoia. Surgiu a partir do projeto de mesmo nome criado na Califórnia, nos Estados Unidos, em 1997.
Terra – Vida e Saúde
Terça, 6 de outubro de 2009
O câncer de mama é o segundo tipo da doença mais frequente no mundo. No Brasil, é o que mais leva a morte entre as mulheres, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Como outubro é considerado o mês mundial da luta contra essa patologia, o movimento Outubro Rosa ¿ Mulher Consciente na Luta Contra Câncer de Mama entra em ação, com série de atividades pelo país, com o objetivo de enfatizar a importância do exame de mamografia para o diagnóstico precoce.
"É sempre importante fazer o autoexame, mas a mulher apenas conseguirá sentir um nódulo ao apalpar a mama quando já estiver em estágio avançado, quando as chances de cura são menores", disse a médica Maira Caleffi, presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama). "O melhor exame para detectar o nódulo em fase inicial é a mamografia e, se o diagnóstico é feito no início da doença, a chance de cura é de 95%."
Uma das ações é iluminar de rosa monumentos públicos e edifícios privados de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre, Blumenau, Florianópolis e Ouro Preto. O Cristo Redentor, no Rio, recebeu a cor na noite da última segunda-feira, dia 5, e o evento contou com a presença de celebridades como Taís Araújo, Cláudia Abreu e Maitê Proença.
Além de colorir determinados pontos, o movimento realiza um tour por todo o País com o Rosamóvel, um espaço itinerante com informações sobre a doença. Diversos serviços serão prestados por voluntárias durante a passagem do veículo, que visita São Paulo (de 6 a 12 de outubro), Rio de Janeiro (até dia 10), Curitiba (de 7 a 12), Brasília (de 19 a 24), Porto Alegre (de 20 a 27), Recife (de 8 a 13), Belo Horizonte (13 a 18), Florianópolis (14 a 18).
No Rio de Janeiro, o roteiro terá início hoje na Praça Nossa Senhora da Paz. Nesta quarta, o veículo passará pela praça General Osório, pelo Largo da Carioca, pelo Largo do Machado, pela Praça Saens Penna e pelo Shopping Tijuca. No dia 9, a ação circulará na Praça Santos Dumont, e depois na rua Marques de São Vicente, próximo ao Shopping da Gávea. Nos dias 10 e 11 o Rosamóvel p$assará em torno da Lagoa Rodrigo de Freitas e pela orlas das praias de Ipanema e do Leblon.
Em São Paulo, o Rosamóvel ficará hoje (6) no Espaço Santa Helena, na rua Oscar Freire, com um evento para celebridades e lojistas da região. A partir de amanhã, o veículo passará pelo Shopping D&D, por Taboão da Serra, pelo Laboratório Roche e pelo Shopping Cidade Jardim.
No dia 11 de outubro, o Rosamóvel chegará ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida do Norte. Já no feriado do dia 12, a ação circulará no Parque do Ibirapuera e, no dia 13, o evento é encerrado na Cidade de Deus, em Osasco. Os roteiros das demais cidades não foram divulgados.
O Outubro Rosa é realizado pela Roche e ONGs associadas à Femama, que o apoia. Surgiu a partir do projeto de mesmo nome criado na Califórnia, nos Estados Unidos, em 1997.
Terra – Vida e Saúde
Terça, 6 de outubro de 2009
Governadores usam R$ 3,6 bilhões da saúde em outros gastos
JB Online
BRASÍLIA - Por causa de uma brecha na lei, 16 estados deixaram de aplicar R$ 3,6 bilhões em hospitais, remédios, exames e outras ações de saúde em 2007, informa reportagem desta segunda-feira do jornal Folha de S. Paulo.
A Constituição determina que os estados devem destinar à saúde, no mínimo, 12% de suas receitas próprias. Para atingir o percentual, a maioria dos governadores, porém, 'maquiou' seus balanços contabilizando gastos que não foram propriamente com saúde pública. Incluíram nas contas da saúde, para citar exemplos, tratamento de esgoto, plano de saúde dos funcionários estaduais, aposentadoria dos servidores da saúde, alimentação de presidiários e programas sociais do estilo Bolsa-Família, segundo a Folha.
Os subterfúgios tiraram da saúde em 2007 dinheiro suficiente para sustentar o programa brasileiro de Aids por quase três anos. Com esses mesmos R$ 3,6 bilhões poderiam ser construídos 70 hospitais de médio porte (200 leitos).
O problema é que o mau exemplo vem de cima. Ainda de acordo com a Folha de S. Paulo, o próprio Ministério da Saúde, que também tem investimentos em saúde pública fixados pela Constituição, deixou de aplicar R$ 5,48 bilhões entre 2001 e 2008, segundo o Ministério Público Federal.
14/09/2009
BRASÍLIA - Por causa de uma brecha na lei, 16 estados deixaram de aplicar R$ 3,6 bilhões em hospitais, remédios, exames e outras ações de saúde em 2007, informa reportagem desta segunda-feira do jornal Folha de S. Paulo.
A Constituição determina que os estados devem destinar à saúde, no mínimo, 12% de suas receitas próprias. Para atingir o percentual, a maioria dos governadores, porém, 'maquiou' seus balanços contabilizando gastos que não foram propriamente com saúde pública. Incluíram nas contas da saúde, para citar exemplos, tratamento de esgoto, plano de saúde dos funcionários estaduais, aposentadoria dos servidores da saúde, alimentação de presidiários e programas sociais do estilo Bolsa-Família, segundo a Folha.
Os subterfúgios tiraram da saúde em 2007 dinheiro suficiente para sustentar o programa brasileiro de Aids por quase três anos. Com esses mesmos R$ 3,6 bilhões poderiam ser construídos 70 hospitais de médio porte (200 leitos).
O problema é que o mau exemplo vem de cima. Ainda de acordo com a Folha de S. Paulo, o próprio Ministério da Saúde, que também tem investimentos em saúde pública fixados pela Constituição, deixou de aplicar R$ 5,48 bilhões entre 2001 e 2008, segundo o Ministério Público Federal.
14/09/2009
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
SUS vive "crise generalizada", avalia Conselho Nacional de Saúde
15/09 - 14:16 - Agência Brasil
BRASÍLIA - O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Francisco Batista Júnior, defendeu nesta terça-feira uma reforma geral no Sistema Único de Saúde (SUS), que, segundo ele, enfrenta problemas que vão além da má-gestão.
“Nosso maior problema não é na gestão, mas sim nos financiamentos, nos trabalhos, nas relações públicas privadas etc.”, disse durante a Caravana em Defesa do SUS, na Universidade de Brasília (UnB). Para Batista Júnior, uma das soluções para enfrentar a “crise generalizada” no sistema público de saúde é a regulamentação da Emenda Constitucional 29, que destina mais recursos para o setor.
“Estar ao lado do SUS não é defender a privatização e a terceirização da saúde. Isso não é modernização. Modernização é a nossa legislação que sempre foi descumprida e nunca foi colocada em prática”, criticou.
A Caravana em Defesa do SUS faz parte da agenda política do Conselho Nacional de Saúde. A mobilização reúne representantes de conselhos e secretarias estaduais de Saúde, além de movimentos sociais. Antes do Distrito Federal, a caravana visitou 11 estados: Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Espírito Santo, Rondônia, Pernambuco, Acre, Amazonas, Roraima e Rio de Janeiro.
Em mais um ato para pressionar a regulamentação da Emenda 29, os participantes da caravana programam para esta tarde uma manifestação na Câmara dos Deputados
É uma vergonha. Recentemente tive notícia que o INCA do Rio está vivendo uma crise sem precedentes. No entanto, o governo está muito preocupado com a situação do Zelaya em Honduras.
BRASÍLIA - O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Francisco Batista Júnior, defendeu nesta terça-feira uma reforma geral no Sistema Único de Saúde (SUS), que, segundo ele, enfrenta problemas que vão além da má-gestão.
“Nosso maior problema não é na gestão, mas sim nos financiamentos, nos trabalhos, nas relações públicas privadas etc.”, disse durante a Caravana em Defesa do SUS, na Universidade de Brasília (UnB). Para Batista Júnior, uma das soluções para enfrentar a “crise generalizada” no sistema público de saúde é a regulamentação da Emenda Constitucional 29, que destina mais recursos para o setor.
“Estar ao lado do SUS não é defender a privatização e a terceirização da saúde. Isso não é modernização. Modernização é a nossa legislação que sempre foi descumprida e nunca foi colocada em prática”, criticou.
A Caravana em Defesa do SUS faz parte da agenda política do Conselho Nacional de Saúde. A mobilização reúne representantes de conselhos e secretarias estaduais de Saúde, além de movimentos sociais. Antes do Distrito Federal, a caravana visitou 11 estados: Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Espírito Santo, Rondônia, Pernambuco, Acre, Amazonas, Roraima e Rio de Janeiro.
Em mais um ato para pressionar a regulamentação da Emenda 29, os participantes da caravana programam para esta tarde uma manifestação na Câmara dos Deputados
É uma vergonha. Recentemente tive notícia que o INCA do Rio está vivendo uma crise sem precedentes. No entanto, o governo está muito preocupado com a situação do Zelaya em Honduras.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Governadores usam R$ 3,6 bilhões da saúde em outros gastos
JB Online
BRASÍLIA - Por causa de uma brecha na lei, 16 estados deixaram de aplicar R$ 3,6 bilhões em hospitais, remédios, exames e outras ações de saúde em 2007, informa reportagem desta segunda-feira do jornal Folha de S. Paulo.
A Constituição determina que os estados devem destinar à saúde, no mínimo, 12% de suas receitas próprias. Para atingir o percentual, a maioria dos governadores, porém, 'maquiou' seus balanços contabilizando gastos que não foram propriamente com saúde pública. Incluíram nas contas da saúde, para citar exemplos, tratamento de esgoto, plano de saúde dos funcionários estaduais, aposentadoria dos servidores da saúde, alimentação de presidiários e programas sociais do estilo Bolsa-Família, segundo a Folha.
Os subterfúgios tiraram da saúde em 2007 dinheiro suficiente para sustentar o programa brasileiro de Aids por quase três anos. Com esses mesmos R$ 3,6 bilhões poderiam ser construídos 70 hospitais de médio porte (200 leitos).
O problema é que o mau exemplo vem de cima. Ainda de acordo com a Folha de S. Paulo, o próprio Ministério da Saúde, que também tem investimentos em saúde pública fixados pela Constituição, deixou de aplicar R$ 5,48 bilhões entre 2001 e 2008, segundo o Ministério Público Federal.
05:59 - 14/09/2009
BRASÍLIA - Por causa de uma brecha na lei, 16 estados deixaram de aplicar R$ 3,6 bilhões em hospitais, remédios, exames e outras ações de saúde em 2007, informa reportagem desta segunda-feira do jornal Folha de S. Paulo.
A Constituição determina que os estados devem destinar à saúde, no mínimo, 12% de suas receitas próprias. Para atingir o percentual, a maioria dos governadores, porém, 'maquiou' seus balanços contabilizando gastos que não foram propriamente com saúde pública. Incluíram nas contas da saúde, para citar exemplos, tratamento de esgoto, plano de saúde dos funcionários estaduais, aposentadoria dos servidores da saúde, alimentação de presidiários e programas sociais do estilo Bolsa-Família, segundo a Folha.
Os subterfúgios tiraram da saúde em 2007 dinheiro suficiente para sustentar o programa brasileiro de Aids por quase três anos. Com esses mesmos R$ 3,6 bilhões poderiam ser construídos 70 hospitais de médio porte (200 leitos).
O problema é que o mau exemplo vem de cima. Ainda de acordo com a Folha de S. Paulo, o próprio Ministério da Saúde, que também tem investimentos em saúde pública fixados pela Constituição, deixou de aplicar R$ 5,48 bilhões entre 2001 e 2008, segundo o Ministério Público Federal.
05:59 - 14/09/2009
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Reajuste abusivo do plano de saúde
Sábado recebi uma carta do meu plano de saúde informando que “o reajuste determinado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para o período de julho/2009 a junho/2010” é de 6,76%. Na realidade, os planso mandam as planilhas de custos para cálulo do reajuste para a ANS aprovar, ou seja, ela aprova o que os planos enviam sem contestar. No passado, associações de aposentados entraram na justiça contra este tipo de aumento abusivo, mas quando chega nas instâncias federais superiores são derrubados.
Todo ano é isso, a ANS autoriza um aumento muito acima da inflação para o reajuste das mensalidades dos planos de saúde. Que me consta, o pagamento do reembolso das consultas e honorários médicos passam longos períodos sem serem reajustados, influindo assim muito pouco no cálculo dos índices de reajuste. Para se ter uma idéia, este reajuste é cerca de 50% superior ao da inflação medida pelos seguintes índices, no período de julho/2008 a julho/2009:
IPCA (IBGE) = 4,52%
INPC (IBGE) = 4,60%
IPC (FGV) = 4,58%
Desse modo, e considerando os reajustes por aumento de faixa de idade, os planos de saúde se tornam inviáveis para os bolsos das pessoas mais velhas e dos aposentados. A opção que fica é passar para o SUS, que todo mundo sabe que funciona precariamente. É uma brincadeira com a vida das pessoas.
Todo ano é isso, a ANS autoriza um aumento muito acima da inflação para o reajuste das mensalidades dos planos de saúde. Que me consta, o pagamento do reembolso das consultas e honorários médicos passam longos períodos sem serem reajustados, influindo assim muito pouco no cálculo dos índices de reajuste. Para se ter uma idéia, este reajuste é cerca de 50% superior ao da inflação medida pelos seguintes índices, no período de julho/2008 a julho/2009:
IPCA (IBGE) = 4,52%
INPC (IBGE) = 4,60%
IPC (FGV) = 4,58%
Desse modo, e considerando os reajustes por aumento de faixa de idade, os planos de saúde se tornam inviáveis para os bolsos das pessoas mais velhas e dos aposentados. A opção que fica é passar para o SUS, que todo mundo sabe que funciona precariamente. É uma brincadeira com a vida das pessoas.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Direitos dos pacientes com câncer (Parte 4).
12. Isenção de ICMS na compra de veículos adaptados.
ICMS é o imposto estadual sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços. Cada Estado possui a sua própria legislação que regulamenta este imposto.
Quais são os documentos necessários para a solicitação de isenção do ICMS na compra de veículo adaptado?
No estado do Rio de Janeiro o paciente deve comparecer ao Posto Fiscal da Secretaria de Estado de Fazenda da área de sua residência, apresentar o requerimento em duas vias e os seguintes documentos:
- Declaração expedida pelo vendedor do veículo na qual conste:
Número do CIC ou CPF do comprador;
Informação de que o benefício será repassado ao paciente;
Informação de que o veículo se destinará a uso exclusivo do paciente e de que este está impossibilitado de utilizar modelo de carro comum por causa de sua deficiência.
Observação: Para solicitar a declaração para o vendedor, o paciente deve entregar uma cópia autenticada do laudo fornecido pelo DETRAN e um documento que declare o destino do automóvel para uso exclusivo do doente devido à impossibilidade de dirigir veículos comuns.
- Original do laudo da perícia médica fornecido pelo Departamento Estadual de
Trânsito, que ateste e especifique:
A incapacidade do paciente para dirigir veículo comum;
A habilitação para dirigir veículo com características especiais;
O tipo de deficiência, a adaptação necessária e a característica especial do veículo;
- Cópia autenticada da Carteira de Habilitação que especifique no verso as restrições referentes ao motorista e à adaptação realizada no veículo.
13. Isenção de IPVA para veículos adaptados.
É o imposto estadual referente à propriedade de veículos automotores. Cada estado tem a sua própria legislação sobre o imposto. Confira na lei do seu estado se existe a regulamentação para isentar de impostos os veículos especialmente adaptados e adquiridos por deficientes físicos.
A isenção do IPVA é concedida simultaneamente à obtenção da isenção do ICMS.
14. Isenção de Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)
Alguns municípios prevêem em sua Lei Orgânica, isenção do IPTU para pessoas portadoras de doença crônica, segundo critérios estabelecidos por cada Prefeitura. Confira se você tem direito a este benefício na Prefeitura do seu município.
15. Fornecimento de medicamentos de alto custo.
Nos termos do art. 196 da Constituição Federal de 1988, tem-se que a saúde é direito de todos e dever do Estado, o que é repetido pelas Leis n.° 8.080/90 e 8.142/90.
Assim, não pairam dúvidas de que os Entes Estatais (União, Estado e Município) devem, solidariamente, arcar com os custos de toda medicação necessária para os necessitados.
Dessa maneira, vem decidindo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, conforme as decisões abaixo, sendo apenas alguns exemplos, de muitas decisões em favor dos necessitados. Necessitado, no caso, toda pessoa que comprovar não poder arcar com os custos de aquisição dos remédios. Apesar das decisões não envolverem remédios de combate ao câncer, os mesmos argumentos são válidos para eles.
2007.001.26435 – APELACAO
DES. HELENA CANDIDA LISBOA GAEDE - Julgamento: 27/07/2007 - TERCEIRA CAMARA CIVELAPELAÇÃO CÍVEL.
FORNECIMENTO GRATUITO DE MEDICAMENTOS DESTINADOS AO TRATAMENTO DE DEPRESSÃO ENDOGÊNIO, DOENÇA DA QUAL O AUTOR É PORTADOR, E NÃO POSSUI RECURSOS PARA CUSTEÁ-LOS.
Direitos à vida e à saúde, constitucionalmente assegurados. Responsabilidade da União, dos Estados e dos Municípios. Arts. 6º, 23, II, 24, XII, 194, 195, 196 E 198, da Constituição Federal/88. Inadmissibilidade de chamamento ao processo.
SÚMULA 115 DO TJRJ. Dever de fornecimento dos medicamentos que não se condiciona, portanto, a estar incluído em lista elaborada pelo poder público, quando demonstrada a sua premente necessidade.
COMPROVAÇÃO: Receita médica, com a devida prescrição dos remédios, feita por profissional credenciado à rede pública.
O MUNICÍPIO TEM O DEVER DE PROMOVER POLÍTICAS PÚBLICAS, COM VERBAS ORÇAMENTÁRIAS PRÓPRIAS. NÃO HÁ QUE SE FALAR EM PRÉVIA LICITAÇÃO NA PRESENTE HIPÓTESE, DIANTE DA AUTO-APLICABILIDADE DO MANDAMENTO CONSTITUCIONAL, BEM COMO DA URGÊNCIA DA MEDIDA. ART. 24, IV, DA LEI 8.666/93. RECURSO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.
2006.001.20718 - APELACAO
DES. LUIS FELIPE SALOMAO - SEXTA CAMARA CIVEL DECISAO MONOCRATICA APELAÇÃO CÍVEL.
APELADA É PESSOA IDOSA E ENFERMA, PORTADORA DE ALZHEIMER COM DEMÊNCIA HIPOCOLINÉRGICA, SEM CONDIÇÕES DE ADQUIRIR OS REMÉDIOS ESSENCIAIS A SUA SOBREVIVÊNCIA.
DEVER CONSTITUCIONAL DO ESTADO DE ASSEGURAR O DIREITO A SAÚDE A TODA A COLETIVIDADE. SOLIDARIEDADE ENTRE OS MUNICÍPIOS, ESTADOS E UNIÃO COMO INTEGRANTES DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. INCUMBE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FORNECER MEDICAMENTOS ÀQUELES QUE NÃO POSSUEM RECURSOS PARA CUSTEÁ-LOS. PRECEDENTES DO STF. RECURSO IMPROVIDO.
Outra decisão que apresentamos a seguir é da Justiça Federal:
Justiça aciona Governo do Estado para salvar paciente com câncer
A Justiça Federal obrigou o Governo do Estado a custear o tratamento de Antônio de Jesus Fernandes Gomes, que sofre de um tumor do estroma gastrointestinal (GIST) e está internado na unidade de oncologia Doutor Raymundo de Matos Serrão, do Hospital Tarquínio Lopes Filho, bairro Madre Deus. Ele precisa urgentemente do medicamento Sunitinib. Por decisão do juiz José Carlos do Vale, titular da 5ª Vara da Justiça Federal, o paciente deverá ser atendido.
A Justiça Federal divulgou poucas informações sobre o paciente, consoante o processo n. ° 2008. 37. 00.006305-2, iniciado em 26 de agosto último. Trata-se de uma ação ordinária, com pedido de antecipação de tutela, com o objetivo de evitar que a burocracia do poder público prejudique o atendimento ao paciente com câncer.
Vale ressaltar, conforme consta na documentação, que Antônio Gomes foi considerado hipossuficente, isto é, pessoa carente de recursos financeiros. Ele mora num bairro da periferia de São Luís e é incapaz de custear o tratamento médico de que precisa.
Segundo a decisão judicial, o tumor do paciente apresenta estado metastático para o fígado. Outro detalhe é que a doença evoluiu após aplicação de um medicamento chamado Glivec, à base de uma substância denominada Mesilato de Imatinib, daí a necessidade do tratamento com o Sutent ou Sunitinib, na dose de 37, 5 miligramas diárias.
De acordo com a decisão judicial, a medida visa assegurar o início do tratamento em caráter emergencial devido a risco de morte do paciente, segundo relatório de perícia médica anexada ao processo. O juiz destacou ainda que, acerca do tratamento de Antônio Gomes, são réus no processo, além do Governo do Estado, a União e o Município de São Luís, por serem responsáveis solidários pela execução do Sistema Único de Saúde (SUS) .
A decisão do juiz José Carlos do Vale Madeira data de 12 deste mês, com prazo de 72 horas para que o medicamento fosse administrado ao paciente, sob pena de multa diária de R$ 2 mil. Isto significa que o governo tem até amanhã (17) para cumprir com a ordem judicial. Antônio Gomes precisa de uma dose diária do remédio por 180 dias.
Remédio
O medicamento requerido para tratar o câncer de Antônio Gomes, segundo fontes especializadas no assunto, é considerado a mais recente arma contra a doença. O remédio é fabricado nos Estados Unidos. Desde janeiro de 2006 o "Food and Drug Administration" (FDA), equivalente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil, aprovou o malato de Sunitinib (Sutent®) do Laboratório Pfizer para o tratamento de carcinoma de células renais (RCC) e de tumores do estroma gastrointestinais (GIST) .
Publicado no Jornal O Estado do Maranhão, de 16.09.2008
ICMS é o imposto estadual sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços. Cada Estado possui a sua própria legislação que regulamenta este imposto.
Quais são os documentos necessários para a solicitação de isenção do ICMS na compra de veículo adaptado?
No estado do Rio de Janeiro o paciente deve comparecer ao Posto Fiscal da Secretaria de Estado de Fazenda da área de sua residência, apresentar o requerimento em duas vias e os seguintes documentos:
- Declaração expedida pelo vendedor do veículo na qual conste:
Número do CIC ou CPF do comprador;
Informação de que o benefício será repassado ao paciente;
Informação de que o veículo se destinará a uso exclusivo do paciente e de que este está impossibilitado de utilizar modelo de carro comum por causa de sua deficiência.
Observação: Para solicitar a declaração para o vendedor, o paciente deve entregar uma cópia autenticada do laudo fornecido pelo DETRAN e um documento que declare o destino do automóvel para uso exclusivo do doente devido à impossibilidade de dirigir veículos comuns.
- Original do laudo da perícia médica fornecido pelo Departamento Estadual de
Trânsito, que ateste e especifique:
A incapacidade do paciente para dirigir veículo comum;
A habilitação para dirigir veículo com características especiais;
O tipo de deficiência, a adaptação necessária e a característica especial do veículo;
- Cópia autenticada da Carteira de Habilitação que especifique no verso as restrições referentes ao motorista e à adaptação realizada no veículo.
13. Isenção de IPVA para veículos adaptados.
É o imposto estadual referente à propriedade de veículos automotores. Cada estado tem a sua própria legislação sobre o imposto. Confira na lei do seu estado se existe a regulamentação para isentar de impostos os veículos especialmente adaptados e adquiridos por deficientes físicos.
A isenção do IPVA é concedida simultaneamente à obtenção da isenção do ICMS.
14. Isenção de Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)
Alguns municípios prevêem em sua Lei Orgânica, isenção do IPTU para pessoas portadoras de doença crônica, segundo critérios estabelecidos por cada Prefeitura. Confira se você tem direito a este benefício na Prefeitura do seu município.
15. Fornecimento de medicamentos de alto custo.
Nos termos do art. 196 da Constituição Federal de 1988, tem-se que a saúde é direito de todos e dever do Estado, o que é repetido pelas Leis n.° 8.080/90 e 8.142/90.
Assim, não pairam dúvidas de que os Entes Estatais (União, Estado e Município) devem, solidariamente, arcar com os custos de toda medicação necessária para os necessitados.
Dessa maneira, vem decidindo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, conforme as decisões abaixo, sendo apenas alguns exemplos, de muitas decisões em favor dos necessitados. Necessitado, no caso, toda pessoa que comprovar não poder arcar com os custos de aquisição dos remédios. Apesar das decisões não envolverem remédios de combate ao câncer, os mesmos argumentos são válidos para eles.
2007.001.26435 – APELACAO
DES. HELENA CANDIDA LISBOA GAEDE - Julgamento: 27/07/2007 - TERCEIRA CAMARA CIVELAPELAÇÃO CÍVEL.
FORNECIMENTO GRATUITO DE MEDICAMENTOS DESTINADOS AO TRATAMENTO DE DEPRESSÃO ENDOGÊNIO, DOENÇA DA QUAL O AUTOR É PORTADOR, E NÃO POSSUI RECURSOS PARA CUSTEÁ-LOS.
Direitos à vida e à saúde, constitucionalmente assegurados. Responsabilidade da União, dos Estados e dos Municípios. Arts. 6º, 23, II, 24, XII, 194, 195, 196 E 198, da Constituição Federal/88. Inadmissibilidade de chamamento ao processo.
SÚMULA 115 DO TJRJ. Dever de fornecimento dos medicamentos que não se condiciona, portanto, a estar incluído em lista elaborada pelo poder público, quando demonstrada a sua premente necessidade.
COMPROVAÇÃO: Receita médica, com a devida prescrição dos remédios, feita por profissional credenciado à rede pública.
O MUNICÍPIO TEM O DEVER DE PROMOVER POLÍTICAS PÚBLICAS, COM VERBAS ORÇAMENTÁRIAS PRÓPRIAS. NÃO HÁ QUE SE FALAR EM PRÉVIA LICITAÇÃO NA PRESENTE HIPÓTESE, DIANTE DA AUTO-APLICABILIDADE DO MANDAMENTO CONSTITUCIONAL, BEM COMO DA URGÊNCIA DA MEDIDA. ART. 24, IV, DA LEI 8.666/93. RECURSO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.
2006.001.20718 - APELACAO
DES. LUIS FELIPE SALOMAO - SEXTA CAMARA CIVEL DECISAO MONOCRATICA APELAÇÃO CÍVEL.
APELADA É PESSOA IDOSA E ENFERMA, PORTADORA DE ALZHEIMER COM DEMÊNCIA HIPOCOLINÉRGICA, SEM CONDIÇÕES DE ADQUIRIR OS REMÉDIOS ESSENCIAIS A SUA SOBREVIVÊNCIA.
DEVER CONSTITUCIONAL DO ESTADO DE ASSEGURAR O DIREITO A SAÚDE A TODA A COLETIVIDADE. SOLIDARIEDADE ENTRE OS MUNICÍPIOS, ESTADOS E UNIÃO COMO INTEGRANTES DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. INCUMBE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FORNECER MEDICAMENTOS ÀQUELES QUE NÃO POSSUEM RECURSOS PARA CUSTEÁ-LOS. PRECEDENTES DO STF. RECURSO IMPROVIDO.
Outra decisão que apresentamos a seguir é da Justiça Federal:
Justiça aciona Governo do Estado para salvar paciente com câncer
A Justiça Federal obrigou o Governo do Estado a custear o tratamento de Antônio de Jesus Fernandes Gomes, que sofre de um tumor do estroma gastrointestinal (GIST) e está internado na unidade de oncologia Doutor Raymundo de Matos Serrão, do Hospital Tarquínio Lopes Filho, bairro Madre Deus. Ele precisa urgentemente do medicamento Sunitinib. Por decisão do juiz José Carlos do Vale, titular da 5ª Vara da Justiça Federal, o paciente deverá ser atendido.
A Justiça Federal divulgou poucas informações sobre o paciente, consoante o processo n. ° 2008. 37. 00.006305-2, iniciado em 26 de agosto último. Trata-se de uma ação ordinária, com pedido de antecipação de tutela, com o objetivo de evitar que a burocracia do poder público prejudique o atendimento ao paciente com câncer.
Vale ressaltar, conforme consta na documentação, que Antônio Gomes foi considerado hipossuficente, isto é, pessoa carente de recursos financeiros. Ele mora num bairro da periferia de São Luís e é incapaz de custear o tratamento médico de que precisa.
Segundo a decisão judicial, o tumor do paciente apresenta estado metastático para o fígado. Outro detalhe é que a doença evoluiu após aplicação de um medicamento chamado Glivec, à base de uma substância denominada Mesilato de Imatinib, daí a necessidade do tratamento com o Sutent ou Sunitinib, na dose de 37, 5 miligramas diárias.
De acordo com a decisão judicial, a medida visa assegurar o início do tratamento em caráter emergencial devido a risco de morte do paciente, segundo relatório de perícia médica anexada ao processo. O juiz destacou ainda que, acerca do tratamento de Antônio Gomes, são réus no processo, além do Governo do Estado, a União e o Município de São Luís, por serem responsáveis solidários pela execução do Sistema Único de Saúde (SUS) .
A decisão do juiz José Carlos do Vale Madeira data de 12 deste mês, com prazo de 72 horas para que o medicamento fosse administrado ao paciente, sob pena de multa diária de R$ 2 mil. Isto significa que o governo tem até amanhã (17) para cumprir com a ordem judicial. Antônio Gomes precisa de uma dose diária do remédio por 180 dias.
Remédio
O medicamento requerido para tratar o câncer de Antônio Gomes, segundo fontes especializadas no assunto, é considerado a mais recente arma contra a doença. O remédio é fabricado nos Estados Unidos. Desde janeiro de 2006 o "Food and Drug Administration" (FDA), equivalente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil, aprovou o malato de Sunitinib (Sutent®) do Laboratório Pfizer para o tratamento de carcinoma de células renais (RCC) e de tumores do estroma gastrointestinais (GIST) .
Publicado no Jornal O Estado do Maranhão, de 16.09.2008
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Direitos dos pacientes com câncer (Parte 3)
10. Quitação do financiamento da casa própria.
Está incluído nas parcelas do imóvel financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) um seguro que garante a quitação do imóvel em caso de invalidez ou morte. Assim, o paciente com câncer, inválido permanentemente para o trabalho, possui direito à quitação do financiamento da casa própria desde que a doença tenha sido adquirida após a assinatura do contrato de compra do imóvel.
A instituição financeira que financiou o imóvel deve encaminhar os documentos necessários à seguradora responsável.
11. Isenção de IPI na compra de veículos adaptados.
O IPI é o imposto federal sobre produtos industrializados. O paciente com câncer é isento deste imposto apenas quando apresenta deficiência física nos membros superiores ou inferiores que o impeça de dirigir veículos comuns. É necessário que o solicitante apresente exames e laudo médico que descrevam e comprovem a deficiência.
a) Quais os veículos que podem ser adquiridos com isenção de IPI?
Automóveis de passageiros ou veículos de uso misto de fabricação nacional, movidos a combustível de origem renovável. O veículo precisa apresentar características especiais, originais ou resultantes de adaptação, que permitam a sua adequada utilização por portadores de deficiência física. Entre estas características, o câmbio automático ou hidramático (acionado por sistema hidráulico) e a direção hidráulica.
19
A adaptação do veículo poderá ser efetuada na própria montadora ou em oficina especializada. O IPI incidirá normalmente sobre quaisquer acessórios opcionais que não constituam equipamentos originais do veículo adquirido.
O benefício somente poderá ser utilizado uma vez. Mas se o veículo tiver sido adquirido há mais de três anos, o benefício poderá ser utilizado uma segunda vez.
b) Como fazer para conseguir a isenção?
A Lei nº 10.182, de 12/02/2001, restaura a vigência da Lei nº 8.989, de 24/02/1995, que dispõe sobre a isenção do IPI na aquisição de automóveis destinados ao transporte autônomo de passageiros e ao uso de portadores de deficiência. De acordo com esta lei, para solicitar a isenção o paciente deve:
b.1) Obter, junto ao Departamento de Trânsito (DETRAN) do seu estado, os seguintes documentos:
laudo de perícia médica, com o tipo de deficiência física atestado e a total incapacidade para conduzir veículos comuns; tipo de veículo, com as características especiais necessárias; aptidão para dirigir, de acordo com resolução do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN);
Carteira Nacional de Habilitação, com a especificação do tipo de veículo e suas características especiais e a aptidão para dirigir, conforme o laudo de perícia médica e de acordo com resolução do CONTRAN.
b.2) Apresentar requerimento em três vias na unidade da secretaria da Receita Federal de sua jurisdição. O requerimento deve ser dirigido à autoridade fiscal competente a que se refere o art. 6º, ao qual serão anexadas cópias autenticadas dos documentos citados acima. O Delegado da Receita Federal ou Inspetor da Receita Federal de Inspetoria de Classe “A”, com jurisdição sobre o local onde o paciente reside, é a autoridade responsável pelo reconhecimento da isenção. As duas primeiras vias ficam com o paciente e a outra via é anexada ao processo. Essas vias devem ser entregues ao distribuidor autorizado da seguinte forma:
Primeira via: com cópia do laudo de perícia médica. Será remetida pelo distribuidor autorizado ao fabricante ou ao estabelecimento equiparado a industrial;
Segunda via: permanecerá em poder do distribuidor.
20
É importante que, na nota de venda do veículo, o vendedor faça a seguinte observação:
I - “Isento do imposto sobre produtos industrializados – Lei nº 8.989, de 1995”, no caso do inciso I do art. 9º; ou
II - “Saída com suspensão do imposto sobre produtos industrializados - Lei nº 8.989, de 1995”, no caso do inciso II do art.9º.
12. Isenção de ICMS na compra de veículos adaptados
ICMS é o imposto estadual sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços. Cada Estado possui a sua própria legislação que regulamenta este imposto.
a) Quais são os documentos necessários para a solicitação de isenção do ICMS na compra de veículo adaptado?
No estado do Rio de Janeiro o paciente deve comparecer à Secretaria de Estado de Fazenda da área de sua residência (Posto Fiscal), apresentar o requerimento em duas vias e os seguintes documentos:
a.1) Declaração expedida pelo vendedor do veículo na qual conste:
Número do CIC ou CPF do comprador;
Informação de que o benefício será repassado ao paciente;
Informação de que o veículo se destinará a uso exclusivo do paciente e de que este está impossibilitado de utilizar modelo de carro comum por causa de sua deficiência.
a.2) Original do laudo da perícia médica fornecido pelo Departamento Estadual de Trânsito, que ateste e especifique:
21
A incapacidade do paciente para dirigir veículo comum;
A habilitação para dirigir veículo com características especiais;
O tipo de deficiência, a adaptação necessária e a característica especial do veículo;
a.3) Cópia autenticada da Carteira de Habilitação que especifique no verso as restrições referentes ao motorista e à adaptação realizada no veículo.
Está incluído nas parcelas do imóvel financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) um seguro que garante a quitação do imóvel em caso de invalidez ou morte. Assim, o paciente com câncer, inválido permanentemente para o trabalho, possui direito à quitação do financiamento da casa própria desde que a doença tenha sido adquirida após a assinatura do contrato de compra do imóvel.
A instituição financeira que financiou o imóvel deve encaminhar os documentos necessários à seguradora responsável.
11. Isenção de IPI na compra de veículos adaptados.
O IPI é o imposto federal sobre produtos industrializados. O paciente com câncer é isento deste imposto apenas quando apresenta deficiência física nos membros superiores ou inferiores que o impeça de dirigir veículos comuns. É necessário que o solicitante apresente exames e laudo médico que descrevam e comprovem a deficiência.
a) Quais os veículos que podem ser adquiridos com isenção de IPI?
Automóveis de passageiros ou veículos de uso misto de fabricação nacional, movidos a combustível de origem renovável. O veículo precisa apresentar características especiais, originais ou resultantes de adaptação, que permitam a sua adequada utilização por portadores de deficiência física. Entre estas características, o câmbio automático ou hidramático (acionado por sistema hidráulico) e a direção hidráulica.
19
A adaptação do veículo poderá ser efetuada na própria montadora ou em oficina especializada. O IPI incidirá normalmente sobre quaisquer acessórios opcionais que não constituam equipamentos originais do veículo adquirido.
O benefício somente poderá ser utilizado uma vez. Mas se o veículo tiver sido adquirido há mais de três anos, o benefício poderá ser utilizado uma segunda vez.
b) Como fazer para conseguir a isenção?
A Lei nº 10.182, de 12/02/2001, restaura a vigência da Lei nº 8.989, de 24/02/1995, que dispõe sobre a isenção do IPI na aquisição de automóveis destinados ao transporte autônomo de passageiros e ao uso de portadores de deficiência. De acordo com esta lei, para solicitar a isenção o paciente deve:
b.1) Obter, junto ao Departamento de Trânsito (DETRAN) do seu estado, os seguintes documentos:
laudo de perícia médica, com o tipo de deficiência física atestado e a total incapacidade para conduzir veículos comuns; tipo de veículo, com as características especiais necessárias; aptidão para dirigir, de acordo com resolução do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN);
Carteira Nacional de Habilitação, com a especificação do tipo de veículo e suas características especiais e a aptidão para dirigir, conforme o laudo de perícia médica e de acordo com resolução do CONTRAN.
b.2) Apresentar requerimento em três vias na unidade da secretaria da Receita Federal de sua jurisdição. O requerimento deve ser dirigido à autoridade fiscal competente a que se refere o art. 6º, ao qual serão anexadas cópias autenticadas dos documentos citados acima. O Delegado da Receita Federal ou Inspetor da Receita Federal de Inspetoria de Classe “A”, com jurisdição sobre o local onde o paciente reside, é a autoridade responsável pelo reconhecimento da isenção. As duas primeiras vias ficam com o paciente e a outra via é anexada ao processo. Essas vias devem ser entregues ao distribuidor autorizado da seguinte forma:
Primeira via: com cópia do laudo de perícia médica. Será remetida pelo distribuidor autorizado ao fabricante ou ao estabelecimento equiparado a industrial;
Segunda via: permanecerá em poder do distribuidor.
20
É importante que, na nota de venda do veículo, o vendedor faça a seguinte observação:
I - “Isento do imposto sobre produtos industrializados – Lei nº 8.989, de 1995”, no caso do inciso I do art. 9º; ou
II - “Saída com suspensão do imposto sobre produtos industrializados - Lei nº 8.989, de 1995”, no caso do inciso II do art.9º.
12. Isenção de ICMS na compra de veículos adaptados
ICMS é o imposto estadual sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços. Cada Estado possui a sua própria legislação que regulamenta este imposto.
a) Quais são os documentos necessários para a solicitação de isenção do ICMS na compra de veículo adaptado?
No estado do Rio de Janeiro o paciente deve comparecer à Secretaria de Estado de Fazenda da área de sua residência (Posto Fiscal), apresentar o requerimento em duas vias e os seguintes documentos:
a.1) Declaração expedida pelo vendedor do veículo na qual conste:
Número do CIC ou CPF do comprador;
Informação de que o benefício será repassado ao paciente;
Informação de que o veículo se destinará a uso exclusivo do paciente e de que este está impossibilitado de utilizar modelo de carro comum por causa de sua deficiência.
a.2) Original do laudo da perícia médica fornecido pelo Departamento Estadual de Trânsito, que ateste e especifique:
21
A incapacidade do paciente para dirigir veículo comum;
A habilitação para dirigir veículo com características especiais;
O tipo de deficiência, a adaptação necessária e a característica especial do veículo;
a.3) Cópia autenticada da Carteira de Habilitação que especifique no verso as restrições referentes ao motorista e à adaptação realizada no veículo.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Novas Regras para os Planos de Saúde
1 - Dificuldade de operadoras levou ANS a adiar novas regras para planos
21/08 - 13:31 - Agência Brasil
Último Segundo IG
BRASÍLIA - A dificuldade para operadoras de planos de saúde coletivos se adaptarem às novas regras do setor levaram ao adiamento do início da vigência das mudanças, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). As alterações começariam a ser adotadas no último dia 15, mas agora vão começar a valer em 15 de outubro.
"O mercado de planos coletivos é muito heterogêneo e teríamos um período de 30 dias para reclassificar um conjunto de mais de 8 mil planos", disse o presidente da ANS, Fausto Pereira dos Santos, após participar do programa Brasil em Pauta, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.
Dados da ANS indicam que, dos 52 milhões de brasileiros que têm planos de saúde, em torno de 75% aderiram a planos coletivos, sejam empresariais ou por adesão, aqueles contratados por meio de associações e sindicatos.
Além da reclamação de pouco tempo para adaptação às novas regras, Santos afirmou que há insatisfação das operadoras em relação a alguns pontos da nova legislação. A principal queixa, segundo ele, diz respeito ao reajuste de preços, que só poderá ocorrer a cada 12 meses. Até então não existia um limite para reajustes dos planos coletivos.
De acordo com Santos, a mudança impede o chamado "gatilho", já que, muitas vezes, o usuário decidia aderir a um plano coletivo que cobrava determinado valor e, em alguns meses, o serviço ficava mais caro. O presidente da ANS disse que, em alguns casos, ao final do período de um ano, os usuários chegavam a pagar o dobro do que havia sido estipulado no contrato."A operadora colocava um preço baixo na entrada porque tinha certeza de que, ao gerar despesas, essa questão ia ser recuperada em um prazo relativamente rápido. Isso levava o usuário a uma falsa expectativa, achando que estava comprando um plano barato mas que, em um curto prazo, estava pagando preços até acima do operado pelo mercado", disse.
Outra reclamação das operadoras em relação às novas regras trata do rompimento de contrato. A partir de outubro, a motivação para o rompimento precisa estar prevista no contrato.
Para Santos, as alterações reduzem a possibilidade de aumentos abusivos, uma vez que a própria previsão de mudanças nos valores cobrados passa a constar do contrato. A definição de um reajuste anual, segundo ele, também abre caminho para que as associações possam ter mais informações e melhorar a negociação com as operadoras de planos coletivos.
A principal penalidade para quem não cumprir as novas regras é a proibição da venda. Isso significa que a operadora que não se adaptar não poderá incluir novos beneficiários, com exceção de novo cônjuge ou filho dos usuários que já têm contrato.
2 - Novas regras pretendem dar maior segurança aos clientes de planos de saúde
15/07 - 20:37 - Agência Brasil
RIO DE JANEIRO - Novas regras publicadas nesta quarta-feira pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) pretendem tornar mais segura a contratação de planos de saúde pelos brasileiros. A partir de agora, os planos coletivos de saúde por adesão só poderão ser contratados, além das empresas, por entidades ou associações legitimamente reconhecidas.
Segundo o diretor de Fiscalização da ANS, Eduardo Sales, “isso acaba com a falsa coletivização”. Ele se referiu à reunião de pessoas que criam uma associação qualquer com a finalidade de contratar um plano de saúde. Isso não será mais possível.
“Vai ter que ter vínculos, identidade de propósito, sejam entidades de classe, de profissões regulamentadas, sejam sindicatos de trabalhadores ou patronais, federações, confederações, união de estudantes etc. Ou seja, aquelas pessoas jurídicas que tenham, efetivamente, legitimidade para contratar um plano de saúde coletivo por adesão, além das empresas, onde você estabelece um rol de pessoas, que poderão ser beneficiárias dos planos coletivos empresariais”, esclareceu.
Também a partir de agora, os planos de saúde empresariais e os coletivos por adesão só poderão ter um reajuste a cada 12 meses. “Não há mais que se falar em reequilíbrio econômico-financeiro dois meses depois de você ter assinado um contrato coletivo empresarial ou por adesão”. Está fora dessa nova norma o reajuste por mudança de faixa etária.
As empresas, associações e sindicatos poderão formar consórcios para contratar diretamente uma operadora de saúde ou por meio de uma administradora de benefícios. Com isso, o número de beneficiários cresce e a carteira ganha valor econômico, disse Sales. “Então, você consegue efetivamente maior poder de barganha para negociar não apenas um contrato por mais de 12 meses, com reajustes anuais. Você vai poder ter a garantia de um serviço melhor prestado, mais qualificado, com preços reajustados a cada 12 meses”.
A cobrança pelos serviços prestados não poderá ser feita diretamente ao beneficiário do plano. Isso significa que a responsabilidade pelo pagamento dos serviços prestados pelo plano de saúde será da pessoa jurídica. Ou seja, o contribuinte paga à associação à qual ele pertence e essa entidade repassa às operadoras.
Eduardo Sales explicou que isso impede que contratos coletivos sejam rescindidos, por exemplo, porque uma minoria ficou inadimplente. A exclusão de beneficiários inadimplentes será efetuada pela entidade jurídica contratante. “Acho isso também importante porque impede qualquer seleção de risco”.
As novas regras entram em vigor em 30 dias. Será obrigatória ainda a entrega de um manual que orienta o consumidor sobre as formas de contratar um plano de saúde. As operadoras que descumprirem as normas estão passíveis de multas, que vão de R$ 5 mil até R$ 80 mil. O diretor da ANS informou que esses valores poderão ter efeito multiplicador, atingindo até R$ 1 milhão, caso a diretoria de Fiscalização decida que a infração cometida pela operadora alcançou todo o universo de beneficiários.
3 - Portabilidade de planos de saúde entra em vigor nesta quarta-feira; entenda
15/04/2009 - 06:07 , atualizada às 14:54 15/04 - Bruno Rico, repórter do Último Segundo
SÃO PAULO – Os clientes de planos de saúde individuais, familiares ou exclusivamente odontológicos não precisam mais cumprir carência para mudar de operadora. A partir desta quarta-feira, entra em vigor a portabilidade da carência dos planos de saúde. A nova norma determina que o beneficiário pode “portar” a carência que já cumpriu na troca de planos. Mas há restrições.
O cliente tem que estar em uma operadora; não pode ter dívidas com ela; tem que estar no mesmo plano há pelo menos dois anos; tem que fazer o pedido na data de aniversário do contrato ou no mês seguinte; o plano tem que ter sido contratado após 1999, data em que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) passou a regular os planos do País.
Além disso, a portabilidade só se aplica a planos individuais, familiares ou exclusivamente odontológicos. Não vale para planos empresariais nem coletivos por adesão, como sindicatos e clubes. A ANS anunciou nesta terça-feira que pretende estender, no ano que vem, a portabilidade para portadores de planos coletivos.
A portabilidade também é restrita aos planos de mesmo tipo. Não se aplica a planos com mensalidades muito diferentes. A ANS disponibilizou um Guia de Planos de Saúde onde o usuário pode saber qual é o tipo do seu plano e comparar com outras opções.
Quem tem plano coletivo empresarial não precisa se preocupar. Já não cumpre carência. (Exceção aos planos com menos de 50 pessoas, onde a carência pode ser aplicada, se a operadora quiser).
21/08 - 13:31 - Agência Brasil
Último Segundo IG
BRASÍLIA - A dificuldade para operadoras de planos de saúde coletivos se adaptarem às novas regras do setor levaram ao adiamento do início da vigência das mudanças, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). As alterações começariam a ser adotadas no último dia 15, mas agora vão começar a valer em 15 de outubro.
"O mercado de planos coletivos é muito heterogêneo e teríamos um período de 30 dias para reclassificar um conjunto de mais de 8 mil planos", disse o presidente da ANS, Fausto Pereira dos Santos, após participar do programa Brasil em Pauta, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.
Dados da ANS indicam que, dos 52 milhões de brasileiros que têm planos de saúde, em torno de 75% aderiram a planos coletivos, sejam empresariais ou por adesão, aqueles contratados por meio de associações e sindicatos.
Além da reclamação de pouco tempo para adaptação às novas regras, Santos afirmou que há insatisfação das operadoras em relação a alguns pontos da nova legislação. A principal queixa, segundo ele, diz respeito ao reajuste de preços, que só poderá ocorrer a cada 12 meses. Até então não existia um limite para reajustes dos planos coletivos.
De acordo com Santos, a mudança impede o chamado "gatilho", já que, muitas vezes, o usuário decidia aderir a um plano coletivo que cobrava determinado valor e, em alguns meses, o serviço ficava mais caro. O presidente da ANS disse que, em alguns casos, ao final do período de um ano, os usuários chegavam a pagar o dobro do que havia sido estipulado no contrato."A operadora colocava um preço baixo na entrada porque tinha certeza de que, ao gerar despesas, essa questão ia ser recuperada em um prazo relativamente rápido. Isso levava o usuário a uma falsa expectativa, achando que estava comprando um plano barato mas que, em um curto prazo, estava pagando preços até acima do operado pelo mercado", disse.
Outra reclamação das operadoras em relação às novas regras trata do rompimento de contrato. A partir de outubro, a motivação para o rompimento precisa estar prevista no contrato.
Para Santos, as alterações reduzem a possibilidade de aumentos abusivos, uma vez que a própria previsão de mudanças nos valores cobrados passa a constar do contrato. A definição de um reajuste anual, segundo ele, também abre caminho para que as associações possam ter mais informações e melhorar a negociação com as operadoras de planos coletivos.
A principal penalidade para quem não cumprir as novas regras é a proibição da venda. Isso significa que a operadora que não se adaptar não poderá incluir novos beneficiários, com exceção de novo cônjuge ou filho dos usuários que já têm contrato.
2 - Novas regras pretendem dar maior segurança aos clientes de planos de saúde
15/07 - 20:37 - Agência Brasil
RIO DE JANEIRO - Novas regras publicadas nesta quarta-feira pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) pretendem tornar mais segura a contratação de planos de saúde pelos brasileiros. A partir de agora, os planos coletivos de saúde por adesão só poderão ser contratados, além das empresas, por entidades ou associações legitimamente reconhecidas.
Segundo o diretor de Fiscalização da ANS, Eduardo Sales, “isso acaba com a falsa coletivização”. Ele se referiu à reunião de pessoas que criam uma associação qualquer com a finalidade de contratar um plano de saúde. Isso não será mais possível.
“Vai ter que ter vínculos, identidade de propósito, sejam entidades de classe, de profissões regulamentadas, sejam sindicatos de trabalhadores ou patronais, federações, confederações, união de estudantes etc. Ou seja, aquelas pessoas jurídicas que tenham, efetivamente, legitimidade para contratar um plano de saúde coletivo por adesão, além das empresas, onde você estabelece um rol de pessoas, que poderão ser beneficiárias dos planos coletivos empresariais”, esclareceu.
Também a partir de agora, os planos de saúde empresariais e os coletivos por adesão só poderão ter um reajuste a cada 12 meses. “Não há mais que se falar em reequilíbrio econômico-financeiro dois meses depois de você ter assinado um contrato coletivo empresarial ou por adesão”. Está fora dessa nova norma o reajuste por mudança de faixa etária.
As empresas, associações e sindicatos poderão formar consórcios para contratar diretamente uma operadora de saúde ou por meio de uma administradora de benefícios. Com isso, o número de beneficiários cresce e a carteira ganha valor econômico, disse Sales. “Então, você consegue efetivamente maior poder de barganha para negociar não apenas um contrato por mais de 12 meses, com reajustes anuais. Você vai poder ter a garantia de um serviço melhor prestado, mais qualificado, com preços reajustados a cada 12 meses”.
A cobrança pelos serviços prestados não poderá ser feita diretamente ao beneficiário do plano. Isso significa que a responsabilidade pelo pagamento dos serviços prestados pelo plano de saúde será da pessoa jurídica. Ou seja, o contribuinte paga à associação à qual ele pertence e essa entidade repassa às operadoras.
Eduardo Sales explicou que isso impede que contratos coletivos sejam rescindidos, por exemplo, porque uma minoria ficou inadimplente. A exclusão de beneficiários inadimplentes será efetuada pela entidade jurídica contratante. “Acho isso também importante porque impede qualquer seleção de risco”.
As novas regras entram em vigor em 30 dias. Será obrigatória ainda a entrega de um manual que orienta o consumidor sobre as formas de contratar um plano de saúde. As operadoras que descumprirem as normas estão passíveis de multas, que vão de R$ 5 mil até R$ 80 mil. O diretor da ANS informou que esses valores poderão ter efeito multiplicador, atingindo até R$ 1 milhão, caso a diretoria de Fiscalização decida que a infração cometida pela operadora alcançou todo o universo de beneficiários.
3 - Portabilidade de planos de saúde entra em vigor nesta quarta-feira; entenda
15/04/2009 - 06:07 , atualizada às 14:54 15/04 - Bruno Rico, repórter do Último Segundo
SÃO PAULO – Os clientes de planos de saúde individuais, familiares ou exclusivamente odontológicos não precisam mais cumprir carência para mudar de operadora. A partir desta quarta-feira, entra em vigor a portabilidade da carência dos planos de saúde. A nova norma determina que o beneficiário pode “portar” a carência que já cumpriu na troca de planos. Mas há restrições.
O cliente tem que estar em uma operadora; não pode ter dívidas com ela; tem que estar no mesmo plano há pelo menos dois anos; tem que fazer o pedido na data de aniversário do contrato ou no mês seguinte; o plano tem que ter sido contratado após 1999, data em que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) passou a regular os planos do País.
Além disso, a portabilidade só se aplica a planos individuais, familiares ou exclusivamente odontológicos. Não vale para planos empresariais nem coletivos por adesão, como sindicatos e clubes. A ANS anunciou nesta terça-feira que pretende estender, no ano que vem, a portabilidade para portadores de planos coletivos.
A portabilidade também é restrita aos planos de mesmo tipo. Não se aplica a planos com mensalidades muito diferentes. A ANS disponibilizou um Guia de Planos de Saúde onde o usuário pode saber qual é o tipo do seu plano e comparar com outras opções.
Quem tem plano coletivo empresarial não precisa se preocupar. Já não cumpre carência. (Exceção aos planos com menos de 50 pessoas, onde a carência pode ser aplicada, se a operadora quiser).
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Pipoca pode ajudar a evitar câncer, dizem cientistas
Essa é para descontrair um pouco.
19/08 - 06:01 - BBC Brasil
IG Último Segundo
A pipoca e outros cereais matinais contém "quantidades surpreendentes" de substâncias antioxidantes conhecidas como polifenóis - que têm potencial de diminuir o risco de câncer e doenças cardíacas - normalmente encontradas em frutas e legumes. O estudo foi apresentado por cientistas da Universidade de Scranton, na Pensilvânia, durante a 238ª Reunião da American Chemical Society (ACS), em Washington.
Os polifenóis são a principal razão pela qual frutas e legumes - e alimentos como chocolate, vinho, café e chá - se tornaram conhecidos por seu potencial para diminuir o risco de doenças.
Até agora, acreditava-se que esses cereais eram alimentos saudáveis e ajudavam a combater o câncer e doenças cardíacas por causa de seu alto teor de fibra, mas segundo os autores do estudo, ninguém havia comprovado a alta presença de polifenóis.
"Mas recentemente, os polifenóis emergiram como potencialmente mais importantes. Os cereais matinais, macarrão, biscoitos e salgadinhos feitos à base de grãos (como pipoca) constituem mais de 66% do consumo de grãos na dieta americana", disse o químico Joe Vinson, autor do estudo.
Segundo os cientistas, a quantidade de antioxidantes encontradas em cereais integrais é comparável à encontrada nas frutas e legumes, por grama.
Os polifenóis são substâncias químicas encontradas em muitas frutas, legumes e outras plantas, como frutas vermelhas, nozes, azeitonas, folhas de chá e uvas. Conhecidos como antioxidantes, eles removem os radicais livres do corpo.
Os radicais livres são substâncias que têm potencial de danificar células e tecidos do corpo. Os cereais integrais com maior quantidade de antioxidantes são feitos com trigo, milho, aveia e arroz, nesta ordem, segundo Vinson.
Segundo o químico, farinhas integrais também tem alto teor de antioxidantes, salgadinhos de grãos integrais tem ligeiramente menor quantidade de antioxidantes do que cereais matinais e, dentre esses salgadinhos, a pipoca é a mais rica em antioxidantes.
19/08 - 06:01 - BBC Brasil
IG Último Segundo
A pipoca e outros cereais matinais contém "quantidades surpreendentes" de substâncias antioxidantes conhecidas como polifenóis - que têm potencial de diminuir o risco de câncer e doenças cardíacas - normalmente encontradas em frutas e legumes. O estudo foi apresentado por cientistas da Universidade de Scranton, na Pensilvânia, durante a 238ª Reunião da American Chemical Society (ACS), em Washington.
Os polifenóis são a principal razão pela qual frutas e legumes - e alimentos como chocolate, vinho, café e chá - se tornaram conhecidos por seu potencial para diminuir o risco de doenças.
Até agora, acreditava-se que esses cereais eram alimentos saudáveis e ajudavam a combater o câncer e doenças cardíacas por causa de seu alto teor de fibra, mas segundo os autores do estudo, ninguém havia comprovado a alta presença de polifenóis.
"Mas recentemente, os polifenóis emergiram como potencialmente mais importantes. Os cereais matinais, macarrão, biscoitos e salgadinhos feitos à base de grãos (como pipoca) constituem mais de 66% do consumo de grãos na dieta americana", disse o químico Joe Vinson, autor do estudo.
Segundo os cientistas, a quantidade de antioxidantes encontradas em cereais integrais é comparável à encontrada nas frutas e legumes, por grama.
Os polifenóis são substâncias químicas encontradas em muitas frutas, legumes e outras plantas, como frutas vermelhas, nozes, azeitonas, folhas de chá e uvas. Conhecidos como antioxidantes, eles removem os radicais livres do corpo.
Os radicais livres são substâncias que têm potencial de danificar células e tecidos do corpo. Os cereais integrais com maior quantidade de antioxidantes são feitos com trigo, milho, aveia e arroz, nesta ordem, segundo Vinson.
Segundo o químico, farinhas integrais também tem alto teor de antioxidantes, salgadinhos de grãos integrais tem ligeiramente menor quantidade de antioxidantes do que cereais matinais e, dentre esses salgadinhos, a pipoca é a mais rica em antioxidantes.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
O que fazer quando o Plano de Saúde nega a cirurgia ou a internação
Os Planos de Saúde ocasionalmente negam que sejam feitas determinadas cirurgias ou mesmo que o paciente fique internado no hospital. Os procedimentos para solucionar o problema são semelhantes aos adotados para se conseguir os remédios, ou seja, deve-se entrar na justiça (pode ser justiça especial) com uma ação ordinária contra o plano e solicitar uma antecipação de tutela, considerando a urgência e os riscos de vida envolvidos.
Em junho, tive que entrar mais uma vez na justiça contra meu Plano de Saúde, pois o mesmo negou que fosse feita uma angioplastia, via cateterismo, na minha perna através da colocação de um “stent”, alegando que meu plano é antigo e não cobre próteses ou orteses. A barbaridade é que autorizaram a angioplastia antiga de abrir e cortar pedaço da artéria, que nenhum médico decente faz mais hoje em dia. Entrei no juizado especial com uma ação e o juiz concedeu em 24 horas a antecipação de tutela, dando um prazo de 72 horas para o plano liberar a angioplastia.
Segundo um e-mail que recebi recentemente de uma amiga, que transcrevo a seguir, existe na cidade do Rio de Janeiro um plantão no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que atende este tipo de demanda contra os Planos de Saúde (www.tj.rj.gov.br):
“Isso é a pura verdade, podem acreditar. Não aceite passivamente, o que o plano de saúde e a clínica informam. Coisas tais como: "o plano não cobre", "só pode ficar 24h", "o plano não autorizou" , etc.
Se for uma emergência, basta que o médico que o está assistindo, no momento, declare em papel timbrado que se trata de urgência ou emergência. Leve ao juiz que este dá a autorização na hora.
Já internei 6 crianças assim.
Abs
Evaldo
Liguei agora pela manhã e responderam-me que é para caso de risco de vida!
Pedrita.
GENTE EU NÃO ACREDITEI E LIGUEI AS 02 DA MANHÃ E ME ATENDERAM, PORTANTO E VERDADE, REPASSEM
PLANOS DE SAÚDE - PLANTÃO JUDICIÁRIO
Amigos,
Telefonei e os dois números correspondem.
Tem que ir na Pç. XV nos fundos do Forum.
Com carinho, Neyde.
PLANOS DE SAÚDE
Amigos,
Obtive esta informação ontem, e acho importante compartilhá-la com todos. Ela me foi passada por um corretor de seguros/planos de saúde.
Vocês sabiam que no Fórum do Rio de Janeiro existe um Plantão Judiciário, 24 horas (inclusive finais de semana e feriados) somente para resolver problemas relativos a atendimento de PLANOS DE SAÚDE??
Pois é, existe. Exemplo: você está precisando de uma cirurgia de emergência com colocação de prótese, e seu plano de saúde não quer liberar a cirurgia: pode recorrer a esse Plantão Judiciário. Eles darão todas as orientações de como proceder, e se for necessário, eles mesmos farão contato com o hospital e o plano de saúde para solucionar o problema.
Anotem os telefones, e coloquem na memória dos celulares:
(21)*3133-4144 e 2588-4144*
Podemos precisar a qualquer momento, ou alguém de nossa família.
Repassem para seus amigos do Rio de Janeiro e de outras localidades para seguirem o exemplo.
Em junho, tive que entrar mais uma vez na justiça contra meu Plano de Saúde, pois o mesmo negou que fosse feita uma angioplastia, via cateterismo, na minha perna através da colocação de um “stent”, alegando que meu plano é antigo e não cobre próteses ou orteses. A barbaridade é que autorizaram a angioplastia antiga de abrir e cortar pedaço da artéria, que nenhum médico decente faz mais hoje em dia. Entrei no juizado especial com uma ação e o juiz concedeu em 24 horas a antecipação de tutela, dando um prazo de 72 horas para o plano liberar a angioplastia.
Segundo um e-mail que recebi recentemente de uma amiga, que transcrevo a seguir, existe na cidade do Rio de Janeiro um plantão no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que atende este tipo de demanda contra os Planos de Saúde (www.tj.rj.gov.br):
“Isso é a pura verdade, podem acreditar. Não aceite passivamente, o que o plano de saúde e a clínica informam. Coisas tais como: "o plano não cobre", "só pode ficar 24h", "o plano não autorizou" , etc.
Se for uma emergência, basta que o médico que o está assistindo, no momento, declare em papel timbrado que se trata de urgência ou emergência. Leve ao juiz que este dá a autorização na hora.
Já internei 6 crianças assim.
Abs
Evaldo
Liguei agora pela manhã e responderam-me que é para caso de risco de vida!
Pedrita.
GENTE EU NÃO ACREDITEI E LIGUEI AS 02 DA MANHÃ E ME ATENDERAM, PORTANTO E VERDADE, REPASSEM
PLANOS DE SAÚDE - PLANTÃO JUDICIÁRIO
Amigos,
Telefonei e os dois números correspondem.
Tem que ir na Pç. XV nos fundos do Forum.
Com carinho, Neyde.
PLANOS DE SAÚDE
Amigos,
Obtive esta informação ontem, e acho importante compartilhá-la com todos. Ela me foi passada por um corretor de seguros/planos de saúde.
Vocês sabiam que no Fórum do Rio de Janeiro existe um Plantão Judiciário, 24 horas (inclusive finais de semana e feriados) somente para resolver problemas relativos a atendimento de PLANOS DE SAÚDE??
Pois é, existe. Exemplo: você está precisando de uma cirurgia de emergência com colocação de prótese, e seu plano de saúde não quer liberar a cirurgia: pode recorrer a esse Plantão Judiciário. Eles darão todas as orientações de como proceder, e se for necessário, eles mesmos farão contato com o hospital e o plano de saúde para solucionar o problema.
Anotem os telefones, e coloquem na memória dos celulares:
(21)*3133-4144 e 2588-4144*
Podemos precisar a qualquer momento, ou alguém de nossa família.
Repassem para seus amigos do Rio de Janeiro e de outras localidades para seguirem o exemplo.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Atividade Física e os Efeitos Colaterais de Tratamento do Câncer
Autores: Sandra Helena Correia Diettrich e Carlos Roberto de Rezende Miranda
Publicado: Revista Ágora - www.fes.br/revistas/agora/ojs/ - Campo Grande, v.1 n.4. 2005.
RESUMO
O objetivo deste estudo foi identificar evidências científicas sobre a eficácia de programas de atividade física no combate aos efeitos colaterais resultantes dos tratamentos de câncer. Para tanto, selecionou-se alguns estudos que vêm buscando discutir essa problemática nos últimos anos. Os achados na literatura vêm indicando alguns benefícios de programas de atividade física em pacientes sob tratamento de câncer, entre eles, aumento da força muscular e da capacidade funcional, controle do peso corporal, redução da fadiga, melhora da auto-estima e do humor e conseqüentemente melhora da qualidade de vida. Contudo, as pesquisas realizadas até o presente momento apontam algumas falhas metodológicas sendo: a) avaliação das condições físicas baseadas apenas em relatos dos pacientes; b) programas de atividades físicas sem supervisão e/ou orientação profissional; c) pouco tempo de duração do programa não acompanhando todo o tratamento e d) programas de atividades físicas que englobam apenas atividades aeróbias, desconsiderando atividades de resistência e/ou alongamento. Não obstante dos resultados positivos encontrados sobre a eficácia dos programas de atividade física para combater os efeitos colaterais dos tratamentos de câncer, as lacunas metodológicas existentes nos estudos abordados, indicam a necessidade de novas pesquisas sobre este tema.
1 INTRODUÇÃO.
O câncer é uma doença que aparece responsável como uma das primeiras causas de morte no país e, infelizmente, esse não é o único problema dos pacientes que são acometidos pela doença, sendo os tratamentos utilizados para combatê-lo, muitas vezes, acompanhados de efeitos colaterais que comprometem a qualidade de vida dos pacientes por longos períodos.
O tratamento de câncer, de forma geral, de acordo com o grau de evolução da doença, é pautado em intervenções cirúrgicas, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e imunoterapia e os efeitos colaterais do tratamento implicam, na maioria das vezes, em sensação de extrema fadiga, em geral, associada à perda de peso e à redução da força muscular, bem como, quadros de depressão afetando o aspecto psicológico do paciente.
Nesse sentido, alguns estudos parecem indicar preliminarmente que a prática da atividade física em pacientes em tratamento de câncer pode reduzir consideravelmente os efeitos colaterais do referido tratamento.
2 DESENVOLVIMENTO.
Os tratamentos de câncer são responsáveis por efeitos colaterais que interferem na qualidade de vida do paciente e implicam na maioria das vezes em sensação de extrema fadiga, em geral associada à perda de peso e à redução da força muscular, bem como, quadros de depressão afetando o aspecto psicológico do paciente. Em se tratando do tratamento de quimioterapia, os efeitos colaterais mais freqüentes são náuseas, vômitos, fadiga e queda de cabelo, que podem variar de um paciente para o outro.
Aproximadamente 75% dos indivíduos que sobrevivem ao câncer relatam sensações extremas de fadiga durante a radioterapia ou quimioterapia, em geral associadas à perda de peso e à redução da força muscular e da resistência cardiovascular. Para o Instituto Nacional do Câncer a fadiga é a sensação de cansaço extremo devido à combinação de sintomas físicos e mentais. Essa sensação é praticamente universal no estágio final da doença, no entanto, é o sintoma para o qual se tem as soluções menos satisfatórias, sendo que uma das indicações para tentar minimizá-lo é a estimulação de pequenas atividades físicas para preservar a força muscular, sem ser estabelecido, contudo, a medida ou indicação mais precisa dos tipos de atividades ou níveis de intensidades que compreendem os programas indicados.
Schwartz (1999) analisou a relação entre fadiga, exercício físico e qualidade de vida em vinte e sete pacientes com câncer de mama que começaram o tratamento de quimioterapia, sendo todas as medidas obtidas antes e depois do referido tratamento. O estudo demonstrou que mulheres que adotaram o programa de exercício apresentaram um aumento significante nas habilidades funcionais e pouco ganho de peso.
Mock et al (2001) tiveram como proposta descrever padrões de fadiga diária em mulheres com câncer de mama que estavam recebendo entre o primeiro e terceiro ciclo de quimioterapia adjuvante, separadas em grupos de praticantes e não praticantes de exercício físico. O grupo de praticantes recebeu instruções para seguir e manter oito semanas de programa de exercícios diários em casa, sendo avaliado em pré e pós-testes de exercícios físicos. O resultado do estudo demonstrou padrões distintos de fadiga entre os grupos, sendo que as mulheres que adotaram o programa de exercícios apresentaram menos dias de níveis de fadiga alta e mais dias de níveis de fadiga baixa e na pior das hipóteses tiveram nível médio de fadiga, ao contrário de mulheres que não se exercitaram.
Battaglini et al (2003), após efetuarem um estudo de revisão sobre os efeitos do exercício físico sobre o câncer, ressaltam que muitos pesquisadores sugerem o exercício físico como a solução de reabilitação para a baixa energia em pacientes com câncer. Os autores citados acima relatam que algumas complicações podem ocorrer quando os pacientes não são ativos durante e após o tratamento de câncer. Com a redução ou a ausência da atividade física, ocorrem mudanças nas propriedades dos músculos, causando atrofia muscular e redução da densidade óssea, em que a soma desses dois fatores diminui a força músculo esquelética e a performance, contribuindo para o risco de fraturas ósseas e prejuízos músculo esqueléticos. Atrofia músculo esquelético e mudanças na propriedade do músculo contribuem para o declínio da eficiência cardiovascular, que refletem no aumento de taxas do coração e aumento de pressão sanguínea. A combinação da redução da eficiência cardiovascular com o aumento de nível de colesterol e declínio dos níveis de HDL decorrentes da inatividade contribui para o aumento de riscos cardiovasculares. A inatividade física diminui também a função pulmonária, diminuindo a função do músculo respiratório.
A revisão de literatura efetuada por Battaglini et al (2003) demonstra ainda que os declínios da capacidade funcional são experimentados por um terço dos pacientes de câncer e podem ser atribuídos a condições hipocinéticas desenvolvidas por prolongada inatividade física. A condição hipocinética pode causar a redução da eficiência dos sistemas de energia, bem como, pode ter alguns efeitos sobre os níveis de hormônios devido ao desequilíbrio homeostático.
Alguns estudos (Courneya, 1999, 2000, 2002; Dimeo, 1999, Mackey & Jones, 2000) parecem indicar preliminarmente que a prática da atividade física pode atuar em sentido adverso da condição hipocinética em pacientes em tratamento de câncer, podendo reduzir consideravelmente os efeitos colaterais do referido tratamento.
Courneya et al., (2000) descrevem que o exercício tem efeito positivo em ampla extensão nos parâmetros de qualidade de vida, depois que os pacientes foram diagnosticados como tendo câncer. Os autores, ao efetuarem revisão de literatura em 24 estudos sobre exercício físico e qualidade de vida após o diagnóstico de câncer, publicados entre 1980 e 1997, observaram que a maioria dos estudos examinou a relação câncer de mama em estágio precoce e exercício aeróbio e concluíram que o exercício físico tinha consistentes efeitos positivos na qualidade de vida, incluindo bem estar físico, funcional, psicológico e emocional.
Os benefícios da atividade física em pacientes com câncer estão relacionados de acordo com Courneya (2001) ao: aumento da força muscular e da capacidade funcional, controle do peso corporal, redução da fadiga, melhora da auto-estima e do humor e, conseqüentemente, melhora da qualidade de vida.
Conforme revisão efetuada por Courneya (2002), mais de 40 estudos têm investigado a prática da atividade física e a qualidade de vida nos sobreviventes de câncer; no entanto, poucos deles foram estudos randomizados controlados. Eles investigaram a atividade física, tanto durante a quimioterapia e a radioterapia quanto no pós-tratamento, sendo que o resultado da maioria dos estudos realizados apontou benefícios positivos na qualidade de vida, melhoria da aptidão, melhor composição corporal e redução da fadiga, bem como melhoria do estado de humor tais como: depressão, ansiedade, entre outros. Nesse sentido, a conduta de se manter o paciente em repouso durante o tratamento de câncer parece potencializar os efeitos colaterais do mesmo, sendo o sedentarismo prejudicial para a qualidade de vida do paciente em tratamento.
.................................................................................................................
.................................................................................................................
Battaglini et al (2003) afirmam que exercício físico tem demonstrado potente intervenção para pacientes com câncer, mas que também pode apresentar alguns riscos. Para que sejam efetivos e seguro, exercícios deveriam, de acordo com os autores, serem prescritos incluindo cinco critérios: a) capacidade individual; b) tipo de exercício; c) intensidade do exercício; d) freqüência e duração do exercício. Os autores ressaltam que programas de treinamento de exercício físico que incluem tanto componentes anaeróbios quanto componentes aeróbios deveriam fazer parte integral no estilo de vida de pessoas que estão em tratamento de cânceres, sobreviventes ou são recorrentes da doença.
................................................................................................................
................................................................................................................
3 REFERÊNCIAS
ACSM – AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE, 2000.
Battaglini C, Battaglini B, Bottarro M. The effects of physical exercise on cancer: a review. 2003. Disponível Internet <> (2003, junho, 22)
Brasil. Ministério Da Saúde. Instituto Nacional De Câncer/Inca Coordenação De Programas De Controle Do Câncer/Pro-Onco. Câncer de Mama. INCA/Pro-Onco, 2002
Caspersen C, Kriska A, Deawoth S. Physical activity epidemiology as applied to eldery populations. Baillière Clinical Rheumatology, 1994; 8: 7-27.
Courneya KS. Exercise interventions during cancer treatment: biopsychosocial outcomes. Exerc. Sports Sci. 2001; 29: 60-64
______.______, & McKenzie DC. Exercise for Breast Cancer Survivors, The Physician and Sportsmedicine, 2002; 30: 8.
_____________, Physical Activity and the Câncer Survivor. Presentation from American Institute for Cancer Research Nutrition After Cancer Conference, 2002. Disponível internet. (2003, março,15)
______________; Mackey JR, Jones LW. Coping with Cancer. Can Exercice Help? The Physician and Sportsmedicine 2000; 28: 5.
Dimeo FC, Stieglitz RD, Novelli F. Effects of physical activity on the fatigue and psychologic status of cancer patients during chemotherapy. Cancer 1999.
Land D & Mattimuller B. Exercise improves physical, mental health of breast câncer patientis. Disponível Internet
. (2003, maio, 14)
Mock V, Pickett M, Ropka ME, Muscari LE, Stewart KJ, Rhodes VA, McDaniel R, Grimm PM, Krumm S, McCorkle R. Fatigue and quality of life outcomes of exercise during cancer treatment. The Johns Hopkins University School of Nursing, Baltimore, 2001.
______.______.______.______, Physical activity, and incidence of cancer in diverse populations: a preliminary report. Am. J. clin. Nutr 1987; 45: 312-317.
Schwartz AL. Fatigue mediates the effects of exercise on quality de life. University of Washington, School of Nursing, Seattle, 1999.
Publicado: Revista Ágora - www.fes.br/revistas/agora/ojs/ - Campo Grande, v.1 n.4. 2005.
RESUMO
O objetivo deste estudo foi identificar evidências científicas sobre a eficácia de programas de atividade física no combate aos efeitos colaterais resultantes dos tratamentos de câncer. Para tanto, selecionou-se alguns estudos que vêm buscando discutir essa problemática nos últimos anos. Os achados na literatura vêm indicando alguns benefícios de programas de atividade física em pacientes sob tratamento de câncer, entre eles, aumento da força muscular e da capacidade funcional, controle do peso corporal, redução da fadiga, melhora da auto-estima e do humor e conseqüentemente melhora da qualidade de vida. Contudo, as pesquisas realizadas até o presente momento apontam algumas falhas metodológicas sendo: a) avaliação das condições físicas baseadas apenas em relatos dos pacientes; b) programas de atividades físicas sem supervisão e/ou orientação profissional; c) pouco tempo de duração do programa não acompanhando todo o tratamento e d) programas de atividades físicas que englobam apenas atividades aeróbias, desconsiderando atividades de resistência e/ou alongamento. Não obstante dos resultados positivos encontrados sobre a eficácia dos programas de atividade física para combater os efeitos colaterais dos tratamentos de câncer, as lacunas metodológicas existentes nos estudos abordados, indicam a necessidade de novas pesquisas sobre este tema.
1 INTRODUÇÃO.
O câncer é uma doença que aparece responsável como uma das primeiras causas de morte no país e, infelizmente, esse não é o único problema dos pacientes que são acometidos pela doença, sendo os tratamentos utilizados para combatê-lo, muitas vezes, acompanhados de efeitos colaterais que comprometem a qualidade de vida dos pacientes por longos períodos.
O tratamento de câncer, de forma geral, de acordo com o grau de evolução da doença, é pautado em intervenções cirúrgicas, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e imunoterapia e os efeitos colaterais do tratamento implicam, na maioria das vezes, em sensação de extrema fadiga, em geral, associada à perda de peso e à redução da força muscular, bem como, quadros de depressão afetando o aspecto psicológico do paciente.
Nesse sentido, alguns estudos parecem indicar preliminarmente que a prática da atividade física em pacientes em tratamento de câncer pode reduzir consideravelmente os efeitos colaterais do referido tratamento.
2 DESENVOLVIMENTO.
Os tratamentos de câncer são responsáveis por efeitos colaterais que interferem na qualidade de vida do paciente e implicam na maioria das vezes em sensação de extrema fadiga, em geral associada à perda de peso e à redução da força muscular, bem como, quadros de depressão afetando o aspecto psicológico do paciente. Em se tratando do tratamento de quimioterapia, os efeitos colaterais mais freqüentes são náuseas, vômitos, fadiga e queda de cabelo, que podem variar de um paciente para o outro.
Aproximadamente 75% dos indivíduos que sobrevivem ao câncer relatam sensações extremas de fadiga durante a radioterapia ou quimioterapia, em geral associadas à perda de peso e à redução da força muscular e da resistência cardiovascular. Para o Instituto Nacional do Câncer a fadiga é a sensação de cansaço extremo devido à combinação de sintomas físicos e mentais. Essa sensação é praticamente universal no estágio final da doença, no entanto, é o sintoma para o qual se tem as soluções menos satisfatórias, sendo que uma das indicações para tentar minimizá-lo é a estimulação de pequenas atividades físicas para preservar a força muscular, sem ser estabelecido, contudo, a medida ou indicação mais precisa dos tipos de atividades ou níveis de intensidades que compreendem os programas indicados.
Schwartz (1999) analisou a relação entre fadiga, exercício físico e qualidade de vida em vinte e sete pacientes com câncer de mama que começaram o tratamento de quimioterapia, sendo todas as medidas obtidas antes e depois do referido tratamento. O estudo demonstrou que mulheres que adotaram o programa de exercício apresentaram um aumento significante nas habilidades funcionais e pouco ganho de peso.
Mock et al (2001) tiveram como proposta descrever padrões de fadiga diária em mulheres com câncer de mama que estavam recebendo entre o primeiro e terceiro ciclo de quimioterapia adjuvante, separadas em grupos de praticantes e não praticantes de exercício físico. O grupo de praticantes recebeu instruções para seguir e manter oito semanas de programa de exercícios diários em casa, sendo avaliado em pré e pós-testes de exercícios físicos. O resultado do estudo demonstrou padrões distintos de fadiga entre os grupos, sendo que as mulheres que adotaram o programa de exercícios apresentaram menos dias de níveis de fadiga alta e mais dias de níveis de fadiga baixa e na pior das hipóteses tiveram nível médio de fadiga, ao contrário de mulheres que não se exercitaram.
Battaglini et al (2003), após efetuarem um estudo de revisão sobre os efeitos do exercício físico sobre o câncer, ressaltam que muitos pesquisadores sugerem o exercício físico como a solução de reabilitação para a baixa energia em pacientes com câncer. Os autores citados acima relatam que algumas complicações podem ocorrer quando os pacientes não são ativos durante e após o tratamento de câncer. Com a redução ou a ausência da atividade física, ocorrem mudanças nas propriedades dos músculos, causando atrofia muscular e redução da densidade óssea, em que a soma desses dois fatores diminui a força músculo esquelética e a performance, contribuindo para o risco de fraturas ósseas e prejuízos músculo esqueléticos. Atrofia músculo esquelético e mudanças na propriedade do músculo contribuem para o declínio da eficiência cardiovascular, que refletem no aumento de taxas do coração e aumento de pressão sanguínea. A combinação da redução da eficiência cardiovascular com o aumento de nível de colesterol e declínio dos níveis de HDL decorrentes da inatividade contribui para o aumento de riscos cardiovasculares. A inatividade física diminui também a função pulmonária, diminuindo a função do músculo respiratório.
A revisão de literatura efetuada por Battaglini et al (2003) demonstra ainda que os declínios da capacidade funcional são experimentados por um terço dos pacientes de câncer e podem ser atribuídos a condições hipocinéticas desenvolvidas por prolongada inatividade física. A condição hipocinética pode causar a redução da eficiência dos sistemas de energia, bem como, pode ter alguns efeitos sobre os níveis de hormônios devido ao desequilíbrio homeostático.
Alguns estudos (Courneya, 1999, 2000, 2002; Dimeo, 1999, Mackey & Jones, 2000) parecem indicar preliminarmente que a prática da atividade física pode atuar em sentido adverso da condição hipocinética em pacientes em tratamento de câncer, podendo reduzir consideravelmente os efeitos colaterais do referido tratamento.
Courneya et al., (2000) descrevem que o exercício tem efeito positivo em ampla extensão nos parâmetros de qualidade de vida, depois que os pacientes foram diagnosticados como tendo câncer. Os autores, ao efetuarem revisão de literatura em 24 estudos sobre exercício físico e qualidade de vida após o diagnóstico de câncer, publicados entre 1980 e 1997, observaram que a maioria dos estudos examinou a relação câncer de mama em estágio precoce e exercício aeróbio e concluíram que o exercício físico tinha consistentes efeitos positivos na qualidade de vida, incluindo bem estar físico, funcional, psicológico e emocional.
Os benefícios da atividade física em pacientes com câncer estão relacionados de acordo com Courneya (2001) ao: aumento da força muscular e da capacidade funcional, controle do peso corporal, redução da fadiga, melhora da auto-estima e do humor e, conseqüentemente, melhora da qualidade de vida.
Conforme revisão efetuada por Courneya (2002), mais de 40 estudos têm investigado a prática da atividade física e a qualidade de vida nos sobreviventes de câncer; no entanto, poucos deles foram estudos randomizados controlados. Eles investigaram a atividade física, tanto durante a quimioterapia e a radioterapia quanto no pós-tratamento, sendo que o resultado da maioria dos estudos realizados apontou benefícios positivos na qualidade de vida, melhoria da aptidão, melhor composição corporal e redução da fadiga, bem como melhoria do estado de humor tais como: depressão, ansiedade, entre outros. Nesse sentido, a conduta de se manter o paciente em repouso durante o tratamento de câncer parece potencializar os efeitos colaterais do mesmo, sendo o sedentarismo prejudicial para a qualidade de vida do paciente em tratamento.
.................................................................................................................
.................................................................................................................
Battaglini et al (2003) afirmam que exercício físico tem demonstrado potente intervenção para pacientes com câncer, mas que também pode apresentar alguns riscos. Para que sejam efetivos e seguro, exercícios deveriam, de acordo com os autores, serem prescritos incluindo cinco critérios: a) capacidade individual; b) tipo de exercício; c) intensidade do exercício; d) freqüência e duração do exercício. Os autores ressaltam que programas de treinamento de exercício físico que incluem tanto componentes anaeróbios quanto componentes aeróbios deveriam fazer parte integral no estilo de vida de pessoas que estão em tratamento de cânceres, sobreviventes ou são recorrentes da doença.
................................................................................................................
................................................................................................................
3 REFERÊNCIAS
ACSM – AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE, 2000.
Battaglini C, Battaglini B, Bottarro M. The effects of physical exercise on cancer: a review. 2003. Disponível Internet <> (2003, junho, 22)
Brasil. Ministério Da Saúde. Instituto Nacional De Câncer/Inca Coordenação De Programas De Controle Do Câncer/Pro-Onco. Câncer de Mama. INCA/Pro-Onco, 2002
Caspersen C, Kriska A, Deawoth S. Physical activity epidemiology as applied to eldery populations. Baillière Clinical Rheumatology, 1994; 8: 7-27.
Courneya KS. Exercise interventions during cancer treatment: biopsychosocial outcomes. Exerc. Sports Sci. 2001; 29: 60-64
______.______, & McKenzie DC. Exercise for Breast Cancer Survivors, The Physician and Sportsmedicine, 2002; 30: 8.
_____________, Physical Activity and the Câncer Survivor. Presentation from American Institute for Cancer Research Nutrition After Cancer Conference, 2002. Disponível internet
______________; Mackey JR, Jones LW. Coping with Cancer. Can Exercice Help? The Physician and Sportsmedicine 2000; 28: 5.
Dimeo FC, Stieglitz RD, Novelli F. Effects of physical activity on the fatigue and psychologic status of cancer patients during chemotherapy. Cancer 1999.
Land D & Mattimuller B. Exercise improves physical, mental health of breast câncer patientis. Disponível Internet
Mock V, Pickett M, Ropka ME, Muscari LE, Stewart KJ, Rhodes VA, McDaniel R, Grimm PM, Krumm S, McCorkle R. Fatigue and quality of life outcomes of exercise during cancer treatment. The Johns Hopkins University School of Nursing, Baltimore, 2001.
______.______.______.______, Physical activity, and incidence of cancer in diverse populations: a preliminary report. Am. J. clin. Nutr 1987; 45: 312-317.
Schwartz AL. Fatigue mediates the effects of exercise on quality de life. University of Washington, School of Nursing, Seattle, 1999.
Assinar:
Postagens (Atom)